segunda-feira, 16 de setembro de 2024

A maldição


“Como ao pássaro o vaguear, à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Alados quando voam, sempre o fazem por algum motivo; buscam alimento, água, construir um ninho, fugir de uma ameaça; aves migratórias entendem quando chega o tempo de partir. Enfim, o voo das tais, sempre tem uma causa.

Mas qual seria a causa da maldição? Antes de vermos isso, é necessário fazer distinção entre dois tipos de maldição. A que é proferida pelos lábios de alguém contra outrem, e a oriunda de Deus.

No que tange aos nossos lábios, somos ensinados a não incorrer nisso, sob pena de culpa. “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, não amaldiçoeis.” Rom 12;14 Afinal, O Salvador dissera: “Como quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei também.” Luc 6;31

Como não queremos ser amaldiçoados, que não sejamos amaldiçoadores também. Pois, amar ao semelhante é um mandamento. Não significa que devamos ser lisonjeiros com ele, gostar na marra, da sua companhia, tampouco, concordar com tudo o que ele faz; sendo nós justos, lenientes ante eventual falha, verazes e bondosos para com ele, estaremos manifestando um tratamento condizente com o amor que deve fazer ao próximo como deseja que aquele faça a si.

Porém, a maldição oriunda de Deus, sempre tem o pecado, a rebeldia, como causa. Quando cometido o primeiro, que ensejou a queda, entre outras coisas O Criador disse: “... Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá...” Gn 3;17 e 18

A primeira maldição acrescentou algo novo à criação. Espinhos e cardos. Desde então, a coisa só fez crescer. O pecado tornou o homem filho de Satanás, Jo 8;44; e a progressão da maldade por todas as partes também arrastou consigo as inevitáveis consequências; “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24.5 e 6

A Lei de Deus amaldiçoava a quem não a cumprisse cabalmente, coisa que nenhum ser humano consegue; “Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, para fazê-las.” Gál 3;10

Por isso nossa urgente necessidade de Jesus Cristo; “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, para que, pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.” Gál 3;13 e 14 O Salvador recebeu em Si, a maldição que caberia a nós, para que Nele, fôssemos abençoados.

Os que tentam fundir Cristo com a Lei de Moisés, exigindo a guarda do sábado, por exemplo, precisam ver mais detalhadamente o que era requerido nesse dia.

“Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado.” Ex 35.3 “... cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia.” Ex 16;29 Não cumprir cabalmente à Lei trazia maldição. Por isso, quem se abriga nela, acaba se apartando de Cristo que remiu quem crê. “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei; da Graça tendes caído.” Gál 5;4

Deve significar algo, a última palavra do Antigo Testamento ser “maldição”; o primeiro ensino do Mestre, na Nova Aliança, começar com “Bem aventurado”; Mat 5;3 e, o último verso da Palavra, uma bênção rogando a Graça de Cristo. Apoc 22;21

Espinhos não faziam parte da criação, nem o pecado estava no Divino propósito. Fomos abençoados pela fé no Salvador, “... os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” Gl; 3;9 Nossos “espinhos” foram tirados pelo perdão.

Tenhamos cuidado pois, para nos portarmos de modo a nos mantermos no lugar onde O Eterno ordena vida e bênção. “Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém: Preparai para vós o campo de lavoura, não semeeis entre espinhos.” Jr 4;3

Desde outrora, Deus tem chamado o homem às melhores escolhas. “Céus e Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua Voz, e achegando-te a Ele; pois Ele é a tua vida e o prolongamento dos teus dias...” Deut 30;19;20
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