domingo, 8 de setembro de 2024

A Perda rejeitada


“Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram foi posta por cabeça de esquina...” Mc 12;10

Irônico perguntar se os religiosos não haviam lido determinada Escritura. Se pretendiam conhecedores dos Mistérios Divinos, versados nas coisas espirituais. Deles Paulo disse: “Tu que tens por sobrenome judeu, repousas na lei, te glorias em Deus; sabes Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei; confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei;” Rom 2;17 a 20

Alguém com tal presunção certamente conhecia as Escrituras. Na verdade, cantavam em seus encontros religiosos, o Salmo 118, que no verso 22 traz aquela sentença. O contexto imediato, o verso anterior deixa ver a qual "edificação” se refere: “Louvar-te-ei, pois me escutaste, te fizeste minha salvação.” Sal 118;21

A barreira mais resistente que a mensagem de salvação encontra é a ignorância dos que, mesmo alienados de Deus, se sentem “do bem”, amigos Dele. Até que alguém seja clareado pelo Espírito Santo, seguirá refém da oposição. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4 Esse tipo de cegueira, tanto é mais resiliente, quanto, mais pretensiosa a pessoa for.

Indispensável O Espírito Santo, para nos levar à salvação. “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

Natural supormos que, edificadores conheçam aos materiais de construção. Por que rejeitaram uma “Pedra” que tinha potencial para ser a pedra angular?

A edificação em apreço era das vidas que careciam ser regeneradas pelo Salvador. Tinham se desviado tanto da verdade, que a vinda da mesma na Pessoa de Cristo, fez Ele parecer um adversário aos olhos deles, não, um benfeitor.

O entendimento bate às portas dos corações. Mas, há uma guardiã mais forte, a vontade rebelde, que não permite que elas se abram. Eles podiam saber o propósito pelo qual O Senhor compusera aquela alegoria; “Buscavam prendê-lo, mas temiam a multidão; porque entendiam que contra eles dizia esta parábola...” V 12

Compreender o dito, invés de gerar contrição, arrependimento, atiçava à raiva deles. Gostariam de prendê-lo, não, de ouvi-lo e se arrependerem. Assim, fica evidente que a “Pedra” foi rejeitada, não por lapsos de qualidade nela; mas, nos edificadores.

O verdadeiro Evangelho sempre será de confronto. De rasgar máscaras expondo nossas misérias como vaticinou Isaías: “Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25;7

Depois de feita a parte “ruim”, sucedem outras, boas; “Aniquilará a morte para sempre, assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, tirará o opróbrio do Seu povo de toda a terra; porque O Senhor o disse.” V 8

Quanto maior for a pretensão, certamente, maior será a ira dos que se veem descobertos. Diferente de incensar aos religiosos como benfeitores espirituais daquela sociedade, O Salvador fez “terra arrasada” colocando grandes e pequenos, em nível; “Todo o vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido...” Is 40;4

Para os “vales”, os mais baixos daquela sociedade, prostitutas e publicanos, serem colocados em igualdade com os religiosos era uma exaltação; para esses, um abatimento; porém, no escopo espiritual, apenas, verdade. “Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus.” Rom 3;23

O Eterno tentou se mostrar pela luz, a contrapartida humana foi pífia; “Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...” Rom 1;21

Então, decidiu “nivelar por baixo” salvando a quem cresse; “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21

Quem está em lugares baixos, socialmente, tem menos a perder aceitando ao Salvador, assim, “... publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.” Mat 21;31 disse O Senhor aos “edificadores.”

Foi, e ainda é assim. Muitos que foram expoentes sadios do Evangelho, outrora, se converteram em defensores dos “desigrejados”, adictos dos LGBTs, como “cristãos” etc. Seja para fazer “boa figura” ante à sociedade ímpia, seja para fugir da vergonha por escândalos que infelizmente acontecem no nosso meio.

Enquanto tantos “reverendos” desses fazem de mascarar com palavras rebuscadas, suas fugas, seus ministérios, muitos “publicanos e prostitutas” continuam entrando, tendo edificadas suas “casas” na Rocha Eterna.

Foi o orgulho que levou o homem a aceitar a sugestão de independência, no Éden. É esse o primeiro cascalho que deve ser esmagado sobre a Padra Angular, Cristo. “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus;” Mat 5;3

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