domingo, 21 de julho de 2024

Estatura


“Procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.” Luc 19;3

Zaqueu subindo numa árvore para poder ver a Jesus, compensando a pouca altura. Para surpresa dele, O Senhor o chamou pelo nome, e “se convidou” à casa do cobrador de impostos. “... Zaqueu, desce depressa, porque hoje Me convém pousar em tua casa.” V 5

O “interesse” do Salvador dizendo que, ir à casa dele era uma coisa que lhe convinha. Após o arrependimento para salvação, do pequeno fazendário, O Senhor explicou com mais detalhes, Seus interesses: “... o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” V 10

Qualquer perdido é alvo do Divino amor, a ser expresso mediante quem represente a Cristo. “... contai a boa notícia a toda criatura.”

Dado esse bendito interesse, nenhum de nós carece estatura suficiente para ver, ou receber Jesus. Basta estar perdido; sem Ele, todos estão.

Quando alguém o busca com tal sede, ao ponto de se expor como Zaqueu, apenas para vê-lo, certamente, essa motivação íntima agrada ao Senhor; Ele deu ao pequeno curioso, algo além do que desejava. Queria ver; foi habilitado a hospedar, compungido a se arrepender da vida que levara, para sua salvação.

Se, para ver e receber ao Salvador, todos têm e necessária estatura, uma vez recebendo-o, se tornando ovelha Dele, aí a edificação, deve ser buscada como quem, tendo encontrado um pérola de grande valor, coloca vigilantes no entorno, para que, a mesma não seja furtada.

Isso, não pode ser obtido subindo numa árvore, como fez Zaqueu. Carecemos enveredar pelo caminho do aprendizado acerca do Senhor, para que, quando os semeadores de engano visarem nossa “terra”, essa se mostre refratária às suas sementes.

“Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;11 a 14

Para salvação a “estatura” de perdidos nos basta. Para prosseguirmos firmes em Cristo, contra toda sorte de enganos enviados para nos desviar, devemos buscar a Estatura Dele, mediante aprendizado, e exercício nas coisas espirituais, para, pelo discernimento, não sermos vulnerados.

Aos que foram omissos nisso, outrora, foi dito: “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não, de sólido mantimento.” Heb 5;11 e 12

Escrevendo a Timóteo, Paulo aconselhou: “... exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

Na conclusão à exortação supra, aos hebreus, temos: “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto, o mal.” V 14

Aos que descansam na ignorância, afinal, “Deus escolheu as coisas loucas desse mundo para confundir às sábias”, I Cor 1 28 ss um alerta: Isso é parte de uma diatribe de Paulo contra os supostos sabe-tudo da época, aos quais desafiou: “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;20 e 21

Ele escolheu as coisas loucas, no prisma da sabedoria humana, para dar a espiritual, abrindo entendimentos nessa dimensão; mas, nos chamou ao aprendizado. “falamos sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8

Se alguém for salvo dum incêndio pela escada Magirus, nu, porque estava se banhando na hora do sinistro, seguirá assim, uma vez que foi salvo nessa condição? Não! Era uma emergência. De igual modo nós, não seguiremos sendo “coisas loucas” porque fomos chamados assim; antes buscaremos aprender, para honrarmos àquele que nos salvou.

“Quem anda com sábios ficará sábio...” Prov 13;20 Em Cristo andamos com Aquele, “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;3

Descaminhos


“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição, muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Qualquer pessoa, facilmente entende essa alegoria do Salvador. Que, o caminho para salvação requer renúncias, submissão ao Senhor, ou, o “jugo de Jesus”; enquanto, os que preferem viver de qualquer maneira, a imensa maioria, infelizmente, acabarão na perdição.

A condição arbitrária do ser humano é preservada, há uma prescrição sobre por onde entrar, não uma imposição; porém, é vedado alterar a natureza dos caminhos. Ninguém pode ampliar ao caminho estreito para que fique mais fácil o percurso.

Os que preservam o rótulo sem a essência, andam pela espaçosa avenida da perdição, mesmo com certos escrúpulos por isso. Se pretendem cristãos, mas se mostram refratários às renúncias que, pertencer a Cristo requer; agindo como se fosse possível alargar à vereda da vida, evidenciam que seus corações ainda são mundanos; falta-lhes uma fé sadia que faculte uma entrega incondicional ao Senhor. Como muitos durante o êxodo, que à menor dificuldade na peregrinação, logo suspiravam saudosos pela escravidão do Egito.

Assim, “cristãos” que, quando o estreitamento necessário é apresentado, logo procuram artifícios mundanos, para seguirem “cristãos” e matarem um pouco sua saudade do mundo.
Cada vez que o cristianismo é “modernizado” e novos métodos são evidenciados em prejuízo do conteúdo, sempre teremos mais mundo e menos Palavra da Vida.

Dos Seus, O Salvador espera uma ousadia maior. “Dei-lhes a Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou.” Jo 17;14

Qualquer aversão à Palavra, por pequena que pareça, é uma nuance do ódio contra O Senhor que a deu. Essa balela tolerante e inclusiva, que, invés de pessoas, inclui vícios no caminho que deve ser santo, e antes que, tolerar o diferente com seu direito de crer como aprouver decide andar junto com o oposto, há muito perdeu a noção do caminho estreito.

A ideia do Evangelho é separar, não unir aos diferentes e opostos; esse balaio de gatos vide ecumenismo, onde, todos estão “certos” por errados que estejam, não passa de uma orgia de embriagados espirituais;

escreveu Paulo: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, Diz O Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

Não apenas ecumenismo; as igrejas pretas, jogos de luzes em palcos, coreografias, glossolalia descontrolada, os retetés da vida, overdoses de “profecias” sem correções, apenas promessas, são sintomas, de locais enfermos espiritualmente, quando não, mortos.

Embora, meios modernos possam e devam ser usados para difusão da Palavra da Vida, seu teor deve permanecer inalterado. Quem inda faz distinção entre o que é moderno e o que é antigo, no prisma atinente ao teor, preferindo novidades, o faz por falta de noção do que é eterno. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

Dessa “visão suicida” surgem as igrejas “inclusivas” e adjacências, onde predileções comportamentais humanas, acabam recebendo mais valor que A Palavra de Deus. Essa tentativa de “alargar ao caminho estreito”, reitero, é derivada da recusa de trilhar pelo mesmo.

Uma pergunta se impõe: Se as pessoas preferem andar mundanamente, a despeito das consequências previstas que virão, por que precisam de rótulos religiosos para isso?

Porque a oposição sabe que todo homem foi criado para ser um adorador, e traz em si um “vazio com o formato de Deus”, como disse alguém. Assim, o vazio é “preenchido”; as vítimas do canhoto seguem mortas espiritualmente, e ainda servem para combater, atacar, aos que levam a Sã Doutrina a sério. O lobão mata duas ovelhas com uma pedrada. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo...” II Cor 4;4

Para quem está cego, qualquer caminho, por vasto que seja, parece estreito.

sábado, 20 de julho de 2024

Escravos


“E chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para seus campos, apascentar porcos.” Luc 15;15

O filho pródigo, depois de desperdiçar todos os seus bens em busca de prazeres, acabou sem nada, carecendo de meios para sobrevivência. Buscou por trabalho; o que encontrou foi ser cuidador de porcos. O empregador não quer saber se tenho sonhos, projetos, se venho de boa família, etc. Preciso trabalhar para comer; ele tem porcos pra apascentar, é pegar ou largar. Ele pegou.

Há uma diferença entre o momento em que podemos escolher o que melhor nos convém, e outro em que estranhos escolhem nos dar o que lhes parece melhor.

Quando, na casa do pai, certamente podia selecionar afazeres que mais se alinhavam às suas habilidades, predileções até; uma vez que, tinham muitos servos; poderia delegar as tarefas que lhes não apetecesse.

Geralmente as consequências de uma opção infeliz, nos lançam nos desertos, onde deixamos de ter escolha; outros, acabam fazendo-as por nós. O mau uso da liberdade termina em escravidão.

Que o digam tantos que, deixando a sobriedade da vida com seu peso, enveredaram pelo caminho fácil da drogadição. Isso os fez escravos dos vícios, de maneira tal, que se dispõem a fazer o que “for preciso” para mantê-los alimentados. O que um estranho demandar que se faça, em troca de drogas, o viciado na fissura por mais do mesmo, fará; abdicou da sua liberdade, e refém, permite que estranhos façam escolhas por si, quanto aos meios de se drogar; pois, ser livre dessas não está ao alcance do preso infeliz que, avesso ao “caminho estreito” rumo à vida, quando ainda podia, acabou noutro mais estreito ainda, sem nenhuma luz no fundo do túnel.

Oportuna, a frase de Rabelais: “Conheço muitos que não puderam quando queriam, porque não quiseram, quando podiam.”

A perdição nos vícios é mais ampla que drogas e álcool. Tudo aquilo que for oposto à virtude, embora suas peculiaridades inerentes, é um vício. Maledicência, promiscuidade, pornografia, adultério, inveja... Viver nessas águas poluídas, acostuma; de tal modo que a pessoa se ofenderá, se lhe for oferecida a liberdade, uma vez que, não divisa os grilhões que a aprisionam.

Quando O Salvador falou disso aos Seus coevos, eles reagiram como presos sem noção das próprias cadeias. “... Somos descendência de Abraão, nunca servimos a ninguém; como dizes Tu: Sereis livres?” Jo 8;33

Ora, naqueles dias, quem governava sobre os judeus eram os romanos. Permitiam liberdade religiosa, mas, cobravam pesados impostos dos judeus; logo, a expressão, “nunca servimos ninguém”, era desprovida de verdade. Sem contar que, espiritualmente, serviam ao inimigo, e à carne do pecado.

Tinham aos romanos e a Satanás como feitores, além do ego, usurpando Deus. Três senhores concomitantes, e se presumiam livres.

Por isso, a afirmação do Salvador. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” V 36 Era falsa a noção de liberdade deles.

Eventualmente O Pai permite que apascentemos porcos; digo, colhamos as nefastas consequências das atabalhoadas e inconsequentes escolhas, para que, sofrendo o peso das mesmas, repensemos sobre o vero valor dos bens que desprezamos.

O pródigo ao cotejar sua malcheirosa ocupação com a rotina da casa paterna repensou: “Tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.” Luc 15;17 a 19

Quem achara indesejável ser administrador na casa do Pai, descera tanto, comera do ruim de tal forma, que se dispunha a ser como mero empregado.

Felizes aqueles que, tendo chegado ao fundo do poço, percebem inda que tardiamente, que a única saída é para cima, invés de tentar escavar para afundar mais.

A liberdade de Cristo ainda nos faz servos; agora, de Deus. Nada de apascentar porcos. Antes, lutamos contra nossas próprias inclinações acostumadas ao mal, para crucificá-las, em obediência ao Senhor. Cada um é capacitado pelo Espírito Santo, a uma determinada função útil à Obra.

Um serviço com alento, sem feitores tiranos a exigir resultados em labores inglórios; a relação com O Senhor é filial, e pelo Pai somos agraciados com O Espírito Santo, para aquilo que é bom aos Olhos Dele.

Em Cristo, tanto a porta, quanto, o caminho, são estreitos. Mas, a obediência espiritual como modo de vida, aos poucos faz natural, aquilo que inicialmente soou doloroso, a cruz. O exercício na piedade, paulatinamente, amplia nosso espaço para a caminhada; Pedro ensina: “Porque assim vos será amplamente concedida entrada no Reino Eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” II Ped 1;11

sexta-feira, 19 de julho de 2024

"A mais antiga das profissões"


“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e adúlteros, Deus os julgará.” Heb 13;4

Repercute o vazamento de uma conversa onde, Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, chamou à Janja, a primeira dama, daquela palavra dissílaba, fácil de separar, que começa com pu, e termina com ta.

Alguns youtubers, para evitar o termo chulo usam o eufemismo da “mais antiga das profissões”, para se referirem à prostituição. Pois, sem entrar nas intrigas na família presidencial, pretendo me ater um pouco nessa definição “filosófica” da qual discordo, e pretendo patentear por quê.

Desde sempre ouvi esse dito definindo à prostituição, como se fosse um axioma, o que está muito distante de ser verdadeiro.

Prostituição está longe de ser uma profissão. Não passa de um vício derivado do desvio de caráter; embora, possam argumentar sobre incidentes que “patrocinaram” a iniciação de alguém, no referido vício; as vicissitudes da vida que “não deixaram escolha”; a coisa segue sendo o que é. Eventuais atenuantes quanto aos motivos iniciais, podem minorar a culpa de quem escolheu-a; não, dignificar o que pela própria essência é um comportamento indigno.

Para incursionar nas profissões antigas, devemos dispor de registros, quanto mais velhos, melhor, se é que pretendemos opinar com alguma sobriedade. 

Nenhum escrito de domínio público é anterior à Bíblia Sagrada. Segundo Ela, a três primeiras profissões, foram: Governador; a Adão foi dada a gestão de toda a criação; “... Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1;28

Depois, os dois filhos do primeiro casal, Abel e Caim também escolheram suas ocupações. “... Abel foi pastor de ovelhas, Caim foi lavrador da terra.” Gn 4;2

Assim, temos a seguinte ordem: Primeiro, governador; depois, pastor e agricultor concomitantes. Se alguém conhece algum registro diferente, que o apresente. Senão, estão postos os motivos pelos quais discordo do “axioma” aquele.

Acontece que, a prostituição é deplorada apenas no aspecto sexual; no psicológico e no espiritual é até mais encontrável que naquele.

Na política, como em nenhuma outra esfera social, a prostituição anímica se manifesta. Aquilo que um sujeito candidato jurou que não faria, num debate, é o que fará, uma vez eleito. Simone Tebet e Geraldo Alkmin, chamaram ao ladrão pelo nome, em dias pretéritos. Agora, estão todos no mesmo time.

Uma alma venal, que acoroçoada por interesses rasos, muda de uma afirmação a outra, mercadeja desfazendo compromisso sem respeito à própria palavra, vive assim sua mercância, onde se vende por interesses. Não é outra coisa, senão, uma alma prostituída.

Por isso, dos Seus, O Senhor requer coisas melhores; na definição do Cidadão dos Céus, entre outros predicados, temos: “... jura com dano seu, contudo, não muda.” Sal 15;4 Em Sua Doutrina, O Salvador ensinou: “Seja, porém, vosso falar: Sim, sim; não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mat 5;37

Por fim, a mais perniciosa das prostituições é a espiritual. Há gente que consegue a proeza de ser “cristão”, evolucionista, reencarnacionista, católico, e adepto de alguma crença de matriz afro. Nesse caso nem se trata de prostituição, estritamente; antes, de promiscuidade espiritual.

A prostituição se verifica quando, alguém que conhece as veredas da vida, motivado por alguma “vantagem”, deixa-a e passa a esposar credos alternativos. A Palavra de Deus denuncia à exaustão. Falando contra Israel, que se corrompera pela idolatria, O Eterno diz: “... Ora, tu te prostituíste com muitos amantes; mas ainda assim, torna para Mim, diz o Senhor... Por isso foram retiradas as chuvas, não houve chuva serôdia; mas tu tens a fronte de uma prostituta e não queres ter vergonha.” Jr 3;1 e 3

Encontramos ainda: “Mas chegai-vos aqui, vós os filhos da agoureira, descendência adulterina, de prostituição.” Is 57;3 “Agora lancem eles para longe de Mim sua prostituição, os cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre.” Ez 43;9 “Também te prostituíste com os filhos do Egito, teus vizinhos grandes de carne, multiplicaste tua prostituição para Me provocares à ira.” Ez 16;26 etc.

Enfim, profissão é algo de que não nos envergonhamos; antes, professamos abertamente. Aquilo que carece de eufemismos, pois, não fica bem chamar aos bois pelos nomes, o mero escrúpulo de falar a coisa já a desqualifica como profissão.

Dos Seus, O Senhor espera integridade. Isso veta a prostituição e derivados, em todos os âmbitos do ser; “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;23

A Luz de Cristo

“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Col 4;5

Atualmente, o mínimo interesse altruísta é confundido com ingerência, com o indevido “se meter na vida alheia”, esse conselho de Paulo dá o que pensar.

A vida em sociedade é um gigantesco teatro onde o desempenho de cada um pode ser apreciado, malgrado, suas escolhas ideológicas, filosóficas, espirituais.

Se, alguém presume que sua vida é estritamente da sua conta e de ninguém mais, desconhece o meio no qual está inserido.

As reações dos que estão fora, não são uma leitura fiel, do que somos, necessariamente; mas, que nosso modo de ser e agir deve ser testemunho de Cristo, isso a Palavra enfatiza em vários lugares.

O convertido do salmo quarenta ostenta tal mudança de vida, do lodo para a Rocha, das canções dos loucos para os louvores da Deus, que seu novo viver se fez uma mensagem, sem palavras, do que O Chamado do Senhor opera, em nosso favor; ele diz: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;1 e 2

Mais que, andar com sabedoria ante os de fora, ele se fez luminoso; um exemplo de vida transformada, um desafio para outros andarem também pelo caminho que ele escolheu.

Nem sempre quem está fora entende o que se passa conosco em Cristo; tampouco, aprova nossa escolha. Pedro mencionou uns que estranhavam nosso “ascetismo” após a cruz; pois, deveríamos, no apreço dos tais, seguir pelos mesmos caminhos que eles; “Acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.” I Ped 4;4

Sermos estranhos ao mundo e seu “modus vivendi” é inevitável, se queremos conhecer a vontade do Senhor. Paulo aconselha: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Onde Paulo trata da “Armadura de Deus”, entre outras coisas preceitua: “calçados os pés na preparação do Evangelho da paz;” Ef 6;15

Um leitor mais desatento pode passar por isso imaginando que Paulo aconselhou a pregação do Evangelho, como parte da “armadura”. Porém, o texto não se refere à pregação; antes, à preparação. Nosso caminhar deve ser exemplo para os que estão de fora; ensejar neles, certa curiosidade sobre os motivos do nosso agir em Cristo; Pedro amplia a ideia: “santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós;” I Ped 3;15

Resta considerarmos que, a “sabedoria para com os que estão de fora”, e nos observam, devemos demonstrar, “remindo o tempo.”

Nossa mordomia em relação ao tempo; como dele dispomos, deve ser também um exemplo aos que nos contemplam a caminhada. Enquanto os desatentos atuam de modo dissoluto em face ao tempo e suas oportunidades, devemos fazer o melhor uso possível do nosso; um dos aspectos mais apreciáveis é discernir o tempo adequado para cada atitude; A Palavra ensina: “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá tempo e juízo.” Ecl 8;5

Nem tanto, impressionam, nossas “conquistas” quando as coisas nos dão certo; mas, resiliência, perseverança apenas por fé, sem nenhum “acessório” visível; mesmo não admitindo, os que veem o bom porte dos que perseveram em Cristo, certamente são levados a pensar sobre nossos motivos; eventualmente, poderão se decidir por Cristo, também.

Tanto quanto, um escândalo se faz o prato preferido dos que querem andar de qualquer maneira, e se incomodam com as demandas do Evangelho, um de bom porte, que sofra injustiças até, sem negar sua fé, nem negociar os valores, se fará exemplo aos de índole sadia, que estejam desejando bons referenciais para espelho.

Os maus exemplos fazem barulho, arrasam coisas adjacentes como uma torrente de água suja; os bons, em silêncio, apenas observados por olhos atentos, se fazem uma centelha da Luz de Cristo, tão necessária nesse mundo de trevas.

“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;14 a 16

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Os escolhidos


“... Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo, me pôs em pé, e ouvi o que me falava.” Ez 2;1 e 2

O profeta recebeu uma ordem e o auxílio para cumpri-la. Uma vez que Deus não força o homem a fazer o que não quer, necessária a conclusão que ele se dispôs a obedecer, o que ouvira; depois, foi ajudado pelo Espírito de Deus.

“Então, (tendo ele, em espírito dito o eis-me aqui) entrou em mim O Espírito, me pôs em pé, e ouvi o que me falava.”

Quando da Chamada de Isaías, O Espírito fez o profeta ver coisas excelsas junto ao Trono de Deus, de modo a temer pela sua vida, dada suas impurezas praticadas, estando num lugar tão santo; “Então disse eu: Ai de mim! Pois, estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios; meus olhos viram o Rei, O Senhor dos Exércitos. Porém, um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar, com um tenaz; com a brasa tocou minha boca, e disse: Eis que isto tocou teus lábios; e tua iniquidade foi tirada, expiado teu pecado.” Is 6;5 a 7

Logo, O Eterno fez ouvir sobre a necessidade dos Céus, de um mensageiro. “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, quem há de ir por Nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia a mim.” Is 6;8

Deus nos faz ver na dimensão espiritual, quando, ouvindo Sua Palavra, somos capacitados a crer e nos deixamos moldar por ela.

Vendo as coisas santas como elas são, conseguimos, como Isaías, ver melhor a nós mesmos, nossa indignidade, o risco de ser mortos, do qual somos desviados pela Purificação obrada pelo Salvador. Naquele caso, com uma brasa do Altar Divino; no nosso, com O Bendito Sangue remidor de Jesus Cristo em nosso favor.

Por fim, uma vez purificados e edificados pelo Conhecimento do Santo, aos escolhidos para tal, O Eterno deixa ver as necessidades do Céu, na espera que, vendo, nos voluntariemos, como fez Isaías. “Eis-me aqui! Envia a mim.”

Quem não passar por esses estágios todos, visão da santidade dos Céus, das próprias impurezas, e a purificação pelos meios escolhidos pelo Senhor, não espere intimidade tanta, para poder entender as carências dos Céus. “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

Se, como vimos no incidente com Ezequiel, aquilo que ordena, pelo Seu Espírito, O Senhor capacita a cumprir, de nossa parte, espera submissão, prontidão de vontade, preparo.

“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem sua casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?) Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.” I Tim 3;2 a 7

Se esse crivo fosse aplicado plenamente, muitos “grandes” da praça acabariam rejeitados. Deus capacita aos escolhidos, virou um chavão no meio evangélico. É verdade. Por isso, só escolhe aos obedientes; pois, é pela edificação na Palavra, que põe em pé, os que deseja enviar a serviço da Sua Santa Obra.

No caso de Ezequiel a relação já estava estabelecida entre O Senhor e Seu servo. Daí, o “põe-te em pé e falarei contigo.” No nosso, a distância é maior: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim...” Mat 11;28 e 29 As renúncias, tipificadas pelo jugo, e a edificação necessária mediante o aprendizado.

O problema dos despreparados e espontâneos, é que, por seus lapsos do que seria necessário, acabam suprindo a esses com coisas nocivas ao propósito do Eterno. “Não mandei esses profetas, contudo, foram correndo; não lhes falei, mas profetizaram. Se estivessem no Meu conselho, teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

Para O Espírito Santo entrar em nós, capacitando-nos ao que Ele quer, é preciso que deixemos o devido espaço para Ele. O homem cheio de si, necessariamente, será vazio de Deus. Por isso, “negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Trump e a névoa


“... os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Se há uma coisa da qual não se pode acusar aos maus, é que eles não tenham autocrítica. O simples fato de tentarem esconder a verdade sobre suas ações, ou, daqueles com os quais se identificam, evidencia que eles sabem que essas coisas são más; se as tivessem por probas, exporiam à plena luz.

Por ocasião do jogo entre Internacional e Juventude, sábado último, em Caxias do Sul, o início do mesmo foi retardado em função da forte neblina. Tanto quem iria jogar, quanto, reportar, carecia ver as coisas distintamente.

Pois, em se tratando do nosso jornalismo, obscena e majoritariamente identificado com o esquerdismo, se a notícia a reportar parecer inconveniente aos seus interesses, não conseguem fazê-lo, senão debaixo de intensa névoa. 

Usam palavras calculadas para difundir dúvidas, mais que, informações, como fizeram os zumbis da ex grande mídia, Globo, CNN, e Estadão, sobretudo, ao reportarem o “suposto atentado”, os “supostos sons de tiros” de um “suposto” atirador, que foi “Assassinado” pelo Serviço Secreto, no atentado contra Trump.

Qualquer coisa inconveniente aos canhotos, por veraz que seja, sempre terá um “Paulo Pimenta” pronto a se opor, em seu zelo inflamado contra “fake News”. Porém, quando as Fakes são produzidas por eles, em escala industrial, cara de paisagem, silêncio ensurdecedor, dos Morais, Barrosos, e Pimentas da vida.

O sujeito não gostar do Trump e preferir o Biden, ou qualquer outro, é um direito dele. Eu não gosto do Lula, de nenhum político do PT, nem por isso defendo violência contra eles. Combato-os no campo das ideias. Essa é a arena devida, da política.

Porém, para o esquerdismo, lá como cá, vide o que fizeram ao Bolsonaro, primeiro tentam assassinar a reputação, colando os mais esdrúxulos rótulos; “nazista, fascista”, o Diabo a quatro. Não funciona? Tentam matar politicamente; acusam disso, daquilo, processam, cassam direitos e o escambau; se não bastar, resta-lhes a forma mais antiga de matar, inventada por Caim.

Aqui, passaram do estágio um, ao três, em se tratando de Bolsonaro. Não podendo destruir a reputação, foram direto aos “finalmente”. Agora estão no dois, cassando direitos, prendendo passaporte. Muitos canhotos inda dizem que o atentado foi fake; mesmo, o Jair trazendo no ventre uma cicatriz que parece a linha de Greenwich.

No caso do Trump, seguiram a “ordem” cronológica. Reputação; direitos políticos, vida. Todavia, eles são pelo desarmamento, que traria violência. Ora, Adélio Bispo usou uma faca. Violência não está na arma, mas, na pessoa. Os cristãos ensinam uma doutrina que desarma espíritos, não, corpos.

“Socialistas” afrontam ao conservadorismo em suposta defesa da diversidade. Essa receita, porém, só vale para assuntos sexuais. Espose alguém uma posição diversa, ideológica ou politicamente, presto será alvo de represálias, tentativas de censura oriunda desses bravos “democratas”. Alternância de poder, democracia, coisas boas para discursos. “Na prática, a teoria é outra”. Joelmir Betting

Por trás desses títeres da maldade, estão os globalistas, que no fundo já nos mantêm com “tornozeleiras eletrônicas”; numa espécie de “liberdade condicional”, até conseguirem impor o totalitarismo global, a menina dos olhos deles.

Dominam as redes sociais; e nessas há toda uma gama de “palavras proibidas” que, se usadas, contra os interesses do sistema, presto desmonetizam, excluem vídeos, derrubam páginas. Podemos nos mover até certo ponto, como os que usam as tornozeleiras.

Esses incidentes pontuais, são “amostras grátis” de como seremos tratados, quando os globalistas forem donos da bola. Contrariou seus interesses, ousou pensar fora da caixa, expor seus pensamentos, bang! A “democracia” precisará ser preservada.

“Você não terá nada e será feliz”, vaticinam os profetas da famigerada agenda, que pretende ter o Globo no bolso, até o ano de 2030.

Sei não, mas suspeito que não desejo essa “felicidade”. Na verdade, os governos deveriam promover a justiça. A felicidade é de foro íntimo, não depende de iniciativas governamentais.

Não se conclua disso, que estou defendendo os conservadores como gente virtuosa, e os esquerdistas como maus, necessariamente. Há gente ruim em todos os espectros ideológicos.


Mas, usar a desonestidade intelectual, factual, falsidade, e violência, como faz o esquerdismo é uma coisa abjeta. No fundo, os “socialistas” são os maiores capitalistas da Terra. Mega empresários, que usam a ingênua ignorância dos seus manipulados, para que esses pelejem, pelo direito de perderem seus direitos, o que fazem com maior denodo. E ainda riem nos chamando de gado. As hienas estão junto.

Não conheço Donald Trump o suficiente para defender tudo o que pensa, ou faz. Mas, conheço as leis e a vida, o bastante, para saber que tem o direito de pensar e defender o que pensa, sem que isso lhe custe a vida.