domingo, 21 de julho de 2024

Descaminhos


“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição, muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Qualquer pessoa, facilmente entende essa alegoria do Salvador. Que, o caminho para salvação requer renúncias, submissão ao Senhor, ou, o “jugo de Jesus”; enquanto, os que preferem viver de qualquer maneira, a imensa maioria, infelizmente, acabarão na perdição.

A condição arbitrária do ser humano é preservada, há uma prescrição sobre por onde entrar, não uma imposição; porém, é vedado alterar a natureza dos caminhos. Ninguém pode ampliar ao caminho estreito para que fique mais fácil o percurso.

Os que preservam o rótulo sem a essência, andam pela espaçosa avenida da perdição, mesmo com certos escrúpulos por isso. Se pretendem cristãos, mas se mostram refratários às renúncias que, pertencer a Cristo requer; agindo como se fosse possível alargar à vereda da vida, evidenciam que seus corações ainda são mundanos; falta-lhes uma fé sadia que faculte uma entrega incondicional ao Senhor. Como muitos durante o êxodo, que à menor dificuldade na peregrinação, logo suspiravam saudosos pela escravidão do Egito.

Assim, “cristãos” que, quando o estreitamento necessário é apresentado, logo procuram artifícios mundanos, para seguirem “cristãos” e matarem um pouco sua saudade do mundo.
Cada vez que o cristianismo é “modernizado” e novos métodos são evidenciados em prejuízo do conteúdo, sempre teremos mais mundo e menos Palavra da Vida.

Dos Seus, O Salvador espera uma ousadia maior. “Dei-lhes a Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou.” Jo 17;14

Qualquer aversão à Palavra, por pequena que pareça, é uma nuance do ódio contra O Senhor que a deu. Essa balela tolerante e inclusiva, que, invés de pessoas, inclui vícios no caminho que deve ser santo, e antes que, tolerar o diferente com seu direito de crer como aprouver decide andar junto com o oposto, há muito perdeu a noção do caminho estreito.

A ideia do Evangelho é separar, não unir aos diferentes e opostos; esse balaio de gatos vide ecumenismo, onde, todos estão “certos” por errados que estejam, não passa de uma orgia de embriagados espirituais;

escreveu Paulo: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, Diz O Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

Não apenas ecumenismo; as igrejas pretas, jogos de luzes em palcos, coreografias, glossolalia descontrolada, os retetés da vida, overdoses de “profecias” sem correções, apenas promessas, são sintomas, de locais enfermos espiritualmente, quando não, mortos.

Embora, meios modernos possam e devam ser usados para difusão da Palavra da Vida, seu teor deve permanecer inalterado. Quem inda faz distinção entre o que é moderno e o que é antigo, no prisma atinente ao teor, preferindo novidades, o faz por falta de noção do que é eterno. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

Dessa “visão suicida” surgem as igrejas “inclusivas” e adjacências, onde predileções comportamentais humanas, acabam recebendo mais valor que A Palavra de Deus. Essa tentativa de “alargar ao caminho estreito”, reitero, é derivada da recusa de trilhar pelo mesmo.

Uma pergunta se impõe: Se as pessoas preferem andar mundanamente, a despeito das consequências previstas que virão, por que precisam de rótulos religiosos para isso?

Porque a oposição sabe que todo homem foi criado para ser um adorador, e traz em si um “vazio com o formato de Deus”, como disse alguém. Assim, o vazio é “preenchido”; as vítimas do canhoto seguem mortas espiritualmente, e ainda servem para combater, atacar, aos que levam a Sã Doutrina a sério. O lobão mata duas ovelhas com uma pedrada. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo...” II Cor 4;4

Para quem está cego, qualquer caminho, por vasto que seja, parece estreito.

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