domingo, 14 de julho de 2024

Reginaldo Rolim; falso?


“Não havendo profecia, o povo perece; porém, o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.” Prov 29;18 Almeida

“O povo que não aceita a orientação divina se corrompe, mas quem obedece à lei é feliz.” Versão transformadora.

“Where there is no vision, the people perish: but he that keeps the law, happy is he.” King James

“Sin profecía el pueblo será disipado: Mas el que guarda la ley, bienaventurado él.” Reina Valera

Duas versões em português, em inglês, espanhol. Todas, com variações normais, dizem o mesmo. Profecia, orientação, visão, de origem Divina; essenciais, para a manutenção do povo do Senhor.

A profecia carece um apreço bíblico sobre o que é, além de certo “acessório”.

Os profetas não eram meros adivinhadores; antes, servos, que falavam segundo Deus. Além de denunciar pecados, anunciar juízos vindouros, prediziam eventos com inerrância; eram meros canais de Deus. “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Sua mensagem, em geral os indispunha com os rebeldes, dado que, não buscavam agradar aos homens, antes, serem fiéis ao Senhor.

O primeiro crivo pelo qual uma profecia deve ser testada, é o do cumprimento. “Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, não suceder, como profetizou, esta é palavra que O Senhor não disse; com soberba, a falou; não tenhas temor dele.” Deut 18;22

Entretanto, o “acessório” indispensável, que devemos ter em mente, se não quisermos ser enganados, é o das consequências da profecia.

O sujeito prevê, a coisa se cumpre, mas, o ensino dele desencaminha da retidão e exclusividade do Senhor; nesse caso, mesmo acertando, é falso também.

“Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, de todo vosso coração e toda vossa alma.” Deut 13;1 a 3

Além do cabal cumprimento do vaticínio, esse deve resultar em Glória ao Senhor apenas, a ninguém mais; pois O Santo É Zeloso da Sua Glória. “Eu sou o Senhor, este é Meu Nome; Minha Glória, pois, não a darei a outrem, nem Minha honra, às imagens de escultura.” Is 42;8

Uma das características dos últimos dias segundo Cristo, seriam os prodígios da mentira. “Pois surgirão falsos Cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.” Mc 13;22

Tenho observado alguns “profetas” da atualidade; um deles, em especial chamou minha atenção. Chama-se “apóstolo” Reginaldo Rolim. É compartilhado por muitos cristãos; recebe os mais efusivos comentários dos “evangélicos” que o seguem.

Suas previsões são ousadas, marca datas, horas, para certos eventos; alguns acontecem; outros, são “acontecidos” pela entrega de previsões difusas como “avalanche, reboliço” de acontecimentos, que num mundo como a atual, sobretudo com uma situação política como a nossa, facilmente se “cumpre” bastando arrolar meia dúzia de coisas e empacotar.

Meu ponto, contudo, não é o cumprimento ou não, das previsões. Adivinhar coisas, até a pitonisa de Filipos adivinhava pelo poder de Satanás, antes desse ter sido expulso, pelo apóstolo Paulo.

O que me intriga no referido “apóstolo”, é a incapacidade dele de separar ao santo do profano. Por que Deus daria tal poder a um incapaz de algo tão básico?

Não raro, encontro e sujeito requerendo orações, de Evangélicos, católicos e Espíritas, todos os “cristãos”. Assim, invés de zelar pela Santidade do Senhor, como faria um profeta idôneo, o sujeito é ecumênico, sem filtro teológico, zelo doutrinário.

Com devido respeito aos católicos, mas, eles não se limitam à observância da Palavra. Colocam dogmas, tradição eclesiástica acima dela até. Os espíritas também merecem meu respeito. Mas, doutrinariamente não são cristãos. Negam a redenção mediante Cristo, esposam aperfeiçoamento pelas obras, durante tantas encarnações, quantas, necessárias para isso. Se o sujeito não sabe essas coisas, mesmo adivinhando outras, não sabe de nada.

Em seu “pano de fundo” das lives, traz um leão coroado; abaixo a inscrição: “Parabéns, Apóstolo Reginaldo Rolim.” Dá impressão que isso não aponta para a Glória de Deus.

Tanto mais suscetíveis seremos aos enganos, quanto, mais distantes estivermos da Palavra de Deus. Pois, como vimos no princípio, não estando essa em perspectiva, tendemos a nos corromper.

Mais que adivinhador do devir, deve, um servo idôneo, ser um conhecedor e praticante do que já veio. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens procurar instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

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