sábado, 27 de julho de 2024

O Espírito Olímpico


“Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;1 a 3

Alguns analisam à festa de abertura dos jogos olímpicos, em busca de mensagens subliminares de orientação maligna.

Ora, aquela festa celebra à sagração do motim, da ruptura da humanidade com O Criador.

A tão celebrada “Chama Olímpica” que traria seu espírito para “abençoar” os jogos, deriva da versão mitológica da queda do homem. O fogo que “Prometeu” teria furtado aos deuses e dado aos humanos; uma paráfrase relendo a tentação do Éden, onde a serpente prometeu divindade se o homem agisse em autonomia ao Criador, embora, o resultado fosse a morte.

A Grécia, onde tudo começou recebe a honraria de ser a primeira delegação a desfilar. Os Helenos foram o berço da filosofia, meio pelo qual, o homem entenderia e explicaria o mundo por si mesmo. Malgrado, os esforços de tantos, nunca foi a lugar nenhum.

O Conhecimento na esfera espiritual depende de revelação, não de reflexão. “... ninguém conhece o Filho, senão Pai; e ninguém conhece O Pai, senão O Filho, e aquele a quem O Filho O quiser revelar.” Mat 11;27

Foi aos filósofos, os Estoicos, adeptos do ascetismo, e Epicureus, cultores do prazer, que Paulo disse, em plena Colina de Marte: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam.” Atos 17;30

A ignorância em apreço era a tentativa de se honrar ao Eterno, cultuando imagens. Mesmo os filósofos faziam aquilo. Não importa quão desenvolvidos sejamos os intelectos; para as coisas espirituais, carecemos beber de Cristo, não, da filosofia. “Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Então, as Olimpíadas, no aspecto espiritual, são uma celebração das crenças mitológicas forjadas na Grécia, com seus muitos deuses imortais, titãs, eivados de vícios, como ciúme, violências, mentiras, desejos carnais, bem aos moldes pecaminosos, humanos.

A ideia de um Deus que se deixasse sacrificar por amor aos humanos para salvá-los, não descia aos paladares filosóficos deles. Paulo pontuou: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus... Cristo crucificado é escândalo para os judeus, loucura para os gregos.” I Cor 1;18 e 23

Para humilhação dos supostos sábios, Paulo ironizou; “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” Vs 25

No prisma esportivo, a Olimpíada é mera disputa humanista; no espiritual, tem as espúrias origens que vimos. Certo narrador que transmitia a abertura dos jogos disse: “Aqui está o que a humanidade tem de melhor.” Na arte de competir, uns contra os outros, certamente.

Porém, Cristo nos chama a “competirmos” conosco mesmos, resistindo às últimas consequências, a ideia de pecar; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

Não vem buscar aos melhores; chama aos ruins, desafia a que se arrependam e mudem de vida segundo Seus Ensinos. Aos que assim fazem, em Sua Vinda, dará mais que uma medalha de ouro, uma coroa. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas a todos os que amarem Sua vinda.” II Tim 4;8

A Palavra de Deus, nada tem contra esportes, exercícios físicos; porém, aos que se deixam guiar por ela, enfatiza a excelência dos exercícios espirituais, pelo alcance que têm; “... exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

Carecemos a maturidade que a Palavra Viva dá, para entendermos a futilidade das honras efêmeras, ante às eternas. “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Enfim, não há mensagens subliminares nos jogos olímpicos. São a celebração do motim contra “O Piloto” do planeta e Suas Leis.

Vimos a maior parte do percurso da chama que simboliza o Espírito Olímpico feito por alguém usando máscara. Aquele que está arrastando a humanidade à perdição, se pretende benfeitor; usa máscaras como “integração, inclusão, diversidade...” com as quais mantém viva a chama da rebeldia dos amotinados.

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