domingo, 7 de julho de 2024

A conversão


“Convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, procedendo com retidão e justiça, conservará este, sua alma em vida.” Ez 18;27

A obscenidade de se prometer prosperidade material aos que abraçarem o Evangelho tem sido tão recorrente, infelizmente, que aos desavisados parece fazer parte dele, o qual, as pessoas abraçariam para “melhorar de vida.”

Ora, ninguém o recebe, tendo vida; antes, o faz para tê-la, uma vez que se encontra morto, em delitos e pecados. “Não quereis vir a Mim para terdes vida.” Jo 5;40 Denunciou O Salvador, depois de assegurar que falava com mortos. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Isso demanda uma mudança radical de atitudes. As inclinações naturais devem ser abandonadas de maneira tão cabal, que é como se a pessoa “se suicidasse”, rendendo-se ao Salvador. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me;” requereu Ele.

A salvação acaba subavaliada, como se, recebê-la fosse coisa de pequena monta. Para quem age assim, a pergunta do Senhor: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mat 16;26 Bens materiais estão fora de cogitação; “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, dar a Deus o resgate dele. Pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49;6 a 8

A fé não é uma força para fazer acontecer os desejos ímpios; quiçá, um poder pelo qual podemos ordenar que as coisas se nos amoldem, porque cremos de determinada maneira; antes, é um dom que nos capacita a confiarmos irrestritamente no Senhor, aconteça o que acontecer, mesmo acontecendo totalmente adverso, aos nossos mais legítimos anseios. “... Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Essa postura alicerçada na Palavra do Santo, atribui a Ele o que Lhe é devido; confiança em Sua Integridade; isso lhe agrada; então, a sentença: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

Isso num segundo momento; depois que a fé fizer seu trabalho inicial; cumprir seu propósito primeiro, a salvação. “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” I Ped 1;9

Depois do primeiro passo, tendo migrado da morte para a vida, espiritual, Deus estabelece conosco um relacionamento; Pois, “... Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” Mat 22;32

Tendo nós, renascido, espiritualmente, por certo, não teremos os mesmos anseios de quando estávamos mortos; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Segundo o verso inicial, de Ezequiel, à conversão sucede um novo proceder, agora, em retidão e justiça; logo, todas as nossas “saídas” precisam passar por esse crivo, antes de se abrirem as cortinas no teatro das nossas ações; daí um preceito essencial a observarmos: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23

A conversão também foi figurada como sendo um transplante de coração, dada a necessária e radical, mudança, após ela; “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra e vos darei um coração de carne.” Ez 36;25 e 26

Logo, se um animal bilíngue aprender alguns balidos, bem poderá tentar se passar por ovelha, malgrado, sua índole lupina; entretanto, a dieta carnívora fará evidente o embuste, e só se deixará enganar quem for demasiado tonto para isso.

Os bilíngues dos dias de Paulo foram vistos de longe, na diferença entre os balidos e as ações; “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Noutra parte, aludindo aos tempos difíceis dos últimos dias, por causa da exponencial pujança da maldade humana, entre outras coisas disse que os maus agiriam, “Tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia...” II Tim 3;5

A eficácia mais notável de Cristo em nós, é livrar-nos da corrupção mundana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário