sábado, 9 de março de 2024

Vergonha de quê?


“Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, participa das aflições do Evangelho...” II Tim 1:8

Por algumas frases de Paulo na segunda carta a Timóteo, parece que o jovem passava por um momento de retração, dúvidas, como se, mesmo o dom que recebera estivesse adormecido; então, Paulo exortou: “... despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.” V 6

Talvez, pensou o apóstolo, o fato de ele estar preso, ser perseguido tivesse tido demasiado impacto sobre ele, e estivesse envergonhado até. Então, o encorajamento que vimos acima: “Não te envergonhes do testemunho de Cristo, nem de mim.”

Vergonha, normalmente temos como algo bom, na presunção implícita que se deve senti-la por algum lapso comportamental, ou de caráter; tanto que, um sem vergonha é alguém desprezível. Deus falou assim, contra Israel, em dado momento: “... mas tu tens a fronte de uma prostituta, não queres ter vergonha.” Jr 3:3

Por ser uma coisa neutra, carece de contexto antes de ser apreciada como algo meritório ou, defeituoso. Dependendo de quem se envergonha, e por quê?

Pode acontecer por razões torpes, ou, virtuosas. Um assaltante acostumado a trocar tiros com a polícia, por exemplo, se envergonhará de um novato que, no calor da “rotina”, resolva fugir.

Quando alguém se envergonha de coisas honestas, certamente está cercado de gente desonesta; tem em mais alta custa a aceitação dos ímpios circunstantes, que, a preservação a todo custo, dos valores nos quais foi ensinado. Nesse caso, a vergonha faz mal, mais do que bem. Ló, mais que se envergonhar, se afligia vivendo entre ímpios. “... afligia todos os dias sua alma justa, pelo que via e ouvia sobre suas obras injustas.” II Ped 2:8

Em Corinto, uma igreja embrionária, havia muitos casais divididos, uns criam, outros não; membros de famílias também se dividiam. Os que descriam, usavam calúnias de outros que foram após a pegadas de Paulo, desfazendo do chamado e trabalho dele.

Diziam que nem mesmo apóstolo era; “Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.” I Cor 9:2 defendeu-se.

Adiante desafiou os valentões, em sua ausência, a sê-lo também na sua presença. “Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser; então conhecerei, não as palavras dos que andam ensoberbecidos, mas o poder.” II Cor 4:19

Depois diagnosticou a causa pela qual, os cristãos coríntios estavam “estreitados”, envergonhados de “pertencerem” a Paulo, como se isso fosse um escândalo; “Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos.” II cor 6:12

Ou seja: não dei nenhum escândalo, algo que fosse motivo para sentir vergonha; antes, vocês estão dando peso indevido às opiniões dos ímpios que convivem convosco. Querem uma purificação, separem-se espiritualmente, das influências deles.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e vos receberei; serei para vós Pai, sereis para mim filhos e filhas, Diz O Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6:14 a 18

Quantos pastores de nome, que, por darem peso indevido às ímpias opiniões, escolhas, capitularam; passaram a se envergonhar de Cristo, para não se envergonhar de seus amigos que escolheram a perversão sexual como modo de vida? Pouco a pouco foram recuando, hiper dimensionando a “bondade” de gente que se recusava a mudar por inteiro; eles acabaram mudando. Isso não deriva do amor, mas de um sentimentalismo moloide, frouxo, incapaz.

Hoje são acusadores dos “discursos de ódio, homofobia, radicalismo, religiosidade...” e pechas afins, que usam para atacar aos que permanecem fiéis, pois, só de pecar têm vergonha.

Em Deus não há mudança nem sombra de variação, quem está Nele, não carece mudar, em linhas gerais; embora, deva progredir continuamente, em santificação. Sempre será uma obra em construção; nunca, em dúvida acerca dos valores a esposar.

Então, tenhamos vergonha pelas razões corretas, pelos motivos certos. Quem se envergonhar do Salvador e Sua Doutrina, a quem recorrerá nas emergências? “Porque, qualquer que de Mim e das Minhas Palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, na do Pai e dos santos anjos.” Luc 9:26

sexta-feira, 8 de março de 2024

Necessária reverência


“Guarda teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.” Ecl 5:1

“Guarda teu pé...”
ou, pondera teu caminho, pensa antes de agir. Embora os pés sejam meros veículos, figuradamente são tratados de modo a ilustrarem outros aspectos.

Como a escolha dos que anunciam O Reino de Deus: “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, anuncia o bem, faz ouvir a salvação, e diz a Sião: O teu Deus Reina!” Is 52:7

A beleza apreciada não está nos pés, literalmente; antes, nas escolhas, dos que se fazem pregoeiros da salvação. Que proveito levam, palmilhando a terra pela causa do Mestre!

Se, mesmo nas coisas vulgares é bom ponderarmos bem, antes de escolher, o que dizer das de repercussão eterna, as espirituais? Eis as consequências das escolhas, possíveis: “... o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:32 e 33

“... quando entrares na casa de Deus...”
Acaso entramos inadvertidamente na casa de nosso semelhante? Mesmo sendo pessoas de nossas relações, esperamos pela gentileza do convite.

Se, a casa de Deus for também de nosso Pai; digo, se reconciliamos com Ele mediante Cristo, invés de nos esbaldarmos por isso, devemos temer; sabedores do custo que foi pago para que essa reconciliação fosse possível, uma razão mais, temos, para a postura comedida, reverente. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1:7

Aos que iam ao lugar santo de qualquer jeito, com suas vidas tortas, sem um arrependimento sincero, tentando compensar isso com sacrifícios, como se Deus fosse um mercador, foi dito: “... De que Me serve a multidão de vossos sacrifícios, diz O Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e gordura de animais cevados; não Me agrado de sangue de bezerros, cordeiros, nem bodes. Quando vindes para comparecer perante Mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis pisar Meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs...” Is 1:11 a 13

Invés de pecar mais, confundindo coisas santas com profanas, O Eterno mandou que fossem se lavar primeiro; “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas. Vinde então...” vs 16 a 18

“... porque chegar-se para ouvir é melhor que oferecer sacrifícios de tolos...”
Os sacrifícios de tolos, vimos acima; uma alternativa superior é proposta aqui; “ouvir é melhor...” 

Tiago ensina: “Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, para se irar.” Tg 1:19 Salomão fez considerações sobre isso; “Melhor é ouvir a repreensão do sábio, que ouvir alguém a canção do tolo.” Ecl 7:5

Desgraçadamente, quase todo mundo tem algo a dizer, sem ter, antes, aprendido. Nem tudo vem de berço; “bondade se aprende”, ensinava Demócrito. “Instrui ao menino no caminho que deve andar...” Prov 22;6 prescreve a Palavra.

Há vozes demais e ouvidos de menos num mundo desesperadamente carente de conteúdo, tanto pelo lapso do conhecimento, quanto, pelo da virtude. Falta saber; falta caráter.

Se soubéssemos, ao menos, as consequências do falar ocioso, precipitado, seríamos mais morosos com nossas línguas; “Mas Eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” Mat 12:36

A língua alinhada à vontade de Deus é feita uma espada; “... a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus;” Ef 6:17 A do homem por conta própria, mesmo que se esforce em ser aveludada, acabará se revelando danosa como foi a de Judas. “As palavras da sua boca eram mais macias do que a manteiga, mas havia guerra no seu coração...” Sal 55:21

“... pois, não sabem que fazem mal.”
Se “Deus não toma em conta os tempos da ignorância...” Tenciona fazer os ignorantes conhecerem Sua Vontade, para que sejam salvos. Ignorância não é sinônimo de inocência; pode matar também. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4:6

Quando O Senhor orou na cruz, “Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem.” Não significa que estava perdoando-os para salvação. Rogava para que não fossem consumidos, sem possibilidade de arrependimento; para efeito de salvação deveriam trilhar o mesmo caminho que todos. Reconhecimento, arrependimento, perdão, submissão.

Quando entrarmos na casa do Senhor, que o façamos numa ousada aproximação, desejando que Sua Luz penetre mais em nós.

Filhos da luz


“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz... Aprovando o que é agradável ao Senhor.” Ef 5:8 e 10

Ser e agir, interligados. Se, depois de convertidos, fomos feitos filhos da luz, devemos andar conforme a nova situação.

“... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6:4

O agir dos efésios ainda era alvo de correção; o ser, não estava em disputa; eram “filhos da luz.” A justificação é imediata, uma vez alcançada a fé. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Essa “passagem” traz consigo responsabilidades, para que nossa fé se mostre viva, não, mera abstração, como advertiu Tiago: “... a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma... Tu tens a fé, eu tenho as obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, e te mostrarei a minha, pelas minhas obras.” Tg 2:17 e 18

As boas obras como testemunhas de fé, não, alternativas, substitutas. O cristão é salvo porque crê; deve fazer obras boas porque essa é a vontade do Senhor ao qual, passou a pertencer. Devemos agir, “Aprovando o que é agradável ao Senhor.” Nossas vontades naturais dever ser “crucificadas”; tidas como mortas. Eis o sentido do “Negue a si mesmo e tome sua cruz!”

Quando da queda no Éden, a oposição ofereceu independência, autonomia; “Vós sereis como Deus e sabereis o bem e o mal”, agora, somos chamados a ser como Cristo, obedientes à Divina vontade, às últimas consequências.

Ele, mesmo sendo igual a Deus, “... esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2:7 e 8

O Eterno não precisaria, mas oferece as razões, pelas quais devemos abdicar de nossos desejos enfermos em submissão a Ele: “Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, assim são Meus caminhos mais altos que os vossos, e os Meus Pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55:8 e 9

Para aprovarmos o que agrada a Deus devemos ter viva, nossa condição de servos, de filhos da luz. Embora nossas vontades e gostos possam ser desagradados, pontualmente, Aquele que sabe aonde cada caminho conduz, tem os melhores pensamentos ao nosso respeito, deve ser sempre ouvido; pois, nos guia com amor e sabedoria. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim, são caminhos da morte.” Prov 14:12

O Eterno assegura: “Porque bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, não de mal, para vos dar o fim que esperais.” Jr 29:11 Quem sabe o fim, ao qual deseja conduzir, também sabe o meio para chegar lá.

Cristianismo não é de rótulos; é uma peregrinação sobre a terra, cujo modo de caminhar, deve apontar para onde querem chegar os peregrinos. Se, agirem como filhos da luz, O Salvador os receberá no fim da jornada. “... Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado...” Mat 25:34

Todavia, quem acreditar que tem “luz própria”, como pretendem os que falam em editar, "corrigir” À Palavra do Eterno, o simples cogitar essa “necessidade” já mostra que pertencem a outro “pai”. “Toda a boa dádiva, todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” Tg 1:17

Uma das prerrogativas do Eterno, é não sofrer a ação do tempo. O tempo lhe está submisso, uma vez que é “... Pai da Eternidade...” Is 9;6

Se, antes da queda o primeiro casal estava nu, e eles não se envergonhavam, os que são de Cristo, devem também, cultivar uma inocência tal, que suas almas vistas como são, não causem vergonha; afinal, “... não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4:13

A Luz do Mundo, Jesus Cristo, chama os que têm algo a esconder, não para expô-los, mas para lavá-los. “... Se Eu te não lavar, não tens parte comigo.” Jo 13:8

Muitos acham insuportável o banho; “Porque Ele será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros.” Ml 3:2 Os que suportarem poderão dizer como o cego aquele: “Fui, lavei-me e vejo.” Jo 9;11

quinta-feira, 7 de março de 2024

Contra a verdade


“Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Uma análise a longo prazo. Não significa que os mentirosos não façam dano. Diferente do que dizia Goebbels, ministro do nazismo, que uma mentira repetida mil vezes se torna verdade, a verdade é resiliente demais, para aceitar algo em seu lugar. Se alguém resolver reescrever a história, naquilo que ela é veraz, parirá apenas uma mentira, com pretensões históricas.

Eufemismos grassam pra camuflagem da mentira. Ora, “fake News”; outra, a “narrativa” emprestam seus artifícios para que a mentira faça boa figura. Ela segue feia, indigna, ultrajante, desagregadora, insuficiente.

Embora digam que tem pernas curtas, sequer pernas tem; precisa ser levada nos braços por quem a pariu; sempre carecerá um “afluente”, pois, sua fonte original não basta; ao curso do tempo, nesgas de verdade teimam em aparecer.

No frigir dos ovos, no dia do juízo se, não, antes, o mentiroso será apenas mentiroso; nada poderá mudar isso; sua vítima, apenas vítima, quando a verdade passar tudo pelo seu crivo.

Podem os maus fazer estragos pela sua ignorância quanto ao porvir, ou mesmo pela inconsequência; “Pois, mudaram a verdade de Deus em mentira...” 1:25

A inversão de valores só pode ser assim nominada, porque, cada valor tem seu nicho próprio, esculpido pela verdade, estabelecido pelo Criador; fora disso, o mesmo estará em local indevido.

Os que os mudam só podem deixar patente suas perversões. Cada coisa será valorada segundo a verdade, não as perversões. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5:20 e 21

A força da verdade não está no número de pessoas que lhe são favoráveis; se, muitos mentirosos associados decidirem criar uma “verdade” atritando pedras das paixões, em busca das faíscas das falácias, para atiçar nos gravetos dos interesses, a espera que a chama de uma “narrativa”, dê vida, ao que não tem nenhuma substância, criarão um espantalho.

Após o processo, da formação de quadrilha verbal, se verá a grotesca inutilidade do produto; que seguirá sendo uma mentira.

A verdade não faz lobby, nem força. Seu ser é sua força. Eventualmente, deparo com postagens em defesa da “ciência”, como se, a ciência veraz carecesse disso; pilantras, quando, pretendem impor determinado comportamento em nome daquela, fazem calculada gritaria; de longe identifico-os preparando terreno para mais uma velhacaria.

A ciência verdadeira não faz propaganda; faz pesquisas. Seus produtos são tão “científicos” que, sem nenhum esforço caem no gosto popular. Os resultados que produzem justificam plenamente seus custos.

Então quando alguém tenta impor algo em “nome da ciência”, seja vacina, seja máscara ou a bosta que for, podemos ter certeza que a ciência é só um pretexto para alguma patifaria em curso. Acaso é necessário impor o uso de baterias em telefones ou aparatos similares? Alguém precisaria sair defendendo a ciência, invés de fazer o óbvio?

Nas últimas eleições presidenciais no Brasil se impôs a maior fraude de todos os tempos. Pela fragilidade de instituições corruptas, que, usaram a força onde se demandou a verdade.

Abusaram de truculências jurídicas, com cumplicidade tácita de todos os setores do “sistema”; conseguiram impor a coisa, malgrado, durante sessenta dias o povo tenha clamado nas ruas, em frente aos quartéis, pedindo transparência nos resultados. Foi negada; as vítimas foram transformadas em culpados pela infiltração de gente baixa, que praticou baixarias sob encomenda, para esse fim.

A ausência de verdade nos feitos dos fraudadores e demais membros da quadrilha, só lhes permitia o uso de ameaças, arbitrariedades, cooptação dos venais, a peso de dinheiro surrupiado.

A peneira deles nunca tapou o sol; mas, semeando pavor, lograram por uns tempos, que seus raios se ocultassem atrás de nuvens de dúvidas.

O acordo com a morte, a aliança como inferno começa a fazer água; a verdade, lenta e seguramente, vai começando a ocupar seu lugar.

Outrora, em situação similar Isaías vaticinou: “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, debaixo da falsidade nos escondemos.” Is 28:15 Adiante, sentenciou: “A vossa aliança com a morte se anulará; vosso acordo com o inferno não subsistirá; quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados.” V 18

Antes se escondia sob o tapete as coisas feias. Atualmente, os tapetes não dão conta mais. A mentira enche tribunais, palácios. A nação. Porém, Deus ainda ama à verdade e deixará claro isso para que todos saibam que, “nada podemos contra a verdade...”

terça-feira, 5 de março de 2024

A feliz escolha


“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1:1

Invés de uma proibição, “Não farás isso, ou aquilo”, temos uma espécie de análise filosófica, quanto ao resultado que atingirá quem evitar determinados ambientes, companhias. “Bem-aventurado”. Ou seja, feliz. Feliz daquele que escolhe conselhos, caminhos e companhias, com prudência, sabedoria; derivando-os do que aprende da Lei do Senhor.

Grassa uma ideia superficial de felicidade, às vezes, egoísta; tendemos apensar que seremos felizes se conquistarmos certas coisas. Não é para esse Norte, que deve apontar nossa bússola. Os felizes do Senhor serão prósperos em frutificar, não, em conquistar.

“... como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão; tudo quanto fizer prosperará.” V 3 O “feliz” em apreço, mais que lograr um deleite sentimental, atua segundo o propósito para o qual Deus o comissionou. Dada a recompensa que uma postura assim receberá, com certeza se pode dizer: Bem-aventurado!

“... não anda segundo o conselho dos ímpios...” anda, é uma metáfora para a forma que alguém vive. Pouco importa se esse está em movimento, ou parado; conforme as diretrizes, os valores que escolheu, é assim que o tal, “anda”.

Desgraçadamente, não poucos doentes posam de médicos, em se tratando das doenças da alma. Quem mais deveria silenciar e ouvir, mais intenta falar. Os ímpios carecem desesperadamente de saúde espiritual, conversão. Não poucas vezes, pretendem ser referenciais, conselheiros de terceiros, embora, suas escolhas sejam incapazes de levar a bom termo as próprias vidas.

Quiçá, falta de paz os instigue, como uma alternativa fugaz, a ouvir a voz da consciência que deveria ser escutada. “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57:20 e 21

Como, pessoas com esses predicados seriam nossas conselheiras? “Feliz o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios.”

Quem anda bem pode nos estimular e ensinar apenas com o exemplo; o que não, carece de palavras; muitas vezes nem o próprio se atreve a escolher para si coisas que prescreve.

Quando o faz, as consequências das suas escolhas são mais eloquentes que seus conselhos. Os frutos que produz falam melhor que as palavras.

“... não se detém no caminho dos pecadores...” eventualmente passamos por caminhos que não escolheríamos para nós; somos levados por eles, mercê de circunstâncias que nos escapam. O fato de o mal estar ao nosso redor, não significa, necessariamente, que deva entrar em nós. Assim como, andar, figuradamente significa escolher, também os “caminhos” figuram as escolhas de alguém, no sentido das coisas que esse aprova ou reprova. O exemplo de vida que alguém lega é o resultado prático dos seus caminhos.

Sendo, o caminho a ser evitado o dos pecadores, algo a distinguir; (todos o somos, mesmo os convertidos) nossos pecados são nossos tropeços, não nossos caminhos. Quando pecamos, por um momento, nos desviamos, pressurosos e arrependidos buscamos perdão, mudança, retorno à vereda direita. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, O Justo.” I Jo 2:1

Embora o pecado inda faça parte de nossos atos, o objetivo é a santificação. “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6:4

“... nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
Chegamos a um degrau mais baixo que apenas ímpio, ou, pecador. O escarnecedor. O escárnio é uma Zombaria com o intuito de causar risos; caçoada. Demonstração de desdém em relação a algo ou alguém; menosprezo.

No caso de escarnecer das coisas santas, o erro “progride” para a profanação. Diferente do que possa parecer a um ouvinte distraído, o “temor do Senhor” que nos anima, não é medo de um castigo; antes, escrúpulos, zelo, para não ferir a honra, Integridade e Santidade do Nosso Deus. Como, imbuídos dessas coisas nos assentaríamos entre zombadores?

Como alguém maneja com extremo cuidado, um quadro, um perfume valioso, um vaso de porcelana excelente, cioso para evitar danos, assim soa aos nossos ouvidos O Santo Nome do Eterno; precioso demais para ser exposto a ambientes ou situações indignas, vulgares.

Se, os moveres necessários em nosso existenciário nos expõem, eventualmente, a companhias e ambientes indesejáveis, nos ambientes santos, O Eterno separa o que serve e o que não.

“... ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1:5

domingo, 3 de março de 2024

Amor pela verdade


“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvar.” II Tess 2:9 e 10

Vaticínio do surgimento do “homem da iniquidade”, vulgarmente conhecido por Anticristo. Seu “modus operandi”; prodígios de mentira, enganos da injustiça. Seu público-alvo: os que “não receberam o amor da verdade para se salvar.”

Os “Editores das Escrituras” que falam ousadamente em “alargar À Bíblia” por se recusarem a estreitar seus comportamentos aos preceitos dela, são desse calibre; não amam à verdade. Amam suas doentias e perversas comichões.

Determinado feito pode soar mui
 prodigioso, poderoso; se foi derivado da mentira é nulo, eficaz apenas para seduzir aos que perecem, por não terem aprendido a vereda da vida.

Em tempos de avançado domínio tecnológico, bem poderão fazer surgir um “Jesus” holográfico nos ares, falando o que desejarem. Reféns dos prodígios de mentira facilmente serão aprisionados por falcatruas assim. A “marca da besta” se travestirá de avanço em segurança; há muitos “evangélicos” que a defendem, desviando atenção para algo que seguramente, não é.

Não poucos confundem amor ao próximo, com amor à verdade, como se, ambos estivessem sob o mesmo jugo. Não. São coisas diferentes. Criticar um erro doutrinário é uma forma de amar, de livrar alguém das garras da heresia; se o tal amar à verdade, se sentirá grato por deixar o engano.

O amor ao próximo é mandamento; postura necessária nas relações interpessoais, mesmo quando nosso “próximo” não se revela tão próximo assim; digo, prefere se manter à distância em relação a nós. Quiçá, quando nos faz algum mal.

O amor pela verdade deve ser o árbitro nas relações inter doutrinárias; a bem dela, devemos discordar de tudo que a fracione, contrarie, acrescente, suprima, ou, perverta. Amar a alguém não deve ser equacionado a concordar, com o que esse alguém pensa, ou faz.

Se, o lapso do amor pela verdade deixará as pessoas à mercê do engano do Anticristo, aquele que discorda de nós quando estamos errados, e nos ensina ver em bases sólidas os motivos da sua discordância, nos faz mais bem, assim, do que faria se fingisse concordar com o que descrê, apenas sob o pretexto de “evitar polêmica”.

Como dizia Sócrates: “Liberte-me de minha ignorância e te terei na conta de meu maior benfeitor.”

Nessa geração mimimi, tudo fere, ofende, melindra, facilmente, discordar de algo, se transformará em “discurso de ódio, radicalismo, fundamentalismo”, etc. Ora, para que servem os cérebros, graciosamente colocados em nossos crânios, se, mesmo podendo, nos abstivermos de usá-los?

Cabe também lembrar, acerca das discordâncias, de uma famosa frase: “Não concordo com uma palavra do que dizes; mas, defenderei até à morte, teu direito de dizeres o que pensas.”

Dadas nossas imperfeições, limitações, dissenso e contraditório se tornam inevitáveis em nossas relações. Quem concorda com tudo e posa de “amigo de todo mundo” é uma pessoa falsa, que imola à verdade todos os dias, no estúpido altar da alheia aceitação, tendo na hipocrisia seu “culto”, no Capiroto seu deus.

Só um pusilânime não lutaria em defesa de quem ama. Vemos animais pequenos ostentando bravuras impensáveis, se seus filhotes estiverem ameaçados. A força que falta nas constituições, são supridas aos apelos do amor, em nome do qual, arriscam a perder as próprias vidas.

Quantos cristãos assim fazem, ainda em nossos dias? Em países como a Nigéria e adjacências, onde predomina o radicalismo islâmico, cristãos são fuzilados em seus locais de culto, com estrondoso silêncio da imprensa, serva do pai da mentira, cúmplice no seu propósito de governo global. Para esses o “ódio” está apenas onde a verdade é defendida; onde os mentirosos matam inocentes, tudo bem.

Cristo denunciou seus antepassados: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele...” Jo 8:44

Então, é útil o conhecimento em si; porém, vital, precioso é o conhecimento da verdade. Pois, bem se pode aprender falsas doutrinas, ensinos, num esforço vão, como fazer buraco n’água. Paulo falou de mulheres que, seduzidas por falsos obreiros, “Aprendem sempre e nunca chegam ao conhecimento da verdade.” II Tim 3:7

Aos cristãos hebreus, depois de imenso rol de gente que perdera a vida por amor a Deus, foi colocada certa “pimenta” como uma exortação aos que achavam a caminhada dura e pensavam em retroceder. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12:4

Enfim, quem acha mera crítica ou discordância, algo difícil de suportar, ainda não entendeu o sentido do “negue a si mesmo.”

Os ungidos


“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também Me esquecerei de teus filhos.” Os 4:6

A rejeição de um sacerdote, que, por ter recusado o conhecimento, levara o povo pelo mesmo caminho, colocando-o a perder.

Impossível exagerar a importância de um líder espiritual, para a edificação e preservação dos seus liderados.

Havia três tipos de “ungidos” na Antiga Aliança; reis, sacerdotes e profetas.

Os reis, embora fossem autoridades civis, tinham dever de levar um modo de vida aceitável diante de Deus, tornando-se parâmetros para o comportamento do povo. Deveriam ter consigo uma cópia da Torá; viver segundo ela. “Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta Lei, do original que está diante dos sacerdotes levitas.” Deut 17:18

Essa história que religião e política são excludentes como água e vinagre é uma falácia. Uma boa formação nas coisas atinentes a Deus, certamente patrocinará um bom comportamento também perante os homens.

Os profetas eram paladinos da Justiça Divina, veementes vozes a denunciar os desvios comportamentais, fosse dos pequenos, fosse dos grandes.

Jeremias, quando sua mensagem de arrependimento foi rejeitada, pensou que falara nos lugares errados, apenas entre o populacho de pouca relevância. Então, decidiu dizer o mesmo na alta sociedade. Entre os elevados encontrou a mesma indiferença; “... estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5:4 e 5

Os profetas estavam para aqueles dias, mais ou menos como os pregadores idôneos, para hoje. Eram intrépidos combatentes dos descaminhos, vozes e vidas consagradas à defesa da verdade, mesmo que tivessem que defendê-la perante reis, como fizeram Elias, Eliseu, Natã e outros.

Infelizmente, muitos se arvoravam em profetas sem terem sido chamados. Não sei se, por confundirem suas “boas intenções” com a Vontade Divina, por gostarem da status, por inveja dos verdadeiros, ou a serviço da oposição apenas, mas eram como ervas daninhas, abundantes onde deveriam estar, apenas, os comprometidos com O Senhor.

Eventualmente O Eterno chamava um Profeta, para falar contra os “profetas”; “Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam, e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi A Palavra do Senhor;” Ez 13:2

Por fim, os sacerdotes. Além de mediadores entre o homem e Deus, ofereciam os sacrifícios e oravam pelo perdão dos arrependidos, deveriam ser mestres, versados no ensino para conduzirem os pecadores rumo às veredas direitas. Mais ou menos como os teólogos atuais. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2:7

Quando um sacerdote se corrompia, como foi o caso de Eli, por exemplo, todo o povo padecia. Além derrotados pelos inimigos, naqueles dias, até a Arca da Aliança foi parar nas mãos dos filisteus. Tanto uma liderança saudável preserva um povo, quanto, outra doentia, põe a perder.

O caso do verso inicial denunciado por Oséias. Um sacerdócio rejeitado e um povo destruído.

Como cresce o rabo do cavalo, cada vez mais para baixo, hoje a apostasia cresceu. Para cada ministro idôneo, há algumas dezenas de falsários, que não dão a mínima se estão levando quem lhes ouve para a perdição.

São mercenários imediatistas, alheios à mensagem de salvação; lhes bastam os resultados terrenos dos seus enganos; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles, só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3:18 e 19

Se, outrora foi necessário que profetas falassem contra “profetas”, hoje desesperadamente carecem, os pregadores probos, pregarem contra os réprobos que pervertem tudo o que podem, deixando um sujo rastro por onde passam.

Invés de ouvir quem prega a verdade, as pessoas costumam escolher aqueles, com cuja mensagem se identificam, nem que seja mentirosa; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4:3 e 4

Invés de aprender com erros históricos, muitos, por preferirem o engano dos sentidos, à sobriedade do conhecimento espiritual, irão repeti-los. “Meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento...”