sábado, 21 de outubro de 2023

O fogo necessário


“... importa que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo;” I Ped 1:6,7

A necessidade das tentações, para que, Cristo seja honrado pela nossa obediência; quando, o tentador assedia com a desobediência camuflada de prazer, mas, preferimos renunciar a tais coisas por amor a Cristo, honramos a Esse, e resistimos àquele.

Isso traz alguma tristeza? “... necessário que estejais por um pouco contristados...” escreveu Pedro.

Ao Espírito quem em nós habita após o novo nascimento, a ideia de pecar soa abjeta, à carne, a expectativa dos prazeres do pecado tem seus atrativos.

Mesmo que O Espírito se alegre pela nossa obediência, a carne exibirá traços de frustrações, por ter sua inclinação contrariada; “Os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a do Espírito é vida e paz.” Rom 8:5,6

Paulo fez distinção entre duas tristezas; “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação, da qual ninguém se arrepende; mas, a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7:10

Tristeza segundo o mundo vem como consequência do pecado e seus “frutos” deletérios; tristeza segundo Deus deriva de resistirmos às inclinações naturais, por amor a Ele.

Ainda, a tristeza assoma como consequência de termos, eventualmente, caído nalgum erro; e pensando melhor, depois, nos vermos arrependidos, e decididos a não o repetir.

Quando vem de uma queda pontual, é menos grave que o “duplo ânimo” que, funde em todo o tempo, um desejo pelas coisas santas, sem a necessária separação das profanas; “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4:8 Mãos e corações ficam sujos; ações e desejos acoroçoados andam de mãos dadas.

Também, se vivemos segundo Deus, podemos nos entristecer como vítimas, ou, meros observadores da injustiça que grassa no mundo. Ló vivendo entre ímpios e injustos, sentiu tristeza por motivos alheios; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, por isso via e ouvia sobre suas obras injustas.” II Ped 2:8

Vendo a covardia inominável do terrorismo, ou da defesa do aborto, por exemplo, qual ser, justo, não se entristecerá? Só alguém completamente abjeto, asqueroso, cultor do ódio e do egoísmo, se identificará com coisas assim.

Somos chamados a crer, depois, ensinados nas minúcias, sobre o que significa a fé que professamos; nos é permitido bradar a cidade e ao mundo, o que cremos. Que vice nossa fé, todos saibam dela! Não nos envergonhamos de Cristo; antes, nos é honroso pertencer a Ele!

Porém, chegará um momento que nossa fé será testada. Se, o ouro é testado ao fogo, e nossa fé é mais preciosa que ele, como vimos, inevitável que ela seja posta à prova, no “fogo” também.

Paulo ensina: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se, alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3:11-13

Notemos que, as provas incidem sobre os que se dizem fundamentados por Cristo; não os que abraçam credos alternativos. Deus prova aos que se dizem Seus.

Sobre esse Fundamento Único, é possível que nossas vidas sejam edificadas com materiais ordinários, “madeira, feno, palha” coisas que não resistem ao fogo das provações; uma “fé” que soa portentosa quando as coisas estão em céu de brigadeiro, mas, que se apressa a fugir, quando das provas que demandam renúncia e confiança em meio às tempestades.

Para os momentos tipo “pede pra sair” da fé, o “material de construção” deve ser melhor que aqueles combustíveis que o fogo devora; “ouro, prata, pedras preciosas...” Como ouro e prata são depurados ao passar pelo fogo, invés de consumidos, assim deve ser nossa fé.

Nos momentos adversos, devemos buscar bem fundo nossas más inclinações, omissões, para que, após a prova saiamos melhores que, quando entramos nela.

A disciplina espiritual faz parte de nossa filiação a Deus. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há, que o pai não corrija?” Heb 12:7

Nas tentações temos duas opções; sofrer resistindo-as, ou pecar; “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida...” Tg 1:12

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Maldade em cheque


Frequentemente tenho deparado com uma pergunta que, se, para o vulgo parece extremamente lógica, para o que está no usufruto de alguma luz espiritual, soa sem sentido. Diz: “Se Deus existe, por que há tanta maldade no mundo?”

A existência de Deus, segundo a “lógica” dessa inquirição, deveria trazer, necessariamente, paz, bondade, coexistência harmoniosa entre os homens, como testemunho. Deveríamos estar vendendo saúde, embora nossas almas pudessem estar mortas-vivas, quais zumbis.

A paz de Deus, diferente do mundo, não é efeito de conchavos, negociatas, trocas de interesses escusos; antes, derivada da justiça; “O efeito da justiça será a paz; a operação da justiça, repouso e segurança.” Is 32;17

A que a Justiça de Cristo atuando em nosso favor propicia, reconcilia-nos com Deus, não, necessariamente com o semelhante; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19 Não raro, nos aproximarmos de Deus enseja que se afastem de nós, aqueles que têm medo do significado disso.

Ouse alguém contar, quantos humanos se atrevem à reconciliação com Deus mediante Cristo, e quantos preferem manter a inimizade decorrida do pecado como modo de vida, e logo começará a se aproximar da resposta acerca da maldade no mundo.

Eram “bons tempos” aqueles, onde os ímpios apenas decidiam seguir suas vidas às suas maneiras; agora, como que possuídos por um ódio maior que eles, investem contra os que inda são fiéis a Deus; sua inimizade com O Eterno foi potencializada pela urgência de Satã, que, usa os que lhe obedecem; “... Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, com grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apoc 12;12

Nos dias de Paulo, O Eterno desafiou aos quatro ventos, esperando o surgimento de um inquiridor que fizesses as devidas perguntas, que colocasse a presumida existência e sabedoria Divinas, numa “saia justa”; “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1:20

Desde quando que, a existência Divina significa a negação da vontade do homem? Quem supõe que O Eterno seja um ditador, que impõe mediante coerção, o Seu querer, ainda não sabe nada sobre Ele. Deus mostra a dualidade da vida e desafia à melhor escolha; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30:19

Sua existência deve e pode ser entendida pelas Suas Obras; não por suposta ventura indiscriminada, onde todos colham uvas e azeitonas, mesmo semeando espinhos e cardos.

Os que O conheceram observando os Divinos feitos, preferiram bancar os desentendidos, adorando “deuses” com quais, o convívio fosse mais fácil que as santas exigências do Altíssimo;

“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis, porquanto, tendo conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças; antes. em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;19 a 22

Notemos que o conhecimento não encontrou obstáculos intelectuais; antes, numa vontade enferma, na qual o homem preferiu seguir à sua maneira fazendo simulacros segundo sua imaginação doentia, imagens; invés de se render ao Todo Poderoso, para o conhecer inda mais.

A idolatria humana segue a todo vapor, criativa como nunca. Atualmente se vende até replicas da “Arca da Aliança”, para as pessoas decorarem suas casas. Pouco mais de cem reais e você receberá em caso, algo que, segundo os que já receberam, além de “muito bonita, confere um ar de espiritualidade ao ambiente.”

Invés de um relacionamento sadio com O Deus Vivo, que demanda conhecer e obedecer Seus preceitos, as pessoas se contentam com um “ar de espiritualidade”, pouco se importando, quais espíritos gravitem nesse ar.

A maldade campeia, porque Deus não a pune de imediato; “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

Os que perguntam o porquê, da maldade, são os que menos se importam com a reposta. A pergunta retórica é uma tentativa de fuga, de terceirizar o mal, quiçá, culpar Deus, uma vez que não o conseguem ver em si mesmos. “De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3:39

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Almas nuas


“... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações...” Luc 16:15

Como é fácil justificar a si mesmo! Desde a queda esse vício nasceu e foi crescendo sem parar; “a serpente me enganou... a mulher que me deste por companheira...”

Paulo, depois de ter aprendido a ouvir a voz do Espírito na consciência, ainda não se justificava; “Porque em nada me sinto culpado; mas, nem por isso me considero justificado, pois, quem me julga é O Senhor.” I Cor 4:4

Além de legislar em causa própria, os que assim agem o fazem no tribunal errado; “... diante dos homens...” O juízo que valerá, terá uma plateia melhor que apenas homens: “Digo-vos que todo aquele que Me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus.” Luc 12:8

Sempre que o homem se justifica depois de fazer algo errado, no fundo, é “justificado” por Satanás. Foi ele que sugeriu a ruptura com a Deus, a autonomia, onde o homem decidiria por si mesmo acerca do bem e do mal. Quem ousa ir de encontro ao que está escrito para defender suas predileções, sejam quais forem, age no princípio dele. Quem será que estaria inspirando aos pretensos editores da Bíblia que desejam remover porções “polêmicas”?

Não me sentir culpado de nada, por encontrar o silêncio na consciência é bom sinal; mas, ainda assim, não devemos nos achar, a última baga da vinha; como disse Paulo, “quem me julga é O Senhor.”

Pode que nossa consciência tenha tentado nos advertir de alguma falha, e, por falta da devida “sintonia fina”, inda não nos demos por avisados. Prudência é melhor que presunção. Porém, se nada que desabone, houver, com o advento da presunção, de algum mérito próprio, passará a existir o orgulho. “Aquele que pensa estar em pé, cuide-se; não caia”.

Além de silenciar a consciência por não haver dolo em nossos atos, pode também, estar cauterizada, por largo curso de tempo sem ser ouvida; há gente sem noção, que faz às coisas à sua maneira contra essa voz interior; o tal, rejeita os alertas da consciência, tanto, que ela cauteriza; não a ouve mais por falta de hábito. Nesse caso, o silêncio não tem a ver com ausência de culpa, mas, com asfixia.

Se, o juízo será diante do Eterno e Seus anjos, qual o sentido de estarmos “bem na foto” diante dos homens? Há tantos “filtros” enganosos que nos fazem parecer o que não somos. Um ilusionista com suas habilidades deixa evidente quanta coisa pode parecer o que não é, diante de nós.

No mesmo texto em que denuncia a esse fajuto “Photoshop” da alma, O Salvador apresenta a eficácia disso; “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16:15

Um homem prudente, nesse teatro de enganos que se tornou o mundo pela impostura do canhoto e a cumplicidade do homem caído, deve temer mais os elogios que as vaias.

Vaias, geralmente denunciam que nossa atuação não agradou; quem disse que seria sábio agradar gente se hábitos malsãos? Ser rechaçado por aqueles de mau proceder é um elogio oblíquo. Há elogios sinceros, raros. Os aplausos podem significar certa “simetria” com a impiedade, o que convém evitar, por desfazer nossas defesas; “O homem que lisonjeia seu próximo arma uma rede aos seus passos.” Prov 29:5

Assim, quem procura fazer boa figura perante os homens, precisará, necessariamente, alinhar-se ao que esses aprovam. A vontade Divina não entra em consideração.

Alinhar nosso viver ao querer Divino requer uma ruptura comportamental com o mundo; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12:2

A vontade Divina anseia nos justificar; a partir de um coração transformado, não, de uma encenação fajuta ante mal-informados.

Enquanto, por seus meios sub-reptícios, o inimigo planta no coração degenerado o “afirme a si mesmo” dourando a pílula do orgulho com verniz de religiosidade; ou, nem isso, para os que sovem a desobediência como símbolo de independência, O Salvador é severo; “Negue a si mesmo; tome sua cruz e siga-me.” É mais difícil assim? É. Mas, como disse alguém: “O que nos está proposto é glorioso demais para ser fácil.”

Enfim, se, para efeito dos aplausos terráqueos, fazermos boa figura onde não importa, basta “certo talento e boa dose de mentira”, como disse Kirkegaard, para comparecermos perante O Eterno, a exigência é mais esmerada; “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5:8

terça-feira, 17 de outubro de 2023

O tempo bom


“Gritou o rei com força, que se introduzissem astrólogos, caldeus e adivinhadores; e falou... : Qualquer que ler este escrito, e me declarar sua interpretação, será vestido de púrpura, trará uma cadeia de ouro ao pescoço e, no reino, será o terceiro governante.” Dan 5:7

Durante uma orgia em Babilônia, uma mão misteriosa apareceu escrevendo certas palavras enigmáticas na parede do palácio e o rei, Belsazar teve essa reação.

“... gritou com força...” estivera desperdiçando forças com mulheres e bebidas, usando-as para pecar. Manifestando gratidão a quem nada tinha a ver com elas. Usaram às taças de ouro tiradas do templo do Deus Vivo, em Jerusalém, e “... deram louvores aos deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e de pedra.” Dan 5:4

Nessas horas, quando a vida parece estar em jogo e coisas extraordinárias acontecem, mesmo os sem noção que fazem oferendas aos bibelôs vários, e, quando advertidos disso protestam: “Respeite minha religião”, nessa hora, até eles se voltam ao Deus Vivo, em busca de socorro, pois, no fundo sabem que seus espantalhos nada podem. Quando a terra treme, até o ateu grita: Meu Deus!

Por que, só nessas horas? “Devemos reparar o telhado quando o sol está brilhando.” John Kennedy

Os descuidados pensam nisso apenas quando as goteiras incomodam.

O rei, por não ter escolhido uma vida espiritual sadia, em tempos de calmaria, na iminência da tempestade, “atirou para todo lado.” “... que se introduzissem os astrólogos, caldeus e adivinhadores...” Quem não tem O Único Deus, precisa de muitos.

Como os bibelôs atuais, aqueles também só “serviam” nas horas de calmaria, onde podiam jogar com seus enganos e falcatruas; num caso de emergência, mostraram as inutilidades que eram. “Então entraram todos os sábios do rei; mas, não puderam ler o escrito, nem fazer saber sua interpretação.” V 8

Por fim, a mãe do rei lembrou-o da existência do servo de Deus, Daniel; “Há no teu reino um homem, no qual há o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai se achou nele luz, inteligência, sabedoria, como a sabedoria dos deuses...” V 11

Um rei que se ocupa mais com futilidades, bebedeiras e idolatrias, desperdiça tempo e energia nessas coisas, perde de saber o que existe sob seu domínio; embora sendo seu dever conhecer coisas importantes assim, relapso, ignora-as; carece ser informado por outro. Eram coisas “antigas”, dos dias do pai dele.

Quantos atualmente agem assim? Desperdiçam tempo e energia em futilidades pecaminosas; quando alguém tenta ensinar algo, presto se irritam contra quem quer “se meter nas suas vidas”.

Há muitos casos de pessoas que zombaram dos pastores, em seus dias de “tempo bom”; buscaram-nos depois, por ocasião dos autos fúnebres, dos que jogaram suas vidas fora, onde uma palavra de esperança parecia necessária, embora, fosse tarde demais.

“Enquanto se diz, hoje; se ouvirdes Sua Voz, (de Deus) não endureçais vossos corações".

Ante Daniel o rei acenou sua oferta: “... se puderes ler este escrito, e fazer-me saber sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadeia de ouro ao pescoço...” v 16

Quem está acostumado com ídolos inúteis que precisam de “oferendas” para trabalhar, natural pensar que seu dinheiro compre Deus, também. Muitos falam nas filosofias de botecos sobre as coisas que o dinheiro não compra. Pois, nos domínios do espírito, não compra nada. Supor isso atrai maldição; “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.” Atos 8:20

Daniel se esquivou desse ídolo da cobiça humana também. “... As tuas dádivas fiquem contigo, e dá teus prêmios a outro; contudo lerei ao rei o escrito, e far-lhe-ei saber a interpretação.” V 17

A mensagem interpretada por Daniel falava das culpas do rei; do fim do reinado dele; da divisão do reino e entrega aos medos e persas; o que se cumpriu na mesma noite, junto com a morte do profano e ímpio Belsazar.

Havia um homem santo em seu reino, por meio do qual, O Eterno falava; o que ele fazia? Se achegava aos ídolos mudos, fica mais fácil que ter que ouvir algo, que, eventualmente desagrada. “... destes louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” V 23

É mais fácil, produtivo, silenciar e ouvir, quando é o tempo oportuno, que, “gritar com força” quando for tarde. Aquele escrito não era mais de ensino; era juízo; o tempo de se aprender o rumo é agora. “Quem Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:33

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

A causa


“Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.” Prov 26;2

Distinção entre causa e consequência é indispensável, se, queremos ver as coisas como são; entretanto, às vezes, interesses rasos tentam confundir uma com outra.

Sabemos as causas do conflito que eclodiu em Israel, ainda, em doloroso curso. Uma facção criminosa, terrorista, apoderou-se dos destinos dos palestinos que vivem na faixa de Gaza; embora os trabalhadores de lá desejam viver em paz com Israel, de onde recebiam água, luz, território, empregos, há um ódio histórico e um plano dos radicais islâmicos, que tem como fim, a destruição de Israel.

Matar “infiéis” faz parte do Alcorão, o que inclui a nós. Viva o Papa Francisco com seu sonhado “Crislam!”

Passado o horror inicial, agora, a “imprensa” prostituta, (tem veículos sérios ainda) já começa pontuar a “violência de Israel, a resposta desproporcional.” Os bombardeios são destruidores, é óbvio. Mas, diferente dos terroristas que invadem uma festa e saem matando, mulheres, velhos e crianças, Israel visa alvos militares; avisou e deu tempo para que os civis saíssem de suas casas. Duas atenuantes, pois.

A mesma “imprensa” que mostra parcialmente as atrocidades do Hamas, se apressa em pontuar a morte de civis do outro lado, de preferência, crianças. Isso acontece? Sim. É lamentável? É. Mas, deve ser posto na conta de quem começou isso tudo, não, de quem está reagindo.

Essa “empatia” parcial que se coloca em lugar dos palestinos mortos, inocentemente, e recusa a se colocar do outro lado, não é coisa de gente altruísta, pacifista; é coisa de patifes que escolhem cores de bandeiras, não, valores. Para esses, vigora a ética do dane-se!! Se for dos “meus” está certo, faça o que fizer; se for dos deles, está errado, mesmo que esteja certo. Em tempo, serão julgados conforme julgam.

O mundo deixou de ser um lugar civilizado, lógico, coerente, cultor de valores; a barbárie recebe aplausos, manifestações de apoio, em toda parte. Os bárbaros agentes, colhem identificação, com os, eventualmente, pacientes; digo, expectadores, com as mais bárbaras expectativas, contra os alvos dos seus ódios albergados.

A Palavra de Deus alude a um amontoado de nações, que tentará destruir a Israel, nos últimos dias; cita sete, segundo os nomes daqueles dias, “e muitos povos contigo.” Basta ver Ezequiel capítulo 38.

Dependendo da evolução, pode que estejamos diante do cumprimento dessa milenar profecia já. Segundo o Texto Sagrado, não tem nada a ver com libertar a um povo “oprimido”; antes, destruir a um povo invejado, de olho nos despojos; no usufruto das suas riquezas. O resto é cortina de fumaça, conversa para boi dormir, como diz o vulgo.

Em parte, essa empresa será bem sucedida, fará estragos; porém, antes de lograr seu intento patricida, O Eterno intervirá, mostrando ao mundo, quem tem a última palavra.

Na verdade a “Terra Prometida” é infinitamente maior do que Israel ocupa atualmente. Deus mencionou a Abraão, desde o Nilo até o Eufrates, (ver Gênesis, 15;18) o que, segundo especialistas, formaria o nono maior país da terra, se fosse cumprido.

Os árabes ocupam 98% do oriente médio, e acusam a Israel de “oprimir aos palestinos” negando-lhes, terra; coisa que justificaria toda sorte de violência para os “libertar”.

E, a história de que, eles também são descendentes de Abraão, não legitima isso; Ismael foi filho de uma escrava, nascido sem a vontade de Deus; apenas, fruto da precipitação de Sara e Abraão; O Eterno fez distinção: “Em Isaque será chamada tua descendência”, assegurou. 

No entanto, se fazem questão de evidenciar o parentesco, por que, invés de convivência pacífica com os irmãos, anseiam destruí-los? “Com a medida com medirdes, voltarão a medir a vós” ensinou O Salvador.

O Altíssimo está permitindo que encham a medida da sua iniquidade, para, em tempo julgá-los de modo a sobejar justiça.

Vale tanto uma criança palestina, quanto, uma judia; a morte de qualquer uma, é trágica; igualmente, um adulto. Porém, quem incendeia uma floresta, é culpado pelo que o incêndio destruir.

Você negociaria em “igualdade de condições” com quem tem sua destruição como objetivo? Israel cedeu muitas vezes; colheu o que estamos vendo. Bem disse Aristóteles: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

Os palestinos não são terroristas; mas, os do Hamas são. Os que os apoiam mesmo daqui, por cumplicidade, também são.

Quando Deus agir, e Ele vai, não pedirá autorização da ONU, nem ao conselho dos “direitos humanos” pacto disso ou daquilo; Ele sonda aos corações, É O Todo Poderoso; não é retido pelas teias de aranha, dos insetos mal intencionados. “... ninguém há que possa fazer escapar das Minhas Mãos; agindo Eu, quem impedirá?” Is 43:13

O resgate


“Não nos tratou segundo nossos pecados, nem nos recompensou segundo nossas iniquidades.” Sal 103:10 “... Deus exige de ti menos do que merece tua iniquidade.” Jó 11:6

O fato que Deus não toma pela mão aos pecadores, nem tem ao culpado por inocente, pode ensejar uma imagem distorcida Dele, quando, apreciado de modo superficial. Se, O Eterno é rigoroso quanto a não tolerar pecados, é também leniente, misericordioso, “grandioso em perdoar” como disse Isaías, quando, o pecador se arrepende e busca perdão.

Sua aversão à iniquidade tem a ver com a impossibilidade de se achegar a Ele, quem não estiver com a alma devidamente higienizada; “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar.” Hc 1;13 Portanto, “Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” Mat 5;8

Deus não quer “receber até o último centavo” do que lhe devemos; apenas, deseja que reconheçamos nossos erros, confessemos arrependidos, com sincero intento de mudar.

“Pois, Ele conhece nossa estrutura; lembra-se que somos pó.” Sal 103:14 Entretanto, além da busca do perdão para nós, devemos aprender a perdoar, quando a isso rogados, por parte dos que falharam conosco. “Perdoai nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores...”

A Parábola do Filho Pródigo ilustra bem o perdão Divino: O próprio filho reconhecia que nada mais tinha de direitos na casa do pai; sequer ousaria pleitear, uma vez que, a parte que lhe caberia da herança, depois da morte dos pais, se antecipara e desperdiçara tudo. “Faze como um dos seus empregados”, seria o pedido que tencionava apresentar chegando maltrapilho à casa de onde saíra.

Se, fosse tratado como mais um dos empregados, estaria sendo feito justiça; era o que merecia. Contudo, havia um sonho, um propósito que o via como filho, não como empregado. O amor do pai, não a justiça, tinha a última palavra.

Então, contra a lógica, a justiça, a expectativa do irmão mais velho, o filho foi restaurado; pois, dele, o Pai exigia menos do que merecia sua iniquidade. Bastou arrependimento, confissão, e foi perdoado.

Nenhum de nós poderia pagar pela salvação, caso O Senhor quisesse receber; “Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele. Pois a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49:6-8

Pedro seguiu nas mesmas pisadas: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado;” I Pe 1:18,19

As refinadas exigências do Eterno têm a ver com a necessária pureza para frequentarmos os lugares excelsos que preparou para nós. Por isso, “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus;” Heb 7:26

A grandeza do resgate não mensura nosso valor como presumem alguns pavões sem noção. Mas, aponta pra perfeição que foi criada, e a intensidade da degeneração, que requereu tão grande preço para poder nos regenerar. Em suma, o alto preço da redenção atina a santificação necessária, e ao Amor, que desconsidera às culpas, pelo prazer de perdoar e restaurar.

Infelizmente, a imensa maioria só terá noção da seriedade e do valor que estão em jogo, quando for tarde demais. Profecias milenares se cumprindo diante dos nossos olhos; sinais preditos insistindo em avisar que o fim se aproxima; as pessoas, alienadas, numa busca suicida por prazeres efêmeros e pecaminosos, invés de rumarem ao Único que pode salvar, Jesus Cristo. Dão-se aos desejos naturais, sem rumo, alvo; quais folhas secas ao sabor do vento; como cantou o bêbado aquele, “Deixa a vida me levar, vida leva eu.”

Quando descobrirem que é a morte que os está levando, e que estão perigosamente confundindo existência, com vida, poderão estar numa distância d’onde já não haja retorno.

Deus requer muito pouco, para nos salvar; muito menos do que merecem as nossas culpas; porém, desse “pouco” não abre mão.

Ou, as pessoas tomam a cruz de Cristo, arrependidas, e vão por Ele, segundo Seus ensinos, ou, não irão. “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

Não que O Eterno seja caprichoso; além de amoroso É sábio. Como não há outro caminho, prescreve O Único possível, desejando que seus filhos, de erradas escolhas, no passado, se arrependam e voltem para casa. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6:23

domingo, 15 de outubro de 2023

O dia da ira


“Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jer 23:20

Entendermos que “Deus É Amor”, e descansarmos fiados nisso, tem sido algo recorrente nos caminhos humanos. Agora, cogitarmos que Ele possa ter motivos para estar irado, não são todos que se atrevem a isso; embora, Sua Palavra seja categórica quanto ao fato, bem como, quanto aos motivos; “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detêm à verdade em injustiça.” Rom 1:18

Prosperar mentira e injustiça são “combustíveis” onde arde o fogo da Divina Ira. Porque a misericórdia do Eterno inda espera arrependimentos, muitos fazem uma errônea leitura; por não terem, os atos maus, consequência imediata, muitos agem como se jamais eles jamais tivessem.
“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

É fácil acenarmos com a “lei do retorno”, quando imaginamos que ela incida sobre a maldade alheia, apenas. Outro dia falei sobre os desvios de função da fé; quando um fanático por futebol ora para que seu time vença. Age como se, O Eterno fosse sócio nas suas paixões particulares. Assim, os que pensam que o retorno da maldade viria contra os seus desafetos, para si, apenas bênçãos.

A posse de entendimento nas questões espirituais é vital; nas coisas da vida, isso é difuso; um entende de arte, outro de engenharia, eletrônica, processamento de dados, segurança cibernética, etc. Bem podemos nos servir do talento alheio, para suprirmos nossas necessidades.

No teatro da salvação, é certo que há mestres que nos podem ajudar a ver; todavia, como, entender nesse caso, demanda agir conforme para não perder a eficácia, isso requer uma vontade submissa; há um “o quê”, um “como” e um “quando”, que são indispensáveis, para que vejamos o básico da Divina revelação.

O quê? “Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus”; precisam de salvação; como? “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” ensinou O Salvador; quando? “Hoje se ouvirdes Sua voz, não endureçais vossos corações”; é urgente, pois, o amanhã está além do nosso controle.

O Juízo Divino se avizinha, contra os que ignoram ou se opõem, ao Divino querer; quem pretende viver à sua maneira, embora não dizendo abertamente, deixa implícito que sabe como escapar do que está por vir; aos hipócritas e descuidados, dos seus dias, João Batista perguntou: “... Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” Mat 3:7

O conhecimento dessas coisas e uma atuação à sua luz, é indispensável para recebermos salvação; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4:6

Ezequiel passou seus dias advertindo contra a apostasia e o consequente cativeiro; ele, como profeta, era muito “querido” por um povo que não dava a mínima para Deus; “Eis que tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra.” Ez 33:32

Os analistas de performances espirituais alheios ao conteúdo sempre existiram. Suas predileções pelo pregador A, pelo cantor B, estilo assim, ou assado, sempre ganharam as asas do vento. Ora, O Eterno não desperta eventuais mensageiros para produzir entretenimento; antes, arrependimento para salvação.

As coisas duras preditas pelo profeta viriam, e só então, tardiamente teriam noção de quem ele era. “Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez 33:33

Então, entendermos as coisas que movem o Coração de Deus depois que for demasiado tarde, só aumentará o peso das culpas, pela nossa postura relapsa, no presente.

O mundo coloca nas prateleiras mais altas, fama, sucesso, riquezas... quando o tempo dos famosos, ricos, sucedidos, expirar, então, tardiamente eles entenderão, quão pouco essas coisas valem.

Para efeito de bens que não são biodegradáveis, temos na salvação, no embelezamento interior mediante a santificação, coisas que têm valor superno.

Para aquisição desses bens, O Senhor legou a sabedoria espiritual; dom que Ele só faculta aos que ousam andar em retidão; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos.” Prov 2:7

Por isso, a exortação: “Aceitai a minha correção, e não a prata; o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8:10,11

Os que abraçam a sabedoria Divina, desde já, não carecem esperar o fim dos dias para saber quão justa é a ira do juízo que se avizinha.