quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Fontes corruptas


“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” II Ped 1;19

A luz do dia, como tipo do discernimento espiritual, da maturidade, é recorrente; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18 O processo de santificação.

“Convém que Eu faça as obras Daquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.” Jo 9;4 Aqui, tipificando o tempo oportuno.

“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” Ef 5;18 “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13;12 etc.

A exortação a um testemunho de vida, como dissera O Senhor: “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mar 5;16

O fato dessa luz ser interior, “... até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” sofre o concurso da vontade enferma, que, nem sempre se deixa moldar pelo que “vê”; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19 Estabeleceram uma prioridade; “amaram mais às trevas”. Quem não prioriza ao Senhor e Sua Luz, não é digno Dele.

Paulo chamou de “olhos do entendimento;” “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” Ef 1;18

Por isso, o primeiro “inimigo” a ser derrotado está dentro de cada um que ouve a boa nova; o ego. “Negue a si mesmo, tome sua cruz...” Pois esse, sendo refém da carne tenderá sempre à rebelião, invés da submissão; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Como se inclina contra a Lei da vida, precisa morrer; “tome sua cruz...” “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3; figura para a mortificação, a castração dos desejos insanos, que sempre lutarão contra a submissão ao espírito, nas vidas dos que se convertem, nascem de novo.

“Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, pra viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou por mim.” Gál 2;19 e 20

Embora muitos “profetas” falem ainda em “avivamento” nesses últimos dias, honestamente, isso não combina com a luz que irradia da Palavra. “... Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” Luc 18;8 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos... Tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;1, 2 e 5

Se, terão uma aparência piedosa, certamente estarão nos ambientes religiosos; mas, ajuntamento, barulho sem compromisso com a eficácia da fé transformadora, é apenas movimento espetaculoso de coisas mortas; não, avivamento.

O ecumenismo trabalha para fazer a maior “Igreja” de todos os tempos. Se, mero volume for considerado. Todavia, a Igreja de Cristo é rebanho; de ovelhas. Não uma nova Arca de Noé, com exemplares de todas as espécies.

Se há falsos, infiltrados, e há muitos, infelizmente, segue sendo uma infiltração do mal; não, a essência da igreja, que é segundo A Palavra da Vida, a despeito dos acordos políticos desse mundo que jaz no Maligno.

Os incautos que devaneiam com um fulgor de santidade, e salvação, na reta final, devem considerar, (voltando à figura inicial) que a chegada do Noivo foi anunciada à meia noite. “À meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” Mat 25;6 Não soa estranho um casamento a essa hora? No prisma natural, sim. Porém, em tratando da igreja com O Senhor, sendo a noite, um tipo da apostasia que grassa, a figura encaixa sem problemas.

Quem considera as enxurradas de água suja, ativismos desatentos tipo as “Marchas pra Jesus” um sinal de pujança espiritual, ainda não conhece à Água da Vida.

Os gregos chamavam às multidões de “bestas acéfalas”; monstros sem cabeças. Estavam certos. Se, nossa luz é nosso entendimento das coisas, como poderíamos ser assim obtusos? Que adianta dizermos: “Lâmpada pera meus pés é Tua Palavra.” se nossas decisões derivam do “politicamente correto” mundano, não, dela? “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

O bicho-homem


“Falou O Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.” Jn 2;10

O cinema criou o dr. Dolittle que falava com os animais. Uma fantasia estrelada por Eddie Murphy; distante da realidade. Todavia, O Senhor dos Exércitos, deu ordens a exércitos de gafanhotos, rãs, piolhos, codornizes... A Bíblia relata eventos assim, onde a Vontade Dele, manobrou coletivamente Suas criaturas.

Então, “falar” Ele, com o peixe que engolira a Jonas, não tem nada de extraordinário; Seu normal É Ser Deus, O Criador.

Fez mais que mandar regurgitar ao infeliz profeta; ordenou que o peixe fizesse isso, em terra seca. Ironicamente, os bichos se avantajam a nós na obediência, nem que para essa, no caso, fosse necessário sentir-se um peixe fora d’água. “O boi conhece seu possuidor; o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;3

Os céticos que zombam da literalidade dos textos históricos da Bíblia, colocam narrativas assim, bem como, os seis dias da criação, como coisas mal-entendidas; mitos que não devem ser levados ao pé da letra.

Precisariam ler a mitologia grega, por exemplo, para ver a multiplicidade de deuses, cheios de vícios, disputas, bem ao estilo das paixões humanas, para perceber a diferença entre lorotas de humana feitura, e a Divina Revelação. Se a narrativa Bíblica tem coisas que saem “fora da curva” no sentido “lógico”, não traz nada que avilte ao Eterno, nos quesitos, caráter, integridade, santidade.

Assim, é coerente, lendo Sua Revelação, que acusemos ao Senhor, de Ser mesmo, O Deus Vivo, O Único, O Santo.

Um deus de fabricação terrena não mandaria um servo seu pregar aos inimigos, para que esses não fossem destruídos, como foi a missão dada a Jonas. Precisaria um amor, que, o casuísmo egoísta dos homens desconhece. Então, não apenas o evento do “Vômito profético” deve soar “impossível.” Aquele que é inefável em Poder, também É, em amor.

Shakespeare “lavou as mãos” sobre a possibilidade de se conhecer tudo o que há, mediante as pobres reflexões humanas. “Há muito mais entre o céu e a terra, do que pode supor nossa vã filosofia.” disse.

Kant também viu coisas assustadoras; “O céu estrelado sobre mim, e a lei moral dentro de mim.” versou. Dos céus A Palavra ensina: “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, e uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala; mas, onde não se ouve sua voz?” Sal 19;1 a 3 Da lei moral interna, também fala: “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Qual filosofia poderia explicar o sentimento inato de aprovação ou reprovação das coisas, no prisma moral, sem um espírito “teleguiado” que bebesse de uma fonte semelhante? Se, tudo evoluiu casual e fortuitamente, e apenas os mais fortes sobrevivem, a única “lei” deveria ser a força, e o único alvo, a subsistência. “Quem pode mais, chora menos”, como vulgarmente se dizia. A ideia de civilização perderia o sentido e a barbárie seria necessária.

Porém, onde, o vigor esforçado das braçadas filosóficas não alcança, a revelação nada de costas. Quem leu “O Anticristo” de Nietzsche percebeu que, o verso bíblico que mais o incomodava, era aquele que tolhe o orgulho empinado dos “sábios” naturais. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1;27 Citou isso com fúria, revolta contra essa “incoerência” Divina.

O Senhor foi além em Seu desafio aos “pensadores”; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;19 e 20 

Por acaso, um sistema que coloca aos mais baixos nos lugares mais altos, cobre de ouro e honras, às nulidades do circo, e vilipendia às profissões nobres, é sábio?

Para contraponto a essa “sabedoria”, O Eterno jogou com Sua “loucura” de se esvaziar por amor e se colocar ao alcance de assassinos; entretanto, “a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” v 25

A conversão não é um desafio ao intelecto, antes, à vontade. Por estar essa, enferma, o que aquele pode ver, finge que não vê, na arte suicida de trair a si mesmo. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas...” Jo 3;19

domingo, 3 de setembro de 2023

Os bons são maioria?


Um antigo comercial da Coca-Cola defendia: “Os bons, são maioria.” A peça elencava algumas “razões” para se crer nisso. Uma delas, óbvio, era que milhares de pessoas, estariam no momento da veiculação, “compartilhando uma Coca”; outra, que nas buscas no Google, a palavra “amor” apresentava mais resultados do que, “medo”.

Havia outras supostas razões, mas, para efeito da análise, essas bastam. Chamar “bons”, aos que consomem seus produtos, qualquer mercador o há de fazer; afinal esses dão lucros às empresas; isso, para eles, sem dúvida é muito bom. Levá-los a crer que sua fidelidade servil é uma qualidade moral, com certeza, é uma pérola na arte da manipulação.

Os comunistas, como seus produtos são a inoculação da mentira em fomento do fanatismo, em sua propaganda, diriam: “Os politizados são maioria;” mas, internamente, no âmbito dos manipuladores ririam dando nomes aos bois: “Os idiotas úteis são maioria.”

Não significa que eu esteja qualificando como idiotas aos que gostam da aludida bebida; refiro-me aos que aceitam bovinamente a toda sorte de manipulação sem questionar.

Amor aparecer mais do que medo, nas buscas na “nuvem”, significaria também a supremacia da “bondade” humana, sobre a maldade? Como, a virtude não reside nas palavras, mas nas ações, e o lapso do que se sabe que deveria fazer e não se faz, coage aos hipócritas a falarem disso, tentando preencher a falta de substância com discursos ocos, as coisas mais notáveis pelas falas, também o são pela ausência.

Acaso não são os corruptos, que odeiam à justiça e probidade, defensores do aborto por ódio à vida, do livre curso das drogas por aversão à sanidade, opositores da liberdade de expressão, por ojeriza à verdade, etc. Que tomam para si o slogan: “O amor venceu o ódio”, ao verem consagrada sua vergonhosa fraude?

Os que se colocam na outra face da moeda, defendendo o oposto deles, não são, porventura, pechados como difusores de discursos de ódio? Assim, onde mais “aparece”, é que o amor não está. Quando se clamou a alguns “amorosos” desses em demanda por transparência, o que se obteve? “Perdeu mané! Não enche o saco!”

O Saara moral da atualidade seria obsceno, se, a imensa maioria não estivesse comprometida com a fraudulência do sistema. Num campo de nudismo, quem pretender andar vestido estará violando as regras. Os que não rezam pelo sistema globalista, comunista, são “radicais, fundamentalistas, retrógrados...”

Vimos outro dia, o apresentador Faustão “na fila do SUS” a espera de um coração para transplante. “Surpreendentemente” ele que deveria ver umas centenas de enfileirados precedendo-o no atendimento, teve seu “milagre” quase instantâneo. “Porra meu! Como a fila andou!” Nada contra ele; a maioria dos que o criticam, em seu lugar, com a necessidade e os meios, faria a mesma coisa. Minha aversão é à venalidade humana, à hipocrisia que tenta pintar corujas de papagaios.

“Más lejos”, por ocasião da conquista da Copa do Mundo de Futebol feminino, pela seleção espanhola, quando da comemoração, certo dirigente por nome Luís Rubiales, extrapolou a ética e beijou na boca à jogadora Jenni Hermoso; a coisa ganhou proporções estratosféricas. Não se entenda que estou de acordo com as taras descontroladas do careca Rubiales. Mas, para se fazer manifestações em cada jogo, faixas de apoio, como se ela ou algum familiar padecesse uma doença terminal, aí é demais.

Que a federação competente discipline ao passadinho e a vida siga. Me pergunto, na febre lacrosférica atual, se, invés dele, fosse uma mulher que fizesse a mesma coisa; qual seria a reação? Possivelmente, elogiosa, pela ousadia de demonstrar publicamente seu afeto, e em caso de conclusão de tendência LGBT, pela “coragem” de ser quem era. Quem ousasse criticar tamanha “irreverência” seria, presto, lançado na fornalha ardente da homofobia, aquecida sete vezes mais. “O Diabo pode citar Às Escrituras, quando isso lhe convém.” Shakespeare

Se, os bons são mesmo maioria, a falsidade e a hipocrisia devem ser coisas boas que ainda não aprendi a apreciar corretamente.

Infelizmente, a verdade nua e crua nem lida com percentuais, por absoluta desnecessidade. Todos somos maus, segundo A Palavra de Deus; por isso, talvez ela seja tão odiada pelos adeptos do “amor”; ela não massageia egos; antes, desnuda almas. “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;2 e 3

Deus não devaneia com supostos bons; antes, desafia os maus ao arrependimento. Como Ele preza qualidade, mais que quantidade, não liga para efervescentes “maiorias” sem teor, tipo os arranjos amorais do ecumenismo; “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mat 22;14

O juiz sem juízo



“Sucedeu que, fazendo ele menção da Arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado da porta; quebrou-se lhe o pescoço e morreu; porquanto o homem era velho e pesado; tinha ele julgado Israel quarenta anos.” I Sam 4;18

O relapso sacerdote Eli sentindo o predito juízo Divino. “... ele tinha Julgado a Israel quarenta anos.”

Acontece que, julgou as questões alheias apenas; nas atinentes à sua casa, aos seus rebeldes filhos, fizera vistas grossas, como denunciara um profeta do Senhor. “Por que pisastes Meu sacrifício e Minha oferta de alimentos, que ordenei na Minha morada; honras teus filhos mais do que a Mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel?” Cap 2;29

“... honras teus filhos mais do que a Mim...”
Os superpais e supermães pipocam nas redes; fazem questão de deixar patente suas febres; “Experimenta tocar em meu/minha filho/filha, para ver o que acontece.” “Onde meus filhos não são bem-vindos, também eu não vou.” etc. Sempre uma defesa incondicional dos rebentos, sem se ocupar em analisar se, eventual aversão, não tem lá seus motivos. “Sendo meu filho, estando certo ou não, está certo”; parece ser a “filosofia” comum.

Muitos pais, pregadores, que reverberaram contra a imoralidade, ao terem em suas casas, filhos, netos, que adotaram a perversão sexual como modo de vida, aos poucos foram “mudando” atenuando suas solenes mensagens; na escolha necessária entre amar mais a Deus que aos seus, optaram por perder-se, compactuando com os erros dos mais jovens, invés de manter a necessária firmeza, amando aos errados, sem pactuar com seus erros.

Para onde volverão esses, caso se arrependam, se, invés de, como o pródigo, vislumbrarem segurança e amparo na casa paterna, agora veem seus pais igualmente à deriva? A falta dos devidos referenciais, enlouquece a “bússola” dos que perderam o norte.

Alguém tentou recolocar os pingos nos is, sobre a febre filiólatra, dizendo: “Invés de pensar em que mundo deixaremos para nossos filhos, deveríamos pensar em que filhos, deixaremos para o mundo.”

A Palavra encoraja cada um, ao juízo contra si mesmo; e deixarmos as motivações alheias ao Juízo Divino. Quem ensina estritamente A Palavra, não julga; apresenta de modo idôneo, o Divino julgamento. Quando ao cuidado consigo mesmo, Paulo ensina: “Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;31

Como podemos julgar a nós mesmos? Como um juiz qualquer que tem ainda, compromisso com a justiça; conhece os fatos e compara-os com os códigos legais. À luz disso, sentencia. Assim nós, devemos avaliar nosso comportamento, à luz da Palavra. No que estivermos de acordo, paz; no que ficarmos aquém, arrependimento, confissão, mudança.

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu-lhe o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegue fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio. (...) É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar.” Antoine de Saint-Exupèry

Na sociedade atual, todo o pensamento, toda fala, precisam ser esterilizados, dedetizados, antes de saírem por aí, dado o risco das patrulhas “politicamente corretas”, descobrirem alguma “fobia” em nossas almas; danem-se!

Geração apodrecida, da pós-verdade, onde, fatos, siso, lógica e verdade erram, sem pai nem mãe; ideologias, febres engenhosamente orquestradas para destruição dos valores, narrativas fajutas é que têm vez.

Os mesmos veganos que deploram a “violência” dos “predadores” que matam para se alimentar, fazem estrondoso silêncio quando nascem pleitos em defesa do aborto. Matar um animal lhes soa a crime; matar um humano inocente lhes é um “direito”.

Ou, os que acusam nossas “fobias”, gritando em defesa dos seus direitos, dão uma banana ao nosso direito de crermos no que nos convier.

É absolutamente necessária a existência do Absoluto: Deus. Se, cada um fizer escolhas ao bel prazer, e todas forem igualmente válidas, então se cumprirá ao dito de Satanás; “Vós sereis como Deus, decidireis o bem e o mal.”

Não pretendemos tolher ninguém; apenas preservar nosso direito de crer e ensinar o que cremos. Se, as Divinas advertências, como a Eli, não lhes bastam para mudar o pensar e o agir, quando o juízo vier, estaremos inocentes por ter avisado.

Foi ao ouvir sobre a perda da Arca da Aliança, onde estava a Lei do Senhor, que o “pesado” juiz caiu para trás e quebrou seu pescoço. A mesma fora parar nas mãos dos filisteus.

Tratarmos com negligência, coisas que deveriam despertar nosso zelo, é buscar um peso que trabalhará contra nós.

O direito de fazer escolhas é inalienável; cada um, o tem. Porém, consequências pertencem ao Senhor. “... Minha é a vingança, Eu darei a recompensa, diz O Senhor...” Heb 10;30

sábado, 2 de setembro de 2023

Convite aos mortos


“... por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Os que não lidam bem com as consequências do mau uso da liberdade, ora, culpam Deus, (por que colocar no jardim uma árvore proibida) outra, ao inimigo; (por que a serpente seduziu Eva?) entretanto, a sentença bíblica segue sóbria, veraz: “Por um homem, entrou o pecado no mundo...” Deus deixou a possibilidade, para liberdade de escolha, e advertiu das consequências; o inimigo sugeriu a necessidade, para crescimento espiritual, e blasfemou contra O Santo, atribuindo a Ele, mentira; (a imprensa já dava notícias) mas, a escolha foi humana.

Não importa que tenha sido a mulher a primeira seduzida; a responsabilidade fora dada a Adão. Ele deveria ter se mantido em obediência, não, seguido a esposa. Embora, o genérico, ‘homem’ refira-se ao ser humano, então, foi um juízo específico contra o vero culpado.

Quando da sentença, malgrado, cada um tenha tentado transferir sua culpa, o homem foi punido pelo seu feito de modo cabal; “... maldita é a terra por tua causa!” Gn 3;17 Transferir culpas, diluir responsabilidades, não cola onde impera a verdade.

Eventualmente, ao nos queixarmos das mazelas de estarmos vivendo “na idade do condor” algum gaiato observa: “A idade não vem sozinha.” Pois, o pecado também não. Ao ver aberta a porta da expressão, trouxe junto sua consorte. “... pelo pecado (entrou) a morte.”

A ceifeira estendeu seu alcance a todos os descendentes do primeiro casal. “... a morte passou a todos os homens ‘por isso’ que todos pecaram.” Partindo da inocência e pureza, o primeiro casal morreu porque pecou, depois, toda descendência pecou, porque estava morta. Migrou da inocência em liberdade, para a escravidão. “Sois servos daquele a quem obedeceis.” Rom 6;16

A ideia de uma existência pujante, embora, espiritualmente morta, nem sempre é entendida, tampouco, aceita pelos mortos que a ouvem. O máximo que acatam é que, como todos, também eles são pecadores; podem melhorar aqui ou ali, mas basicamente são gente boa.

Pode ser confortável ouvir; porém, é mentira. Deus não vê a morte como algo bom, e sentencia: “... Ninguém há bom senão Um, que É Deus.” Mc 10;18 Ainda: “... vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos...” Luc 11;13 “... Não há um justo, nem um sequer.” etc.

A abordagem do Evangelho começa por aí; não é um desafio a melhorar; antes, a renascer; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida... vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Instruindo Nicodemos O Salvador deixou patente essa necessidade: “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3;3, 5 e 6

Abordar no âmbito natural as coisas espirituais escapa ao senso lógico, e turba a compreensão. Paulo ensina: “Nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;12 e 13

A vida espiritual, pela regeneração em Cristo, possibilita a habitação do Santo em nosso espírito vivificado. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual...” I Ped 2;5 “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra; Meu Pai o amará, viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Por ser Ele O “Habitante”, natural que a escolha dos “móveis dos cômodos, acabamento, cor...” pertençam ao Dono da casa; “Se O Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” Sal 127;1

Sempre estará em derredor, o “profeta alternativo” para contrapor ao Criador. A escolha entre crer em Deus ou nele continua sendo humana; isso não mudou.

Como todos os convertidos têm duas naturezas, carnal e espiritual, segundo uma ou outra, farão escolhas. Sabendo que, “... a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7 por outro lado, “todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

O pai do pródigo


“O pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; vesti-lhe; ponham um anel na mão, alparcas nos pés; trazei o bezerro cevado, matai-o, comamos e alegremo-nos;” Luc 15;22 e 23

Eloquente demonstração de amor do pai do pródigo. Vestes dignas a quem tomara atitudes indignas; mesa farta e alegria, pela volta do que se perdera buscando anseios fúteis.

O Salvador colocou o pródigo como um tipo de todos nós, os pecadores; que, no anelo por prazeres deixamos a casa do pai, como se ela fosse coisa de pequena monta, parco valor. O pai do aventureiro é um tipo do Eterno, que ama incondicionalmente, e “... É Grandioso em perdoar”, como disse Isaías. Cap 55;7

Decidido a sair de casa, o filho requereu sua herança antecipadamente, com o pai inda vivo, (A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.) Prov 20;21 não houve uma tentativa de negociar, oferecer alguma vantagem para que o filho voltasse atrás. Mesmo entristecido, contrariado, (coisas que se pode ver pela alegria demonstrada quando do regresso) o pai concedeu o que o filho pedira.

Ao ver seu rebento maltrapilho e humilhado pela ceifa das escolhas que fizera, voltando arrependido, o pai enternecido, restaurou a dignidade do mesmo, com alegria.

Certamente, quando o filho errava entre bêbados e meretrizes, seu amor não deixara de existir, por um momento sequer. O vero amor passa por momentos de correspondência, deleite, bem como, frustração, ausências, sem deixar de ser o que é.

Convive com ele, certo grau de impotência; tanto que, mesmo vendo seu alvo extraviar-se, nada pode opor a isso, exceto, sofrer; “O amor é sofredor, benigno; não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” I Cor 13;4 a 7

Entendido isso, podemos pensar nos que vivem suas perversões antinaturais, avessas às Escrituras; os tais, mesmo agindo assim, pretendem associar às suas vidas um verniz religioso, tudo porque “Deus É Amor”.

Não sabem nada sobre isso; ou, pior; sabendo se portam com desonestidade intelectual. O adágio do pior cego se aplica a esses, que, dispondo de luz suficiente para desfazer enganos, posam de toupeiras, acoroçoando o que Deus abomina, ao abraçar eventuais conveniências malsãs. O aplauso humano lhes pesa mais que a Divina aprovação. O juízo será demasiado sério, solene, pra dar espaço a futilidades, como aplausos.

O fato inegável de o pai do pródigo amá-lo, não o levou a compactuar com os desalinhos morais, impuros ambientes sociais, tampouco, o deserto espiritual onde aquele errava. Tem situações e ambientes, dos quais o amor se mantém a distância. Deus sempre amou Seu povo; porém, nem sempre andou junto; “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3;3

Teve momentos que se afastou profundamente contrariado; “Irei e voltarei ao Meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem Minha Face; estando eles angustiados, de madrugada Me buscarão.” Os 5;15 

Felizes os que, mesmo em face da angústia inda podem buscar a Deus em condições de O Achar! Virá um tempo em que não será mais possível. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;7

Noutra parte Ele diz: “Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi a Minha mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo o Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte eu Me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo vosso temor.” Prov 1;24 a 26

Ao pródigo, o normal pareceu enfadonho, cansativo, sem atração; assim, convencido por esses amuos de fabricação própria, desejou alegrias que a realidade se ocupou de mostrar que eram falsas e efêmeras. Quando o que temos não recebe nosso apreço e gratidão, possivelmente, seremos induzidos a buscar o que nem precisamos. 

Tivesse ouvido a prudência no momento oportuno, e não teria se matriculado na escola da angústia, para aprender depois, a duras penas. “Tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” v 17

O pão que parecera outrora, ordinário, sem apelo ante os prazeres devaneados, então, se mostrava vital.

Enfim, se alguém despreza a vida sóbria e ousa após suas doentias expectativas “ganhar o mundo” deixando o Pai, tem tudo para, como aquele, acabar entre os porcos.

O amor do Pai permanece no mesmo lugar; cabe a quem o desprezou, repensar e refazer os rumos; pois, o amor do Eterno, mesmo verdadeiro, não é fiador de caminhos de perdição. O amor é sofredor, não assassino.

domingo, 27 de agosto de 2023

A verdade assusta


“... Que é a verdade? ... Não acho Nele crime algum.” Jo 18;38
“... Eis aqui vos trago fora, para que saibais que não acho Nele crime algum.” Jo 19;4 “Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho Nele.” v 6

A pergunta “O que é a verdade?” não era propriamente uma pergunta. Antes, um desdém; como se dissesse: Não percamos tempo com isso, pois, a verdade é mui profunda, que não nos está ao alcance. Tanto é assim que, depois de falar aquilo, Pilatos seguiu sua saga sem esperar resposta.

Entretanto, nas suas afirmações, três vezes falou a verdade sobre O Salvador. “Não acho Nele crime algum!”

O “problema” da verdade não é que ela teste nossa percepção e exija grande perspicácia; antes, ela testa nossa disposição para agirmos conforme vemos, pois, quase nunca estamos dispostos a isso. Pilatos entregou o inocente à morte mesmo convencido disso; “Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho Nele”. A conveniência política de não se indispor com as lideranças judaicas pesava mais que a verdade, na relapsa decisão dele.

Sobre o conhecimento de Deus, A Palavra ensina: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20

Estavam de posse da verdade, sobre Deus; no entanto, “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, aves, quadrúpedes, e répteis.” v 21 a 23 Não gostaram do que viram e “criaram” algo parecido com seus paladares. Ainda é assim. Editam À Palavra da Vida, para deixá-la segundo seus gostos, doentios e suicidas.

Uma vez mais, o conhecimento da verdade ao alcance, porém a ousadia de agir conforme ela, ausente. O Salvador denunciara essa covardia fugaz antes de estar perante Pilatos; dissera: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Houve uma escolha arbitrária; “... amaram mais as trevas que a luz...” A verdade requer mais que mero conhecimento; praticar. “... quem pratica a verdade vem para a luz...”

Por isso, O Salvador colocou o conhecimento da verdade um degrau além do mero exercício intelectual; permanecer na Sua Palavra. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Se, Deus ocultasse nossos corpos e mostrasse as almas, poucos sairiam às ruas, de vergonha. A verdade é um espelho que deixa patente a íntima sujeira ante quem ouve. O tal, fica num dilema; lavar-se ou quebrar o espelho; na verdade, a maioria o ignora.

“Se alguém é ouvinte da Palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” Tg 1;23 a 25

A encenação do dever perante a “torcida”, como fez Pilatos, pode apaziguar ao barulho social. Porém, apenas seguindo a verdade no íntimo, podemos “ouvir” o silêncio de uma consciência inocente.

Cada vez menos a verdade tem trânsito nesse mar de mentiras, que se tornou o mundo moderno. Todas as doenças são reputadas medicinais, dado que, O Único remédio que cura é amargo ao ímpio Paladar: Jesus Cristo. “... Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Mesmo entre os “fiéis” há muita verdade nos lábios, pouca consistência nas obras. O amor ao dinheiro é o motor; O Santo Nome profanado, a “cera” que usam para dar brilho ao veículo de suas cobiças terrenas.

Nosso compromisso com O Senhor não fica patente pelas palavras, mas, pelas atitudes; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;16