sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Efeitos colaterais


“Crescia a Palavra de Deus; em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Atos 6;7

“crescia A Palavra...” figura de linguagem para dizer que crescia sua influência, difusão; daí a multiplicação célere dos discípulos, chegando mesmo a alcançar lideranças praticantes do judaísmo.

“... grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” Diferente do que possa parecer, a fé bíblica é mais que uma teoria para adesão mental, só um escapismo intelectual inconsequente. A “fé” que não gera obediência é mera abstração, simpatia ideológica sem o necessário engajamento que enseja mudança de vida.

O simples discurso, sem um procedimento conforme, foi combatido por Tiago como sendo coisa morta. “Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, eu tenho obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, e te mostrarei minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios creem e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” Tg 2;17 a 20

Logo, mero crer sem compromisso duma atuação conforme, iguala-nos aos demônios. Uma crença que gera medo, estremecimento, não, frutos.

Sendo a fé algo demonstrável, isso não pode ser feito no campo puramente ideológico. Será nossa atuação no teatro da vida, que a mostrará; ou deixará patente nossa reles presunção. “Mostra-me tua fé sem as obras; e te mostrarei a minha, pelas obras.”

O fato da salvação nos ser dada mediante a fé, sem concurso das obras não nos isenta de as praticarmos; antes, demanda que as pratiquemos com a motivação correta; porque somos de Cristo, e não para que passemos a ser, mediante elas. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Quando, gente espiritualmente descompromissada com O Reino dos Céus, se dispôs a fazer algo, no calor da excitação por terem visto a extraordinária multiplicação de pães, O Salvador requereu primeiro o compromisso de fé, antes do serviço. “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Sem fé em Cristo todos estão mortos, alienados da Vida; a fim de quê, Ele demandaria boas obras de mortos? Primeiro cuida da regeneração; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Longe do Santo a inversão de valores; que, ao mal chame bem, ou vice-versa. Mas, uma boa obra feita por um “morto” herda a “qualidade” do seu agente fazendo-se obra morta. “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e fé em Deus.” Heb 6;1

No entanto, se nossas “boas obras” de antes são reputadas como mortas, também as más entram no mesmo rol, depois que formos regenerados em Cristo; pois, “... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo.” Heb 9;14

Purificados para servir. Removida a morte que estava em nós pelos pecados, somos guindados de criaturas a filhos de Deus, e capacitados Nele, a agirmos conforme. “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

A fé em Deus, pois, demanda obediência à Sua Palavra; os imitadores conseguem toda uma teatralidade que os assemelha aos filhos da cruz, sem terem tomado para si, os mandamentos a obedecer.

Esses até operam sinais, pregam, profetizam comem “com Cristo”, sem, contudo, Dele serem conhecidos; pois, recusa-se a conhecer desobedientes. “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? e em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;22 e 23

Aqueles que falam como filhos da luz, até ensinam aos preceitos Santos, mas, vivem na impiedade, se fazem piores que os que desconheciam o chamado da “porta estreita”. “Se teus olhos forem maus, o teu corpo todo será tenebroso. Portanto, se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

As ações dos que se dizem cristãos são as mais eloquentes declarações de fé. A “eloquência” que Deus preza é a verdade.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Pandemídia


“Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a Lei;” Atos 6;13

Homens malignos que queriam ceifar a vida de Estêvão e conseguiram. Como “argumentos” usaram a falsidade de aluguel e o pretexto da defesa de coisas boas; a reverência para com o lugar Santo, e à Lei.

Se há uma coisa que não se pode dizer da maldade é que ela não tenha certa autocrítica. Jamais desfila abertamente dizendo-se pelo mal. ‘Eu sou a maldade, os valores inversos; faço isso mesmo, dane-se o bem!’ Não. Ela não ousa se apresentar assim; sabe que seria rejeitada.

Antes, furta algumas roupas no varal da virtude, com elas disfarça-se, e finalmente sai em público camuflada, com sua face “apresentável”.

Como os algozes de Estêvão; não eram ímpios contumazes em resistir ao Espírito Santo, predispostos ao assassinato; antes, “zelosos religiosos”, defensores da Lei. Mas, os seus frutos insistiram em deixar a verdade nua.

Ontem assisti passivamente ao “Jornal Hoje”, e durante uns vinte minutos fizeram apologia da “vacina”; usaram uns dois “especialistas” para explicar o dano social que fazem os não vacinados, e arrolaram alguns percentuais de mortes em determinados estados sendo majoritário o número de mortos os que não tinham o “quadro vacinal” completo.

Primeiro: Muitos especialistas probos que dispensam as aspas têm sérias restrições ao famigerado experimento, mas são abafados pelos defensores vorazes da “Pandemídia”. Segundo; nada assegura que os que fizeram duas doses apenas e morreram foi por isso que morreram; digo, por terem feito apenas duas; quem garante que não foi, justo por terem sido feito duas vezes de cobaias, não o contrário; terceiro: uma reportagem da Globo atualmente tem tanta credibilidade quanto uma declaração do Lula.

Portanto, não venham com pretexto de “bem comum”, “saúde pública”, “defesa da ciência” e o escambau.

Jamais uma vacina causou tanta polêmica, por duas razões bem simples: Uma: As outras funcionavam. Duas: Já eram exaustivamente testadas em cobaias e conhecidos os possíveis efeitos colaterais, isso sim é ciência; o resto é safadeza. Seja no interesse escuso dos fabricantes dessas bostas, seja, na imposição dos globalistas para irem adestrando o gado aos seus moldes, enquanto, de lambuja diminuem um pouco o “excesso” de gente.

Acabei de receber um grande benefício da ciência. Minha esposa fora diagnosticada com cálculo na vesícula; foi operada com sucesso. Os médicos sabiam o que estavam fazendo; sua ciência se revelou eficaz.

Não sou contra a ciência, pois; apenas, contra o vilipêndio de vidas humanas, expostas ao nível de animais em experimentos cujas amostras são preocupantes, mais que o próprio vírus, que deveriam combater.

Nos dias de Estêvão, falsas testemunhas faziam o jogo do establishment religioso; hoje, a mídia prostituta em sua imensa maioria, tem se prestado ao desonroso papel de falsa testemunha, com fim de espalhar terrorismo psicológico, desinformar uma vasta plateia, viciada, sôfrega por desinformações; e manipular à mesma por motivações políticas conexas com possíveis vantagens financeiras, caso, o fim pelo qual manipulam, seja atingido.

Ora, só um completo insano desejaria fazer um gol contra sua própria saúde. Mas, assim como um tribunal decente desqualifica e elimina uma testemunha quando essa se revela mentirosa, um homem prudente espera o escrutínio da verdade, antes de expor em mãos inconfiáveis seu bem mais precioso, a saúde. Mas, se morrer do vírus antes disso?

Se, esse risco prefere correr, à exposição aquela, isso deriva da sua percepção de duas coisas. Desconfiança ante o terrorismo psicológico que hipertrofia dados fazendo a coisa parecer maior do que é; e ante uma “solução” que pela simples demanda de um suplemento que jamais acaba, mostra desonestidade, ou incompetência; e não encomenda sua vida a nenhuma dessas duas doidivanas.

Negacionista um cacete! Nego-me a ser gado de gente desonesta e inconfiável. Saúde sempre foi prioridade em falácias de campanhas políticas. Porém, a realidade insistia em colidir com as promessas. Todavia, de repente, num passe de mágica ela passou a ser a prima donna da ópera global? Nova consciência liderada por gente que defende o aborto e descriminação das drogas???

Sei não; mas, acho que os globalistas decidiram apedrejar ao “Estêvão” já; o que estão é desesperados, em busca de um pretexto para que suas imposições totalitárias desfilem, como se fossem coisas boas.

Isaías anteviu o que eles fariam: “... ao mal chamam bem e ao bem, mal; eles fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo!” Is 5;20

Não sejamos ingênuos ao ponto de contratarmos à maldade por se aparentar vestida de bem; examinemos antes, seu currículo, seus últimos cinco ou seis empregos; se fizermos isso, não delegaremos poder sobre nós a quem é indigno disso.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

A "Periquita" do Bonde


“A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios, tirando aquele senso de pudor que constitui um travão aos instintos ruins.” Sêneca

À luz dessa reflexão do pensador latino devemos concluir que nossa geração está embriagada. A falta de pudor atinge tão alarmantes espaços, que os instintos ruins nunca estiveram tão lépidos, como agora.

Outro dia, falando com um irmão sobre música, (eu e ele gostamos mais das antigas) disse que parte disso se deve ao nível moral atual. Que a arte também apodrece, onde a vida apodreceu.

Bastava uma palhinha dos intérpretes de outrora, e presto os identificávamos, pois, tinham identidade; hoje a coisa foi massificada de tal forma, que, passando uma manhã inteira ouvindo essas rádios que tocam o tal “sertanejo universitário” a impressão é que são os mesmos cantando sempre; mudam os nomes. A pobreza poética e harmônico/vocal da coisa salta aos danificados ouvidos.

Digo porque muitas vezes ouvi, passivamente, gente trabalhando perto de mim “curtindo um som” assim, e torrando-me os escrotos.

Não bastasse a indigência melódica vimos o concurso da indecência. “Se te pego, ai, ai...” o “leque-leque”, o “lepo-lepo” “meu pau te ama”, e demais náuseas afins, agora deparei com a “Periquita” do “Bonde do Forró”, onde a vocalista enumera personalidades, para quem daria, e para quem não, a referida ave; tudo com uma coreografia chula apontando pra “gaiola”.

Não se trata de moralismo. Tudo pode ser dito, com as palavras certas, no devido contexto.

Trata-se de bom gosto mesmo, ou, no caso “paladar estragado”, como falava outro amigo.

Uma excursão abaixo da linha de pobreza, no campo da criatividade, o concurso do despudor ao cubo, e desrespeito a muitas pessoas públicas, voam nas asas da “Periquita.”

Outrora, a cor dos olhos da amada, a ousadia de um beijo roubado, pasmem! Um “biquini de bolinhas amarelinhas!” o namoro no portão e simplicidades afins, serviam de pano de fundo para poesias dos amantes.

Agora temos a pornografia cantada em prosa e verso, e consumida pela maioria de uma geração embriagada, que já não sente vergonha de não ter vergonha. É a dissolução total.

Uma triste e inexorável tendência; à medida que o rio do tempo avança, fica cada vez mais sujo, como ensina a Bíblia; “Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” Ecl 7;10

A salvação é categórica! Não existe meio termo, alguns tons de cinza entre preto e branco. Ou se está salvo, ou não. Ou se tem o paladar apurado ou, se come toda sorte de porcarias.

O Salvador desafia cada um a deixar patentes suas escolhas; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Pois, mesmo nos que se dizem cristãos há uma versão “gospel” para muitos lixos do mundo. O despudor grassa, maculando corpo, pelas vestes indecentes; alma; pela mentalidade e vontade malsãs; e espírito, pelo consumo das drogas espirituais que profanam Ao Santo.

Eu sei que quem não gosta basta não ouvir; faço isso desde sempre, exceto quando sou “fumante passivo”. Estou analisando uma doença social, não, reivindicando um espaço pessoal.

O apodrecimento moral do homem moderno atrai maldições sobre a terra; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Como, quem está acostumado com o lixo não se ressente da falta de limpeza, para muitos desses, se tiverem contato com essa modesta diatribe, tudo seguirá como sempre, o maluco, o fora da casinha serei eu; “... sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;22

A Bíblia previu a “baixaria” dos altos; “A terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4 e vaticinou que a ascensão de gente assim, indigna moralmente, daria margem à baixaria geral; “Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados.” Sal 12;8

Será assim, até o dia em que a Santa Paciência acabe, e, em atenção à minoria justa, O Eterno recoloque as coisas em ordem; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Então, não haverá mais choque de pudor, cada um terá o devido habitat, pois, “A indecência pode perverter um inocente, assim como a inocência pode chocar um pervertido.” Thimer

Senhores das moscas


“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! que dizimais hortelã, endro, cominho, e desprezais o mais importante da lei; juízo, misericórdia e fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.” Mat 23; 23 e 24

No afã de desautorizar aos mercenários da praça que usam a Obra de Deus como pretexto para suas cobiças, muitos paladinos dos desigrejados defendem que, o dízimo era coisa do Antigo Pacto, desnecessário agora, dado que os templos somos nós, nem congregações carecemos.

Que cada salvo em particular é “templo do Espírito” ou edificado para “morada de Deus no Espírito” isso é cristalino na Palavra.

Entretanto, a igreja é figurada como um corpo interativo, coeso, onde, membros mais nobres devem honrar aos mais frágeis; todos têm necessidade, uns dos outros.

Daí a exortação para que se mantenha assim segundo o projeto do Cabeça desse corpo, Cristo: “Não deixando nossa congregação, como é costume de alguns, antes, admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10;25

A simples existência de congregações bem como, obreiros de tempo integral, traz certos custos que demandam contrapartida dos membros. O Salvador não vetou o dízimo apenas desfez a inversão de valores. Achavam que fazendo aquilo bastava, ou que era o mais importante. Recolocando cada coisa no seu lugar, dos dízimos disse: “Deveis fazer essas coisas...”

Segundo a metáfora do Senhor, as obrigações materiais com a obra seriam o “mosquito”, o menos valioso; enquanto, o “camelo”, seria negligenciar as coisas mais importantes da Lei; “juízo, misericórdia e fé.”

Logo, entendemos que dízimos e ofertas, embora necessários, são coisas de menor monta, sendo o juízo, pela aversão do Santo ao pecado, a misericórdia, nosso engajamento amoroso com as carências do semelhante, e a fé, nossa confiança irrestrita em Deus e Sua Palavra, valores que devem ocupar espaço principal em nosso serviço.

O problema dos mercadores da Palavra é maior que um mosquito. Se, anunciassem segundo o juízo, condenariam a simonia mediante o fetichismo, invés de estimulá-la; Segundo à misericórdia atentariam primeiro, às necessidades das pessoas, não da igreja; segundo a fé descansariam na suficiência de Deus.

Sendo nossas prioridades o que o Senhor avalia como prioritário, Ele suprirá as coisas menores também. “Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Umas somos exortados a buscar, outras, nos são prometidas livremente. É perigoso, como já vimos, espiritualizar a interpretação dizendo que nós somos os templos do Espírito Santo, não carecemos edificar igrejas, e sim edificar pessoas, mediante ensino.

Em parte, isso é verdadeiro, mas não totalmente honesto. Há necessidades reais, com devidos custos de provisão e manutenção. O que tem ocorrido com frequência é que o mosquito tem virado camelo; o material tem preponderado. 

Num caso, quando amamos o dinheiro; sofremos ao fazermos nossa parte, nos vemos a discutir e forçar textos bíblicos, para “provar” que não carecemos mais dizimar;

noutro, quando a igreja faz do dinheiro o tema de suas mensagens constrangendo pessoas, seja, vendendo bênçãos, seja, ameaçando com maldições. Esse segundo caso, como que, ampara ao primeiro. "O amor ao dinheiro é a raiz de espécie de males."

Então ao permitir a “marca da besta” que, de certa forma será o dinheiro do porvir, O Eterno estará separando bodes de ovelhas ainda na terra.

Essa turba mercenária preocupada com ostentação, os “Templos de Salomão” e assemelhados, como escolherá O Senhor quando for “só Ele” sem honra nem conforto acessórios?

Como cada comichão tem defensores; materialistas associam-se aos semelhantes e passam a caçar insetos com rifles.

Verdade seja dita, a maioria dos que são roubados pelos mercenários merecem sê-lo. Sabem o que todo mundo sabe mas, preferem a mensagem fácil do “pare de sofrer” que a Cruz de Cristo.

Traídos pela própria cobiça e ilusão, acreditam que esses “ungidos” tem mesmo acesso a Deus, e podem manipulá-lo ao seu bel-prazer.

Não dói nada ser fiel nos bens do Senhor.
Se as árvores se conhecem pelos frutos, esses que, perturbam trabalhos sérios estabelecidos com seus ensinos parciais que tipos de frutos dão?

Aos mercenários da praça Deus julgará. A tentação mais perigosa nesse contexto é “justificar” nossa avareza, omissão, ou amor ao dinheiro, em nome duma “doutrina” de fundo de quintal. Cuidado!

Na verdade, é mais fácil honrar a Deus com “as primícias de nossa renda”, que com nosso modo de viver. Bebamos, pois, a pura Água da Vida, sem o mosquito e sem o camelo.

"A avareza é um tirano bem cruel; manda ajuntar e proíbe o uso daquilo que se junta; visita o desejo e interdiz o gozo." (Plutarco)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A rejeição ao Caminho


“Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim, são caminhos da morte.” Prov 14;12

Diferente de Deus escrevendo certo por linhas tortas, temos o homem andando por linhas tortas, presumindo que são retas.

O problema de determinado caminho me parecer direito, nem é o caminho em si; antes, minha presunção doentia, aconselhada pelo inimigo, que poderia atuar autônomo, alienado do Criador. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.” O mau caminho não é a causa do erro, antes, consequência de colocarmos o ego em lugar do Senhor; o erro capital.

Sendo o valor de um caminho conhecido no fim, seria necessária certa presciência, para sabermos aonde cada um leva. Pois, chagado ao fim, não haverá escolhas, só a ceifa devida.

Como a faculdade de antever não reside em humanos, nossa presumida sabedoria é só uma miragem a nos trair enquanto erramos, no deserto da ausência de Deus.

Por isso o ensino: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Se, aos servos Ele endireita as veredas, necessária a conclusão que, os que confiam em si mesmos entortam.

A rejeição à Palavra passou de, não concordar ao ouvi-la, a nem querer ouvir, vetar sua voz. Mesmo nas igrejas, em muitas delas, grassam “profetas” de “vitórias” “chaves” disso ou daquilo, adivinhadores de CPFs, e vetam homens da Palavra que instruem segundo Deus, sem manipular emoções, apenas buscando iluminar.

Parece direito acreditar em suas alegres mentiras, como um drogado que traga ou, inocula seu veneno, e passado o efeito sai em busca de mais; não importa que as “profecias” não se cumpram; seguem crédulos atrás desses salafrários, traindo a si mesmos, na ilusão de que um dia a coisa “dará certo”.

A principal razão para a rejeição ao Salvador foi não ter se enquadrado no modelo religioso vigente; ainda hoje não se enquadra em muito do se faz em “Seu Nome”; ainda é rejeitado, por trazer estritamente, Sua Palavra, sem artifícios nem alegorias rasteiras que o homem tanto gosta.

Um profeta autêntico é, antes de tudo, alguém que denuncia o erro; “Não mandei esses profetas, contudo foram correndo; não lhes falei, porém, profetizaram. Mas, estivessem no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22 

Assim, se um profeta falando segundo Deus tende a denunciar erros, confrontar à maldade, um ímpio religioso manterá “distância segura” dele, cercando-se, antes, dessas “caixas de promessas” ambulantes, que adulam aos maus por interesses.

Religiosidade oca, sem obediência apenas aumenta a culpa; “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar Meus Estatutos e tomar a Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças as Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e Me Calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16 a 21

O Salvador ensinou a possiblidade de se edificar sobre a Rocha e sobre a areia. A diferença entra as edificações seria notada em horas tempestuosas. Assim são os que estão edificados na Palavra, a ela obedecem, e segundo ela, vivem; as provações, por duras que sejam não os derrubam. Os demais, malgrado eventual religiosidade, seguem escolhendo a maldição, por colocarem o homem em lugar de Deus; primeiro, escolhendo suas predileções doentias à sã doutrina; depois escolhendo “ministros” que servem seus “manjares” favoritos em detrimento dos servos de Deus.

A Palavra é categórica: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

Claro que é mais fácil acreditar em promessas mirabolantes e incondicionais que alinhar nossa viver ao prumo da Palavra; mas, se O Salvador nos desafiou a tomarmos uma cruz, quem disse que Ele nos chamou a um caminho fácil?

Bijuterias até fazem figura ante incautos; mas O Santo Ourives prova os metais; “assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Ml 3;3

domingo, 30 de janeiro de 2022

Egoísmo "Gospel"


“Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta?” Ag 1;4

Cada um se ocupava das coisas particulares, deixando em desprezo as de Deus. A construção do templo fora abandonada, cada qual se esmerava por sua casa, enquanto a casa coletiva, congregacional, estava esquecida.

Depois de “falar” várias vezes usando a natureza, O Eterno resolveu partir para uma fala mais direta; o profeta.

“Semeais muito e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti-vos, porém ninguém se aquece; o que recebe salário, recebe-o num saco furado.” v 6 Os céus retiveram suas bênçãos e eles não tentaram entender o motivo.

Então, Ageu foi escolhido para “desenhar”; “Subi ao monte, trazei madeira, edificai a casa; dela Me agradarei, Serei glorificado, diz O Senhor.” v 8

Partindo do princípio que, falando expressamente o que queria, O Senhor seria obedecido, prometeu mudar a “mensagem” da natureza também; “Porventura há ainda semente no celeiro? Além disso a videira, figueira, romeira, oliveira, não têm dado seus frutos; mas desde este dia vos Abençoarei.” Cap 2;19

Se, é doentia a tal “teologia da prosperidade”, onde se negocia com Deus por interesses rasos, mesquinhos, também é certo que O Eterno premia a obediência, a fidelidade. “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

O caminhar reto busca a Deus, nãos coisas. Não significa que um servo Dele em dificuldade, seja infiel; pode estar em pleno teste, como estiveram tantos. Mas, via de regra, O Senhor estabelece aos que, se submetem a Ele, abençoando-os no Seu tempo.

Por outro lado, também não implica que um “cristão” de vida torta, testemunho indigno, que pareça estar abençoado, goze da Divina aprovação. Aí, a longanimidade do Eterno ainda espera por arrependimento; mas, um dia chamará o tal, a prestar contas. A um “próspero” assim, certa vez disse: “Estas coisas tens feito, e Me Calei; pensavas que era como tu, mas Eu te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

Uma das coisas pouco entendidas da doutrina de Cristo é o “Negue a si mesmo.” Tendemos a restringir a incidência disso, sobre os desejos pecaminosos que devemos “crucificar”. Isso é parte do pacote. Nosso “si”, infelizmente é maior que isso.

O individualismo doentio que grassa no mundo invade a vida espiritual também, como vimos nos dias de Ageu, o particular era alvo de cuidados, enquanto, o coletivo estava relegado ao esquecimento.

Há muito “egoísmo gospel” atrapalhando à Bendita Obra de Deus. Meu dom de louvor, instrumentista, meu ministério de pregador, minhas predileções por cultos assim, ou assado, meu pregador favorito, usos e costumes com quais me identifico... onde já vi algo assim? Ah, “Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?” I Cor 3;4 

Paulo não disse que eles não eram salvos, mas, que eram carnais. Militavam ainda na carne, não obstante, O Espírito Santo estar disponível.

Se, a diversidade de ministérios, dons, características, personalidades, é necessária, saudável, a unidade espiritual do Corpo de Cristo é o objetivo celeste. “... Pai Santo, guarda em Teu Nome aqueles que me deste, ‘para que sejam um’, assim como Nós.” Jo 17;11

Paulo esmiuçou um pouco, os traços dessa unidade; “Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus, Pai de todos, o Qual é sobre todos, por todos e em todos vós. Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” Ef 4;4 a 7

Diante disso o incauto perguntaria: Por quê existem tantas religiões então? Deus não é Criador de religiões.

O número de salvos é pífio, infelizmente, embora vastos os religiosos. Os que seguem à Palavra sem distorções, são de Cristo, não importam denominações, rituais, costumes... os demais, que expliquem se quiserem, suas criações alternativas. Cristo segue categórico: “... Ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Então, suponhamos que novo “Ageu” fale pelo Eterno: “Para vocês é tempo de escolher ministros, ministérios, cantores, pregadores... mas, vossas vidas seguem sem sinais de progresso espiritual nem material. As coisas atinentes à Minha Vontade tendes desprezado, diz O Senhor. Descei do monte da presunção carnal, submetei-vos ao Espírito Santo: Ele trará A Palavra para a Edificação que conta, (Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam... Sal 127;1) para verdes a transformação que vou operar em vossas vidas; porque, assim fazendo, desse dia em diante vos abençoarei.”

sábado, 29 de janeiro de 2022

Perdoar ou engolir sapo?


“... Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” Mat 18;32 e 33

A isonomia do perdão. “Perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores...” fragmento da oração ensinada por Jesus.

Se, não prestarmos atenção, orando assim podemos pedir para O Eterno não nos perdoar, uma vez que, o perdão Dele, será igual ao que oferecemos; caso não tenhamos perdoado ao semelhante estaremos pedindo o mesmo tratamento para nós, em prejuízo das nossas almas.

Já vivi e vivenciei nas igrejas, muitos, equacionando erradamente, perdão, que é um mandamento, com o “engolir sapos” que é uma burrice para prejuízo da própria saúde psicológica.

Qual a diferença? No perdão, a parte que errou reconhece que falhou; humildemente pede ao ofendido que perdoe. Em casos assim, como não perdoar? Todavia, muitos passam sobre nossas almas como tratores, desfilando ofensas gratuitas fruto de suas invejas doentias, ou sei lá; sequer se dão conta que nos magoaram. Suas vidas seguem como se nada tivessem feito.

Olhando de fora as consequências de atos assim, alguns, invés de exortarem quem ofendeu para que se arrependa, mude de atitudes, pois, em Cristo devemos nos edificar mutuamente, não agredir, invés disso fazem vistas grossas às ofensas do troglodita “gospel” e buscam ao ofendido, sugerindo que “ponha uma pedra em cima, perdoe”, quando, da outra parte não existe o menor indício de arrependimento.

Seria dar ao ofensor o que ele não quer; nem sabe que precisa. “Perdoar” assim não é perdoar; é engolir sapo.

Nunca recusei perdão a quem me pediu; muitas vezes tive que pedir também; porém, engolir sapos só maltrata nossas almas, numa espécie de “eu te amo por nós dois”, que não dá certo no amor eros, nem no ágape; o amor “folga com a verdade, não com a injustiça...” se, na verdade estou magoado por uma ofensa, mas finjo que está tudo bem, traio a mim mesmo para “proteger” meu ofensor.

O mandamento é: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo.” Não ame-o de modo a trair a ti mesmo.

Portanto, esses bravos pregadores que gritam a plenos pulmões que o cristianismo é religião do perdão, deveriam também lembrar que é uma doutrina que demanda arrependimento de quem falha, antes de ser perdoado.

Cabe a quem apascenta exortar ao errado que se arrependa, e peça perdão, antes de requerer do ofendido que perdoe.

O não perdoado do nosso exemplo inicial era um que rogava por misericórdia; “Então seu companheiro, prostrando-se aos seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.” v 29

Nem pedia perdão estritamente, mas um prazo maior para saldar a dívida. Endurecer o coração num caso assim, e esperar o perdão Divino seria plantar espinhos desejando colher uvas.

Sem a bendita persuasão do Espírito Santo, as pessoas más se sentem boas. Por isso, o trabalho Dele começa aí: “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

Privadas dessa ditosa Luz que convence, as pessoas seguem pecando e se sentindo as tais, a doentia falta de noção espiritual denunciada nos Provérbios. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Ora, essas já nos ofenderam por que viram determinada situação segundo seus próprios olhos, não segundo O Espírito Santo. Ninguém mais apto a ver “pelo em ovo” que o ímpio; esse atribui ao semelhante os vícios que habitam em si.

Por isso a exortação para que nossos olhos rasteiros não usurpem o Lugar do Senhor; “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Pois, se ao ímpio a “purificação” se dá segundo suas predileções, para o que teme a Deus, essa deriva da Palavra; “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra. Com todo o meu coração Te busquei; não me deixes desviar dos Teus Mandamentos. Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;9 a 11

Para muitos sem noção, falta ouvidos ante O Espírito Santo, leitura, meditação na Palavra, para encontrarem o antídoto às suas malcriações.

No prisma estrito da justiça, o homem colhe tudo que planta; perdão é como um “secante” que mata as ervas daninhas do pecado, antes que frutifiquem.

Só que, a aplicação desse produto não está em poder de quem plantou; deve rogar humildemente ao ofendido, que refreie esse mal, para evitar a nefasta sega.