segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Cristianismo sem sal


“Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar?” Luc 14;34

Aos olhos Divinos, essa “filosofia” tipo; “Quem não tem cão caça com gato”, ou, na versão gaiata, “Não tem tu, vai tu mesmo”, não funciona. Ante a possibilidade da degeneração do sal, não cogita um “plano B”; mas, faz uma pergunta retórica que visa acentuar um vácuo, uma impossibilidade; “... com que, se há de salgar?”

Aos que chamou para seguidores, O Salvador declarou como sendo esse elemento; “Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” Mat 5;13

A degeneração ampliada com uma descrição; tornar-se insípido, ou, perder o sabor. Alguém que foi chamado com esse fim, caso fracasse, acaba num lugar inferior ao que, antes estava. Invés de ser um dos “homens” como fora antes do chamado, torna-se um rejeito; é laçado fora e pisado por aqueles.

A apostasia é tida como estágio pior que alienação espiritual; “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do Santo Mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

Nessa breve descrição amplia-se a ideia do que seja a degeneração. Escapar da corrupção do mundo pelo Conhecimento de Jesus Cristo, e depois voltar atrás se deixando novamente envolver.

Então, necessária a conclusão de que o “elemento químico” que evita a degeneração do sal é a perseverança. Assim como usamos um guarda-chuva apenas quando chove, perseverança é um “utensílio” necessário para quando as coisas vão mal; quando nossas expectativas falham.

Aliás, o sal existe não como um fim em si mesmo; antes, como algo a se gastar em proveito dos outros; um “cristianismo” cheio de projetos de sucesso, aplausos, aceitação humana já traz indícios de que o sal começa perder sua eficácia.

Pois, os que preservam o sabor recebido de Cristo devem esperar coisas diversas dessas; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Vivemos um cristianismo raso demais. Imitamos o mundo em quase tudo, para parecermos “legais, descolados”; se possível, atrairmos o mundo para “Cristo”. Ora, o chamado do Salvador não traz um, “viu como somos parecidos?” Antes, um sonoro “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me!” Mais: Quem não nascer de novo, da Água (Palavra) e do Espírito (Santo), não pode ver nem entrar no Reino.

No sul temos a “Semana Farroupilha” que muitos imitadores do mundo tentam fazer a versão “Gospel”; as “festas juninas” idem; e, pasmem! Já há até “Carnaval gospel”. Mais; muitos artistas que cantam louvores ao adultério, aos vícios, e desfilam figurinos sensuais em seus trabalhos, eventualmente também tentam se abrigar à sombra de uma árvore, cujas raízes desconhecem. Devem inflar a carnal confiança no sal degenerado, nunca na Palavra de Deus.

Até a Páscoa, embora seja uma ordenança Bíblica, é algo superado pela Nova Aliança, na qual, o memorial ordenado é a Santa Ceia. Todavia, muitos “cristãos” exibem airosos seus “ovos de páscoa” nas redes sociais. 

Agora o Natal. Muitos “descolados” com seus gorrinhos de Noel, (coisa que putas usam nos cabarés, tal o teor de sal) exibem suas árvores enfeitadas, mostram a doentia preocupação em ser parecidos com os ímpios, malgrado, nosso chamado vise nos fazer parecidos com O Salvador.

Então, como que constrangidos pela mundanização adjacente aos seus ministérios, muitos se esforçam em explicar o “sentido do Natal”. Não faz sentido nenhum cultuar um bebê, cujos ensinos, de quando Adulto, se ignora; furtando seu lugar temos um fantoche ignóbil, um ídolo da mentira.

Ora, o sentido para aquele no qual Cristo Nasceu deveras, e Nele Persevera, é que ele foi feito sal a Terra em tempo integral, não um “adorador” numa data específica, como se, O Eterno fosse refém do tempo.

Que difícil entender o óbvio!! Cristo é separação, não comunhão com os meios ímpios. “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei.” II Cor 6;17

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

O Divino "Filho do Homem"


“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Luc 19;10

Mesmo O Salvador tendo sido concebido sem participação humana, sempre se chamava de “Filho do homem”; posição que, para assumir, precisou descer muito. Pois, Ele “Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” Fp 2;6 e 7 Semelhante nas limitações físicas; todavia, Santo, Imaculado, avesso ao pecado.

Sua humanidade foi um arranjo circunstancial da Sabedoria e Amor do Eterno, para cumprir o juízo com o qual sentenciara à serpente. “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua semente e sua semente; Esta te ferirá a cabeça, tu lhe ferirás o calcanhar.” Gn 3;15 Agora, o “Filho do Homem” figura como semente da mulher. A Bíblia não se perde nessas picuinhas sexistas de gente rasa; quando O chama de “Filho do Homem” alude à Sua humanidade, Seu esvaziamento.

Como o domínio fora entregue ao homem, “... dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e todo o animal que se move sobre a terra.” Gn 1;28 Governo sobre a criação, não sobre o semelhante, coisa que não fazia parte do Plano. Pois, “... tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8;9

O estado de graça colocava o homem em comunhão, sob domínio do Criador; após a regeneração, tenciona submeter todos, igualmente Ao Altíssimo, sem o concurso do insano desejo de poder, tão comum na Terra dos homens.

Por isso, aos que O Eterno escolheu para que O representem aqui, ordenou que fossem luzes, não, feitores; “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” I Ped 5;2 e 3

Os dons de Deus são irrevogáveis; Ele dera o domínio ao homem, somente um representante humano poderia, (as Olhos da Divina Justiça) resgatar o domínio perdido. Os indícios da posse vêm da submissão. “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis...” Rom 6;16

Adão desobedecera a Deus ouvindo o inimigo; só a total “desobediência” ao tal, em submissão a Deus, poderia redimir o domínio. “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, e Feito Mais Sublime que os Céus;” Heb 7;26

Por isso, invés de afirmar Sua Autoridade por ser Ele Deus, Jesus Cristo disse tê-la, por ter se tornado homem; “... O Pai a ninguém julga, mas Deu ao Filho todo juízo... Deu-lhe Poder de exercer juízo, porque é o Filho do homem” Jo 5;22 e 27

Sendo UM com O Pai, tinha Poder nos Céus, tendo resgatado o que fora perdido passou a ter pleno domínio por aqui também. “... É-me dado todo poder no Céu e na Terra.” Mat 28;18 Por isso só Ele Pode dizer: “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim” Jo 14;6

Contudo, a ideia de estar perdido não soa bem ao ímpio. Normalmente enche-se de justiça própria, não faço isso, aquilo; ademais, faço tais e quais coisas, de modo que Deus seria “injusto” se me condenasse.

A condenação se deu na exclusão do Paraíso. O Senhor não veio em forma humana como examinador, para ver quem poderia ser salvo como estava; antes, veio como Salvador, porque todos estávamos perdidos. “Quem crê Nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no Nome do Unigênito Filho de Deus.” Jo 3;18

Notemos que, cumprida a missão de Filho do Homem, agora reassume Sua Autoridade como Filho de Deus.

Deixou claro que falava aos mortos. “... os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que ouvirem viverão.” Jo 5;25

O Eterno não entra no mérito das obras. Estando nós espiritualmente mortos, nossas obras, boas ou más, serão mortas também. Mortos, sabemos, não importa a elegância com que forem vestidos, logo cheiram mal. “todos nós somos como o imundo e nossas justiças como trapo da imundícia...” Is 64;6

Depois de regenerados, aí sim, espera de nós obras concernentes à nova filiação; “De vós, amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação ...” Heb 6;9 “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

A queda se deu deixando de ouvir Deus pela voz perversa da oposição; o caminho inverso demanda deixar o príncipe desse mundo, nascer de novo em Cristo e Nele perseverar.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Mestres do Engano


“De modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;5

A relação do Sumo Pastor e as ovelhas, de uma intimidade tal, que tolhe a possibilidade de estranhos.

Entretanto, nem tudo o que se esforça por balir é ovelha. Infelizmente, vivemos a apostasia; há uma grande leva de gente que “quer Deus”, desprezando-O. Como assim?

Quer o status cristão, reputação, para não ser “incomodado” pelos que ainda pregam retamente A Palavra; daí, muitos para se locupletam dos bens de incautos que drogam as próprias consciências assalariam sobejamente aos que traficam segundo seus vícios. Paulo advertiu: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Notemos que a Santa Vontade passa ao largo, enquanto as cobiças humanas, (concupiscências) são as “pedras de toque” que “qualificam” tais “doutores”. Se o gato orar pedirá ratos; o cão rogará por ossos; o rato por queijo... cada um fará de sua vontade natural, motivo da “relação com Deus.”

Conversão não é adaptar O Eterno às minhas comichões; antes, é o oposto; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar.” Is 55;7

Um pregador desonesto não precisará muito para fazer a Bíblia “dizer” o que ele quer. Pegará algo que está escrito, ignorará contexto, alvo, linguagem, etc. Sobretudo, o que “também está escrito” e sairá vendendo seu peixe, criando “Base Bíblica” para tudo.

Por exemplo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Bordão que muitos utilizam para encerrar cultos. Ora, essa é uma pergunta retórica que visa demonstrar que, os que se opõem, sejam quais forem, terão contra si um adversário imbatível, O Todo Poderoso; mas, não significa ausência de oposição. A Mesma Palavra mostra quem costuma se opor.

Inicialmente, nossa própria natureza caída; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7 Depois, muitas vezes, nossos próprios chegados; “assim os inimigos do homem serão seus familiares.” Por fim, as forças espirituais da oposição; lutamos contra, “... potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

Portanto, em obediência submissa Deus é por nós; isso tudo, com miríades de desdobramentos possíveis é contra nós.

Outra pergunta bastante usada por gente que defende erros “biblicamente” é: “Quem nos separará do Amor de Cristo?” Rom 8;35

Primeiro: O fato de Cristo Amar a todos não significa que aceitará todos, façam o que fizerem; certamente o pai do pródigo o amava; mas, apenas quando ele voltou para casa arrependido dos seus erros foi readmitido; no mau uso de sua liberdade era ele só.

Pois, o amor costuma anexar alguns cuidados; “Porque o Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8

Segundo: as coisas que não poderiam nos separar desse Amor estão escritas no argumento; o contexto imediato as expõe; todavia, o que “Também está escrito”, responde a questão sobre quem, ou, o quê, nos pode separar. “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça. Porque vossas mãos estão contaminadas de sangue, vossos dedos de iniquidade; vossos lábios falam falsidade e vossa língua pronuncia perversidade.” Is 59;2 e 3

Um dos fatores que separam é o que a língua perversa pronuncia. Esse pequeno fogo capaz de consumir um bosque, como disse Tiago.

Pregadores desonestos conduzem ao inferno quem lhes dá ouvidos. Óbvio que não são ovelhas; são cegos guiando a outros tais, como disse O Salvador.

Todos somos ovelhas em potencial, apenas quem a Voz do Bom Pastor e O Segue, é ovelha real. Sua Voz Santa É Tão Verdade, que nos compromete a sermos verdadeiros também; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Em suma, não somos chamados e redefinir, ressignificar nada. O Criador já definiu o que é santo e o que é profano; ou nos adequamos a isso ajudados pelo Espírito Santo, para salvação; ou, o inimigo trará um mestre dos seus, para mudar as placas a fazer parecer Céu, a avenida que conduz à perdição.

domingo, 19 de dezembro de 2021

O Caminho de Deus

"Dá-me, filho meu, o teu coração; teus olhos observem meus caminhos.” Prov 23;26

Um pedido afetivo e um desafio. Deveria ser natural o filho amar ao pai, desnecessário o rogo: “Dá-me teu coração.” Mas, desde a queda, o natural acabou desnaturado; o que o inimigo seduzindo estragou, A Palavra de Deus opera por regenerar.

Ignoramos se, os profetas antigos tinham o “sensus plênior”. Isto é: Se sabiam o sentido exato do que escreviam, ou, apenas entendiam o que deveriam escrever, mesmo que, eventualmente alheios ao pleno significado. Nesse caso, escreveriam “no escuro” a Vontade do Eterno.

Assim, Salomão estaria escrevendo um manual de comportamento para seus filhos, ou, teria em mente que o escrito comportava a Vontade de Deus para os Dele?

Embora, no aspecto afetivo o pedido faça sentido em ambos os casos, tanto o pai humano, quanto O Pai dos Espíritos, correm risco de perder o afeto dos filhos, no prisma do desafio comportamental, “... teus olhos observem meus caminhos.” a coisa faz mais sentido em se tratando Do Santo, do que, de Salomão; cujos caminhos, infelizmente, não foram os mais exemplares; comportaram infidelidade, idolatria; “negócios dessa vida” o embaraçaram, prejudicando a relação com Deus.

Paulo ensina: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2;4

Entretanto, como dizia Oswaldo Cruz, “Observando os erros alheios, o homem prudente corrige aos seus.” Observarmos Salomão deveria nos ensinar, em grande parte, o que não fazer; embora, também haja muito do que imitar. Sobretudo, sua humildade inicial e devoção.

Não há como observar o “Caminho de Deus”, senão, através da Sua Palavra. Isso está em trágico desuso, infelizmente; para tal, deveremos romper com uma série de coisas que a natureza caída deseja; não obstante ser proverbial o “antes só do que mal acompanhado”, a maioria prefere a agitação social à solidão, mesmo que ela compactue com os maus.

O “Porteiro no vale da adoração” traz as condições para o ingresso: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

Só após o separar-se dos tais, poderemos observar a vida pelo Único Prisma que salva; “Antes, tem o seu prazer na Lei do Senhor, na sua lei medita dia e noite.” v2

Não alude À ‘Lei de Moisés’, como meio de salvação; A Palavra a coloca como algo bom, a serviço da salvação, não em si mesma; “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24

Então, quando os discípulos rogaram: “Mostra-nos o caminho”, adiante Jesus respondeu: “Eu Sou O Caminho...” Necessária a conclusão, pois, que “Observar Os Caminhos de Deus” demanda observarmos os passos e Ensinos de Jesus.

Esse negócio tão em voga do “sou mais eu”, “cuide da sua vida”, “palpite na minha só depois que pagares minhas contas”, isso e demais farpas de Egolândia, não são encontráveis no caminho do “Manso e Humilde de coração.”

Somos desafiados a formar um corpo, onde interação, mais que possível; é necessária. “Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

A ideia que alguém sai da Igreja porque olha para os outros, invés de olhar para Jesus é órfã de significado. Eu preciso ver Jesus em meu semelhante. Paulo vivia Cristo de tal forma, que desafiou: “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.” I Cor 4;16 Como posso imitar outrem sem observar como ele anda??

Quem vive bom testemunho pode dizer como Pedro e os demais ao paralítico da Porta formosa: “Olha para nós!” Não tendo prata nem ouro tinham Cristo.

Ouvi à exaustão que Pedro fracassou em andar sobre as águas, porque olhou para as ondas invés de olhar para Jesus. Ora, ondas para que anda sobre as águas não passam de imperfeições do “terreno”. O Senhor disse que ele afundou pela dúvida. Essa manifestou quando colocou um “se” após A Palavra do Senhor que dissera: “Sou Eu.”

Quem duvida da Divina Palavra descrê dos Seus Caminhos. Essas “ondas” fazem afundar; “Conservando a fé, e boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

Observemos Os Caminhos do Senhor conforme A Palavra Revelada, tendo horror aos acréscimos “inclusivos”; pois, a “inclusão” profana se revelará mortal ao seu tempo. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

A "Pastora" e o casamento lésbico


“No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena; o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4;18

Circula que, uma “Pastora Batista” celebrou o “casamento” entre duas mulheres. Junto às muitas coisas ditas, tivemos a citação do verso supra.

Elas se amam, e o amor lança fora todo temor, por quê não? Tudo seria permitido, em nome do “amor”.

É assim que se interpreta A Palavra de Deus? Figurando o silêncio de uma consciência em paz, o apóstolo usou, “... nosso coração não nos condena...” No contexto imediato disse em qual situação; “Amados, se nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, Dele receberemos, porque guardamos Seus Mandamentos, e fazemos o que é agradável à Sua Vista.” Cap 3;21 e 22

Ensinou O Salvador: “Se me amais, guardai Meus Mandamentos.” Jo 14;15

O amor obediente Ao Eterno lança fora o medo por absoluta paz de consciência; “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

Sabemos da excelência do amor. Todavia, o Amor de Deus não veio sozinho; “Certamente que a salvação está perto daqueles que O temem, para que a glória habite na nossa terra. Misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram. A verdade brotará da Terra, a justiça olhará desde os Céus.” Sal 85;9 a 11

Se, o temor do Senhor nos aproxima da salvação, natural a conclusão que o “temor” que o perfeito amor lança fora não é esse; a devida reverência ao Altíssimo; é antes, o mero medo da punição por consciência de ter falhado, como Adão que se escondeu ao ouvir O Criador.

O perfeito amor gera obediência perfeita; essa enseja uma paz interior que desconhece o medo; goza comunhão com O Pai.

Usar um texto assim como “fiador” da prática que A Palavra chama de infame, abominável, erro etc. É desonestidade ou ignorância; grave em ambos os casos.

Lulu Santos cantou: “Consideramos justa, toda forma de amor.” Parece que ele também é adepto das práticas alternativas. Primeiro: A Bíblia não chama paixões doentias e antinaturais de amor; o mundo faz. Segundo: O que consideramos justo não terá valor nenhum no dia do juízo. Seremos réus não legisladores.

A Bíblia apresenta as bases do Juízo; “Quem me rejeitar, e não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; A Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia. Porque não Tenho falado de Mim mesmo; mas o Pai, que Me enviou, Ele me deu mandamento sobre o que Hei de dizer e sobre o que Hei de falar.” Jo 12;48 e 49

Quanto ao casamento O Salvador foi categórico: “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher; serão dois numa só carne?” Mat 19;4 e 5

São graves os descaminhos do mundo que não apenas rejeita ao Santo, invertendo valores; manifesta aversão até, tolhendo Sua Palavra; todavia, quando alguém, se dizendo ministro/a, condescende com as doenças morais e espirituais do mundo, pouca esperança resta.

Desde o Velho Testamento os Ministros tinham a incumbência de ensinar A Lei de Deus, nua e crua; não, de pelejar pelas mundanas “pautas progressistas” com tantos fazem. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Uma pitadinha de desonestidade, um lapso suicida onde deveria estar O Temor do Senhor, alguma habilidade na lábia, e pronto. Os ministros moderninhos encontrarão “base bíblica” para tudo.

Invés de beberem da pura Água da Vida, parecem deglutir um raciocínio de Kierkegaard: “Para dominar as multidões basta conhecer as paixões humanas, certo talento e uma boa dose de mentira.”

Entretanto, o serviço aceitável ao Santo é em espírito e verdade; o que exclui paixões naturais, antinaturais, e com mais veemência ainda, à mentira.

Em cada esquina temos um pastor ou pastora ao gosto do freguês. Eventualmente, alguns que negam-se, e se fazem ministros da Vontade de Deus. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista...” II Tim 4;3 a 5

Pois, “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os Seus Mandamentos, é mentiroso e nele não está a verdade.” I Jo 2;4

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Deus e a chuva


“Contudo, (Deus) não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e alegria, vossos corações.” Atos 14;17

A incidência das chuvas como testemunho de Deus demanda uma simplicidade infantil coisa que os homens sisudos, dominadores da “ciência” achariam até graça.

Sempre têm uma “explicação” sobre o porquê, das coisas. Sistema tal ou qual, “La Ninha”, “El Ninho”, etc. Inevitável evocarmos a frase de Pascal: “Um pouco de ciência afasta ao homem de Deus; um muito de ciência, aproxima-o".

Se dizia no oriente Médio que Baal era o deus das chuvas. Para desfazer a esse engano, após predizer demorado estio, O Eterno ordenou o “Desafio do Carmelo” entre Elias e os profetas daquele. Quem fosse Deus, nem deveria mandar chuva, inicialmente; pois, estavam num largo estio, que deveria significar certa ira de quem comandava às águas. Assim, patentearia isso mandando fogo primeiro. O resultado sabemos. O Eterno fez descer fogo sobre o sacrifício de Elias, depois, a chuva.

Jeremias denunciou a apostasia dos seus dias nesses termos: “não dizem no seu coração: Temamos agora ao Senhor nosso Deus, que dá chuva, a temporã e a tardia, ao seu tempo; nos conserva as semanas determinadas da sega.” Jr 5;24 “Porventura há, entre as vaidades dos gentios, alguém que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és Tu, ó Senhor nosso Deus? Portanto em ti esperamos, pois Tu fazes todas estas coisas.” Jr 14;22

O Salvador disse que para entrarmos no Reino dos Céus devemos nos tornar como crianças; a simplicidade confiante na Providência do Pai é o esperável dos que se presumem Seus filhos.

Paulo tratou com desprezo aos “sábios” do mundo e aconselhou a “loucura” como caminho. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;20 e 21

Não apenas as chuvas como testemunhas do Criador, mas a própria criação como um todo. “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;20 e 21

A rejeição dos maus não se deu no escuro; mas, “... tendo conhecido a Deus...” Uma criança admira-se das habilidades do Pai, invés de questionar Sua Existência, ou preferir a paternidade do vizinho.

No caso o “vizinho” que ocupa o lugar do Divino é o ego. Deus não é rejeitado porque tenhamos um deus melhor; antes, porque achamos melhor seguir à nossa maneira, com nossos desejos insanos no trono. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de qu suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, a chuva é um testemunho do Eterno, também Sua Palavra, que faz rota paralela; “Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, para lá não tornam, mas regam a terra, fazem produzir, brotar, dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será Minha Palavra, que sair da Minha Boca...” Is 55;10 e 11

Na Parábola do Semeador O Salvador figurou nossos corações como a terra, onde a “semente” é lançada; dando semente e a chuva, O Senhor faz Sua Parte; quanto a produzir o fruto esperado, essa é a nossa; “Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8

Podemos como os homens da “ciência” inventar milhares de subterfúgios para explicar nossos lapsos, mas no devido tempo, O Agricultor não buscará explicações, Ele já as tem; demandará frutos. “A verdade brotará da terra, a justiça olhará desde os Céus. Também o Senhor dará o que é bom, e a nossa terra dará o seu fruto. A justiça irá adiante Dele, nos porá no caminho das suas pisadas.” Sal 85;11 a 1

domingo, 5 de dezembro de 2021

Os Santos e o Natal


“Ser-me-eis santos, porque Eu, O Senhor, Sou Santo; vos Separei dos povos, para serdes Meus.” Lev 20;26

Entre as muitas coisas deturpadas, corrompidas ao longo do tempo, está a ideia da santidade.

Para o catolicismo, tal reconhecimento se dá pós mortem, o candidato precisa “operar” no mínimo dois milagres reconhecidos pela Igreja; após devido processo canônico ele é declarado santo, promovido a intercessor/mediador. A Palavra de Deus permanece, sisuda: “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Isso seria consulta aos mortos, uma alternativa espúria, invés de se consultar a Deus. “... Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra é porque não há luz neles.” Is 8;19 e 20

O Espiritismo promete a “presença” dos mortos, através dos médiuns; o catolicismo crê na intercessão deles; em ambos os casos, se deixa de orar ao Deus Vivo para rogar aos mortos.

No Velho Testamento esse erro sofria pena capital. “Quando algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles.” Lev 20;27

O conceito bíblico de santidade é separação. “Dei-lhes Tua Palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não Sou do mundo.” Jo 17;14 

A Palavra de Deus como diretriz enseja o ódio do mundo. Se, o mundo impõe as seus o tal de “politicamente correto”, O Eterno prescreve aos Filhos, o espiritualmente sadio.

Não se pretende por santidade a perfeição. Mas, o compromisso com Aquele que É Perfeito; entrega a Ele para que Seus valores sejam paulatinamente implantados em nós; a santificação. “Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor.” Is 55;8

Portanto, um santo de Deus não precisa que um ente querido “volte da morte” e “psicografe” instruções de como as coisas são. A fé na Palavra revelada já lhe diz tudo o que precisa saber. Aos demais a Palavra desfila inócua, malgrado, Seu Poder. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2

Quando um morto pediu algo assim, foi vetado; apontadas como bastantes, as Escrituras existentes. “Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem Moisés os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” Luc 16;29 a 31

Acaso não temos O Senhor ressuscitado, com Seus Ensinos vitais, deixado de lado, preterido em prol de um fantoche rubro? Um mar de luzes hipócritas disfarçando as trevas morais que cobrem a Terra?

Como vemos, o problema não é falta de informações espirituais, de modo que, se isso fosse suplementado as pessoas passariam a crer; a doença é a rígida incredulidade, que, nem se receber algo mais, se tornará um pouco menos.

O arraial dos santos tem seus problemas; as igrejas são compostas de pessoas ruins, pecadores buscando arrependimento e forças em Jesus, para a crucificação das perversas tendências.

Todos os “santos” cometem erros de conduta; mas são “perfeitos” em princípio. Como assim?
Erro de conduta é quando ajo em desacordo com a Doutrina que creio. Devo me arrepender então. Mentir, por exemplo. Erro de princípio é quando valido ensinos que O Santo abomina. Como ser favorável ao aborto, ideologia de gênero, casamento gay...

Mesmo O “Natal” é uma sedução comercial mundana, na qual muitos santos erram. Não há data do Nascimento de Cristo, tampouco, ordem para que se comemore; devemos celebrar à Sua Morte; foi ela que deu sentido ao Seu “Nascimento”; “... fazei isto em memória de mim.” I cor 11;24

O peso de uma imposição cultural supera à Bíblia para incautos que presumem agradar a Deus e ao mundo. Cadê a separação esperável dos santos? “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

“Santos” com suas árvores iluminadas esquecem qual Luz devemos irradiar. Há poucos kms de onde vivo um conhecido “Pai de Santo” promete uma “ceia de Natal” para mil pessoas. Aquilo que a oposição também faz, não combina com a separação esperada dos santos.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas?” II Cor 6;14