segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Cristianismo sem sal


“Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar?” Luc 14;34

Aos olhos Divinos, essa “filosofia” tipo; “Quem não tem cão caça com gato”, ou, na versão gaiata, “Não tem tu, vai tu mesmo”, não funciona. Ante a possibilidade da degeneração do sal, não cogita um “plano B”; mas, faz uma pergunta retórica que visa acentuar um vácuo, uma impossibilidade; “... com que, se há de salgar?”

Aos que chamou para seguidores, O Salvador declarou como sendo esse elemento; “Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” Mat 5;13

A degeneração ampliada com uma descrição; tornar-se insípido, ou, perder o sabor. Alguém que foi chamado com esse fim, caso fracasse, acaba num lugar inferior ao que, antes estava. Invés de ser um dos “homens” como fora antes do chamado, torna-se um rejeito; é laçado fora e pisado por aqueles.

A apostasia é tida como estágio pior que alienação espiritual; “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do Santo Mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;20 a 22

Nessa breve descrição amplia-se a ideia do que seja a degeneração. Escapar da corrupção do mundo pelo Conhecimento de Jesus Cristo, e depois voltar atrás se deixando novamente envolver.

Então, necessária a conclusão de que o “elemento químico” que evita a degeneração do sal é a perseverança. Assim como usamos um guarda-chuva apenas quando chove, perseverança é um “utensílio” necessário para quando as coisas vão mal; quando nossas expectativas falham.

Aliás, o sal existe não como um fim em si mesmo; antes, como algo a se gastar em proveito dos outros; um “cristianismo” cheio de projetos de sucesso, aplausos, aceitação humana já traz indícios de que o sal começa perder sua eficácia.

Pois, os que preservam o sabor recebido de Cristo devem esperar coisas diversas dessas; “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Vivemos um cristianismo raso demais. Imitamos o mundo em quase tudo, para parecermos “legais, descolados”; se possível, atrairmos o mundo para “Cristo”. Ora, o chamado do Salvador não traz um, “viu como somos parecidos?” Antes, um sonoro “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me!” Mais: Quem não nascer de novo, da Água (Palavra) e do Espírito (Santo), não pode ver nem entrar no Reino.

No sul temos a “Semana Farroupilha” que muitos imitadores do mundo tentam fazer a versão “Gospel”; as “festas juninas” idem; e, pasmem! Já há até “Carnaval gospel”. Mais; muitos artistas que cantam louvores ao adultério, aos vícios, e desfilam figurinos sensuais em seus trabalhos, eventualmente também tentam se abrigar à sombra de uma árvore, cujas raízes desconhecem. Devem inflar a carnal confiança no sal degenerado, nunca na Palavra de Deus.

Até a Páscoa, embora seja uma ordenança Bíblica, é algo superado pela Nova Aliança, na qual, o memorial ordenado é a Santa Ceia. Todavia, muitos “cristãos” exibem airosos seus “ovos de páscoa” nas redes sociais. 

Agora o Natal. Muitos “descolados” com seus gorrinhos de Noel, (coisa que putas usam nos cabarés, tal o teor de sal) exibem suas árvores enfeitadas, mostram a doentia preocupação em ser parecidos com os ímpios, malgrado, nosso chamado vise nos fazer parecidos com O Salvador.

Então, como que constrangidos pela mundanização adjacente aos seus ministérios, muitos se esforçam em explicar o “sentido do Natal”. Não faz sentido nenhum cultuar um bebê, cujos ensinos, de quando Adulto, se ignora; furtando seu lugar temos um fantoche ignóbil, um ídolo da mentira.

Ora, o sentido para aquele no qual Cristo Nasceu deveras, e Nele Persevera, é que ele foi feito sal a Terra em tempo integral, não um “adorador” numa data específica, como se, O Eterno fosse refém do tempo.

Que difícil entender o óbvio!! Cristo é separação, não comunhão com os meios ímpios. “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei.” II Cor 6;17

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