domingo, 5 de dezembro de 2021

Os Santos e o Natal


“Ser-me-eis santos, porque Eu, O Senhor, Sou Santo; vos Separei dos povos, para serdes Meus.” Lev 20;26

Entre as muitas coisas deturpadas, corrompidas ao longo do tempo, está a ideia da santidade.

Para o catolicismo, tal reconhecimento se dá pós mortem, o candidato precisa “operar” no mínimo dois milagres reconhecidos pela Igreja; após devido processo canônico ele é declarado santo, promovido a intercessor/mediador. A Palavra de Deus permanece, sisuda: “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Isso seria consulta aos mortos, uma alternativa espúria, invés de se consultar a Deus. “... Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra é porque não há luz neles.” Is 8;19 e 20

O Espiritismo promete a “presença” dos mortos, através dos médiuns; o catolicismo crê na intercessão deles; em ambos os casos, se deixa de orar ao Deus Vivo para rogar aos mortos.

No Velho Testamento esse erro sofria pena capital. “Quando algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles.” Lev 20;27

O conceito bíblico de santidade é separação. “Dei-lhes Tua Palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não Sou do mundo.” Jo 17;14 

A Palavra de Deus como diretriz enseja o ódio do mundo. Se, o mundo impõe as seus o tal de “politicamente correto”, O Eterno prescreve aos Filhos, o espiritualmente sadio.

Não se pretende por santidade a perfeição. Mas, o compromisso com Aquele que É Perfeito; entrega a Ele para que Seus valores sejam paulatinamente implantados em nós; a santificação. “Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor.” Is 55;8

Portanto, um santo de Deus não precisa que um ente querido “volte da morte” e “psicografe” instruções de como as coisas são. A fé na Palavra revelada já lhe diz tudo o que precisa saber. Aos demais a Palavra desfila inócua, malgrado, Seu Poder. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2

Quando um morto pediu algo assim, foi vetado; apontadas como bastantes, as Escrituras existentes. “Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem Moisés os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” Luc 16;29 a 31

Acaso não temos O Senhor ressuscitado, com Seus Ensinos vitais, deixado de lado, preterido em prol de um fantoche rubro? Um mar de luzes hipócritas disfarçando as trevas morais que cobrem a Terra?

Como vemos, o problema não é falta de informações espirituais, de modo que, se isso fosse suplementado as pessoas passariam a crer; a doença é a rígida incredulidade, que, nem se receber algo mais, se tornará um pouco menos.

O arraial dos santos tem seus problemas; as igrejas são compostas de pessoas ruins, pecadores buscando arrependimento e forças em Jesus, para a crucificação das perversas tendências.

Todos os “santos” cometem erros de conduta; mas são “perfeitos” em princípio. Como assim?
Erro de conduta é quando ajo em desacordo com a Doutrina que creio. Devo me arrepender então. Mentir, por exemplo. Erro de princípio é quando valido ensinos que O Santo abomina. Como ser favorável ao aborto, ideologia de gênero, casamento gay...

Mesmo O “Natal” é uma sedução comercial mundana, na qual muitos santos erram. Não há data do Nascimento de Cristo, tampouco, ordem para que se comemore; devemos celebrar à Sua Morte; foi ela que deu sentido ao Seu “Nascimento”; “... fazei isto em memória de mim.” I cor 11;24

O peso de uma imposição cultural supera à Bíblia para incautos que presumem agradar a Deus e ao mundo. Cadê a separação esperável dos santos? “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

“Santos” com suas árvores iluminadas esquecem qual Luz devemos irradiar. Há poucos kms de onde vivo um conhecido “Pai de Santo” promete uma “ceia de Natal” para mil pessoas. Aquilo que a oposição também faz, não combina com a separação esperada dos santos.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas?” II Cor 6;14

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