quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Deus e a chuva


“Contudo, (Deus) não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e alegria, vossos corações.” Atos 14;17

A incidência das chuvas como testemunho de Deus demanda uma simplicidade infantil coisa que os homens sisudos, dominadores da “ciência” achariam até graça.

Sempre têm uma “explicação” sobre o porquê, das coisas. Sistema tal ou qual, “La Ninha”, “El Ninho”, etc. Inevitável evocarmos a frase de Pascal: “Um pouco de ciência afasta ao homem de Deus; um muito de ciência, aproxima-o".

Se dizia no oriente Médio que Baal era o deus das chuvas. Para desfazer a esse engano, após predizer demorado estio, O Eterno ordenou o “Desafio do Carmelo” entre Elias e os profetas daquele. Quem fosse Deus, nem deveria mandar chuva, inicialmente; pois, estavam num largo estio, que deveria significar certa ira de quem comandava às águas. Assim, patentearia isso mandando fogo primeiro. O resultado sabemos. O Eterno fez descer fogo sobre o sacrifício de Elias, depois, a chuva.

Jeremias denunciou a apostasia dos seus dias nesses termos: “não dizem no seu coração: Temamos agora ao Senhor nosso Deus, que dá chuva, a temporã e a tardia, ao seu tempo; nos conserva as semanas determinadas da sega.” Jr 5;24 “Porventura há, entre as vaidades dos gentios, alguém que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és Tu, ó Senhor nosso Deus? Portanto em ti esperamos, pois Tu fazes todas estas coisas.” Jr 14;22

O Salvador disse que para entrarmos no Reino dos Céus devemos nos tornar como crianças; a simplicidade confiante na Providência do Pai é o esperável dos que se presumem Seus filhos.

Paulo tratou com desprezo aos “sábios” do mundo e aconselhou a “loucura” como caminho. “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;20 e 21

Não apenas as chuvas como testemunhas do Criador, mas a própria criação como um todo. “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;20 e 21

A rejeição dos maus não se deu no escuro; mas, “... tendo conhecido a Deus...” Uma criança admira-se das habilidades do Pai, invés de questionar Sua Existência, ou preferir a paternidade do vizinho.

No caso o “vizinho” que ocupa o lugar do Divino é o ego. Deus não é rejeitado porque tenhamos um deus melhor; antes, porque achamos melhor seguir à nossa maneira, com nossos desejos insanos no trono. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de qu suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, a chuva é um testemunho do Eterno, também Sua Palavra, que faz rota paralela; “Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, para lá não tornam, mas regam a terra, fazem produzir, brotar, dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será Minha Palavra, que sair da Minha Boca...” Is 55;10 e 11

Na Parábola do Semeador O Salvador figurou nossos corações como a terra, onde a “semente” é lançada; dando semente e a chuva, O Senhor faz Sua Parte; quanto a produzir o fruto esperado, essa é a nossa; “Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8

Podemos como os homens da “ciência” inventar milhares de subterfúgios para explicar nossos lapsos, mas no devido tempo, O Agricultor não buscará explicações, Ele já as tem; demandará frutos. “A verdade brotará da terra, a justiça olhará desde os Céus. Também o Senhor dará o que é bom, e a nossa terra dará o seu fruto. A justiça irá adiante Dele, nos porá no caminho das suas pisadas.” Sal 85;11 a 1

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