segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Sê sábio, filho meu!


“O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios ficará transtornado.” Prov 10:8

“O sábio...”
Salomão foi feito o mais sábio de todos os homens; foi ele quem escreveu: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento...” Prov 1:7 Antes da sabedoria ser um contingente, pois, é um princípio, que nos permite contato com Sua Fonte.

Um sábio, não deve prezar circunstâncias, tampouco, o aplauso humano. Deve buscar aprender de Deus; seu patrimônio é oculto, como a energia elétrica, que, se faz visível pela luz que irradia. Sua busca será mais, pelo sentido, o ser das coisas, que, por reconhecimento, posses, seu tesouro reside além da matéria.

Vejamos o incidente de um sábio esquecido, ignorado por todos, que, numa situação de emergência fez valer seus predicados; “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, cercou-a e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; mas, ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força...” Ecl 9:14-16

Se, possuía algo melhor que a força, capaz de livrar uma cidade, o “pobre homem” não era tão pobre; apenas sua riqueza não saltava aos olhos.

“O sábio de coração...” A “sabedoria” do que usa seus meios para arrombar alheias defesas, seja, manipulando, trapaceando, mentindo, até pode vir dum “sábio de coração”; porém, com um coração ainda atrelado às coisas do inimigo. “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso...” Jr 17:9

Esse “saber”, pelos frutos que produz, não passa de astúcia, esperteza natural, velhacaria. Tiago adjetivou à sabedoria que não purga os vícios de nossas almas, de modo nada elogioso; “Se tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” Tg 3:14 e 15

Paulo também separou a Sabedoria, dessas espertezas ímpias, rasteiras. “Falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2:7,8

O sábio de coração é um que recebeu novo coração, de Deus, na conversão. “... dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo...” Ez 36:26

“... aceita os mandamentos...”
um aspecto mui relevante da sabedoria é conhecer os próprios lapsos, a própria ignorância. “Tudo o que sei é que, nada sei”; dizia Sócrates, o mais sábio de Atenas.

Antes que, presunção buscando aplausos, o sábio em princípio, busca preencher suas lacunas mediante mais conhecimento. Invés de refratário ao aprendizado, se faz dócil, deseja-o; “Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em entendimento.” Prov 9:9 “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é que vem o conhecimento... Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos.” Prov 2:6 e 7 Assim, a necessidade dum coração transformado.

Ele aceita os mandamentos porque, consegue vê-los como são; cercas de proteção, não a castração dos direitos, como pensa o ímpio, avesso à obediência.

Certa vez O Eterno lamentou a desobediência de Israel, acenando com as consequências que a obediência teria trazido: “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus Mandamentos, então seria tua paz como o rio, tua justiça como as ondas do mar!” Is 48:18

“... mas o de insensatos lábios...”
Se, a sabedoria é peixe de águas profundas, do coração, só identificável quando as demandas requerem-na, a insensatez é gratuita, superficial, paroleira; saltita nos lábios.

Acaso os que rejeitam aos apelos de Sophia, o fazem depois de uma profunda reflexão, pesando com honestidade seus argumentos? Não. Presto se “defendem” com o que trazem nos lábios; incredulidade, escárnio, zombarias...

Enquanto a sabedoria nos convida a confiarmos em Deus, a presunção carnal arroga para si o direito de versar, mesmo sobre o que não entende. Se dissermos que isso atrai maldição, logo zombará, todavia, é fato; “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço; aparta seu coração do Senhor!” Jr 17:5

“... ficará transtornado.”
As palavras fúteis que o insensato lança ao vento, costumam se voltar contra ele. “Porque semearam vento, segarão tormenta...” Os 8:7

Quem, invés de se aliar com O Senhor, Dele buscar sabedoria, prefere buscar às fontes espúrias, faz aliança com a morte, acordo com o inferno; no juízo se verá a inutilidade disso; “Vossa aliança com a morte se anulará; vosso acordo com o inferno não subsistirá; quando o dilúvio do açoite passar, então sereis por ele pisados.” Is 28:18

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