quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Os quase salvos


“Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza Divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” II Ped 1:4

Muitos comportam-se como se a salvação fosse um “seguro de vida” a ser recebido após a morte, que nos estaria reservado além.

Aqui, cada um poderia seguir à sua maneira, citando algum mantra religioso, mas, no fundo, fazendo as coisas conforme os ditames da sua predileção. Sendo uma pessoa “do bem”, no fim, o tal será salvo.

Preciso discordar do sonolento em apreço, e pontuar as razões pelas quais a coisa não é bem assim. A salvação operada apor Cristo, embora sua manifestação cabal será no além, e sua abrangência temporal atinja à eternidade, começa aqui; deve ser evidente, pelos frutos que produz.

Como vimos, os salvos são feitos participantes da natureza Divina, escapam da corrupção do mundo.

Paulo também aludiu às mudanças necessárias nas vidas convertidas; “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6:4

Antes da inevitável relação com o tempo, a vida eterna atina à qualidade de vida espiritual a ser manifesta, desde já; “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” I tim 6:12

Quem pretende uma fusão, de “renúncias” por Cristo, com o concurso dos prazeres, deixa patente uma dubiedade doentia, por trair a si mesmo; pois, mesmo estando convencido no entendimento, ainda recalcitra em obedecer, refém de uma vontade enferma.

Sua enganosa ambiguidade pretende rotular-se de Cristo, sem a ousada e santa resolução de separar-se da corrupção pecaminosa.

O mesmo Pedro apreciou a sina de alguns que, tendo começado bem, retrocederam, voltaram às coisas de antes, sem permitir que o conhecimento de Cristo operasse a transformação necessária.

“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se, lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2:20 a 22

Essas “conversões”, onde, o sujeito piora invés de melhorar, passam longe de ser a transformação que Jesus Cristo opera nos Seus. Vejamos: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40:2 e 3

Sempre que, um “convertido”, invés da novidade de vida que salta aos olhos, se põe a pleitear por “atualizações” edições À Palavra, fatalmente exibe traços dessa ambiguidade doentia, para a perda própria, comum em seres de corações dúbios.

“Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti vossas misérias, lamentai e chorai; converta-se vosso riso em pranto, e vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, Ele vos exaltará.” Tg 4:8 a 10

A conversão demanda um cabal, “negue a si mesmo”; não deixa por menos. Quem acredita que cascalho e diamantes possam ser produtos da mesma bolsa, desconhece, um e outro.

Não é possível alimentar o lobo e manter viva a ovelha. O ganho da vida eterna em Cristo, demanda a perda da vida natural segundo os reclames da carne. Simples e sério assim; “Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de Mim, perder sua vida, a salvará.” Luc 9:24

Porque a obediência a Cristo e Seus preceitos é indispensável, para os salvos, a carne não pode participar da festa; ela estragaria tudo, poluindo pela sua corrupção, às coisas santas. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, e nem pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rom 8:7 e 8

Embora nesse mundo ímpio, programado para se rebelar contra Deus, “tolerância e inclusão” sejam verbetes da moda, diante do Eterno a figura muda. 

Ele “Sofre intolerância ao pecado;” “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hc 1;13 E fez da vereda da salvação algo bem exclusivo; “Eu sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

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