domingo, 4 de fevereiro de 2024

A Glória de Deus


“Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer.” Jo 17:4

Fragmento da oração de Jesus. Muitos têm uma ideia diferente do que seja, glorificar a Deus. Pensam que é a mera expressão das palavras. Não que seja errado falar assim, desde que verta do coração.

Muitos pregadores inseguros, inclusive, constrangem quem os ouve a falar isso, mais como um selo de aprovação à sua mensagem, que um desejo veraz, que Deus seja glorificado.

Foi por não se mover dentro dos limites que lhes foi permitido, que o primeiro casal honrou mais ao inimigo que Deus, dando ouvidos a ele; assim, no outro lado da moeda, quem se restringe a andar dentro do que foi prescrito aos filhos de Deus, sem palavras, glorifica ao Senhor, pela obediência.

Quem andar sempre com um bom porte, segundo A Palavra, certamente, ao chegar no fim, poderá também falar como O Salvador: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste para fazer.”

Ainda, há uma “glória passiva”, um efeito colateral nos que observam o bom andar dos que são de Cristo; a admissão desses, também repercute no alto. “Não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5:15 e 16

Quando a mudança é radical, o convertido sai das masmorras morais, onde errava em vícios vários, a “mensagem” que a conversão transmite se faz mais eloquente ainda. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40:2 e 3

Além de glorificar a Deus com os lábios, é possível fazê-lo pela obediência e pelo testemunho.

A respeito de testemunho, as próprias obras da criação se encarregam de glorificar a Deus, diante de quem consegue ver, os evidentes apontamentos de sabedoria, amor e poder, contidos nelas. “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus...” Rom 1:20 e 21

Não havia um lapso cognitivo impedindo de ver o evidente; “claramente se vê...” A barreira dos ímpios para tributarem louvores a Deus pelas Sua maravilhas observáveis, foi uma vontade perversa; “... tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus.”

O salmista tinha olhos melhores. Observando as obras criadas foi direto ao ponto. “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala; mas onde não se ouve sua voz? Sua linha se estende por toda a terra; suas palavras até ao fim do mundo.” Sal 19:1 a 4

A Glória de Deus, pois, vai muito além da articulação de meia dúzia de fonemas, como se fosse um mantra.

Paulo, ao terminar sua brilhante carreira, de certo modo, parafraseou O Salvador, dizendo que glorificou ao Senhor, pela obediência. “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4:7 “Glorifiquei-te na terra tendo consumado a obra que me deste para fazer.”

Quem conhece a disputa do inimigo contra O Eterno, sobre as razões da fidelidade de Jó, entende, o que glorifica a Deus, deveras; não há nenhum registro que Jó vivesse dizendo, “glória a Deus!” antes, que ele era um homem “reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” Permaneceu assim até o fim, malgrado a severa tempestade que suportou; foi, por isso, grandemente recompensado, ainda sobre a terra.

O Salvador ensinou em quê, consiste, a desejada glória: “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; assim sereis Meus discípulos.” Jo 15:8

O mesmo que O Criador desejou de uma “vinha” antiga que degenerou, espera agora da “Videira Verdadeira;” Daquela disse: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui, opressão; justiça, eis aqui, clamor.” 5:7

Jesus falou sobre a mudança que ocorria então, quando da Sua rejeição. O Dono da vinha “Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe deem os frutos.” Mat 21:41

Se, os relapsos de então, que não frutificaram foram rejeitados, como seremos aceitos, se não fizermos melhor?

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