sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Os princípios


“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3:11

No caso do cristianismo, a Doutrina de Cristo, Seus ensinos são os princípios que devem reger nossa fé, os valores que a pautam; figuradamente, o fundamento da nossa casa espiritual.

Entretanto, mesmo adotando, alguém, os princípios corretos como normas, ainda assim, pode se conduzir de modo indevido.

Paulo ilustrou pecados de conduta, como edificar sobre o devido fundamento, porém, com “material de construção” ordinário, incapaz de suportar os testes necessários. “Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3:12 e 13 Se devem resistir ao “fogo”, apenas coisas não combustíveis estão à altura da necessidade.

Tanto podemos errar escolhendo um fundamento espúrio; quanto, estando no correto, conduzir-nos de modo inadequado. Há pecados de princípio, e de conduta.

Muitas vezes vi, gente usando lapsos de conduta de uns, para “justificar” erros de princípios de outros. Quem jamais viu fotos de “casais” gays, por exemplo num suposto tratado amoroso com filhos adotivos, e a legenda: “melhor que aquele que faz filhos e os abandona, são os que, mesmo não gerando-os lhes dão amor e carinho.” A atitude relapsa dos pais biológicos usada como “apoio” ao homossexualismo, um grave erro de princípio. Quem tenta se lavar com lama, suja-se ainda mais.

Ou um cristão que, num momento de fraqueza, tropeça falando o que não deve, fazendo até; quem vê de fora, porque nunca ousou se aproximar de Cristo, logo usa esse tropeço como atenuante da sua incredulidade; “que adianta ir na igreja e fazer isso; por isso que não vou.”

Há inúmeros cristãos maduros que não cometem mais erros grosseiros, e nenhum desses, observando-os diz: Se pertencer a Cristo transforma em seres probos assim, então eu quero também. A virtude alheia desconforta quem anda errado; o erro “justifica”, por isso precisam desses mais do que, daquela.

O que os princípios têm de bom, além da essência é a abrangência. Em Efésios por exemplo, traz: “Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;” Ef 5:18

Um ébrio amante da embriaguez poderia defender que só o vinho foi vetado; whisky, cerveja, cachaça, conhaque... estão liberados. Não. O que o texto ensina é o princípio da não embriaguez; isso inclui todo tipo de bebida embriagante, inclusive drogas, cujo torpor é semelhante ou pior.

Também não há um texto que proíba de passar no sinal vermelho, desobedecer a sinalização de trânsito; nem poderia. Como fica então? Podemos dirigir de qualquer maneira? Está tudo liberado? Não.

Embora os meandros do trânsito não tenham sido abordados nas Escrituras, há nelas princípios que devem nortear nossas vidas em todas as áreas. “Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que há foram ordenadas por Deus... Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, terás louvor dela.” Rom 13:1 e 3

O princípio da obediência às autoridades, disciplina-nos quanto ao trânsito, mundo virtual, direito autoral e outras coisas não mencionadas diretamente nas Escrituras.

As igrejas “inclusivas” que se dizem de Cristo, mas advogam como lídimo o comportamento homossexual, tentam edificar com palha, pela rejeição à Palavra, no que concerne ao comportamento deles.

O Eterno mesmo figurou assim, as leviandades humanas guindadas a indevida comparação com Sua Palavra; “O profeta que tem um sonho conte o sonho; aquele que tem Minha Palavra, fale-a com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor.” Jr 23:28

No caso de então, eram sonhos humanos equiparados à revelação Divina; o que dizer da tentativa de legitimar posturas espúrias que a mesma Palavra veta?

Todo o cristão peca. A ideia é ser aperfeiçoado, de modo a pecar cada vez menos; santificar-se. Porém seus pecados “aceitáveis” são todos na área da conduta. Seus princípios estão, necessariamente, explícitos na Palavra Divina. Peca por ficar aquém das demandas deles, não, por pervertê-las.

Os que pegam sabidos frascos de veneno e colocam rótulos de mel, primeiro traem a si mesmos, cientes do que estão fazendo; depois, matam aos que haurem suas “doçuras” nocivas, pois, esses, como os fariseus, não entram nem deixam entrar, no Reino de Deus, pela resiliência na maldade.

“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! que fechais aos homens o Reino dos Céus; nem vós entrais nem deixais, aos que estão entrando.” Mat 23:13

Ventos de doutrinas costumam botar abaixo, as casas dos relapsos, feitas sem fundamento.

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