sábado, 10 de fevereiro de 2024

Lutando contra Deus


“Ele disse: Quem és, Senhor? Disse O Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.” Atos 9:5

Recalcitrar: Palavra pouco usada, embora, muito praticada no seu significado; ‘demonstrar resistência para obedecer; não ceder; obstinar-se.’

O Senhor Jesus, ressuscitado, falou isso a Saulo, no caminho de Damasco, aonde ia perseguir à igreja cristã. Poderíamos parafrasear: “É difícil para ti, dares murros em pontas de facas.”

Em seu zelo judaísta, o futuro “apóstolo dos gentios”, pensava estar servindo a Deus, enquanto fazia aquilo. Em dias futuros confessou: “Porque já ouvistes qual foi antigamente minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus, e assolava.” Gál 1:13

O que vivera na sua ignorância espiritual, usou como diagnóstico da situação dos seus concidadãos que não foram iluminados como ele. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça Divina.” Rom 10:2 e 3

A ideia de lutar explicitamente contra Deus deveria ser evitada no nascedouro. “Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo?” Ecl 7:17

A suposta luta colocaria a perder nossas vidas; um pensador antigo chamado Estobeu, cogitava a perda da honra, no mínimo; disse: “Termina com má fama, aquele que intenta duelar contra o mais forte.”

O Próprio Senhor questionou: Quem estaria apto para essa peleja? “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27:4

Estabelecida a insanidade da empresa, resta apenas a ignorância como “patrocinadora” dos que a ela se atrevem.

Como Saulo, hoje, há muitos dando murros em pontas de facas, lutando contra Deus, baseados apenas em suas idiossincrasias, jurando que são “apologetas da fé”.

Há ignorantes para todos os gostos, basta breve olhadela nas redes sociais. Ocorre-me uma frase citada pelo Padre Paulo Ricardo, que me parece cirúrgica na análise desses fatos; diz, mais ou menos, o seguinte: “Queres conhecer a estatura, a saúde, a motivação espiritual de alguém? Observe contra o quê, esse está lutando.”

Os que estão lutando contra Deus, na melhor das hipóteses são ignorantes engajados; estúpidos carentes de modéstia; presunçosos.

Temos os que gravam imensos vídeos combatendo o dízimo como instituição superada, o que não se encontra em parte alguma da Palavra. Jesus disse: “... deveis fazer essas coisas...” Mat 23;23

Os desigrejados que, por frustrados com males sofridos nalguma congregação, partiram para a ideia que não carecemos congregar, uma vez que, cada um é “Templo do Espírito Santo.” Como se, isso significasse que cada um é congregação; ou, a palavra fosse omissa quanto a isso; “Não deixando nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10:25

Não bastasse isso, surgiram alguns “preteristas” advogando que o Apocalipse se cumpriu cabalmente no ano 70, o que inclui a volta de Jesus. Como esse evento trará a ressurreição dos mortos, a transformação dos vivos que são Dele, com o estabelecimento de um milênio de justiça e paz, nem gastarei latim “provando” que isso não aconteceu, sob pena de soar ridículo.

Todavia, o mais pernicioso dos desvios, nos quais, os ignorantes enganados e engajados, se atrevem a lutar contra Deus, é o advento das tais igrejas “inclusivas.” Para “cristianizar” o comportamento homossexual, surgiram “pastores” gays devidamente “casados”; hiper dimensionam o amor Divino, em prejuízo da Sua justiça. Deus é amor, aceita a todos. Isso é veraz; porém, fazem parecer que seja sinônimo de “aceita a tudo.” O que é uma crassa mentira.

Se o Papa Francisco aprova isso é problema dele; a Igreja deve ser baseada na Palavra de Deus, não em circulares de ímpia origem, e igualmente ímpio, teor.

Enfim, quem se atreve a fazer de sua escolha particular um ministério, em cima do qual se ocupará, full time, para combater aos que pensam diferente, jurando de quatro patas que está a serviço de Deus, mesmo Sua Palavra contrariando isso, está também, recalcitrando contra os aguilhões; lutando contra Deus, malgrado, convencido que o faz a serviço Dele.

Um erro pontual é apenas isso; uma falha que precisa e deve ser combatida, denunciada; mas, esse não traz como efeito colateral, a negação da doutrina, contra a qual o sujeito errou.

O mau uso do dinheiro da igreja, por exemplo, denuncia às motivações mercenárias de quem peca nisso. Não é a negação da doutrina do dízimo. Assim, os demais errados que, invés de ancorarem seus “barcos” no porto seguro da Palavra de Deus, carecem de algum escândalo para provarem suas “verdades.”

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