sábado, 10 de fevereiro de 2024

Corações à prova


“Como fomos aprovados de Deus para que o Evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova nossos corações.” I Tess 2:4

Duas coisas indispensáveis para ministros da Palavra. Uma: A aprovação inicial deve ser de Deus; os frutos evidentes do futuro ministro serão uma demonstração inequívoca do que, O Eterno já fez na vida dele; caberá ao líder local, discernir e confirmar a escolha Divina, diante dos homens.

Outra: A função do novo ministro, embora tendo passado por confirmação diante da igreja, deve ter como escopo agradar a Deus, não aos homens, que, são volúveis; mudam ao sabor das circunstâncias. Em Deus, “... não há mudança nem sombra de variação.” Tg 1;17

Aconselhando Timóteo, Paulo deixou claro qual deveria ser seu foco; “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II Tim 2:15

Claro que, viver de forma proba diante dos homes é essencial; como seria o guia espiritual, aquele cujo viver mostrasse uma existência sem disciplina, testemunho pífio? Além da Divina aprovação, pois, “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e laço do diabo.” I Tim 3:7

O conflito entre agradar a Deus ou, aos homens sempre se estabelecerá, quando, interesses ímpios forem postos antes dos preceitos Divinos. Bem no início da história da Igreja, já havia quem se incomodava com a mensagem e sinais operados pelos apóstolos; o Sinédrio.

Qualquer coisa que colocasse O Senhor em evidência, também evidenciaria a crassa injustiça que patrocinaram. Então, não ficava bem que os apóstolos pregassem e operassem milagres em Nome de Jesus.

Como o “argumento” de quem não tem argumentos, geralmente é a força, coação, aqueles, assim tentaram fazer; os apóstolos questionaram: “... Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4:19 e 20

Sempre que “modernismos” teológicos, rituais, assomam no seio da igreja, certamente em algum momento uma liderança inverteu os papéis; colocou a vontade humana na frente da Divina. Sai um “iluminado” e cria o culto disso, daquilo; a coisa “dá certo” e pronto; lá vai o obreiro “Mário vai com os outros” e ensina a mesma porcaria, patrocina a mesma comichão carnal, onde deveria preponderar a mensagem da cruz.

Para esses, cuja visão, é horizontal onde deveria ser vertical, aquilo que aglomera, diverte, entretém às pessoas, é o que “dá certo.” Para Deus, certo é que Sua Palavra seja comunicada com retidão, por quem vive segundo ela; pois, O Espírito Santo não rega flores de plástico.

Afinal, o Evangelho nunca foi entretenimento, clubinho humano para espairecer o estresse, ou similar. A mensagem que agrada a Deus, não agrada ao homem ímpio, uma vez que, o confronta, expõe seus caminhos deletérios como descaminhos rumo à perdição. O desafia ao arrependimento para salvação; aprendizado do Divino querer para edificação segundo a “Mente de Cristo”; e mudança de proceder, novidade de vida, para comunhão com O Redentor.

Paulo ensina: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6:4

A queda humana se deu, justo, por ter o primeiro casal capitulado à sugestão de autonomia, de independência, decidindo e valorando as coisas como bem lhes parecesse. Assim, toda atitude, ensino, doutrina que ponha a vontade humana igual à do Altíssimo, ou acima, procede da mesma fonte aquela, do Éden.

O homem prudente regenerado, não desejará beber de mananciais rotos, fontes alternativas como tantas vezes aconteceu, para perda dos que assim fizeram: “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, manancial de águas vivas e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2:12 e 13

Sendo que Deus prova os corações, como vimos no início, eventuais encenações, invés de “quebrarem o galho”, quebram a comunhão com Ele, revelando nossa hipocrisia, numa busca pelos aplausos da Terra, quando deveríamos anelar a aprovação do Céu.

Cada vez que uma “facilidade” se exibe, contrapondo-se à verdade, nosso coração estará na “sala de testes”. Nossas escolhas aí, revelarão para nós, o que Deus já sabe ao nosso respeito. 

O Eterno não nos prova para saber quem somos; Ele já sabe. Permite que tropecemos em nossas misérias, para que as identifiquemos e busquemos a cura para elas.

Nem sempre o que é medicinal é agradável; mas, apenas isso remove das nossas almas, o que é doentio.

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