quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Coragem de voltar


“Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;” Luc 15:18

“Caíra a ficha” do Filho pródigo, e percebera que ser empregado na casa do seu pai, era melhor que padecer fome e humilhação; sina na qual se vira, após desperdiçar tudo o que trouxera em sua herança antecipada.

“... irei...” tendemos a achar que para os enganosos rumos dos prazeres, podemos voar com nossas sôfregas asas, sem nenhum auxílio. Porém, quando as consequências nos pegam, recolhemos as garras da iniciativa, tão afiadas antes, e esperamos que alguém venha em nosso socorro, mesmo sabendo, onde o socorro está. Conveniente à covardia, chutar o balde quando se supõe forte, e se recolher qual um quelônio na carapaça, quando visitado pelas consequências, numa autocomiseração depressiva, esperando chamar atenção de alguém.

Pelo menos, o infeliz não errou também nisso; assim como, teve iniciativa pera pedir bens, e sair desperdiçá-los, achado na miséria, passando fome, também teve iniciativa na direção oposta; voltou atrás arrependido. “levantar-me-ei e irei ter com meu pai.”

Quando o conselho não basta para inibir intentos temerários, pela punção natural que acossa, resta ao Pai, o “cabresto” das consequências.

A intenção do Eterno é que sejamos bons ouvintes, praticantes da Palavra, como uma profilaxia espiritual a prevenir-nos contra dores evitáveis: “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com Meus Olhos.” Sal 32:8

Ser guiado assim, requer que sejamos ouvintes atentos, de índole submissa, voluntária; senão, restará a disciplina, dada a “ineficácia” do conselho: “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.” Sal 32:9

A permanência obediente na casa paterna era o que o próprio curso da vida aconselhava; entretanto, a cobiça humana concorre, e é má conselheira; faz nossas almas desprezarem o que possuem, como se, irrelevante, e superavaliar quimeras distantes, como se, aquelas sim, valessem à pena.

Quem nunca errou nisso, atire a primeira pedra; ou, quem jamais disse: “Eu era feliz e não sabia?”

Os caminhos dos prazeres se apresentam cheios de artifícios, luzes e brilhos; exibem carros alegóricos vistosos decorados de modo a esconder as ameaças subjacentes. Só quando embarcamos neles é que descobrimos aonde levam.

O Pai, conhece o fim das coisas, não é ludibriado por espetaculosos começos; “Há caminhos que ao homem parecem direitos; mas, no fim, são os caminhos da morte.” Prov 14;12

“... Pai, pequei contra o Céu e perante ti.”
Essa dupla incidência do pecado, vertical e horizontal, nem sempre é devidamente compreendida.

Todo pecado é, inicialmente, uma ofensa a Deus. Sempre que pecamos é contra o Céu; lá preside Um, do Qual se diz: “Tu És tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hc 1:13

Além de ofender Ao Santo, nossos pecados fazem mal aos semelhantes. Grassa uma ideia egoísta, espinhosa, a supor que, cada humano seja dono de um planetinha particular, como no “Pequeno Príncipe.” Isso colocaria cada um, fora do alcance dos demais; nosso apreço, discordando de alguém, frustrando-se com suas escolhas seria mera intromissão, uma vez que “não pagamos às contas do planeta dele”, (esses mesmos, não se incomodam quando elogiados) Assim, poderíamos fazer o que quiséssemos sem consequências; isso é doentio.

“Levai as cargas uns dos outros... não atente cada um, apenas ao que é seu... se um membro padece, todos sofrem, caso se alegre, todos regozijam...” são diretrizes da Palavra.

“Chorai com os que choram, alegrai-vos com os que se alegram”, diz ainda.

As ações que fazem mal ao próximo, são pecados contra ele; até mesmo, omissões, como ensina Tiago: “Aquele que sabe fazer o bem e não faz, comete pecado.” Tg 4:17

Enfim, supor que podemos ser “legais” com Deus, enquanto odiamos ao próximo, ou desprezamos, deriva de cegueira, ignorância espiritual. João ensina: “Qualquer que odeia ao seu irmão é homicida. Vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.” I Jo 3:15

Por isso, acrescenta: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia ao seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também ao seu irmão.” 4:20,21

O Salvador ensinou a consertarmos primeiro as relações horizontais, antes de pretendermos cultuar ao Eterno; “Deixa ali diante do altar a tua oferta, vai reconciliar-te primeiro com o teu irmão; depois, vem e apresenta a tua oferta.” Mat 5:24

Qualquer um que retornar, humilde e arrependido, como fez o pródigo, invés de receber censura, será partícipe de uma festa na casa do Pai. Por que te deténs?

domingo, 19 de novembro de 2023

O peixinho que "matou" Deus (texto de julho de 2012)

 Uma nova espécie de peixes foi descoberta na Ásia, recebendo o nome de Dawkinsia, em homenagem a Richard Dawkins, ateu; autor do livro, “Deus, um delírio”.

“Os pesquisadores liderados pelo ictiólogo Rohan Pethiyagoda concluíram que as espécies pertencentes ao novo gênero têm diferenças em relação a seus outros integrantes “muito maiores do que antes se suspeitava”. (G1)

“Ele,( Dawkins) por meio de seus escritos, nos ajudou a entender que o universo é muito mais admirável que qualquer religião imaginou”.

“Esperamos que [o gênero] Dawkinsia sirva para lembrar da elegância e simplicidade da evolução, a única explicação racional que existe para a inimaginável diversidade da vida na Terra”, acrescentou.

Dawkins, teria ensinado que o universo é mais admirável que a religião imaginou. Quem disse que religião existe para apregoar a beleza do universo? Religião, deriva de re-ligare latim; reconciliar o homem com Deus.

A natureza serve para evidenciar um Criador com eloquência tal, que não resta desculpas para duvidar. “O que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;19, 20.

A “descoberta” de nova espécie revela apenas nossa ignorância.

A Bíblia não apresenta a Terra em processo evolutivo, antes, decrepitude; por causa da mão pecaminosa do homem. “A terra pranteia e murcha... a terra está contaminada por causa dos seus moradores...” Is 24;4 e 5 “Porque sabemos que toda a criação geme, está juntamente com dores de parto até agora.” Rom 8;20

Basta ver a poluição, extinção de espécies, para constatar que estamos envelhecendo, invés de, evoluindo.

O tal peixe serviria para entendermos a “elegância e simplicidade da evolução”? Que a natureza é elegante, de acordo; buscando elegância no vestir, não sorteamos quais roupas vamos usar; escolhemos criteriosamente, pois, elegância requer inteligência propósito; coisas que combinam com um Criador Sábio, não com o acaso.

Simplicidade da evolução? Sem Deus eles não podem explicar como um ovo se tornou ave.
Incapaz de produzir uma folha de grama viva a “ciência” tentar explicar o Universo!

Como espécies de origem comum atingiram a complexidade atual? Quando se passou do animal ao racional? Um exemplo de espécie transmutando-se n’outra, não, variações dentro da mesma. Se, cada espécie tem seu DNA próprio, como viriam de uma só?

A Evolução possui mera crença atentando contra a honestidade intelectual e seria simples? Segundo o “sábio” supra, seria “a única explicação racional que existe para a inimaginável diversidade da vida na terra”.
Heráclito ensinava: “quando dois sistemas filosóficos disputarem, nenhum tem direito de dizer; meu postulado está certo por que o seu está errado; afinal, o oponente poderia dizer o mesmo. O falso deve ser demonstrado falso em si mesmo.” Uma cabecinha “privilegiada” concluiu que Deus é loucura, automaticamente se tornou deus, referência universal?
A Bíblia jamais apresenta Deus com crises de identidade, tipo; por favor, creiam que existo, coisa encontrável em alguém inseguro. Apenas, adverte que Deus, não se agrada dos que duvidam, uma vez que, tendo-se revelado, duvidar equivale a chamá-lo de mentiroso; “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e é galardoador dos que O buscam” Heb; 11;6 “...quem a Deus não crê mentiroso o fez,...” I Jo 5;10

Dos que duvidam, fala: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1
O mundo ímpio “canoniza” expoentes do ateísmo, malgrado, a bela criação Divina; porém, ante Ele e seus filhos, tais, não passam de néscios, tolos.

Faltam fósseis, apelam a dogmas; qualquer coisa, mesmo se encaixando melhor com a criação, “prova” a evolução. Cérebros perdidos num fanatismo dogmático atentando contra a própria honestidade intelectual.

A luz espiritual demanda integridade moral: “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade,” Pv 2;7 Os que escolhem caminhos tortos, são chamados ímpios, fadados a andar no escuro; “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” “... a vereda dos justos é como a luz da aurora, vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Pv 4;18 e 19

Davi escreveu: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Sem linguagem, mas onde não se ouve sua voz. Sua linha se estende por toda terra...” Sal 19;1 a 3

Spurgeon sentenciou: “Aquele que após contemplar os céus em seu esplendor, os astros em perfeita órbita ainda se apresenta como ateu, além de ateu se declara imbecil e mentiroso”.

Cargas vãs


“Teus profetas viram para ti, vaidade e loucura; não manifestaram a tua maldade, para impedirem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.” Lam 2:14

Jeremias chorando entre as ruínas de uma cidade arrasada, e considerando as causas. Os “teus profetas”, há diferença entre um profeta do Senhor, e outro, favorito das predileções humanas. O Eterno não chama para Si, reconhecendo, àquele que não chamara, antes, escolhendo.

Um profeta não é o causador da maldade, necessariamente; as pessoas conseguem ser más, sem auxílio. Contudo, quando alguém surge se dizendo um, presumindo falar da parte do Eterno, porém, invés de denunciar ao que está errado, fala segundo os humanos desejos encorajando-os, então, ele se faz culpado; pois, tendo apresentado seu “diploma de médico”, invés de curar os enfermos, os declara sadios.

“... viram para ti, vaidade e loucura...” Eram também chamados de videntes; mais que pretender ouvir, alegavam ver o que O Eterno fazia, ou, pretendia fazer.

Em determinado momento Jeremias foi levado a denunciar a origem das visões deles; “Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em Meu Nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, só profetizam do engano do seu coração?” Jr 23:25,26

Antes de ser um expoente dos Divinos Juízos, um profeta idôneo deve ser um consumidor; digo, precedendo o ensino sobre o que agrada ao Senhor, deve mostrá-lo em seu modo de viver. Tendo “visões do Senhor” atinentes ao alheio andar, deve aplicar o que supostamente viu, primeiro, ao próprio caminhar. Como disse Paulo: “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa submissão.” II Cor 10;6

Aqueles passavam longe disso. “Nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, seus moradores como Gomorra.” Jr 23:14

“Cães orando por chuva de ossos, ou ratos, pela precipitação de queijo”, como disse Gibran. Cada um, apresentando “Deus” segundo suas perversas inclinações.

“... não manifestaram tua maldade para impedir teu cativeiro...” Falarmos da parte do Eterno manifestando à maldade dos que se alienam Dele não é missão simpática, agradável. Jeremias, quando chamado, se declarou incapaz, apenas uma criança. Cap 1;6

Quem se voluntaria para missões difíceis, desagradáveis, não o faz pela disposição amorosa para sofrer altruistamente; mas, pela visão enganosa, que, acena com facilidades inexistentes, atinando mais à reputação, que, à responsabilidade. Da mesma estirpe, muitos “missionários, bispos, e apóstolos” atuais.

Invés de denunciar os errados de espírito, e apontar as mudanças necessárias para se andar segundo O Santo, passam ao largo disso, acenando com “vitórias” e facilidades que O Eterno não tencionou.

Já ouvi muitos desses, acenando em “Nome do Senhor” com uma “grande Obra Ministerial”, em vidas cretinas, que, sequer conseguiam cumprir a palavra empenhada, ou pagar o que compraram a crédito. Como O Senhor faria uma grande obra através desses pulhas que se recusam a ser decentes em coisas mínimas? “... não manifestaram tua maldade...”

“... viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.”
Sim, quem se recusa a colocar a carga devida, o “peso do Senhor”, fatalmente colocará algo fútil no lugar. Quando Jeremias profetizou que o cativeiro em Babilônia duraria setenta anos, um desses falsários aliviou dizendo que seriam apenas dois anos. Acabou morto, sua “facilidade” se revelou falsa; o povo teve que arcar com o tempo que o Profeta do Senhor anunciara.

Se, a obediência à verdade pode ensejar comunhão, com O Senhor, a adoção do engano, da mentira como modo de vida, dá azo à expulsão, pela aversão que O Santo tem a essas coisas.

A maioria dos profetas verdadeiros não se ofereceu voluntariamente; Moisés recusou, Isaías se declarou impuro, Jeremias, uma criança; Jonas fugiu, Amós e Eliseu foram instados a deixar a prosperidade no Agro, por uma vida antipática aos poderosos, e errante; não havia vantagens, só reponsabilidade.

Servir ao Senhor nesse mundo é certeza de oposições, aversões, perseguições... ninguém se voluntaria para essas coisas. É necessário ser chamado.

Nesse tempo, nem os “cristãos” suportam mais, aos mensageiros idôneos; “Virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4:3,4

O mundo pegando fogo, juízo às portas, retorno do Messias iminente; falsários criadores de cargas vãs entregando “vitórias”, “ministérios”, “restituições”, aos sonolentos e incautos, que preferem o agradável ao verdadeiro.

Outra vez, “O Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm às águas.” Jr 2:13

sábado, 18 de novembro de 2023

Traços da maldição


“... a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porque transgredem às leis, mudam os estatutos, e quebram a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Estios em muitos lugares, deslizamentos, inundações avassaladoras noutros; vulcões, tsunamis, granizo, vendavais, terremotos; terrorismo praticado e aplaudido, guerras...
Basta um olhar aos noticiários para vermos todas essas coisas, em lugares diversos. “... a maldição consome a terra...”

Até, onde as chuvas têm rara incidência, nos países desérticos do oriente médio, Omã, Katar, Arábia Saudita, enchentes têm feito estragos colossais. Do sul do Brasil, desnecessário falar.

Os homens da “ciência” já decidiram, que as causas são derivadas do modo de vida humano, que ensejaria o “aquecimento global”; uma nova conscientização ecológica e alimentar urge, para se minimizar essas coisas. Falam em proibir o consumo de carne, pois, a expansão do Agro seria causadora de desmatamentos; assim, produtos vegetais e insetos deverão fazer parte da dieta vindoura.

Se, a doença é no cérebro, mas o “médico” diagnostica na panturrilha, tem tudo para que, o tratamento prescrito se revele inócuo; a enfermidade se agrave.

Quando O Eterno decidiu punir aos egípcios que escravizaram Seu povo durante 430 anos, Ele usou água, fogo, saraiva, pestes, eclipses, ventos... Os fenômenos “naturais” não são tão naturais assim; quem criou à natureza pode dispor dela, quando, e para o quê, quiser.

Desde a estreia do pecado no mundo, que a terra se tornou amaldiçoada; “... Porquanto, destes ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore... maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá...” Gn 3:17 e 18

Espinhos e cardos não faziam parte da criação original; foi um acréscimo punitivo, pela incidência do pecado.

A natureza em fúria, é uma pregoeira da Ira Divina, em porções pequenas, como um aviso do que virá, quando O Criador julgar.

As causas dos desastres são derivadas do “modus vivendi” nosso, mas, não têm a ver com alimentação; antes, com a rebelião engajada contra O Eterno e Suas Leis; “... transgredem às leis, mudam os estatutos, quebram a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...”

Não faltarão críticos acusando nossa ingenuidade, quiçá, fanatismo, por esposar uma visão assim, tão literal, das Escrituras.

As porções que são alegóricas, metafóricas, similares e escatológicas, o próprio contexto deixa ver. Nenhuma razão há para impormos significados obscuros, aos textos que são claros, de fácil interpretação. Além disso, as partes que vêm em métodos literários especiais, não têm muitas interpretações possíveis, ao bel prazer de cada um. As figuras visam ressaltar algum aspecto da realidade, não, diluí-la.

Sendo o inimigo apresentado como um dragão, ou, serpente, por exemplo, isso não o torna menos diabo, nem menos maligno.

Quando Cristo é figurado como Cordeiro, aponta isso, para o resgate perfeito que pagou por nós; quando, como Leão, refere-se ao Seu Poder Majestoso, de Juiz dos vivos e dos mortos. Nenhuma dificuldade nisso.

Já li “especialistas desmistificando” o que poderia ter ocorrido no Egito, por ocasião das pragas; sempre uma causa “científica” explicaria tudo. Agora, as águas de um lago no Chile se tornaram cor de sangue, como as do Nilo. Estou esperando a ciência se pronunciar.


Enfim, reitero, a doença é na cabeça da humanidade; em quem a maioria escolheu para servir.

Queremos saber as causas desses desastres todos? Acompanhemos o caráter das decisões dos que nos governam; liguemos as televisões nos “realitys shows”, novelas e prostituições diversas; acompanhemos os parlamentos com suas defesas enfáticas do aborto, das drogas, do homossexualismo, da corrupção; quer exemplos mais próximos? Faça uma dezena de tratos com pessoas de tuas relações, baseado apenas na palavra, e confira quantas serão cumpridas. Venda fiado, empreste.

Nada disso surpreende aos “simplórios”; A Palavra de Deus adverte: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3:1-5

Vai piorar muito, antes que melhore. Basta ler as pragas do Apocalipse para ter uma tênue ideia do que virá. A Ira de Deus é plena de justiça.

Os donos do mundo laboram para unificar, a Terra, moeda, religiões... reiniciar o sistema. Haverá uma paz enganosa e breve, antes do juízo. 

Pois, “... quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...” I Tess 5:3

Ainda há tempo. Muito pouco, mas, há. “Escapa por tua vida!”

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Loucura de crer


“Porque a loucura de Deus é mais sábia; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1:25

Paulo usava ironicamente a apreciação, alheia, para reforço dos seus argumentos. Das duas visões correntes mais incisivas, disse: “Porque os judeus pedem sinal, os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, loucura para os gregos.” Vs 22 e 23

O Salvador multiplicara pães e peixes, os judeus foram a Ele dizendo: “... Que sinal fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti...” João 6:30 naquele caso, pedir um sinal, não era desejar que O Senhor fizesse algo espantoso que os convencesse de Sua Origem Divina. Ela já tinha feito isso. Era só uma forma cínica de pedir mais pão.

Quanto aos do Sinédrio, a insistência em esperar um “sinal”, não era pelo preenchimento de um lapso que identificasse ao Messias; antes, uma fuga, uma desculpa esfarrapada de quem, não concordando com as reivindicações dele, tentava fazer parecer que o motivo da rejeição era outro.

“... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3:19,20 

Fazer as coisas à sua maneira e desejar aprovação; uma doença milenar dos pecadores. Pretendem reduzir ao Santo, às suas estaturas; Ele, em Cristo, nos quer regenerar à Sua Imagem e Semelhança.

Qualquer pecador que se aproxima do Salvador, se, invés de reconhecer seus pecados, visa disfarçá-los, maquiá-los, está perdendo seu tempo; traindo a si mesmo. O Amor de Deus manifesto em Cristo, perdoa quem se arrepende; mas, a Luz do Eterno, também revela e confronta. Uma escolha moral, precisa ser feita. Os daqueles dias fizeram a deles. “amaram mais as trevas que a luz...”

Paulo, após pontuar a eloquência das Obras de Deus, em fazer conhecido O Criador, denunciou a escolha perversa: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1:21,22 Loucura; sem ironia.

Os judeus que creram, (a igreja começou com eles) não precisavam mais sinais que os que já tinham vivenciado; as lideranças espirituais, do judaísmo, optaram pela perseguição aberta, invés de uma análise honesta dos seus motivos.

Curas espantosas, ressurreições, exorcismos, e tantos feitos milagrosos eram comuns, nos atos dos apóstolos, e de outros menores; sinais sobravam. O que faltava era a índole dócil que aprende, se submete, obedece.

“... os gregos buscam sabedoria...” Para aquele povo, cioso dos seus intelectos investigativos, criadores da filosofia, com uma mitologia rica, cheia de fábulas didáticas e deuses imortais, a ideia de um Deus que fosse mortal, desafiava seu senso lógico. Era “loucura para os gregos.”

Novamente, usando as alheias afirmações, de modo irônico, o apóstolo argumentou: “a loucura de Deus, é mais sábia que os homens.”

Foi para os gregos, filósofos estoicos e epicureus, que Paulo, apresentou O Deus Vivo, totalmente separado da imensa galeria de ídolos vãos que eles cultuavam; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17:30

Considerar os filósofos, amantes da sabedoria, como ignorantes, foi uma postura ousada de Paulo; mais, desafiou-os a se arrependerem para perdão dos seus pecados. Esse é o caminho para todos; estudados ou ignorantes, todos carecem do Salvador.

Lendo aos maiores expoentes da filosofia grega, Sócrates e Platão, principalmente, encontramos muitas coisas sábias e boas; valores similares aos bíblicos, até. Porém, nas questões atinentes à santidade, há um abismo. Na “República” encontramos prescrições ao homossexualismo, ao fim das famílias, vilipêndio da dignidade feminina...

O alcance do braço humano em domínios espirituais é pífio. Sem revelação de Deus, nada podemos, como advertiu Jeremias: “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17:5

Quem quiser transferir culpas, lavar-se com lama, terá “sabão” de sobra; sempre haverá um “pastor” mercenário, outro que dará escândalo; um “cristão” que não cumpre a palavra nem paga suas dívidas, para fazer o ímpio sentir-se “bem” nos braços dos seus pecados.

Todavia, há milhares de pessoas de vidas, antes, errôneas, que em Cristo, abandonaram os pecados e se tornaram novas criaturas. Quem quer se justificar, pois, olhe para os maus; quem deseja ser perdoado, justificado, a direção do olhar deve ser outra: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, não há outro.” Is 45:22

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Seriedade do amor


“O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder; ao culpado não tem por inocente;” Naum 1:3

Três aspectos do Ser Divino: Deus É Longânime, Poderoso e Justo.

“... tardio em irar-se...” longanimidade; capacidade de esperar por muito tempo, aguardando nosso arrependimento; mudança de mentalidade, de atitude. O fato de suportar silente nossas desobediências, não significa que compactue com elas; antes, que está prorrogando nosso tempo, esperando que “caia a ficha” dos nossos erros, mediante aprendizado, consciência, consequências...

A um que, tendo feito uma série de coisas más, imaginou que o silêncio Divino significava aprovação, quiçá, tolerância, O Eterno descreveu seu andar, depois, advertiu: “Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal; a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te arguirei; as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50:18-21

O mais trágico era que, o que fazia essas coisas todas era um religioso; alguém que eventualmente citava porções da Palavra de Deus; “... Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças Minhas Palavras para detrás de ti.” Vs 16 e 17 Como pode alguém fazer essas coisas todas e seguir “distraído”, como se, o “remédio amargo” da correção fosse apenas para alheios paladares?

A longanimidade amorosa do Pai, que faz com que Seu juízo demore a nos alcançar, invés de ser apreciada prudentemente, muitas vezes tem sido mal interpretada, levando muitos a se perder. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11 Invés de gratos a Deus pela Sua bondade, reiteram suas maldades, pagam bem com mal.

“... Grande em poder...” O fato de que O Eterno Pode, não significa que ‘deve’ nem, que quer, fazer algo; opera todas as coisas segundo Seus desígnios, no tempo que Lhe apraz.

Os perversos urinam sobre um Bíblia, rasgam, queimam, blasfemam, deturpam À Palavra; bradam ofensas contra O Nome de Jesus, vilipendiam ao Salvador no Carnaval, como todos temos testemunhado; O Todo Poderoso resolveria tudo num sopro, se, a vingança, o juízo, tivessem Nele, apelo maior que o amor.

Os que, invés de se limitarem à impiedade em particular partem, para a profanação, vilipêndio das coisas santas, mesmo esses, recebem o favor da longanimidade Divina, no intento que encontrem ainda, lugar de arrependimento.

Que graça teria pare Ele, pelejar, “medir forças” com reles vermes como nós? “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da Minha Força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27:4,5 Invés de pelejar conosco, anseia reconciliar; que façamos paz com Ele.

Invés de punir, deseja nos salvar; Por isso, “o Verbo se fez carne...”; “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

“... ao culpado, não tem por inocente.”
Ele prolonga o tempo em Sua longanimidade, esperando pelo arrependimento dos errados de espírito; porém, não alarga à porta estreita.

Tolera, mesmo blasfêmias, dos mais atrevidos; contudo, Sua espera deriva da força do Seu Amor misericordioso, não de uma frouxidão moral, que faria vistas grossas ao pecado, como se, pudesse fingir que o sujo está limpo, em nome do “amor.” Ele ensina e faz distinção entre o santo e o profano; “Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores;” Jó 8:20

Como disse Abraão, “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gn 18:25

Paulo ensinou a sermos prudentes no nosso trato das coisas santas; “Considera a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” Rom 11:22

Pois, quando a Santa paciência acabar, não adiantará choro nem reza, como foi nos dias de Jeremias: “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem Me supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7:16

Em suma, “O erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1:32,33

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Teoria da salvação

 

“... como Ele clamou e eles não ouviram, também clamaram, e Eu não ouvi, diz o Senhor dos Exércitos.” Zac 7:13

Um povo que recusara a ouvir A Palavra de Deus. Quando falei, não escutastes; quando clamastes, não ouvi; fora a justa retribuição.

Esse utilitarismo sem noção, de presumir que, Deus é bom e útil, quando socorre; desnecessário, irrelevante, quando ensina, corrige, é um egoísmo insano, que tem matado muitos.

Escolher as porções prediletas da Palavra, demandar o cumprimento das promessas, enquanto se ignora as prescrições de obediência e santificação, é uma forma estúpida de trair a si mesmo. Seria O Todo Poderoso, tão ingênuo, a ponto de ser manipulável?

O capeta tentou a Jesus, com o que “está escrito”. O Salvador revidou com o que “Também está escrito”; vetando a escolha seletiva das porções convenientes; afinal, “... nem só de pão viverá o homem, mas de ‘toda’ Palavra de Deus.” Luc 4:4

As pessoas que assim agem, desejam “salvação” das suas aflições, não, das suas almas.

O “negue a si mesmo” indispensável para se pertencer a Cristo, requer que confiemos na diretriz Dele, mesmo que, eventualmente nos leve por lugares ásperos, inóspitos. A fé sadia não nos coloca ao dispor, um resolvedor de problemas; antes, nos leva a níveis de renúncia, tais, que nossas vidas passam a ser problema Dele.

Devemos reiterar nossa escolha por servi-lo, em cada tentação que nos visa desviar; “andar em espírito”; mas, a diretriz não nos pertence mais. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir seus passos.” Jr 10:23

Quando alguém se presume um salvo, deveria agir de modo a evidenciar sua rendição incondicional ao Senhor; não, a parecer que dispõe de um socorrista Poderoso a serviço de suas vontades particulares. A mudança esperável em quem se deixa conduzir, não é no uso de determinados rótulos após sua “conversão”, enquanto, segue pelejando em demanda das mesmas coisas de antes. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5:17

Quem se “converteu”, mas empunha sôfrego sua “senha” na fila da aquisição de coisas, não, na vereda do abandono de maus hábitos, faria bem em duvidar, que está em Cristo. Fomos escolhidos para dar frutos, em santificação, novidade de vida, não para dar “piti”, como uma criança na gôndola dos chocolates puxando a saia da mãe.

Paulo ensina sobre a gravidade necessária; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6:3,4

A fé não faz acontecer, necessariamente, o que desejamos; antes, patrocina nossa confiança irrestrita, naquele em quem cremos, mesmo, nos locais e circunstâncias adversas; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50:10

A natureza da fé requer certo curso de tempo, para que sua essência seja verificada. “A verdadeira afeição, na longa ausência se comprova.” Camões.

Sendo “o firme fundamento das coisas que não se vê...” Heb 11;1 Quem fica clamando por alimento para os olhos em nome dela, mostra sua ausência, invés da incidência. “Bem aventurados os que não viram e creram”.

O risco de encomendarmos nossas almas a uma teórica conversão, onde apenas mudamos os meios, em busca das mesmas coisas buscadas pelos ímpios, é que, na reta final nos deparemos com uma teórica salvação, acabando na mesma perdição que aqueles.

Quando pertenço a Cristo, as coisas que me incomodam, não são relevantes mais; antes, as que incomodam a Ele. Nos é dada, paulatinamente, mediante aprendizado em santificação, a “Mente de Cristo”, para que sejamos capacitados a pensar como Ele. Assim, priorizemos os lapsos espirituais, mais que os materiais, como Ele mesmo ensinou: “Buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6:33

A credulidade humana que equaciona amor com frouxidão moral, faz presumir um “Deus” assim; que por nos amar, tudo permite. Os falsos profetas fazem fortuna explorando isso; “profetizando” segundo carnais anseios.

Quem atina ao Reino e Sua Justiça, vive e ensina segundo os valores dele. É mais pesado ouvir um assim, que aqueloutros que, espalham facilidades em “Nome do Senhor.”

Nas filosofias de botecos, todos dizem preferir tristes verdades a alegres mentiras; porém, na hora das escolhas, a maioria perde-se após a falsidade agradável, fugindo da áspera vereda da vida.