segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Na reta final


“Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, veio o dilúvio, e consumiu a todos. Como também aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e consumiu a todos.” Lucas 17:26-29

Duas manifestações do Juízo Divino. Uma, através da água, o dilúvio; outra, por chuva de fogo e enxofre, na destruição de Sodoma e Gomorra. As causas, segundo a Bíblia, a excessiva violência nos dias de Noé; prostituição disseminada, em Sodoma e Gomorra, sobretudo, o homossexualismo, no tempo de Ló.

Em ambas as ocasiões, o povo estava completamente alienado; “comiam, bebiam, casavam, compravam, vendiam...” enfim, a vida seguia seu curso, alheios aos valores de Deus, mais notáveis pela ausência, que pela incidência. 

Qualquer semelhança com o tempo presente não é coincidência; antes, sinal inequívoco, de que O Juízo Divino de apressa.

O Império global, a Igreja única, ecumênica, o dinheiro digital, são coisas em célere implantação; o pior de tudo isso, não é que o mundo, outra vez esteja alheio seguindo suas paixões, gritando bravatas, ofensas em defesa de uma bandeira, cometendo perversidades sexuais em nome do “direito” individual, aprovando o assassinato de inocentes sob o mesmo pretexto; (Meu corpo, minhas regras).

O pior não é isso, reitero. De quem não está nem aí para Deus, Seus Valores e Ensinos, isso seria mais ou menos o esperável. A perfeita justiça não habita onde Deus é rejeitado, pois, “... havendo Teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26:9 Não havendo, cada um perde-se à sua maneira, como tanto acontece, infelizmente.

Onde os juízos Divinos deveriam ser ensinados, em regime de urgência, tipo a mensagem dos anjos a Ló, na iminência da destruição da cidade, “escapa por tua vida”, nas igrejas, a maioria delas está adormecida.

Quantos mestres de escatologia que defendem a volta iminente do Salvador, enquanto vendem seus livros de interpretação a altos valores, como se o dinheiro fosse a coisa principal. Sues feitos desmentem o que eles escrevem; não acreditam no que ensinam.

As igrejas, invés de estudarem diligentes às Escrituras à luz do tempo em que vivemos, para despertar um espírito de vigilância e urgência necessários, perdem-se em veleidades várias; “culto rosa, azul, da vitória, da prosperidade...” o feminismo essa doença que grassa no mundo, também invadiu locais de culto, graças à omissão de pastores fracos, covardes. Esposas de pastores são todas “pastoras”, mesmo contrariando os ensinos da Escrituras.

A mulher do médico não é médica, necessariamente; tampouco a do engenheiro é engenheira.

Não estou defendendo que mulher não possa ser ministra da Palavra. Mas, se o for, que seja por uma chamada Divina e com o concurso do devido preparo, não, por ser esposa do ministro.

Temos a “Primeira Dama” de nosso país que faz o marido de joguete; não raro, fala como se tivesse sido eleita para algo; não fosse esse, país a bagunça corrupta e imoral que é, e há muito a referida, sem noção, teria sido convidada a calar a boca.

O homem foi posto por cabeça, do lar; se alguns não conseguem funcionar segundo o manual, eles estão com defeito, não, o manual. Não significa que o homem seja maior que a mulher; ambos têm valor igual, mas, funções diferentes.

Essas igrejas adoecidas que dão uma “versão gospel” pra tudo o que existe no mundo, invés de imitadores de Cristo, como nos convém, se tornam macaquinhos do capeta com suas displicências inócuas e imorais.

Estamos na reta final. Não é tempo de brincar. Quantos serão pegos de surpresa por mera preguiça! Invés de se informarem do que é relevante, do que diz respeito às suas vidas, desperdiçam-nas, na alienação viciosa da cultura inútil; submersos na lama das paixões adoecidas, pelo estouro da barragem, com excesso de informações fúteis; quais hienas num riso sem propósito, consomem os tais “memes”, dissolvendo relapsos, o tempo que deveriam usar com os neurônios.

Nosso país está entregue ao sistema; presto nossa liberdade de culto irá pro beleléu; quem não adorar a “Deus” na Igreja ecumênica do Estado será perseguido, preso, morto, talvez.

É tempo de fazermos o bom depósito de conhecimento espiritual, urgente! Se A Palavra estiver em nossos corações governo nenhum poderá tirar. Se tivermos intimidade com Deus de modo que Ele falando conosco, possamos ouvir, seremos guardados na perseguição.

Menos coreografia! Menos imitações mundanas! Fora com esses cultos alienantes! Urgente, mais Bíblia, oração, consagração. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar! Invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

A saga de Israel



“Eu fiz a terra, o homem, os animais que estão sobre a face da terra, com Meu grande poder, com Meu braço estendido, e dou a quem é reto aos Meus Olhos.” Jer 27:5

Mensagem que Jeremias deveria enviar aos reis de Edom, Moabe, Amon, Tiro e Sidom; então, O Eterno estava prestes a entregar aquelas terras todas a Nabucodonosor.

“Todas as nações servirão a ele, seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele.” V 7

A retidão dos caldeus tinha prazo de validade, em tempo, também seriam punidos.

Do ponto-de-vista humano, as terras têm suas fronteiras definidas; ou, deveriam ter, malgrado, o “pedigree” de quem habita-as. Ao escopo Divino, porém, a coisa não funciona assim. “... dou a quem é reto aos Meus Olhos.”

A saga de Israel de errar, sem uma terra que lhe fosse própria, durante 1878 anos, desde o ano 70 até 1948, tem a ver com o juízo Divino contra o povo que rejeitou ao “Senhor da Vinha”, Seus servos, e por fim, O Próprio Filho.

A terra prometida a Abraão era imensamente maior que a que Israel hoje ocupa. “Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates;” Gên 15:18

A promessa não era incondicional; deveriam os descendentes de Abraão, obedecer aos Divinos mandados. Nos dias da conquista da Terra, sob comando de Josué, depois, nos dias dos juízes, deveriam varrer os inimigos, não fazer acordo com eles, como muitas vezes aconteceu.

“Sucedeu que, quando Israel cobrou mais forças, fez dos cananeus tributários; porém não os expulsou de todo. Tampouco, expulsou Efraim os cananeus que habitavam em Gezer; antes os cananeus ficaram habitando com ele. Nem, expulsou Zebulom os moradores de Quitrom, nem os moradores de Naalol; porém os cananeus ficaram habitando com ele, e foram tributários.” Jz 1:28-30 etc.

Invés de os exterminar como fora ordenado, preferiram dominar sobre eles fazendo-os tributários. Essa “bondade” custou caro a Israel. O Eterno ordenara: “...não fareis acordo com os moradores desta terra, antes, derrubareis seus altares; mas vós não obedecestes Minha Voz. Por que fizestes isso? Assim também não os expulsarei de diante de vós; antes, estarão como espinhos nas vossas ilhargas; seus deuses vos serão por laço. Jz 2:2,3

Então, se a terra de Israel veio a ser muitas vezes menor que o tencionado por Deus, tem a ver, originalmente, com a desobediência deles.

No período da dispersão, a diáspora, quando foram espalhados entre todas as nações, esse foi juízo pela rejeição ao Messias.

Porém, mesmo esse período teria seu fim. Num dia só o povo desterrado seria outra vez uma nação, um território, como foi em 14 de maio de 1948. “... Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto; já deu à luz seus filhos.” Is 66:8

O Próprio senhor pelejara contra eles; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63:10

Porém findo o tempo do juízo e restabelecido o povo, malgrado os pecados individuais de muitos, eles, como nação, estão sob a Divina proteção, coisa que deveria saber a confederação de nações prestes a tentar destruí-los. “... Porventura não o saberás naquele dia, quando Meu povo Israel habitar em segurança?” Ez 38:14

Toda sorte de violências ocorre numa guerra; quem a começou merece receber pelos “direitos autorais”, e sabemos quem foi.

No fundo, se trata de coisas mais amplas que território; os árabes ocupam 98% do oriente médio e isso os incomoda; aqueles 2% que estão com Israel não deveriam estar, na sua ótica. Irã, Síria, Jordânia, Líbano, Iraque, Turquia... todos se dispõem a “libertar aos palestinos” dando vazão a um ódio milenar, e a uma cobiça pelas riquezas do pujante Estado judeu.

“Eu fiz a Terra... dou a quem é reto aos Meus Olhos.” Diz O Senhor.

O Criador permitirá que os que odeiam Israel e os querem destruir, façam grandes estragos; porém, antes do “xeque-mate” entrará em cena.

O Eterno não precisa autorização da ONU, voto favorável da Liga Árabe, simpatia, tão pouco encontrável, da opinião pública, em grande parte, afeita à causa terrorista.

Não significa que Israel viva plenamente de modo a agradar ao Senhor. Uma das maiores paradas gays do mundo acontece lá; isso O Senhor abomina. Mas, o julgamento de cada um pertence a Ele. Como disse Abraão: “... Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?” Gn 18;25

domingo, 29 de outubro de 2023

Prova de fogo


“Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de Mim e das Minhas Palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de Seu Pai...” Mc 8:38

Por que alguém se envergonharia de Cristo? Vemos que, os que isso fariam foram apreciados como, “geração adúltera e pecadora;” A vergonha era algo necessário; mas, dos próprios atos, não dos ensinos daquele que, os visava corrigir e salvar.

Muitos resistem à Palavra, porque a aprovação humana lhes parece mais importante que a Divina. Se envergonham pelo motivo errado.

O homem em sua vida natural, caída, carnal, não tem como retas as demandas do espírito, por uma razão simples: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8:7


O aplauso humano costuma soar por razões que os Céus desprezam; “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc16:15

Muitos cristãos em Corinto estavam divididos, acossados por pressão de familiares não convertidos, o que, pela timidez da fé inda insipiente deles, causava “estreitamento”; uma tibiez espiritual, um temor de se alegrar em Cristo; Paulo exortou-os: “Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também. Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis...” II Cor 6:12-14 Dar igual peso às ímpias opiniões, equiparando essas às Palavras de Cristo seria um jugo absurdamente desigual. “Saí do meio deles, apartai-vos diz O Senhor!”

O apóstolo sempre deu grande envergadura às asas da sua fé; dela falando ousadamente, mesmo ante os poderosos; “Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois, é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê...” Rom 1:16

A salvação é um desafio ao sobrenatural, ao novo nascimento da água (palavra) e do Espírito (Santo). Isso que soa como normal no âmbito espiritual, se cotejado com a esfera natural causará perplexidade; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2:14,15

Sempre, o conflito entre agradar a Deus, ou, aos homens; a pressão da sociedade, não raro, dos familiares, amigos, é uma “prova de fogo” que há de evidenciar de que é feita a fé de cada um.

Paulo advertiu quanto à necessidade de que, sobre o Único Fundamento que pode salvar, Jesus Cristo, edifiquemos com sabedoria nossas vidas; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3:11-13

Então, quando surge uma Xuxa, um Jean Willis, até alguns “pastores” mais descolados defendendo uma edição da Bíblia que, por ser muito “antiga” precisaria ser “atualizada”, essa é apenas a posição “religiosa” de homens naturais, que não compreendem as coisas do Espírito.

Para os “profissionais da fé”, talvez, a sua vergonha do Evangelho camuflada; a subserviência covarde às pressões de uma sociedade ímpia, são as “trinta moedas” pelas quais se dispõem a revender O Salvador.

Não venham com essa balela que, separa os ensinos de Cristo das demais partes das Escrituras, como se fossem coisas adversas. O Senhor validou todas; Lei, Salmos e Profetas; disse que as Escrituras testificavam dele, invés de O contradizer. Assim, quando falo do Evangelho de Cristo, num sentido amplo, falo de toda A Palavra de Deus, coisa que Cristo ensinou; “... Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra de Deus.” Luc 4:4

A vergonha quando apareceu, foi por consequência do pecado humano; “Ouvi Tua voz no jardim e temi, porque estava nu, e escondi-me”, Gn 3;10

Esse mau hábito potencializou-se ao longo do tempo; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” João 3:20,21

O ímpio foge da luz, difama sua mensagem; chama de discurso do ódio, fundamentalismo, fanatismo... Quem não está suficientemente alicerçado na Rocha, pode se envergonhar do que é Santo, para agradar ao que é profano. “Não me envergonho do Evangelho de Cristo...”

sábado, 28 de outubro de 2023

Remédio amargo


“Para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.” Is 38:17

Tendemos a preferir o bom, ao bem; o aprazível ao proveitoso. As coisas de usufruto imediato, às outras que, primeiro requerem um custo, antes de mostrar seu valor, seu sentido. A ideia de deixar o melhor vinho para o final, não se alinha às predileções humanas. Para sermos dirigidos por Deus é indispensável o, “negue a si mesmo.”

Jeremias anteviu a direção dos nossos caminhos, como prerrogativa do Senhor. “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha o dirigir seus passos.” Jer 10:23 Davi, idem; “Como purificará o jovem seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119;9

Quem se dispõe a andar com Deus, pois, esteja também disposto contrariar sua lógica, fazer coisas que não quer. “Para minha paz, estive em grande amargura...” Nossa enfermidade carece remédios amargos; isso evidencia que o processo é doloroso, porém, o resultado, paz.

Os que profetizam coisas adocicadas, aos ímpios, não são profetas do Senhor; não passam de mercenários tripudiando da ingenuidade.

Deus não é Deus de mortos; portanto, enquanto a questão da regeneração não for resolvida, não há outra mensagem; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” João 5:24

A paz com Deus vem em consequência de aceitarmos Sua Justiça em nosso favor; “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 Não pode ser feita por nós, pois, “... todos nós somos como o imundo, e nossas justiças como trapo da imundícia;” Is 64:6 Assim, “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7:26

Nossas inclinações são para o mal, desde crianças; até quando fazemos o bem, muitas vezes, é por motivos errados, reconhecimento, aplausos; “caridade” diante das câmeras. Uma mudança drástica em nossos caracteres é necessária, para, renunciando à impiedade, estarmos em paz com Deus. “Os ímpios não têm paz, diz O Senhor.” Is 48:22

Embora, O Senhor tenha figurado a mudança necessária como um transplante de coração, (Ez 36;26) a rigor, não é tão simples assim; dormir anestesiado e acordar transformado.

Demanda uma ousada mudança de mentalidade; um processo demorado; “deixe o homem ímpio seu caminho, o homem maligno seu pensamento...” Is 55;7. Mudança em prol de adotarmos como diretriz, os pensamentos Divinos; “... torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55:7,8

Embora essa mudança diametral seja amarga à alma humana que estava acostumada a fazer as coisas à sua maneira, aos Olhos Divinos, soa agradável; não pela amargura do processo, como se, O Eterno fosse sádico; mas, pelo prazer do produto final, salvação. “... mas, a Ti agradou livrar minha alma da cova da corrupção;”

Como numa relação conjugal, a excelência é que ambos tenham prazer, assim, na relação do homem com Deus. 

Nenhum pai gosta de ver seu filho numa mesa de cirurgia, por exemplo; mas, estando doente, qualquer um pagará por isso, se, no final do processo vislumbrar seu filho restaurado. Os autônomos, diz O Senhor, “... escolhem seus próprios caminhos; sua alma se deleita nas suas abominações.” Is 66:3

O problema do homem sem Deus vai muito além de saúde; trata-se de vida ou morte. Alienados Dele, malgrado, respirando, apenas existimos por um tempo, mas estamos mortos espiritualmente, fadados à perdição.

Reconciliados, nossos pecados são apagados, e recebemos o dom da vida Eterna; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

“... porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.”
Esse apagar da lousa cheia de escritos de enganos, mentiras, egoísmos, corrupção, e começar uma nova escrita, requer a separação do modo mundano de ser, ao preço de rejeições várias, se, de fato prezamos, à vontade Divina; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12:1,2

Amargura pontual agora, para sermos salvos, e livramento cabal, quando o amargo do juízo tomar o mundo ímpio; “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3:18

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

O signo da serpente


“... lançou Arão sua vara diante de Faraó e seus servos, e tornou-se em serpente.” Ex 7;10

Um sinal que O Eterno dera, para fazer ver que era Ele que ordenara a libertação do povo. Porém, “... os magos do Egito fizeram o mesmo, com seus encantamentos.” V 11
Resistência por imitação. Um mal que campeia como nunca. 

O que são os falsos profetas, mestres, milagreiros alienados do Santo, bem como, o famigerado ecumenismo, senão, imitações fajutas, dos que se recusam à obediência devida ao Altíssimo?

Porém, “... a vara de Arão tragou as varas deles.” V 12 Os imitadores do cristianismo seguem fazendo sua encenação; “Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim, estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.” II Tim 3:8 A hora da verdade chegará.

Por que uma serpente como sinal? Foi pela sugestão da serpente, no Paraíso, que o primeiro casal deu assento à desobediência, caindo da plena comunhão, para a escravidão e morte.

Uma vara de pastor na mão de Moisés e Arão se tornar serpente, era um símbolo Divino, fazendo entender, quem conseguisse, que dali em diante, pela mão de um pastor, Moisés, os feitos da serpente poderiam ser dominados, mediante obediência.

Eles deveriam pegar à dita, pela cauda; por quê? Outro simbolismo eloquente. Isaías ensina: “O ancião e o homem de respeito é a cabeça; o profeta que ensina falsidade é a cauda” Is 9:15

Assim, os postulados mentirosos da serpente deveriam ser expostos, a partir da falsidade na qual se ancoravam. A proposta fora de que, desobedecendo, o ser humano daria um salto, deixando de ser apenas homem, tornando-se “como Deus”. A servidão, a escravidão na qual estavam, era uma viva demonstração da falsidade daquilo. Desobediência aprisiona. A Vara do Senhor estava libertando-os.

Quando nas agruras da marcha, rumo à Terra Prometida, os mais inconstantes murmuraram, Deus os entregou de novo, ao domínio da serpente. Muitas surgiram entre os murmuradores, ferindo seletivamente a esses.

Quem acha a Cruz de Cristo, pesada demais para si, e prefere as facilidades da serpente, morre resoluto, enganando-se; porque a serpente costuma anestesiar sua picada, com certo prazer. Usa essa calculada isca aqui, reservando seu anseio de escravizar, para a eternidade.

Naquele caso, vendo o juízo os mais avisados pediram socorro; Deus ordenou, e “Moisés fez uma serpente de metal, e colocou sobre uma haste; sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia.” Num 21:9

Haveria algum poder curador numa imagem? Pior, imagem de serpente? Não. A Bíblica é categórica sobre o “poder” das imagens; “Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem...” Sal 115:5,6
Pesa uma maldição contra os idólatras; “... tornem semelhantes os que fazem, assim como todos que nelas confiam.” V 8

Por que Deus ordenou, então? Para estimular a memória de que, rebelar-se contra Sua Autoridade, é tornar a agir conforme a serpente; entendendo isso, podiam se arrepender e ser perdoados.

Cristo tomou sobre si esse mesmo signo quando disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” João 3:14,15

Aqueles, olhando para uma serpente de metal, deveriam recuperar a memória que encorajaria ao arrependimento; igualmente nós, olhando para O Salvador na cruz, devemos ter bem viva a causa; nossos pecados, e as consequências. “O salário do pecado é a morte...” Rom 6;23

Desde a queda foi predito que seria assim; O Eterno disse à serpente que se fizera “amiguinha” da mulher: “Porei inimizade entre ti e a mulher; entre tua semente e sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gên 3:15

Se, fisicamente, olhando para a cruz as pessoas viam O “Cordeiro de Deus”, o “Verbo que se fez carne” para nos salvar, espiritualmente também podiam ver a serpente; digo, onde conduz sua rebeldia praticada, quando da própria queda, e aconselhada, quando da queda humana.

Os imitadores de “Moisés” são inumeráveis; porém Aquele que sonda os corações não é ludibriado pelo arranjo fútil das aparências.

Os avessos à cruz perdem-se entre imitações, como os magos de Faraó; não há salvação sem Cristo, nem compromisso com Ele, sem cruz. Paulo sentenciou: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição...” Fil 3:18,19

Nosso “Êxodo” também não é fácil; mas, chegando à “Terra Prometida” esqueceremos das dores; “Porque nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” II Cor 4:17

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Os que aprendem


“O Senhor Deus me deu uma língua erudita, para que Eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem.” Is 50:4

Erudito é aquele que possui vasta instrução; conhecimento. Pois, esse bem, pode ser um patrimônio intelectual para ser guardado, se assim desejar seu possuidor. Os que recebem dons do Senhor, porém, sabem que esses têm uma função, atinente às necessidades do semelhante. “Para que Eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado.”

Os equipados com dons entendem que esses não são para o deleite, antes, para alguma utilidade na Obra do Senhor; “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12:7 Palavra da sabedoria e da ciência são dons do Espírito.

Além de saber o que dizer, a pessoa preparada há de saber quando, também; “... a seu tempo...” pois, “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de estar calado, e de falar;” Ecl 3:1 e 7 “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita ao seu tempo.” Prov 25;11

O ser, identificado nessa profecia, ora, aparece sábio; detentor de uma língua erudita; outra, soa a mero aluno; “... desperta meu ouvido para que eu ouça, como aqueles que aprendem.”

“... desperta meu ouvido...”
Figura de linguagem, comparando os ouvidos com alguém que estava dormindo, e foi acordado para algum afazer específico. O estar dormindo, espiritualmente, não tem a ver com sono do corpo; mas, com indiferença da alma, que mesmo estando morta, ou entre os que assim estão, pode não se incomodar, como se, o convívio com os alienados de Deus fosse seu lugar. Não poucas vezes encontramos: “Quem tem ouvidos ouça o que O Espírito diz às igrejas.” Quem está “dormindo”, ignora essa fala.

Paulo pensava diferente dos sonolentos; deu o necessário “soco na mesa”, para chamar de volta à razão, os que estavam assim, adormecidos; “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5:14 Quem dorme espiritualmente, pois, o faz entre mortos.

Por certo o profeta messiânico se referia a Cristo. Uma língua com vasta instrução, para trazer alívio aos cansados era a Dele; “Vinde a Mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo; aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11:28,29

Quando O Senhor, em dependência filial ia “aprender” com o Pai, esvaziado de Sua Glória, mostrava mediante exemplo, como nos convém ser. “Porque não tenho falado de Mim mesmo; mas o Pai, que Me enviou, Ele Me deu mandamento sobre o que hei de dizer; o que hei de falar.” Jo 12:49

Ele, sendo Um com O Pai, não carecia aprender nada; esvaziado e feito homem, O Salvador precisou coisas que antes não precisara; “Ainda que era filho, aprendeu a obediência por aquilo que padeceu.” Heb 5;8 Aprendeu obediência, não por que fosse desobediente; mas, porque, sendo Deus, antes não precisara obedecer ninguém; então, ao se identificar conosco, careceu agir, “... como aqueles que aprendem...” “Porque Eu vos dei o exemplo para que, como vos fiz, façais também.” Jo 13;15

A Vontade do Pai era o limite da fala do Salvador; agora que falamos em Seu nome, Sua Vontade expressa na Palavra deve ser o limite para nós; “... Assim como O Pai Me enviou, também Eu vos envio...” Jo 20;21

No encerramento da revelação, O Senhor vetou acréscimos e omissões à Palavra. Nosso limite, como seus servos, é o que está escrito.
“Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus...” I Ped 4;11

Paulo também prescreveu termos; “Eu irmãos, apliquei essas coisas por semelhança a mim e Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito...” I Cor 4;6

Como o abençoado do Salmo primeiro, nos convém “termos nosso prazer na Lei do Senhor, e nela meditar dia e noite.” Sal 1;2

Infelizmente, em muitos casos o que está escrito é ignorado, desprezado, por pessoas que, desejando o ministério, não buscam o devido preparo para o mesmo. Invés do que O Santo revelou na Sua Palavra, esses preenchem as lacunas de conhecimento bíblico com o que “O Senhor lhes revela”.

Deus pode; eventualmente faz, quando aprouver à Sua Soberana Vontade; mas, se O Salvador, apesar de Sua Onisciência, portou-se entre nós “como aqueles que aprendem,” assim fez, para realçar a importância do aprendizado. “Então, conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” Os 6;3

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Tempo de levantar



“Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo; me pôs em pé e ouvi o que me falava.” Ez 2:1 e 2

Um hábito respeitoso que a maioria das igrejas evangélicas preserva é de se colocarem em pé, os membros, enquanto, A Palavra de Deus é lida. Assim, o “põe-te em pé e falarei contigo”, literalmente, se verifica nesses momentos.

Entretanto, a experiência de Ezequiel serve como alegoria de algo maior que, o mero erguer-se alguém, de onde estiver.

Teologicamente se identifica a ruptura do homem com Deus, pelo pecado da desobediência, como, a “queda.”

Tendo perdido a comunhão, o direito à vida Eterna, não é forçarmos a barra, defendermos que houve uma queda; migramos da vida para a morte, com a escolha pela desobediência. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5:12

Porque essa “herança maldita”, abarcou toda a humanidade, embora os humanos seguissem existindo, eram produtos de uma queda; gente espiritualmente morta (alienada de Deus), coisa que O Salvador falou sem rodeios. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Se, a desobediência ensejou morte e queda, a fé no Salvador e a obediência, facultam o novo nascimento; o ser humano que caiu, poderá voltar a estar em pé. O Senhor mencionou a necessidade de estarmos assim; “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé diante do Filho do homem.” Luc 21:36

Figura usada também por Paulo, onde tencionou ilustrar que, o convertido a Cristo voltou a estar em pé, e assim deve permanecer. “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.” I Cor 10:12

Como ensinou O Mestre, “Deus não é Deus de mortos...” portanto, não fala com esses; Jesus esvaziou-se da Sua Glória, para estar “à altura” disso, por amor. Aos que Nele creem e obedecem, legou poder de voltarem a estar em pé; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” João 1:12

Deixou patentes as impossibilidades dos mortos; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver O Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Por isso, a conversão é indispensável, para entendermos o Falar de Deus, o que Ele revela em Sua Palavra.

“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2:14,15

Como no levantar de Ezequiel, no nosso, também é impossível sem a ajuda do Espírito Santo. “Então entrou em mim o Espírito, quando Ele falava comigo, e me pôs em pé...”

E, a comunhão com O Santo requer algumas coisas, como obediência, perseverança, resiliência nas aflições do mundo; senão a segunda queda será mais grave que a primeira; “é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro, recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6:4-6

Por isso, a seriedade da exortação, para que, o que pensa estar em pé, não caia. Alguns desses recaídos, pensam que a relação que tiveram um dia com O Eterno inda pode existir estando eles, duplamente mortos.

Saul caiu assim; sentiu na pele a indiferença Divina; “perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha espírito de feiticeira... I Sam 28:6,7

A triste sina dos mortos espirituais; vendo-se alienados de Deus, tentam preencher a lacuna, com simulacros profanos, mentirosos e inúteis.
Se O Santo não fala mais comigo, uma feiticeira serve; pensou.

A quem basta ouvir “alguma coisa”, pouco importando se vai se cumprir ou não, qualquer “profeta” serve.

Agora, quem desejar um acesso ao Trono do Deus Vivo, que vá pelo Único meio possível; “... ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 “Filho do homem; põe-te em pé e falarei contigo!”