sábado, 29 de outubro de 2022

Segunda milha


“A manifestação do Espírito (Santo) é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7

Manifestação significa tornar público, notório, evidente, manifesto. Fazermos “visível” O Espírito Santo, é um dom que cada salvo recebe. “... O mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” v 11

O critério que Ele usa para a distribuição dos dons é pragmático, objetivo. “Para o que for útil.” Diferente de nós, seres imperfeitos, pacientes da vaidade, que carecemos exibir alguma “perfeição”, física, intelectual, psicológica, material, espiritual, funcional, Ele não sofre nenhum desses complexos. Não precisa tentar “compensar” nada, vai ao que interessa, o útil!

Seu serviço costuma ser mui sóbrio; sem nenhuma placa em neon a exaltar “nossos” produtos; apenas, devemos mirar outros seres que Ele também Ama e precisam ser alcançados através de nossas vidas.

O mundo está fragmentado em bilhões de “deuses”; mal surgido desde o nascimento do ego na queda, pela sugestão da oposição. O filho primogênito dele, o egoísmo, separa pessoas, individualiza motivos, tolhe interação, cooperação; torna a cada um, do jeito que o diabo gosta. Alienado de Deus, senhor de si.

O que é o relativismo, senão, a preservação filosófica do direito pessoal de reinarem as preferências particulares, a despeito do Divino querer?

Não havendo Absoluto, como esposam, não haveria Deus. Cada um seria senhor dos seus motivos e escolhas, não devendo prestar contas a nada, exceto à certa massificação calculada, que, os incapazes de ceder à correção chamam de “politicamente correto”.

Admitindo eles, ou não, há um “Deus” por trás dessa manipulação a formar sorrateiramente um rebanho de degredados, cujo traço comum é a cegueira. “Se ainda nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é A Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

O que inimigo tenta manter longe de nós é que, em Cristo, não precisamos mais ser deuses falidos; podemos voltar Ao Eterno e recebermos Seus Cuidados. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós A Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Receber ao Salvador nos “mata”; porém, nos faz renascer Nele; “... a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

Para nascermos de Deus carecemos “morrer de nós”, ou, renunciar o ego.

Não é fácil o homem natural ser convencido a essa ruptura; “negue a si mesmo”; depois, ainda deve romper com os valores dos demais egos disseminados e suas doentias predileções, suicidas escolhas; o mundo.

Deus nos espera mui “além do arco íris”; digo, das nossas inclinações naturais, e das dos semelhantes, que nos rodeiam com suas receitas de seguir mortos, manter “distância segura” dos caminhos da vida. Daí, o conselho: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Como vimos, o “Deus” oculto por detrás dos degredados do Reino dos Céus cega entendimentos; por isso, O Eterno convida-nos mediante Sua Palavra para a renovação dos nossos. “Deixe o ímpio seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Depois de deixarmos de confiar em nossas percepções desorientadas e aprendermos a descansar no Senhor, receberemos Dele dons espirituais, segundo Seu propósito.

O Divino Chamado ao serviço é também ao amor. Esse só se sente útil dando-se, amando; por isso ousa andar a “segunda milha”, fazendo algo mais que o requerido, costuma se expressar. “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.” Luc 17;10

O proveito dos dons só será visível se, potencializado por esse “aditivo” precioso que lhes emprestará sentido; “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa, como sino que tine.” I Cor 13;1

Em nós mesmos, nos domínios do ego estamos mortos; com dons espirituais, sem amor, como cantou alguém, “a gente somos inútil.”

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Deus e a política


“Porque eis que Teus inimigos fazem tumulto; os que Te odeiam levantaram a cabeça.” Sal 83;2

Nós sempre escutamos que, religião e política, não se discute; tais, não se misturam. É sério isso??

Desde que Escolheu um povo para Si, O Eterno Foi O Governante do mesmo, através de homens que escolheu. Abraão, Moisés, Josué, Samuel... esse, aliás, o último representante do que chamamos teocracia; o Governo Divino através de um juiz escolhido. Então, o fim do período dos juízes e o início da monarquia.

Isso, porque o povo teve desejo de ser como as nações vizinhas e escolher para si um rei; tal desejo foi lido nos Céus como rejeição a Deus. “Disse O Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não têm rejeitado a ti, antes a Mim têm rejeitado, para Eu não Reinar sobre eles.” I Sam 8;7 Se, já tinham um Rei e escolheriam outro, natural a conclusão que rejeitavam ao primeiro.

A rejeição a Deus pode se expressar de mil maneiras; aversão aos valores que Ele Preza; desobediência aos Seus preceitos, aos profetas que Envia; escolhas espúrias de alternativas contrárias, conveniências casuísticas usadas como máscaras, acréscimos ou supressões à Lei, etc.

Embora, os reis, fruto da escolha humana divorciada da Divina ainda recebessem instruções do Alto, mediante profetas, e horizontais, via sacerdotes, (Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos. Ml 2;7) não obstante isso, digo, eram escolhas que não agradavam plenamente à Vontade Divina. A Permissão da monarquia nunca significou aprovação; “Dei-te um rei na Minha Ira, e Tirei-o no Meu Furor.” Os 13;11

Deixar a direção do Alto em troca de frágeis veredas humanas foi denunciado por Jeremias nesses termos: “Porque Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o Manancial de Águas Vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Quando da vinda do Senhor e Salvador, a abordagem inicial não foi meramente espiritual; apenas atinente à salvação; referia-se a um novo governo também; “Arrependei-vos porque é chegado O Reino dos Céus”.

Não se tratava de uma possibilidade; para quem desejasse ser salvo, era e ainda é, questão prioritária; “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça...” Mat 6;33

Embora as sociedades civis estejam organizadas em bases humanas, com suas leis e métodos de escolha, todos os que optaram por obedecer ao Rei dos Reis, em Seus Valores e Sua Vontade, não sacrificam pelas efêmeras coisas daqui os valores do Reino Eterno, no qual foram inseridos mediante Jesus Cristo.

Quando bens como Deus, pátria, família e liberdade são diretrizes de uma campanha eleitoral como agora, natural entender de qual lado formarão fila os que temem ao Senhor.

Não bastasse isso, do outro lado acenam com aborto, legalização das drogas, sexualização precoce, perversão das crianças, censura, restrição à liberdade religiosa, corrupção, etc. Essas pautas necessariamente nos excluem; somos atraídos pelas “cores” de um lado e repelidos, pelas do outro.

Um sistema apodrecido, parcial e corrupto, que inclui mídia tradicional, judiciário, corporações financeiras, religiões rivais do cristianismo, todos unidos em busca do poder a qualquer custo.

Pipocam fraudes e parcialidades, perseguições descaradas contra os conservadores; e vistas grossas para violações dos canhotos; esses desmandos têm mostrado na prática, o sentido de duas frases soltas por aí: “Vamos tomar o poder; que é diferente de ganhar uma eleição.” José Dirceu. “Eleição não se ganha; se toma”. Ministro Luiz Roberto Barroso.

Como “Deus acima de todos” é nosso lema, fica notório mais uma vez, que a bronca, no fundo, é contra Ele; “Porque eis que Teus inimigos fazem tumulto; os que Te odeiam levantaram a cabeça.” Sal 83;2 “Aquele que habita nos Céus Se Rirá; o Senhor Zombará deles. Então lhes falará na Sua Ira; no Seu Furor os turbará.” Sal 2;4 e 5

O PT quando posava de defensor da ética e da inclusão social, antes de ser visto como a organização criminosa que é, andava de mão dadas com a Igreja Católica; quando eles tiveram o poder por quatro mandatos seguidos, não se mencionava que religião e política não se misturam. Agora, que os conservadores acordaram, tentam nos dopar com esses dardos fajutos? Menosprezam nossa luz.

A vergonhosa roubalheira das inserções radiofônicas que veio à tona é fruto da Mão de Deus; Ele preza verdade e justiça, acima de tudo. Sigo aguardando nova carta dos próceres econômicos, artísticos, jornalísticos, e políticos em “defesa da democracia”.

Esses vermes acreditam mesmo que podem ludibriar ao Eterno?? “Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; o conselho dos perversos se precipita.” Jó 5;13

domingo, 23 de outubro de 2022

A dor dos justos


“Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo.” Jó 10;2

Jó interpretara seus infortúnios como sendo uma contenda de Deus consigo. Pois, não identificava iniquidade em seus atos. Ousara dizer, aliás, que nem mesmo Deus o via como iníquo. “Bem sabes Tu que não sou iníquo; todavia, ninguém há que me livre da Tua mão.” v 7

É prudente uma postura humilde; deixarmos a porta aberta à possibilidade de termos feito algo mau que sequer percebemos. Assim, invés de julgamento, que seria algo cabal, desejava esclarecimento; então, poderia se arrepender e mudar. “... Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo.”

Tinha razão em supor que Deus não o via iníquo; “... ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro, reto, temente a Deus, que se desvia do mal.” Cap 1;8 fora o veredicto Divino sobre ele.

Como Abraão duvidara que Deus cometesse injustiças, “Longe de Ti que Faças tal coisa, que Mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não Faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gen 18;25 Acertava Jó em pensar o mesmo; Deus abomina injustiças; ele se guardara de agir de modo iníquo, por que tanto sofrimento o assolava? Por que contendes comigo?

Na sua visão, a vida sem justiça perderia o sentido; por um momento desprezou-a: “Minha alma tem tédio da minha vida...” Cap 10;1 depois, desejou nem ter nascido; “Por que me tiraste da madre? Ah! se então tivera expirado, olho nenhum me visse! Então teria sido como se nunca fosse; desde o ventre seria levado à sepultura!” vs 18 e 19

Muito se disse sobre o sofrimento dos justos. O Maior de todos, o Único Justo, vertical e horizontalmente, perante Deus e os homens, Jesus Cristo, Foi O Maior dos sofredores. Também Ele, no auge da dor sofreu perplexidade ante às razões da justiça; “À hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste.” Mc 15;34

A luta de Deus não era contra Jó; antes, Satanás. A fidelidade do servo era o objeto dela. Assim, fora “necessária” a provação a ele permitida.

O fato de alguém estar sofrendo na terra, não significa, necessariamente, que seja por maus passos. Num mundo que “Jaz no maligno”, campeia muito mais a injustiça que outra coisa qualquer. Por ela, são galardoados os maus; não raro, perseguidos os que prezam pela justiça. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é O Reino dos Céus;” Mat 5;10

A Palavra ensina: “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do sol.” Ecl 3;1

Logo, se quisermos a justiça na estação imprópria, poderemos padecer necessidade. Embora, nuances dela possamos fruir aqui na terra, o juízo cabal é que destinará a cada um, o que for justo aos Olhos Divinos, não agora; “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Heb 9;27

O sofrimento de Jó foi um gracioso feixe de luz para que possamos compreender os nossos; o de Cristo, o indispensável resgate que nossos pecados requeriam para que pudéssemos ser reconciliados; “Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados...” II Cor 5;19

A justiça pertinente aos sofredores Jó e Cristo, recuou por um pouco, porque era tempo de misericórdia. Recebida e apreciada devidamente essa, poderemos ser livres das demandas daquela, como ensina Tiago: “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.” Tg 2;13

No entanto, O Eterno, após desfeitas a calúnias da oposição abençoou grandemente ao Seu servo, como num juízo temporário, ainda sobre a Terra, como lembrou o mesmo Tiago: “Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em Nome do Senhor. Temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que O Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.” Tg 5;10 e 11

Quando nossos sofrimentos derivarem de imprudências, pecados, bem faremos em nos arrepender e buscarmos em Deus, o perdão dos mesmos; no entanto, se andando bem, formos vitimados pela dor, olhemos mais além; está sendo feito em nossa conta um depósito nos Céus, a ser usufruído no devido tempo.

Na hora da angústia, do tédio, não devemos desistir; antes sermos fortalecidos no Senhor. “Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que tua força é pequena.” Prov 24;10

Não devemos nos restringirmos às nossas forças; “Deus É o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” Sal 46;1

sábado, 22 de outubro de 2022

O bom depósito


“Ajuntem toda comida destes bons anos e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito...” Gn 41;35 e 36

Frutos dos bons anos seriam armazenados para recurso, durante o lapso dos maus.

Salomão apresentou o concurso de uns e outros, como necessários. “No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus Fez este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

Mesmo sendo os egípcios um povo politeísta alienado do Eterno, Ele, mediante José Revelou o que viria; sete anos de fartura, depois, outros sete de escassez; afinal, invés de Ser um “deus tribal” como acusam alguns, O Eterno É universal; “... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3 Dissera a Abrão, o bisavô de José. 

As famílias egípcias e adjacentes estavam sendo preservadas com vida através do servo do Senhor.

Em tempos de “desconstrução”, convém observarmos que, Deus prometeu abençoar às famílias, não aos coletivos políticos ou ideológicos, alternativos.

A provisão prescrita era do pão de cada dia, esse discreto e valioso mantenedor da existência. Todavia, em se tratando da vida espiritual, regeneração segundo Deus, o “pão” é outro: “... Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra de Deus.” Luc 4;4 “Porque o Pão de Deus é Aquele que Desce do Céu e dá vida ao mundo.” Jo 6;33

Não carecemos um José apontando caminhos; a Própria Palavra que alimenta e dá vida, adverte da “seca” porvir; “Eis que vêm dias, diz O Senhor Deus, em que Enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor.” Am 8;11

Estamos tendo pequena amostra de como a coisa será na reta final. Bastou surgir um ousado defendendo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, para o sistema satânico reagir; saiu à caça das “fake news”; censura pesada turva nossos céus. Fatos vastamente comprovados pelos próprios tribunais que, ora sofrem conveniente amnésia, são proibidos de ser lembrados, deixando patente que é à verdade que esses párias temem. Ela libertaria aos que sempre mantiveram presos e desejam que continuem.

O movimento global ecumenista tratará de tachar A Palavra de Deus de patrocinadora dos “discursos de ódio”; assim, será proibida pelos defensores do “amor”.

Nossa liberdade de expressão e culto (já ameaçada) precisa ser aquilatada como o período das vacas gordas, espigas cheias, onde se deve fazer o providencial depósito, para termos recursos disponíveis na fome dos dias maus. “... guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência.” I Tm 6;20 “Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” II Tim 1;14 Advertiu Paulo a Timóteo; advertência que, bem faremos, aplicando-a a nós.

O inimigo não tem um mal preferido; qualquer um lhe serve; tanto proibir a pregação da Palavra da Vida, quanto, falsificar à mesma. Enquanto não tem domínio suficiente para vetá-la, contenta-se em estragar.

Desde sempre vem malversando ao que O Santo Falou: Nos dias de Paulo, seus falsários eram atuantes já; “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.” II Cor 2;17

Aos novos convertidos Pedro aconselhou: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2

A edificação é muro protetor contra os falsos ensinos que grassam; aconselhando sua busca, Paulo expôs o motivo: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Nos dias do estio, até famílias distantes, de outras nações migraram ao Egito em busca de pão. Como a própria de José, da qual fora injustamente privado.

Assim, os depositários da Palavra, mesmo em momentos de grandes privações, inda podem abençoar outros em situações piores; “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17;7 e 8

Pode o mundo mau nos tirar tudo, matar até; mas, não de sede. “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede...” Jo 4;14

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

O Santo e o profano


“Havendo sacrificado seus filhos aos seus ídolos, vinham ao Meu Santuário no mesmo dia para o profanarem...” Ez 23;39

Profanar: Tratar com irreverência, desonrar à santidade; desrespeitar; ofender, afrontar, macular, transgredir (regra, princípio); violar, infringir.

Na Bíblia temos: “Para fazer diferença entre santo e profano entre imundo e limpo. Lev 10;10 “Ao Meu povo ensinarão distinguir entre santo e profano; farão discernir entre impuro e puro.” Ez 44;23 Imundo, impuro; sinônimos de profano.

Aqueles não faziam nenhuma diferença entre O Todo Poderoso e os ídolos; até os seus filhos ofereciam em sacrifício. Depois, migravam desses infanticídios para O Templo do Senhor. Como se, tudo fosse válido. Mais ou menos como aquele candidato que toma umas baforadas do Zé Pilintra, depois, gaba-se que fala com Deus, em seu próprio quarto, sem necessidade de padres ou pastores.

Um emissário de Senaqueribe quando esse estava assediando Jerusalém, alistou diversos deuses derrotados; tratou ao Eterno como mais um. Ezequias colocou os pingos nos is: “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens... por isso destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra, que só Tu És O Senhor.” Is 37;18 a 20

O Eterno patenteou a diferença entre Ele e os bibelôs que o orgulhoso rei assírio derrotara. “Então saiu o Anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles...” V 36

O culto aos ídolos foi adjetivado pelo Senhor, como prostituição espiritual, derivada dos costumes egípcios. “Assim farei cessar em ti tua perversidade e tua prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” V 27

O Eterno não força ninguém; ensina Seu Caminho, e onde levam os caminhos alternativos; deixa a escolha sobre o rumo a seguir, com o homem; “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua Voz...” Deut 30;19 e 20

O Criador É Zeloso; não Aceita as misturas profanas nas quais incorrem os que são privados de noção; “Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Deus: Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a Mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome com vossas dádivas e vossos ídolos.” Ez 20;39

Paulo também cotejou coisas santas com as profanas, desafiando os Coríntios à necessária separação: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles Habitarei, entre eles Andarei; Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Por isso saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos Receberei;” II Cor 6;14 a 17

Mesmo os que se “convertem” em nossos dias, não raro, os tais se recusam a uma mudança cabal, como O Novo Nascimento requer; também trazem seus ídolos do “Egito” que, embora inúteis para fazer algo, são “úteis” para acender os Divinos Zelos, como ensinou Tiago: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que, a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita Tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Portanto, não pensemos como o candidato citado, que o entendimento com Deus se dá em nossos termos, à nossa maneira;

Ao que preserva o modo ímpio de viver, O Santo veta até que mencione Sua Palavra: “Mas ao ímpio Diz Deus: Que fazes tu em recitar os Meus Estatutos e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal e tua língua compõe o engano. (?) Sal 50;16 a 19

Não é a minha presunção que me faz pertencer a Ele; é a santificação, obediência; “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Iguais; diferentes


“Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;18

As diferenças entre as pessoas sempre foram elementares; “Ninguém é igual a ninguém; todo ser humano é um estranho ímpar.” Carlos Drummond de Andrade.

“O amor é quando as diferenças não são mais capazes de separar.” Luany Moura

“Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.” Rom 14;5 etc.

Porém, o sistema globalista com sua onda massificante, como que, criminaliza às diferenças, sonega peculiaridades, tenta descaracterizar indivíduos submergindo-os na massa. Vícios furtaram vestes da virtude; escrúpulos morais foram relidos como radicalismos, exclusões, fobias.

Há uma igualdade inegável entre humanos, no que tange a direitos, dignidade, liberdade de consciência, locomoção, escolhas, valor da vida; isso vai muito além de etnias, cultura, nível intelectual.

Entretanto, como nas possibilidades da caminhada, nem todos optam por veredas virtuosas, (na verdade, muitos tomam rotas viciosas) tendo todos, embarcado na igualdade do arbítrio, no desenrolar de nossas vivências, desembarcamos no porto da diversidade social, moral, econômica, cultural, espiritual, para onde nos levaram os ventos das nossas predileções, e os frutos das nossas ações.

Como disse alguém, “somos todos iguais; mas, uns mais iguais que os outros.”

Só na hora do juízo é que se verá claramente a diferença entre justo e ímpio; subentendemos então, que a sorte pode fazer trapaças; dar ao de mau caráter, haveres que lhe não pertencem; bem como, ao bom, permitir privações não condizentes com seus méritos.

Alguém ficou perplexo um dia, vendo a fartura, a boa vida, em consórcio com os maus; “Eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Porque não há apertos na sua morte, mas firme está sua força. Não se acham em trabalhos como outros homens, nem são afligidos como os outros.” Sal 73;3 a 5

Chegou a cogitar que seria inútil a opção pela virtude na caminhada; “Na verdade que em vão tenho purificado meu coração; lavei minhas mãos na inocência.” V 13 Depois, considerou a Justiça Divina e refez: “Se eu dissesse: Falarei assim; eis que ofenderia a geração de Teus filhos. Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios; Tu os lanças em destruição.” Vs 15 a 18 Outra vez, a diferença entre o justo e o ímpio perante Deus.

Pois, se a recompensa fosse imediata, bem poderia que, o mero interesse patrocinasse atos dos espertalhões, sem o desejável amor pela justiça.

Platão disse mais ou menos o seguinte: “Quando alguém for considerado justo, lhe caberão elogios, reconhecimento, aplausos por isso; assim ficaríamos impedidos de saber se o tal é justo por amor à justiça, ou, aos louvores recebidos. Convém, pois, privá-lo de todas essas coisas; se ainda assim, persistir na vereda da justiça, certamente o é, porque ama-a.”

Deus não apenas Permite que soframos privações; desafia-nos a sermos coautores delas. “Negue a si mesmo”; “Crucifique à carne e suas paixões”, “Quem perder sua vida por amor de Mim, achá-la-á”; etc.

Aquela igualdade inicial, do ponto-de-partida, perde-se ao longo da carreira; pois, os direitos iguais para fazer escolhas foram usados de maneiras diferentes, tornando diversos também, os viventes e suas sortes.

Aristóteles disse com muita propriedade: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, aos que são diferentes.”

Deus não age assim: “Longe de Ti que Faças tal coisa, que Mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti. Não Faria justiça O Juiz de toda Terra?” Gn 18;25

No prisma do amor e do propósito, a igualdade permanece; “Pregai o Evangelho a toda criatura” “Vinde a Mim Todos...”

Para comunhão, diferenças separam; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem luz, com trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com ídolos? Porque vós sois templo do Deus Vivente, como Deus disse: Neles Habitarei, entre eles Andarei; Serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor, não toqueis nada imundo, e vos receberei.” II Cor 6;14 a 17

Nem tanto ao mar, nem à terra; iguais a ponto de não nos sentirmos superiores; mas, cientes que, não se pode mesclar vício e virtude.

“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem; lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize.” Boaventura de Souza Santos

domingo, 16 de outubro de 2022

Os "donos" de Deus


“... Não nos faças ouvir tua voz, para que porventura homens de ânimo mau não se lancem sobre vós, e percas a tua vida, e a vida dos da tua casa.” Jz 18;25

Fica pianinho, cala-te para que não sejas morto. Mica sendo furtado de seu deus, um ídolo, e privado do levita que se fizera sacerdote daquilo. A tribo de Dã passara por ali e desejara a coisa; como eram mais numerosos, levaram na marra, e aconselharam ao roubado: Aceita que dói menos.

Uma diferença gritante entre O Deus Vivo, e deuses de humana feitura; esses podem ser disputados à força; quem puder mais, chora menos. Contudo, a “força” que atrairia ao Eterno é outra: “Porque, quanto ao Senhor, Seus Olhos Passam por toda a terra, para Mostrar-se Forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele...II Cron 16;9 “Os Meus Olhos Buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo...” Sal 101;6

Ele não se torna nossa propriedade; antes, todos nós somos Seus, bem como, as demais coisas criadas; “Porque Meu é todo animal da selva, o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; Minhas são todas as feras do campo. Se Eu Tivesse fome, não te Diria; Meu é o mundo e toda sua plenitude.” Sal 50;10 a 12

Em caso de disputa, não contaria a força do braço; tampouco, o número de litigantes desse lado, ou, daquele; Ele mesmo É O Juiz, e Arbitra, onde está Sua Aprovação.

Quando Datã, Abirão e Coré se levantaram, junto com suas famílias, contra a liderança de Moisés e Aarão, escolhas do Eterno, Moisés, embora fosse muito mais numeroso o povo que permanecera com ele, não pelejou; antes, entregou o pleito ao Senhor, dizendo: “... Amanhã pela manhã O Senhor fará saber quem é Seu; quem é o santo que Ele Fará chegar a Si; aquele a quem Escolher Fará chegar a Si.” Núm 16;5

Os conhecedores das Escrituras sabem que, todos os sediciosos foram engolidos vivos pela Terra; colossal sinal de Ira Divina contra os rebeldes.

Em períodos eleitorais, todos se dizem pertencentes a Deus. Haddad e Manuela Dávila, comunistas ateus, “comungaram” em Aparecida; Lula, devoto de Zé Pilintra, disse que não precisa esses intermediários pobres, tipo padres e pastores; ele mesmo entra em seu quarto e se entende com Deus.

Ardilosamente, pois, todo mundo é devoto; digo, faz qualquer coisa que acredita que dê votos. Se puder arranjar alguns mais, de eventuais incautos favoráveis à ideia, a coisa está valendo, pensam.

Pois, uma vez mais, poderemos dizer como Moisés: “... O Senhor Fará saber quem é Seu; quem é o santo que Ele Fará chegar a Si...”

Bolsonaro, com todas suas imperfeições, não é um falsário que entra em igrejas em períodos eleitorais apenas. Frequentemente está entre o povo cristão, orando e recebendo orações em qualquer tempo. Sua esposa, Michele, prega A Palavra, inclusive. Seu lema que honra a Deus vem desde a eleição passada: “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos.” Assim, pode ter suas imperfeições, mas não é um oportunista sem caráter.

Se, no caso dos deuses mortos, o velho Mica teve que calar e deixar prevalecer a maior força humana, em se tratando do Todo Poderoso, O Deus Vivo, toda a força do sistema corrupto inclinada e servil diante do corrupto mor, não basta.

Quando O Eterno Quis, Usou um homem apenas, Moisés, e humilhou o maior império da época; o de Faraó. Com trezentos sob liderança de Gideão venceu inumeráveis midianitas.

Assim, achando um que agrade aos Seus Olhos, faz esse valer por milhares; reclamou certa vez, pelo lapso desse valoroso solitário; “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a Destruísse; porém a ninguém Achei.” Ez 22;30

No caso de nossa política, tão suja e desonesta, no espaço de algumas décadas, Ele Achou um honesto; Jair Bolsonaro. Agora já não está só; O Criador Fez um exército de Cristãos lutarem ao lado dele.

Então, que mostrem sua força os danitas, façam calar as falas que os incomodam, como têm feito tanto. Quando O Eterno Soar Sua Voz, não será algo vil como as canetadas dos tiranos travestidos de juristas; nem como as sujas calúnias dos escribas do monturo disfarçados de jornalistas;

“Por muito tempo Me Calei; Estive em silêncio, Me Contive; mas agora Darei gritos como a que está de parto...” Is 42;21
“A Voz do Senhor separa labaredas do fogo. A Voz do Senhor Faz tremer o deserto...” Sal 29;7 e 8 “Então os olhos dos cegos serão abertos, os ouvidos dos surdos se abrirão.” Is 35;5