quinta-feira, 19 de maio de 2022

Os retirantes


“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco...” I Jo 2;19

Há uma saída que é física visível; outra, espiritual; negação da fé, mesmo permanecendo junto, a apostasia. 

A primeira, pelo menos é honesta; pois, tendo dificuldade para conviver com os santos, o sujeito muda de ares. “Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1;5

A saída dos que ficam de corpo presente, se dá quando, a porta estreita se vai alargando; mediante apóstatas infiltrados, as doutrinas de demônios, ou mesmo humanistas que, furtam à Palavra de Deus.

Por falta de uma mensagem sadia, esses falsos obreiros começam infiltrar adulações, onde deveriam pregar A Santa Palavra apenas.

Como um abismo chama outro, logo, os pregadores de facilidades cercam-se de incautos que desejam ouvi-los, mais que aos que pregam a mensagem sadia. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Aqueles, pois, que, pregando o fazem alheios à sã doutrina, são os mais nocivos; os que saem ficando.

Além de nada produzirem para a salvação, ainda desencaminham outros que estavam chegando a ela; “Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” II Ped 2;18 e 19

Como vemos, não basta alguém se dizer servo de Deus; precisa viver vitoriosamente Nele.

Quando vale à pena, pois, devemos ser mais que polêmicos, combatentes. De certa forma as heresias que se tentam infiltrar são a pedra de toque que mensura a veracidade da nossa fé; “Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Cor 11;19

Tantos “pastores” que acham que O Eterno É biodegradável deveriam reler Hebreus 13;8 “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.”

Ele assegurou: “Passará os Céus e a Terra, mas, Minhas Palavras não hão de passar”. Então todo o pastor moderninho revisionista que acha que A Palavra precisa ser atualizada, é apenas mais um que saiu de nós.

Terá seguidores aos milhares, pois, as pessoas buscam mais por facilidades que pela verdade. A questão não é ser seguido por muitos, mas, para onde; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Se sucumbem apenas às seduções, como agirão quando a apostasia oficializada for lei?

Ouvi de um “pastor” defensor do homossexualismo, mais ou menos o seguinte: “Como recusar os céus a tantas pessoas lindas, enquanto há tantos fariseus infiltrados nas igrejas?”

Primeiro: Um erro não concerta outro. Usar tal argumento é tentar se lavar com lama. Os hipócritas infiltrados não serão salvos; o Senhor separará o joio do trigo; e adjetivar de lindas, pessoas dadas a um comportamento que, A Palavra de Deus chama de infame, abominável, é levar às últimas consequências o conselho de Satanás; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Quem disse que o belo a nós é o mesmo que aos Olhos Divinos? “Dai ao Senhor a glória devida ao Seu Nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.” Sal 29;2

A Palavra é categórica: Não somos chamados a um encaixe com esse mundo e seus valores invertidos; antes, a uma ruptura, sem a qual, sequer experimentaremos a Divina Vontade. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Cheio está o universo virtual de “investidores de palco” dispostos a te ensinar tudo, em troca de alguma relevância nesse espaço.

Mas, a Obra de Cristo é demonstrada, deveras, naqueles cuja transformação, a novidade de vida, salta aos olhos. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3

Chegaremos a um ponto, breve, em que não serão possíveis mudanças; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11

Por isso a urgência de decidirmos por Cristo enquanto inda podemos. “... Hoje, se ouvirdes a Sua Voz, não endureçais os vossos corações...” Heb 3;15

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Não somos daqui


“Os lábios dos que se levantam contra mim e seus desígnios me são contrários todo dia.” Lam 3;62

Não apenas muitos lábios eram contra Jeremias; também os desígnios, propósitos.

O ser humano normalmente é gregário; gosta de viver em sociedade; a ideia que, de repente todos são contra nós não desce muito bem.

Todavia, quando chamou ao jovem para profeta O Senhor o avisou das contrariedades que ele enfrentaria. “Porque, eis que hoje te Ponho por cidade forte, coluna de ferro, muros de bronze, contra toda a terra; contra os reis de Judá, contra seus príncipes, contra seus sacerdotes e contra o povo da terra. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque Eu Sou contigo, diz o Senhor, para te livrar.” Jr 1;18 e 19

Ele atuaria contra tudo e contra todos, mas, estaria com Deus. Não há retrato mais eloquente da apostasia, que, estando alguém com Deus, se veja contra tudo mais. Isso mostra que todos, já estavam contra O Eterno.

A armadilha que muitos pregadores caem, é o desejo de atuar para agradar suas plateias. O Salvador colocou nossa rejeição como desejável, mais que a aceitação. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa.” Mat 5;10 e 11

O aplauso humano, a exaltação, costuma ser um demérito ante o olhar celeste. “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Aquele que desejar se encaixar aos mundanos padrões, não serve para o necessário confronto que Deus propõe.

O que é famigerado ecumenismo em célere gestação, senão, um acordo global de serem todos contra Deus? O Senhor sentenciou: “... ninguém vem ao Pai senão, por Mim.” Jo 14;6 No entanto, todos os credos, por esdrúxulos que sejam, contraditórios, serão tidos por válidos; cada um “servirá a Deus” à sua maneira. Pior, os remanescentes que insistirem em se manter fiéis à Palavra Divina sofrerão escárnios, açoites, perseguições.

Enquanto O Eterno “condena” Suas criaturas ao direito de fazer escolhas, os sistemas oriundos da oposição não convivem bem com a liberdade. Todos os credos serão permitidos, livres, exceto, crer em Deus segundo a Sua Palavra. Eis a “liberdade” do Capiroto!!

Sendo O Criador O Todo Poderoso, bem poderia tolher aos que se lhe colocassem contra; mas, apenas adverte das consequências das escolhas, enquanto, as permite. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A contrariedade à qual somos chamados na conversão respeita às nossas próprias inclinações interiores, sempre opostas a Deus. “Negue a si mesmo”, “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Vivemos numa geração viciada em bajulações, lisonjas, falsas profecias, concomitante a certa aversão pela Palavra, na qual está nossa vida.

Queremos coisas de valor eterno ao custo de bagatelas efêmeras. Ora, o que está proposto aos salvos é “glorioso demais para ser fácil.”

A famigerada frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, de que, “Uma mentira mil vezes repetida se torna verdade”, embora falsa no mérito, é veraz no método, usado nos últimos dias.

Vivemos na pós-verdade; narrativas abafam fatos; os interesses do sistema são impostos no grito, malgrado, flagrantemente falsos.

Então, na reta final da saga Divino-humana, contrariar às narrativas vendidas como verdades será mais perigoso que mero contraditório amistoso, num embate de opiniões. Poderá custar nossas vidas terrenas.

O espírito desse tempo deixa patente, via mídia, política, artes, sua aversão à verdade.

A disseminação da mentira será uma permissão do Eterno, como juízo para quem não amou à verdade; a vinda do fantoche de Satã “é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira;”

Necessariamente temos que escolher: nos opormos ao sistema que governará tudo, ou nos alienarmos de Deus; não haverá meio termo.

Esses “profetas”, entregadores de “chaves”, “código de ativação”, estarão do lado de fora. Os que entram pela Porta, Cristo, precisam de perseverança, não de bajuladores.

Toda escolha virtuosa implica uma contrariedade; não parece difícil aquilatar o que mais vale, entre o aplauso humano e aprovação dos Céus.

terça-feira, 17 de maio de 2022

A voz dos "imbecis"


“Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos...” Prov 2;7

A expressão, verdadeira sabedoria, implica a existência de outra, que perante Deus, é falsa.

Dado o conteúdo moral dos verdadeiros sábios, os retos, tal sapiência nunca será mero enunciado de sentenças, cujo viver não confirme; dessa matéria-prima, falar bem e viver mal, são feitos os hipócritas. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

Tiago desafiou a sabedoria a um desfile, não a um discurso; “sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos... Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato, suas obras em mansidão de sabedoria.” Tg 1;22 e 3;13

Ante O Eterno, a sabedoria não tem consórcio com o intelecto apenas; antes, com os fins que, o conhecimento albergado nesse, atinge; pureza, retidão. “A sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade nem hipocrisia.” Tg 3;17

Se, ao menos, algumas pessoas admitissem que não sabem... ante O Santo, falta de noção é mais grave que a privação de sabedoria; “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele.” Tg 26;12 Daí, “... vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” Tg 4;16

Desfilar garbosa sobre a imundícia moral e espiritual é um mal atribuído a uma geração inteira: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Todavia, o antídoto à ignorância sempre foi a busca pelo que falta, não a mordaça. “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente; não lança em rosto, ser-lhe-á dada.” Tg 1;5

Então, o lamento do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, pois a Internet teria “dado voz aos imbecis”, certamente significa, dado ser ele um homem reputado de “notório saber”, que ele deseja que nosso sistema educacional seja incrementado, melhorado, para que, os hoje imbecis, amanhã sejam esclarecidos.

Não?? Meu cavalo acabou de murmurar que o objetivo do “sábio” é usar tal argumento como patrocinador do “controle social da mídia”, frase que, traduzida do eufemismês para o português, significa censura.

Mas, se ele e a maioria dos demais de “notório saber”, não sabem nem mesmo ler a constituição, entender mediante ela a diferença entre democracia e ditadura; o que significa independência e harmonia entre os poderes da República; onde estará excursionando o “notório”, que só notamos sua ausência?

A diferença entre conhecimento e sabedoria, basicamente, é que aquele, pode servir seus préstimos ao mal, enquanto essa, jamais.

Quando pessoas esclarecidas se fazem de tontas para, usando argumentos esdrúxulos defender o mal travestido de bem, então temos o caso denunciado pelo Salvador, da “luz” que são trevas; “Se, porém, teus olhos forem maus, teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

A voz dos tolos apenas retrata-os em suas limitações; enquanto a dos astutos mal intencionados, tenta forjar um lastro virtuoso, sobre o qual, a vileza dos seus anseios doentios pretende passar.

Embora os postos que alguns ocupam demandam uma abordagem respeitosa, seus atos parciais, cretinos, têm potencial de ensejar asco, por sua obscenidade moral.

Quando “universitários” cirandava nus, um “plugado” no traseiro do outro, silêncio ensurdecedor; era “ensino superior”.

Agora que, os desmandos de uma Corte parcial, política, oposicionista barata, quando, finalmente somos dirigidos por alguém decente, são denunciados nas redes, por gente que, superou os efeitos tóxicos do carnaval e do futebol e começou a se ocupar com o que interessa, urge que eles nos controlem.

Ora, falsidade deve ser combatida com verdade; e ignorância com fomento do conhecimento. Para nenhum dos casos, a mordaça é o remédio.

Sempre fomos manipulados do primeiro ao quinto, por um mecanismo corrupto, viciado e vicioso. Finalmente, Deus Proveu um governante que coloca o país, não as vantagens pessoais como prioridades. Os “defensores do povo” espalhados na política, mídia e judiciário passam o mandato todo tentando sabotar. Eis a “democracia” que defendem.

Sempre se disse que a culpa era nossa; O Congresso era o retrato fiel do povo; as manifestações espontâneas em favor do Presidente mostram que não. Não somos tão indecentes assim.

Os eternos “donos do circo” se cagam de medo; o “elefante” descobre paulatinamente sua força. Para eles urge que o espetáculo volte a ser com pulgas amestradas.

Malgrado, sermos pecadores, não somos quadrilheiros. “Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Prov 29;2

domingo, 15 de maio de 2022

Deus Criou o mal?


“Porventura o contender contra O Todo-Poderoso é sabedoria...?” Jó 40;2

Em nome da Soberania Os calvinistas defendem que Deus decretou tudo de antemão; “eleitos e perdidos”; de modo que, embora o teatro de nossas vidas traga constante desafio a alinharmos nosso viver à Vontade Divina, no fundo, tudo já está decretado; o que tem que ser, será.

Assim, dada a Onisciência do Eterno, tendo Ele criado o anjo que se tornou Satanás, Ele sabia e ainda assim, fez; levada essa “lógica” às últimas consequências, Deus teria criado o mal.

A Palavra traça um limite para as “excursões teológicas” que convém observar; “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém, as reveladas pertencem a nós e nossos filhos para sempre...” Deut 29;29

Nosso escrutínio observável se restringe aos nossos dias; ninharia aos olhos do Eterno; fora disso especulamos. “... mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou...” Sal 90;4 “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos; se, alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta, vamos voando.” v 10

Na saga de Jó, em suas queixas evocou seu tratamento aos pobres, órfãos, viúvas, sua retidão em questões morais, seu respeito à dignidade das mulheres, sua fé... tudo, como não poderia ser diferente, coisas atinentes aos dias de sua vida.

Quando O Eterno resolveu falar, a primeira das dezenas de perguntas que fez o deslocou ‘um pouco;’ “Onde estavas tu, quando Eu Fundava a terra?” Jó 38;4 Depois, uma série de questões mais, do mesmo calibre.

Então, ficou visível ao infeliz patriarca que há pleitos bem maiores que, a breve vida humana, disputas que remontam à eternidade, das quais desconhecemos as minúcias.

Depois de Jó ter se arrependido e reconhecido sua temeridade, Deus cuidou dele restituindo seus bens em dobro.

Nossa atuação, embora reputemos restrita à nossa existência terrena, também respeita a coisas que a excedem. Uma plateia eterna nos assiste; “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus”. Ef 3;10 “Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o Evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.” I Ped 1;12

Pois, ante os anjos, a dona tentação também desfilou garbosa, quando um deles inflamou em orgulho por causa da sua formosura, se tornando Satanás. “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.” Ez 28;17

O Todo Poderoso, Onisciente, sabia de antemão que isso aconteceria. Mas, estancarmos O Divino Saber aí, é temerário, imprudente.

Acaso O Eterno não sabia também da necessidade do Calvário? O que significa quando diz que “O Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo?” Quando aceitou a missão, aos Olhos Eternos, foi morto. Assim, quem acusa ao Santo de ter criado o mal, deve acusá-lo também de ter enviado O Redentor.

Mas, por quê proveria um “remédio” de tão alto custo, para nos redimir do mal, se, Ele tivesse algum interesse na criação do mesmo?

Como quem se submete a uma cirurgia, quimioterapia, ou similar, em busca da saúde, sabe dos transtornos que terá; mas, em vista do bem final, a saúde, “paga o preço” necessário.

Um dos “Problemas” do Eterno é que Ele É Amor; e o amor, “... não busca seus interesses...” I Cor 13;5 Como o pai do Pródigo, bem sabia onde a esbórnia do filho inquieto daria; mas, seu amor proibiu de proibir a excursão.

O Eterno É Culpado de nos amar tanto, que nos “condenou” à liberdade; embora Ame também à justiça, o que nos força a sermos consequentes.

Tivesse criado seres impecáveis (incapazes de pecar) em quê seriam superiores aos robôs? Se fizesse meros autômatos que nós também podemos, em quê nos seria superior?

Frutos que dão na Árvore da Ciência não são os mesmos da Árvore da Vida.

Acaso nós, chamados por Cristo ao “Negue-se” fazemos isso por gostar dos custos da renúncia, ou, pelo prêmio eterno prometido aos fiéis?

Mais facilmente sucumbem os seres criados perfeitos, à inquietação de conhecer algo novo, como anjos e o homem caíram, que outros, reciclados, que, conhecem as dores da alienação a Deus, desejariam voltar à miséria de onde foram tirados.

Quem disse que o Trabalho do Criador acabou? Cada feixe de luz que acende ante teus olhos é um chamado para galgares um degrau mais, rumo ao lugar onde Ele te quer.

sábado, 14 de maio de 2022

A necessária leveza


“Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

Esperável do “Juiz de toda a Terra”, que a justiça paute Suas Ações. Quando diz que Ele não nos sobrecarrega, significa que não requerer que portemos uma carga maior que nossas forças.

Após ensinar as consequências, tanto da obediência, quanto da rebeldia, O Eterno “condena” os Seus, à liberdade de escolha.
“Os Céus e a Terra Tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te Tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência;” Deut 30;19

Deus não manda ninguém para o inferno; antes, chama todos a Si; a ida para lá é uma escolha humana, por cegueira, incredulidade, rebeldia, autonomia, não importa. No fundo, todas as variáveis derivam do conselho que sugeriu a independência humana em relação ao Criador. “Vós mesmo sabereis o bem e o mal”.

Esse “sabereis” é a maior "fake” de todos os tempos. Pois, se os homens deveras, soubessem as consequências das escolhas perversas não as fariam. Se, não por amor, obediência, ao menos, por esperteza.

Após a queda o homem já não pode escolher o bem, sem a bendita regeneração em Cristo.

Paulo explica os dilemas da boa vontade alojada num corpo refém do pecado; “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim; quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;19 a 21

Ao pensar numa carga Divina devemos ter como “carregados” os que decidem dar ouvidos ao Senhor. Apenas esses poderão se evadir ao juízo; o mundo já está perdido.

Jesus não veio falando com quem poderia ser, eventualmente, morto; mas, com quem já estava. “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

Os que ouvem O Divino Chamado devem tomar para si a carga correspondente; “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

O jugo, nada mais é que submissão completa a Deus; “achado na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;8

Aprender Dele, excede em muito ao preencher de uma lacuna intelectual; deve moldar nosso viver; mais do que saber, devemos permanecer na Sua Palavra. “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Conhecedor da natureza humana após a queda, (Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus... Rom 8;6 e 7) O Eterno capacitou, mediante O Espírito Santo, os que O recebem Cristo, a levarem a carga necessária, que mantém o homem livre do juízo. “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Semeadura e ceifa, muitos entendem mal, como se fosse uma via de salvação mediante obras; incide sobre os que recebem Jesus. Só esses têm a opção de “semear no espírito”, embora, também possam fazê-lo, na carne.

Seria um escárnio se, alguém abraçasse apenas o rótulo, seguisse vivendo conforme os disparates do mundo, e herdasse com Cristo; não! “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Como uma lousa totalmente escrita não pode receber um texto legível sem que aquilo seja primeiro apagado, nossas almas precisam “apagar” tudo do modo mundano entranhado, para que possamos “ler” a nova direção.

Antes da carga Divina precisamos nos esvaziar de nós mesmos; “Deixe o ímpio seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Para a carne rebelde a obediência é insuportável, aos que andam em espírito, a novidade de vida enseja uma leveza e segurança que não querem mais perder; “Porque Meu jugo é suave e Meu fardo é leve.” Mat 11;30

quinta-feira, 12 de maio de 2022

No apagar da Luz


“... Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Jo 10;21

Se pode abrir os olhos de alguém literalmente, curando da cegueira; ou, figuradamente, no sentido de aclarar o entendimento, ensinar, advertir, informar, fazer entender.

No caso, tratava-se de uma cura que O Senhor fizera; quando alguém atribuiu Seus Ensinos aos demônios, o feito foi usado como argumento: “Pode um demônio abrir os olhos aos cegos?” Afinal, “Pelo fruto se conhece a árvore.”

Muitas curas são operadas por gente que debita isso a certos espíritos, “guias” “rezas” “benzeduras”; invocações ausentes nas Escrituras; portanto, não oriundos de Deus. Essas coisas costumam ter um custo espiritual imenso; enquanto, “A bênção do Senhor enriquece; não traz consigo dores.” Prov 10;22

Não significa que alguém curado se tornará Seu servo, necessariamente; Jesus curou dez leprosos e apenas um voltou para agradecer. “Um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; era samaritano. Respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? Onde estão os nove?” Luc 17;15 a 17

Os judeus deram as costas; o estrangeiro voltou, agradecido. Como disse Paulo: “Se formos infiéis, Ele permanece fiel.” II Tim 2;14

Todavia, se “curas” periféricas o inimigo até encena, algo dessa grandeza, restituir a visão a um cego, faltam registros de que tenha acontecido; senão, pelo Espírito de Deus.

Assim como um mago faz seus “milagres”, o simples adjetivo de ilusionista, já deixa patente que, seu “poder” reside na arte de ludibriar, enganar. Também, os “prodígios da mentira” normalmente são mais mentirosos que prodigiosos.

Um desses, quando viu os milagres operados pelos apóstolos desejou ser como eles; porém, invés de “nascer de novo” em Cristo, quis um atalho forjado pelo dinheiro; Pedro advertiu: “Teu dinheiro seja contigo para perdição, pois pensaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque teu coração não é reto diante de Deus.” Atos 8;20 e 21

Dos “milagres” do canhoto A Palavra de Deus diz que a vinda do seu milagreiro mor “... é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2;9 e 10

Seus métodos: mentira, engano, injustiças... seus “pacientes”, os que perecem por não amar à verdade.

Sobre esses, depois de os ter cegado, deita e rola; “Mas, se ainda o nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4 Cegueira de entendimento, compreensão do significado do Evangelho.

Normalmente a cegueira soa conveniente aos incrédulos, com ela se identificam, por não os “incomodar”; deixar que durmam o sono da morte sem as demandas que acompanham à Água da Vida.

Quem pensa que somos chamados para um bom encaixe com os descaminhos do mundo, ainda não entendeu o significado da “porta estreita”; nosso desafio é para um bom confronto espiritual, firmados na Doutrina de Cristo; ou, como disse Paulo, o “bom combate.”

O Salvador denunciou que Sua Luz fora rejeitada, pela identificação preferencial com o mal, por aqueles que Tentara iluminar; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, como vimos no exemplo dos leprosos, alguém curado fisicamente pode dar as costas ao Senhor, outrem iluminado espiritualmente, dificilmente fará isso;

se o fizer, patrocinará uma segunda crucificação; “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

Embora os demônios não possam curar, podem arrastar ao curado, para a cegueira novamente. A luz espiritual não é para vermos apenas; mas, para moldar nosso andar. “se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

terça-feira, 10 de maio de 2022

Rejeição à Vida


“... A Palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa, não gostam dela.” Jr 6;10

As contradições sofridas por Cristo são a prova mais eloquente de, quanto A Palavra de Deus é rejeitada. Escolher pontualmente um texto, qualquer um faz; colam na geladeira, nos carros; a maioria das seitas deriva suas idiossincrasias de alguma porção bíblica.

O Espírito Santo disse, mediante Simeão, Jesus seria contraditado à morte. Não até ao tempo de morrer; mas, ao disparate de ser morto, pelos contradizentes. “... Este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado; uma espada transpassará também tua alma, (de Maria) para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;34 e 35

Podemos perceber que O Eterno levou a liberdade de expressão às últimas consequências; os religiosos de então, levaram sua rejeição à Palavra de Deus, até o mesmo ponto.

Quando é preciso matar alguém por causa do que ele diz, essa é a maior prova que, sua fala não é de pequena relevância. As Escrituras ensinam que, “O ouvido prova à palavra como o paladar prova aos alimentos.” Como, as “Palavras de Vida Eterna” demandam uma morte antes do ingresso à vida, para quem as ouve, inicialmente, têm um cheiro de morte, de cruz.

Por isso, Paulo pontua a diferença para uns e outros; “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles, cheiro de vida para vida.” II Cor 2;15 e 16

Não há neutralidade; ou, o homem nega a si mesmo submisso à Palavra de Deus, ou acabará negando a Deus, se fazendo adversário resiliente da verdade. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Alguns tentaram um meio termo, mas, Deus considerou rejeição inteira. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Saber teorias corretas, divorciados da prática, nos faz mais réprobos que, os que não sabem; “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

A incredulidade é multifacetada; uma das formas mais cretinas de se negar a Deus é fingir que O Serve, enquanto, o coração egoísta serve-se das coisas que pode
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Quem tiver alguma dúvida sobre a aversão À Palavra, por esses barulhentos em torno dela, faça cultos de estudo, escolas bíblicas e veja quais e quantos, comparecerão.

Essa geração carece urgentemente, ser lavada, e pensa que sua necessidade é de ser bem sucedida; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Embriagados de egoísmo anseiam por “profetas” segundo seus porres; onde já vimos isso? Ah, “Se houver alguém que, andando com espírito de falsidade, mentir, dizendo: Eu te profetizarei sobre o vinho e bebida forte; será esse tal o profeta deste povo.” Miq 2;11

Hoje, grassam os que “profetizam” chaves, portas, restituições, riquezas terrenas, humilhação de adversários, exaltação da carne; recebem estima e pagamento proporcional, para mentirem a uma geração avessa à Palavra da Vida, que nem se importa de perecer por falta de conhecimento.

Nossa omissão facilita o trabalho do furo-olhos; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a Luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Oportuna a figura de Belsazar; cheio de cultura inútil alienado do Deus Vivo; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Urge entendermos que A Palavra de Deus não é um manual para conquista de bens terrenos; antes, um Escudo, para proteção do bem maior, a vida; “O salário do pecado é a morte;” Rom 6;23 “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” Sal 119;11

Não traz uma reformulação onde preponderam nossas inclinações rasas envernizadas com cacoetes bíblicos; antes, uma transformação, onde o vidro e o diamante ocupam, cada um, o devido lugar; “Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, assim são os Meus Caminhos mais altos que os vossos, e os Meus Pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;9

Quem rejeita os caminhos delineados pela Palavra, que se desiluda das promessas nela contidas, também; apenas, “o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33