sábado, 30 de abril de 2022

Os tonéis vazios


“Se, disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura não é Esse Aquele cujos altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?” II Rs 18;22

O emissário de Senaqueribe propondo a rendição aos judeus; a superioridade numérica era tanta, que o vaidoso enviado se divertia. “Ora, dá agora reféns ao meu senhor, o rei da Assíria; dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.” v 23 A “dúvida” era se o rei Ezequias poderia reunir dois mil homens.

Depois de desdenhar possível socorro de Faraó, zombou também da confiança em Deus; pois, segundo suas palavras, o próprio rei Ezequias, O havia banido. Estando alienados de Deus, sem forças militares para um confronto, apenas a rendição lhes restaria, segundo argumentara o loquaz emissário.

O uso de narrativas falaciosas, de tentar colar versões abafando fatos é mui antigo, embora seja bem mais pujante, atualmente.

Ezequias banira a idolatria, que tentara usurpar o Lugar do Senhor, para que o culto verdadeiro se restabelecesse. “Fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo que fizera Davi, seu pai. Ele tirou os altos, quebrou estátuas, deitou abaixo os bosques, fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã. No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” vs 3 a 5

Assim, o “Lula” da época pegou a derrocada imposta à idolatria de então, e disse ser isso, uma rejeição ao Deus Vivo. Nada poderia estar mais longe da verdade. Porém, o cultor de Zé Pelintra e defensor do aborto se mete a dizer quem é cristão e quem não é, atualmente.

Em outra fala (ácia) disse que os evangélicos não podem ficar ouvindo pastores; se assim fizermos, teremos que ouvir a ele. Onde já escutamos isso? Ah, no Éden: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”, ensinou aquele que se pretendeu libertador dos “excluídos da Divindade.” O PT, (profeta trambiqueiro) da época.

Não sei qual grau de influência pretende que suas baboseiras tenham; discursos de inclusão social, ética na política, esses verdadeiros criadouros de corruptos, na bandeja do Erário, foram dedetizados pela informação. O conto da cegonha não cola mais; nós sabemos, como os bichos nascem.

Não ignoramos que há muitos maus pastores, infelizmente; mas, o pior deles inda vira bebê capeta, perto do capiroto mor de nove dedos.

Se, nas coisas humanas, ao rés do chão, muitas vezes vence quem grita mais alto, quem mente melhor, nas que envolvem O Eterno, Ele mesmo se ocupa em definir o que é réprobo e o que é veraz.

O rei assírio mandou seu joguete bravatear blasfêmias, presumindo-se enviado; “Subi eu, porventura, sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? O Senhor me disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.” V 25

O rei “alienado” fez a coisa certa, foi orar. “Aconteceu que, tendo Ezequias ouvido isto, rasgou suas vestes, se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor.” Cap 19;1

“Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras. Lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, te suplico, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra que só tu és O Senhor Deus.” vs 17 a 19

O Eterno respondeu através do profeta Isaías, palavras de segurança, proteção. O que fora caluniado e humilhado, receberia livramento, porque O Santo se agradava dele.

“Sucedeu que, naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres.” v 35

Não obstante o domínio da “mídia” da época, e a superioridade bélica, o “líder das pesquisas” teve que engolir fragorosa derrota e volver ao seu país humilhado, onde foi assassinado perante seus ídolos, por seus próprios filhos.

A força da mentira é a mesma dos espantalhos. Até faz algum efeito mercê da ignorância das aves. Se essas pudessem ver melhor, usá-los-iam como poleiros.

O mínimo que se espera dos servos de Deus é algum discernimento. “O que é espiritual discerne bem tudo; ele de ninguém é discernido.” I Cor 1;15

Quem acha que se trata só de política e cada um escolhe o quer, ainda não entendeu nada. Como as asas acabam inúteis para aves engaioladas, assim, os cérebros para esses.

domingo, 24 de abril de 2022

O Peso da Mentira


“Ao vil nunca mais se chamará liberal; do avarento nunca mais se dirá que é generoso.” Is 32;5

Consequências da vinda do Rei de Justiça; as coisas passariam a ser chamadas pelos seus nomes. Grosseira inversão de valores já existia; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Vivemos a insana pós-verdade. Os interesses políticos e ideológicos ancoram seus barcos em narrativas fajutas. Os fatos, normalmente submergem nessas poluídas águas.

“Por isso o direito tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça. Vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso Seu Próprio Braço lhe trouxe a salvação, Sua Própria Justiça o susteve.” Cap 59;14 a 16

Como a única adoração aceitável ao Senhor é “em espírito e verdade,” os adeptos da mentira necessariamente serão mantidos à distância, rejeitados, por réprobos em suas almas corruptas.

No início da igreja, Ananias e Safira mentiram solenemente perante os apóstolos, e caíram mortos; permitiram, no fundamento de uma obra santa, o concurso dessa velha profana, a mentira.

Não se trata de mero erro pontual, desvio. Os mentirosos são filhos do maligno; “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44 O fruto da mentira é letal; “Ele foi homicida porque é mentiroso.” Mentira é pecado; e “o salário do pecado é a morte.” Rom 6;23

Tanto é assim, que os mentirosos não terão herança com os filhos de Deus; “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

Embora a verdade, normalmente seja a leitura real de um fato, a descrição fiel, também é uma índole interior. Aquele que a ama, a aceitará, mesmo quando ela lhe é desfavorável; coisa que os religiosos dos dias de Cristo não fizeram; “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” Jo 18;37

Dado sermos falhos, em muitos momentos a verdade será contra nós. Entretanto, se olharmos com olhos melhores veremos que ela nos defende, quando nos denuncia. Digo, quando evidencia meu erro, e, eventual boa índole me leva ao arrependimento, confissão e abandono, os “danos” da verdade são dores necessárias para o restabelecimento da minha saúde espiritual.

Não é muito fácil enxergarmos fielmente a nós mesmos, quando não estamos bem na foto. Tiago advertiu de alguns que não se preocupavam muito com o que viam; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; contempla a si mesmo e vai-se, logo se esquece de como era.” Tg 1;23 e 24 Nesse caso, a pessoa até se aproxima da verdade, mas não o bastante para permitir que ela a toque, e transforme.

O dilema é: Ou ousamos melhorar naquilo que estamos mal, ou apagaremos a luz, para que o nosso mal fique oculto; Essa foi a escolha da maioria, nos dias do Salvador. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Como fomos criados para funcionar segundo Deus, todo aquele que abriga mentira no íntimo, traz sintomas de desequilíbrio emocional, nervosismo, inquietações, doenças psicossomáticas, que só a medicina da verdade poderá sanar.

A Palavra menciona esses doentes: “os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22 Por outro lado, os da verdade podem repousar sob a Divina proteção; “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;8

Todos nós fomos planejados perfeitos, mas inutilizados pelo vírus do pecado. Os que recebem a Cristo, são de novo “formatados” Nele, e finalmente repousam de pesos desnecessários. “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

sábado, 23 de abril de 2022

O Bezerro da Carne


“Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, vossos filhos, filhas e trazei. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e trouxeram a Arão; ele os tomou das suas mãos, trabalhou o ouro com um buril e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” Ex 32;2 a 4

O povo hebreu fora escravo por mais de quatro séculos. Não é próprio de gente assim, a posse de ouro; seja em forma de joias ou outra qualquer. Tal ouro derivava da bênção Divina, que infundira terror sobre os escravagistas e fizera com que esses pagassem, ao menos um pouco, pelo trabalho escravo.

Assim, para um povo que começava a migrar livre rumo à Terra Prometida, a posse de tais coisas era absoluta novidade; por certo, motivo de alegria, apego.

Sendo a confecção do bezerro de ouro uma temeridade, de humana iniciativa, por quê teve tão pronta adesão, mesmo ao custo de preciosidades recém obtidas? De outra forma: Por quê somos solícitos nas coisas de nossa predileção, mesmo erradas, e lentos, obtusos, nas ordenadas por Deus?

Poderíamos argumentar em defesa daqueles que, havia muita ignorância acerca de Deus; não existia Palavra Escrita, como hoje; e “no escuro” agiam sem saber direito o que faziam. É. Nós temos muito mais elementos para conhecer a Deus, que eles. Mas, qual de nós viu o cumprimento das dez pragas? Ou, andou pelo deserto guiado por uma nuvem de dia, e por uma coluna de fogo à noite?

Se, o conhecimento eliminaria essa dureza resiliente na desobediência, por quê, os atuais também preferem sacrifícios pontuais, à obediência plena e comunhão? Essa é uma tendência da espécie caída em todo o tempo; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Infelizmente, nossa natureza perversa tende a ver O Eterno como uma espécie de “Plano B”; quando tudo estiver bem a gente se vira sozinho; mas, quando algo for mal, clamaremos a Deus por socorro. Como que, invertemos as posições de Senhor e servo.

Tipo filhos desobedientes que arrostam as vontades dos pais todos os dias; mas, no dia das mães e dos pais, postam belas “homenagens” para que todos vejam seu “amor filial”. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios; mas, seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Passamos todo o ano alheios a Deus; Seus Valores, Sua Palavra; mas, na “Semana Santa” encenamos o Calvário, até choramos três ou quatro lágrimas de crocodilos. Ou, quando nossas temerárias escolhas nos lançam no vale de alguma desgraça, presto assoma nossa “fé” e clamamos por socorro.

Deus tem uma má notícia para “espertos” assim; “... porque Eu clamei e recusastes; Estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes todo Meu Conselho e não quisestes Minha Repreensão... Então clamarão a Mim, mas, não responderei; de madrugada Me buscarão, porém não Me acharão.” Prov 1;24, 25 e 28

Embora a Bendita Onipresença do Eterno, chega uma hora em que Ele se põe “distante;” por isso a advertência: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Como aqueles disseram blasfemos, que o bezerro de ouro recém moldado era o “deus que vos tirou do Egito.” Do mesmo modo, tendemos a endeusar nossas predileções, por toscas que sejam; partilhar como verazes, porções do pensamento alheio oriundas de fontes espúrias, de gente avessa a Deus. Isso, por muitos “cristãos”.

Um cristão prudente há de dizer: “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7 Não que seja vetado partilhar frases de pensadores vários; mas, só faremos isso à medida que as tais sirvam para evidenciar nosso apego à Sã Doutrina do Senhor.

Resumindo: outros modos de expressar podem ser úteis no tocante à forma; mas, nenhum será alternativo ao conteúdo. Posso me servir de filósofos vários se, seus “espanadores” forem úteis para deixar mais brilhantes os ensinos de Cristo.

O Deus que me tirou da escravidão (do pecado) não pode ser moldado por mãos humanos. Antes, Ele nos quer moldar outra vez, regenerar; como nossa natureza tende a resistir, precisamos da cruz, da renúncia.

Selfie do dia dos pais não cola. Quer habitar em nós; “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra, Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Feito isso, andaremos limpos em tempo integral; “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Daniel Silveira no Cânion


"Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

“As leis - dizia certo pensador - são como teias de aranha; pegam insetos pequenos; os grandes, rompem-nas.”

A parcialidade humana que, aos chegados oferece as benesses, aos desafetos o rigor, desvirtua o sentido da lei; uma cerca que fora construída para ser um termo justo se torna um arranjo casuísta a serviço de interesses rasos.

Perante Deus, não basta ser “legal”; ter alguma brecha a ser usada, ou mesmo uma norma criada ao sabor de um interesse eventual; as leis humanas devem ser, ao menos em parte, derivadas da Divina. O que exceder a isso, ou, se opuser, enquadra-se na sentença supra; onde alguém se divorcia do Criador, criando espantalhos espúrios, pretextos.

Em se tratando dos “Dez Mandamentos” muitos cristãos ainda têm entendimento limitado sobre eles. Uns pensam que caducaram com a vinda da Graça; Jesus Cristo. Outros, que devem guardar os mesmos ainda, como a observância do Sábado.

A Lei não salva; é chamada de “Ministério da Condenação;” conduz ao Salvador; “Serviu de Aio para nos conduzir a Cristo.” Ainda vigora; pois, em seus termos serão julgados os que rejeitam ao Senhor; “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da Lei, porque pela Lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;20 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da Lei.” Rom 3;28 

Nossa “fuga” à sombra da fé é necessária pelo medo da espada da Lei. “Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei.” Rom 3;31

Para os de Cristo vigora nova lei; “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12 Ele resumiu tudo em dois mandamentos; amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo. Em Seus ensinos demonstrou como se faz isso; vai muito além de mera profissão verbal.

Vivemos no Brasil dias de atropelos da Lei como jamais visto. Nossa Corte Suprema que deveria ser o Everest da Justiça, assemelha-se mais ao Grand Cânion.

Notórios bandidos com viés esquerdista, como Lula e José Dirceu, andam livres leves e soltos, elegíveis; malgrado, julgados e condenados em todas as instâncias possíveis. Entretanto, jornalistas, blogueiros, e até parlamentares cuja tendência ideológica é conservadora, sofrem coisas mui além dos rigores da lei. O Supremo arvora-se no direito de fazer tudo de supetão, ao arrepio da Constituição, ritos processuais, jurisprudência; contradizendo discursos pretéritos dos próprios juízes.

Muitos participam de eventos políticos com viés esquerdista, “lives” até. Se fossem adeptos, ao menos da verossimilhança, não fariam nada disso. Um magistrado probo não deve falar politicamente; apenas juridicamente no âmbito do seu trabalho. Esse não estão nem aí. Barroso chegou a chamar o conservadorismo, outro dia, de “Inimigo” vestindo aberta e obscenamente a capa vermelha.

Então, após terem condenado ao deputado Daniel Silveira pelo “crime” de opinião, para a qual, a Constituição lhe assiste amplo direito, não obstante, o mérito possa ser alvo de julgamento na Comissão de ética do Congresso; depois dessa aberração, digo, nosso Presidente tomou, finalmente, uma atitude constitucional, que arrosta a famigerada Corte, aquela. O indulto.

Ao ver Daniel na cova “leiões”, enviou seu anjo (decreto) e desfez a patifaria cumprindo seu juramento de proteger à democracia e a liberdade.

Para a “justiça” canhota, Césare Battisti, que matou quatro na Itália e fugiu para o Brasil merecia indulto e proteção governamental; um deputado que criticou acidamente aos desmandos da Corte merece quase nove anos de cadeia. Se julgassem aos “canhotos” com a severidade e sanha com que perseguem aos conservadores, já teriam instituído pena de morte e fuzilado muitos corruptos e ladrões. “O que é isso cumpanhêro?”

A Palavra de Deus ensina que seremos julgados pela mesma regra com a qual julgamos. Vai ser trágico, no dia do Juízo Final, quando esses “próceres da justiça” tiverem que enfrentar seus próprios “padrões” de julgamento.

Sei que eles não temem a Deus; o comunismo, não obstante a simpatia de alguns “cristãos” é essencialmente ateu; seu sonho de consumo é fechar igrejas; o estado “é Deus”. O partido vermelho o sacerdócio, como na China.

Enfim, conhecendo a veia tirânica que neles pulsa, é de se esperar que não aceitem pacificamente essa “humilhação”; o Presidente é o último bastião da liberdade democrática; até o Congresso capitulou. Fez bem em pagar pra ver. Ou a Constituição ainda vale, ou, se rasgue a mesma e salve-se quem puder.

A escuridão da ignorância sempre é nociva; mas quando mora no habitat da luz, é abominável. “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O Insano Carro Flex


“Digno És, Senhor, de receber glória, honra e poder; porque Tu Criaste todas as coisas; por Tua Vontade são e foram criadas.” Apoc 4;11

Interessante esse presente e pretérito no tocante à criação; “... são e foram criadas.” A ideia é que a criação ainda acontece no presente. Diverso da doutrina evolucionista, de que as coisas sofrem “melhoramentos” para adaptação ao meio, quando O Criador intervém, cria algo novo.

A salvação em Cristo busca por um “modelo” que se perdeu, sofreu avarias; daí, uma regeneração; mesmo assim é algo novo. A mudança requerida é tal, que o processo é chamado de “nascer de novo.”

O Eterno, no prisma biológico, aparentemente não cria mais nada atualmente; mas, no aspecto espiritual Seu Labor não cessa. “Meu Pai trabalha até agora...” disse O Salvador; e ainda não parou.

Como vimos ao princípio, pelos “direitos autorais” a Ele cabem, glória, honra e louvor; a quem nada fez, exceto, invejar, subverter, perverter, usurpar, caberia o quê?

Imaginemos um carro sofisticadíssimo, o mais caro de todos, cujos componentes foram meticulosamente planejados; um para mover o motor; outro, para conduzir eletricidade; facultar torque; arrefecer a temperatura; condicionar o ar interior; sinalizar movimentos do motorista; frear... etc. Quem investiria alto num modelo assim, para fazer “gambiarras”?

A presunção é que a coisa foi metodicamente estudada e testada, para saber como funcionaria satisfatoriamente; nenhum homem psicologicamente sadio pretenderia fazer modificações, arriscando perder a funcionalidade do precioso veículo.

Pois, o ser humano é esse “veículo” sofisticado, Criado pelas Mãos do Eterno. Pelo projeto original funcionaria bem, movido apenas pela Água da Vida.

Entretanto, um novo “engenheiro” surgiu dizendo que o motor era “flex”; assim, funcionaria ainda melhor se fosse deixada a energia da ordem Divina e abastecido com “satanina e humanina independentis” dois combustíveis “novos”, até então, ignorados.

Originalmente, dado o “Molde” no qual foi inspirado, o “carro” funcionaria pelas vias da justiça, verdade, obediência, santidade, retidão, amor, paz... seu motor não envelheceria, nem careceria reparos.

Contudo, depois da mistura de combustíveis, começou a errar pelos caminhos da inveja, ódio, morte, mentira, perversão, impurezas... assim, o carro que não sofreria a ação do tempo acabou no lixão, no ferro velho.

A falta do “Combustível original” levou o homem a buscar simulacros, que, se aparentemente a joça inda funciona sem aquele, nunca chega ao desempenho que tivera antes da mistura; nem anda mais pelas vias para as quais fora criado.

Alguém definiu com propriedade que todo homem traz dentro de si um vazio com o Formato de Deus. Enquanto esse não for devidamente preenchido, o ser humano seguirá errante e sem paz. “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 Que O Criador defina como o “carro” deve funcionar parece mui justo.

Porém, quanto mais o rio do tempo corre, mais o ser humano perde-se nas corredeiras do vício. O “dínamo” que potencializaria a capacidade de amar desinteressado, não funciona sem o combustível original; então, as forças geradas pelos combustíveis alternativos fomentam o ódio, perversão, infidelidade, mentira... os valores invertidos.

Quando alguém aplaude pornografia travestida de arte, blasfêmias maquiadas de liberdade de expressão, tirania camuflada em democracia, ladrões da política como benfeitores, no fundo, não está dizendo que gosta dessas coisas; mas que odeia seu oposto.

Que lhe falta paladar apurado para apreço da verdadeira beleza; que detesta saber que poderia usar o combustível puro; mas, o caminho que levaria ao “posto” lhe é muito estreito para seu “carro” inflado de presunções; que os tiranos lhe servem, ao menos para fazer outros sofrerem também, já que lhe falta ousadia para erradicar as razões de seu sofrimento; que ladrões em evidência representam, ao menos, a ideia que o roubo compensa...

O Salvador continua buscando em Seu amor, quem ouse lhe dar ouvidos; ser abastecido outra vez, pelo combustível da Palavra de Deus, para rodar segundo o projeto original. “Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu; o salvou de todas as suas angústias.” Sal 34;6

Não importa o dano que a “máquina” sofreu ao longo do tempo. Quem Criou o modelo sabe como o regenerar. Nele, todas as peças serão transformadas. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passar e tudo se fez novo”. II Cor 5;17

Então, a energia usada para odiar se fará serviçal do amor; necessidade de se esconder sob a capa da mentira será curada pelo bálsamo da verdade; o risco ao colidir contra a morte será desfeito pelo “airbag” da vida eterna.

A gasolina tá cara? Aos Seus, O Senhor abastece de graça. “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede venha; quem quiser tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

terça-feira, 12 de abril de 2022

Os "Profetas" e as estrelas


“Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, só profetizam do engano do seu coração?” Jr 23;26

A falta da Palavra de Deus escrita fazia da figura de um profeta, algo fora de série. Deus comissionava aos que Escolhia e colocava nesses Sua Voz, mediante a qual conduzia ao povo.

Certa vez, três reis estavam dúbios sobre uma empresa bélica, e alguém lhes lembrou de Eliseu; “... Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias. Disse Jeosafá: Está com ele a Palavra do Senhor. Então o rei de Israel, Jeosafá, e o rei de Edom desceram ter com ele.” II Rs 3;11 e 12

Um profeta idôneo era a “Bíblia” de então; “Está com ele A Palavra do Senhor.” O falso seria com um livro de heresias atual, um convite ao desvio; placa pro descaminho. Daí, a severidade com que Deus julgava aos tais, e ainda julgará.

Passados os “rudimentos do mundo”, ou cumprida a “plenitude dos tempos”, o trato de Deus com a humanidade mudou: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” Heb 1;1

O Ministério do Filho de Deus, diferente dos profetas pretéritos não trouxe assomos pontuais da Palavra de Deus; era a Palavra Divina “full time”. Não se limitou a predições ou juízos, como foram, aqueles; Ele se dedicou ao ensino dos valores do Reino, com Suas significativas e eloquentes parábolas, e demonstrações práticas de cuidado e amor.

Quatro repórteres documentaram Seus feitos e ensinos; A Palavra de Deus ganhou o mudo, sem necessitar de profetas, como antes. Apenas pregadores. A coisa melhorou depois, com a impressão de livros.

Era difícil julgar uma profecia, porque seria necessário acessar o íntimo do profeta para saber a origem de sua fala. Só um profeta idôneo, usado por Deus, poderia denunciar aos falsos, como fazia Jeremias.

O povo comum, geralmente era refém deles; os falsos, por descompromissados com a verdade miram na aceitação; para obter a essa, acenam com facilidades. Ainda é assim. “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja;” Jr 5;31 Quem prefere o fácil ao veraz, sempre terá mais apreço pelos falsos profetas.

Quando as consequências vieram, ao verdadeiro vidente, só restou chorar sobre uma terra arrasada; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade para impedirem teu cativeiro...” Lam 2;14

Hoje, com A Palavra Divina escrita, e relativamente conhecida, o falso não requer uma incursão na intimidade de quem fala para ser descoberto; basta um conhecimento sólido do que está escrito, para se cotejar a profecia com isso; saltará ao espírito de quem investiga, o discernimento sobre a fonte que, eventualmente, jorra.

“Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” Tg 3;11 Assim, ao menor sinal de impureza da “Água”, é bom desconfiarmos da fonte. “... todas minhas fontes estão em Ti.” Sal 87;7

O verossímil só é preciso para enganar, onde, as potenciais vítimas do engano tenham algum senso crítico; um mínimo conhecimento da Palavra. Onde isso não se verifica os falsários deitam e rolam.

Os “profetas” de WhatsApp da atualidade estão tão seguros da cegueira adjacente, que nem se preocupam com essa coisa “trabalhosa” de buscar verossimilhança. Que a coisa soe verdadeira.

Quem tiver estômago para tal, os ouvirá durante meia hora sobre o que “Deus lhes revelou”, sem sequer menção, de um verso da Bíblia, onde Deus Revelou Seus Pensamentos a toda humanidade.

Não há mais profetas como aqueles do Antigo Testamento; “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus...” Luc 16;16

O Espírito Santo, eventualmente, usa alguém, quando Lhe apraz, para revelar algo oculto; mas, reitero, não há mais profetas como aqueles. Quando alguém prega A Palavra revelada com honestidade, destreza, de certo modo profetiza, pela natureza da Palavra; “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou O Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Quem “ajeita” a interpretação, por conveniências rasas, desejo de agradar, alinhamento histórico com a heresia mor de sua denominação, etc. Se faz um falso profeta.

Além disso, a coisa certa em lábios errados também fica falsa. É necessário que a vida “profetize”, senão, de novo, “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Os falsos profetas terminarão no lixão da história; contudo, “os que a muitos ensinam a justiça, resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente.” Dn 12;3

“Amai para entendê-las; pois só quem ama pode ouvir as estrelas.” Olavo Bilac

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Os defeitos do Bolsonaro

 
“O que justifica o ímpio e o que condena o justo, tanto um quanto o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15


Sendo a vida, imenso teatro, tanto nossas ações são vistas pelos outros, quanto, as alheias, por nós. A pessoa pode decidir não “se meter” em nada; é direito particular. Mas, numa roda mais restrita, ou no foro íntimo, compactuará com algumas atitudes e depreciará outras; não tem como ser diferente. Não há neutralidade possível.


Como vimos acima, tanto nossa justificação, quanto, condenação, terão consequências perante O Eterno. Nesse sentido devemos entender o “... Bem-aventurado o que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22 Ou, noutras palavras, feliz aquele que aprova, apenas as coisas contra as quais não pesam condenações.


Quando defendo Bolsonaro, o faço por identidade de valores, sem sonegar eventuais restrições necessárias; não gosto da cegueira voluntária, da idolatria. Ele mesmo reconhece que falou coisas indevidas, precipitou-se, excedeu-se, escolheu mal, teve que reconsiderar, voltar atrás; afinal, não é perfeito. O que mais poderíamos esperar, no prisma moral, de alguém falho como nós?


Na verdade, muitos de nós são bem piores; a diferença é que ele é um homem público, tudo que faz vira manchete; sobretudo, algum erro; até onde não erra é atacado cinicamente pela maioria do “Jornalisme” atual.


Aí surgem edições dos piores momentos dele, como “pedras de toque” para aferir seu caráter. Será que é mesmo assim que se deve agir a bem da verdade e decência?


Pois, esses que montam tais edições e lançam na cocheira dos muares úteis, para que esses desfrutem, esquecem algumas coisinhas que convém lembrar: Diziam que O Bolsonaro não poderia ser eleito, porque perseguiria negros, gays, mulheres, solaparia às instituições, ameaçava à democracia... “Ele não!” Seu mandato está terminando quase; nada disso aconteceu.


Onde estão atuando “Indiana Jones e os caçadores do erro cometido” que passam ao largo desses erros de avaliação, calúnias, e escavam grutas antigas sepultadas pelos fatos novos?


Pior: Um erro derivado de uma intemperança verbal no calor do momento, como a discussão com Maria do Rosário, por exemplo, é diferente de uma coisa feita, fria, calculada e sistematicamente, como as campanhas contra Bolsonaro.


“Nunca antes na história deste país”, um homem governou sofrendo oposição da imprensa, do Congresso, STF, Governadores, e uma horda de “artistas” desmamados da Ruanet; tendo ainda, o concurso de uma pandemia, durante a qual, medidas insanas fomentadas pelos opositores se encarregaram de envilecer à economia; de quebra, tendo que administrar uma herança maldita de bilhões em dívidas, deixada pela quadrilha que o antecedeu.


Visto esse espectro todo, não dá para negar, ante a recuperação de grande parte da malha rodo/ferroviária, provisão, enfim, de água aos nordestinos, mediante a transposição e milhares de poços artesianos, o socorro a milhões de pessoas com o “Auxílio Emergencial”, fim do toma-lá-dá-cá, que entregava pastas e orçamentos de ministérios para partidos corruptos, a reforma trabalhista, etc. Não dá para negar que o resultado do trabalho do Bolsonaro é bastante satisfatório; exceto, para quem vivia de corrupção e viu estragado o seu “negócio.” 

Não sou idólatra do presidente, mas, me agradam seus feitos e me identifico com bandeiras que ele defende; Deus, família, valores cristãos, liberdade, democracia...


Olhando possíveis postulantes, nenhum chega a um décimo do que ele representa nesses valores que me são caros. Quando as “pesquisas” dizem que o único adversário “possível” seria o Lula, aí nem careço dos feitos do Jair para decidir; os do Lula são muito mais “eloquentes”.


Não é preciso que ninguém me diga o óbvio; que não posso impor minhas escolhas a ninguém, ou que cada um tem (ainda) liberdade de votar como quiser. Apenas, é próprio das pessoas inteligentes fundamentarem, mediante argumentos, suas escolhas; no caso de quem escreve, como eu, tornar públicos esses fundamentos.


Como parecerá aos olhos de cada um, isso não me diz respeito. Ninguém precisa pensar, nem parecido, comigo.


Dizem ainda que Bolsonaro está aquém da “Liturgia do Cargo”; pois, seria um tanto destemperado no falar. Quando penso nas falas de Dilma e Lula, jamais analisadas, nesse prisma, pelos críticos de agora, vejo uma filhadaputice a mais, desfilando com roupas de argumento. A veste não cai bem. Como também sou “mui malo” de liturgia e uso eventualmente uns palavrões, nem ligo.


Explicar-me-ei: Prefiro um destemperado com sabor de honestidade, a um refinado cheio das mesóclises como o Temer, e corrupto. Lula e Dilma, quando aprenderem o idioma lusitano serão analisados, por enquanto, deixa.


Enfim, com todos os defeitos dele, sou grato ao Bolsonaro pelo que ele fez e representa. “O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma”. Muslah-Al-Din-Saad
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