domingo, 24 de abril de 2022

O Peso da Mentira


“Ao vil nunca mais se chamará liberal; do avarento nunca mais se dirá que é generoso.” Is 32;5

Consequências da vinda do Rei de Justiça; as coisas passariam a ser chamadas pelos seus nomes. Grosseira inversão de valores já existia; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Vivemos a insana pós-verdade. Os interesses políticos e ideológicos ancoram seus barcos em narrativas fajutas. Os fatos, normalmente submergem nessas poluídas águas.

“Por isso o direito tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça. Vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso Seu Próprio Braço lhe trouxe a salvação, Sua Própria Justiça o susteve.” Cap 59;14 a 16

Como a única adoração aceitável ao Senhor é “em espírito e verdade,” os adeptos da mentira necessariamente serão mantidos à distância, rejeitados, por réprobos em suas almas corruptas.

No início da igreja, Ananias e Safira mentiram solenemente perante os apóstolos, e caíram mortos; permitiram, no fundamento de uma obra santa, o concurso dessa velha profana, a mentira.

Não se trata de mero erro pontual, desvio. Os mentirosos são filhos do maligno; “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44 O fruto da mentira é letal; “Ele foi homicida porque é mentiroso.” Mentira é pecado; e “o salário do pecado é a morte.” Rom 6;23

Tanto é assim, que os mentirosos não terão herança com os filhos de Deus; “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

Embora a verdade, normalmente seja a leitura real de um fato, a descrição fiel, também é uma índole interior. Aquele que a ama, a aceitará, mesmo quando ela lhe é desfavorável; coisa que os religiosos dos dias de Cristo não fizeram; “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” Jo 18;37

Dado sermos falhos, em muitos momentos a verdade será contra nós. Entretanto, se olharmos com olhos melhores veremos que ela nos defende, quando nos denuncia. Digo, quando evidencia meu erro, e, eventual boa índole me leva ao arrependimento, confissão e abandono, os “danos” da verdade são dores necessárias para o restabelecimento da minha saúde espiritual.

Não é muito fácil enxergarmos fielmente a nós mesmos, quando não estamos bem na foto. Tiago advertiu de alguns que não se preocupavam muito com o que viam; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; contempla a si mesmo e vai-se, logo se esquece de como era.” Tg 1;23 e 24 Nesse caso, a pessoa até se aproxima da verdade, mas não o bastante para permitir que ela a toque, e transforme.

O dilema é: Ou ousamos melhorar naquilo que estamos mal, ou apagaremos a luz, para que o nosso mal fique oculto; Essa foi a escolha da maioria, nos dias do Salvador. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Como fomos criados para funcionar segundo Deus, todo aquele que abriga mentira no íntimo, traz sintomas de desequilíbrio emocional, nervosismo, inquietações, doenças psicossomáticas, que só a medicina da verdade poderá sanar.

A Palavra menciona esses doentes: “os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22 Por outro lado, os da verdade podem repousar sob a Divina proteção; “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;8

Todos nós fomos planejados perfeitos, mas inutilizados pelo vírus do pecado. Os que recebem a Cristo, são de novo “formatados” Nele, e finalmente repousam de pesos desnecessários. “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

sábado, 23 de abril de 2022

O Bezerro da Carne


“Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, vossos filhos, filhas e trazei. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e trouxeram a Arão; ele os tomou das suas mãos, trabalhou o ouro com um buril e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” Ex 32;2 a 4

O povo hebreu fora escravo por mais de quatro séculos. Não é próprio de gente assim, a posse de ouro; seja em forma de joias ou outra qualquer. Tal ouro derivava da bênção Divina, que infundira terror sobre os escravagistas e fizera com que esses pagassem, ao menos um pouco, pelo trabalho escravo.

Assim, para um povo que começava a migrar livre rumo à Terra Prometida, a posse de tais coisas era absoluta novidade; por certo, motivo de alegria, apego.

Sendo a confecção do bezerro de ouro uma temeridade, de humana iniciativa, por quê teve tão pronta adesão, mesmo ao custo de preciosidades recém obtidas? De outra forma: Por quê somos solícitos nas coisas de nossa predileção, mesmo erradas, e lentos, obtusos, nas ordenadas por Deus?

Poderíamos argumentar em defesa daqueles que, havia muita ignorância acerca de Deus; não existia Palavra Escrita, como hoje; e “no escuro” agiam sem saber direito o que faziam. É. Nós temos muito mais elementos para conhecer a Deus, que eles. Mas, qual de nós viu o cumprimento das dez pragas? Ou, andou pelo deserto guiado por uma nuvem de dia, e por uma coluna de fogo à noite?

Se, o conhecimento eliminaria essa dureza resiliente na desobediência, por quê, os atuais também preferem sacrifícios pontuais, à obediência plena e comunhão? Essa é uma tendência da espécie caída em todo o tempo; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Infelizmente, nossa natureza perversa tende a ver O Eterno como uma espécie de “Plano B”; quando tudo estiver bem a gente se vira sozinho; mas, quando algo for mal, clamaremos a Deus por socorro. Como que, invertemos as posições de Senhor e servo.

Tipo filhos desobedientes que arrostam as vontades dos pais todos os dias; mas, no dia das mães e dos pais, postam belas “homenagens” para que todos vejam seu “amor filial”. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios; mas, seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Passamos todo o ano alheios a Deus; Seus Valores, Sua Palavra; mas, na “Semana Santa” encenamos o Calvário, até choramos três ou quatro lágrimas de crocodilos. Ou, quando nossas temerárias escolhas nos lançam no vale de alguma desgraça, presto assoma nossa “fé” e clamamos por socorro.

Deus tem uma má notícia para “espertos” assim; “... porque Eu clamei e recusastes; Estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes todo Meu Conselho e não quisestes Minha Repreensão... Então clamarão a Mim, mas, não responderei; de madrugada Me buscarão, porém não Me acharão.” Prov 1;24, 25 e 28

Embora a Bendita Onipresença do Eterno, chega uma hora em que Ele se põe “distante;” por isso a advertência: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Como aqueles disseram blasfemos, que o bezerro de ouro recém moldado era o “deus que vos tirou do Egito.” Do mesmo modo, tendemos a endeusar nossas predileções, por toscas que sejam; partilhar como verazes, porções do pensamento alheio oriundas de fontes espúrias, de gente avessa a Deus. Isso, por muitos “cristãos”.

Um cristão prudente há de dizer: “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7 Não que seja vetado partilhar frases de pensadores vários; mas, só faremos isso à medida que as tais sirvam para evidenciar nosso apego à Sã Doutrina do Senhor.

Resumindo: outros modos de expressar podem ser úteis no tocante à forma; mas, nenhum será alternativo ao conteúdo. Posso me servir de filósofos vários se, seus “espanadores” forem úteis para deixar mais brilhantes os ensinos de Cristo.

O Deus que me tirou da escravidão (do pecado) não pode ser moldado por mãos humanos. Antes, Ele nos quer moldar outra vez, regenerar; como nossa natureza tende a resistir, precisamos da cruz, da renúncia.

Selfie do dia dos pais não cola. Quer habitar em nós; “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra, Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Feito isso, andaremos limpos em tempo integral; “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Daniel Silveira no Cânion


"Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

“As leis - dizia certo pensador - são como teias de aranha; pegam insetos pequenos; os grandes, rompem-nas.”

A parcialidade humana que, aos chegados oferece as benesses, aos desafetos o rigor, desvirtua o sentido da lei; uma cerca que fora construída para ser um termo justo se torna um arranjo casuísta a serviço de interesses rasos.

Perante Deus, não basta ser “legal”; ter alguma brecha a ser usada, ou mesmo uma norma criada ao sabor de um interesse eventual; as leis humanas devem ser, ao menos em parte, derivadas da Divina. O que exceder a isso, ou, se opuser, enquadra-se na sentença supra; onde alguém se divorcia do Criador, criando espantalhos espúrios, pretextos.

Em se tratando dos “Dez Mandamentos” muitos cristãos ainda têm entendimento limitado sobre eles. Uns pensam que caducaram com a vinda da Graça; Jesus Cristo. Outros, que devem guardar os mesmos ainda, como a observância do Sábado.

A Lei não salva; é chamada de “Ministério da Condenação;” conduz ao Salvador; “Serviu de Aio para nos conduzir a Cristo.” Ainda vigora; pois, em seus termos serão julgados os que rejeitam ao Senhor; “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da Lei, porque pela Lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;20 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da Lei.” Rom 3;28 

Nossa “fuga” à sombra da fé é necessária pelo medo da espada da Lei. “Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei.” Rom 3;31

Para os de Cristo vigora nova lei; “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12 Ele resumiu tudo em dois mandamentos; amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo. Em Seus ensinos demonstrou como se faz isso; vai muito além de mera profissão verbal.

Vivemos no Brasil dias de atropelos da Lei como jamais visto. Nossa Corte Suprema que deveria ser o Everest da Justiça, assemelha-se mais ao Grand Cânion.

Notórios bandidos com viés esquerdista, como Lula e José Dirceu, andam livres leves e soltos, elegíveis; malgrado, julgados e condenados em todas as instâncias possíveis. Entretanto, jornalistas, blogueiros, e até parlamentares cuja tendência ideológica é conservadora, sofrem coisas mui além dos rigores da lei. O Supremo arvora-se no direito de fazer tudo de supetão, ao arrepio da Constituição, ritos processuais, jurisprudência; contradizendo discursos pretéritos dos próprios juízes.

Muitos participam de eventos políticos com viés esquerdista, “lives” até. Se fossem adeptos, ao menos da verossimilhança, não fariam nada disso. Um magistrado probo não deve falar politicamente; apenas juridicamente no âmbito do seu trabalho. Esse não estão nem aí. Barroso chegou a chamar o conservadorismo, outro dia, de “Inimigo” vestindo aberta e obscenamente a capa vermelha.

Então, após terem condenado ao deputado Daniel Silveira pelo “crime” de opinião, para a qual, a Constituição lhe assiste amplo direito, não obstante, o mérito possa ser alvo de julgamento na Comissão de ética do Congresso; depois dessa aberração, digo, nosso Presidente tomou, finalmente, uma atitude constitucional, que arrosta a famigerada Corte, aquela. O indulto.

Ao ver Daniel na cova “leiões”, enviou seu anjo (decreto) e desfez a patifaria cumprindo seu juramento de proteger à democracia e a liberdade.

Para a “justiça” canhota, Césare Battisti, que matou quatro na Itália e fugiu para o Brasil merecia indulto e proteção governamental; um deputado que criticou acidamente aos desmandos da Corte merece quase nove anos de cadeia. Se julgassem aos “canhotos” com a severidade e sanha com que perseguem aos conservadores, já teriam instituído pena de morte e fuzilado muitos corruptos e ladrões. “O que é isso cumpanhêro?”

A Palavra de Deus ensina que seremos julgados pela mesma regra com a qual julgamos. Vai ser trágico, no dia do Juízo Final, quando esses “próceres da justiça” tiverem que enfrentar seus próprios “padrões” de julgamento.

Sei que eles não temem a Deus; o comunismo, não obstante a simpatia de alguns “cristãos” é essencialmente ateu; seu sonho de consumo é fechar igrejas; o estado “é Deus”. O partido vermelho o sacerdócio, como na China.

Enfim, conhecendo a veia tirânica que neles pulsa, é de se esperar que não aceitem pacificamente essa “humilhação”; o Presidente é o último bastião da liberdade democrática; até o Congresso capitulou. Fez bem em pagar pra ver. Ou a Constituição ainda vale, ou, se rasgue a mesma e salve-se quem puder.

A escuridão da ignorância sempre é nociva; mas quando mora no habitat da luz, é abominável. “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O Insano Carro Flex


“Digno És, Senhor, de receber glória, honra e poder; porque Tu Criaste todas as coisas; por Tua Vontade são e foram criadas.” Apoc 4;11

Interessante esse presente e pretérito no tocante à criação; “... são e foram criadas.” A ideia é que a criação ainda acontece no presente. Diverso da doutrina evolucionista, de que as coisas sofrem “melhoramentos” para adaptação ao meio, quando O Criador intervém, cria algo novo.

A salvação em Cristo busca por um “modelo” que se perdeu, sofreu avarias; daí, uma regeneração; mesmo assim é algo novo. A mudança requerida é tal, que o processo é chamado de “nascer de novo.”

O Eterno, no prisma biológico, aparentemente não cria mais nada atualmente; mas, no aspecto espiritual Seu Labor não cessa. “Meu Pai trabalha até agora...” disse O Salvador; e ainda não parou.

Como vimos ao princípio, pelos “direitos autorais” a Ele cabem, glória, honra e louvor; a quem nada fez, exceto, invejar, subverter, perverter, usurpar, caberia o quê?

Imaginemos um carro sofisticadíssimo, o mais caro de todos, cujos componentes foram meticulosamente planejados; um para mover o motor; outro, para conduzir eletricidade; facultar torque; arrefecer a temperatura; condicionar o ar interior; sinalizar movimentos do motorista; frear... etc. Quem investiria alto num modelo assim, para fazer “gambiarras”?

A presunção é que a coisa foi metodicamente estudada e testada, para saber como funcionaria satisfatoriamente; nenhum homem psicologicamente sadio pretenderia fazer modificações, arriscando perder a funcionalidade do precioso veículo.

Pois, o ser humano é esse “veículo” sofisticado, Criado pelas Mãos do Eterno. Pelo projeto original funcionaria bem, movido apenas pela Água da Vida.

Entretanto, um novo “engenheiro” surgiu dizendo que o motor era “flex”; assim, funcionaria ainda melhor se fosse deixada a energia da ordem Divina e abastecido com “satanina e humanina independentis” dois combustíveis “novos”, até então, ignorados.

Originalmente, dado o “Molde” no qual foi inspirado, o “carro” funcionaria pelas vias da justiça, verdade, obediência, santidade, retidão, amor, paz... seu motor não envelheceria, nem careceria reparos.

Contudo, depois da mistura de combustíveis, começou a errar pelos caminhos da inveja, ódio, morte, mentira, perversão, impurezas... assim, o carro que não sofreria a ação do tempo acabou no lixão, no ferro velho.

A falta do “Combustível original” levou o homem a buscar simulacros, que, se aparentemente a joça inda funciona sem aquele, nunca chega ao desempenho que tivera antes da mistura; nem anda mais pelas vias para as quais fora criado.

Alguém definiu com propriedade que todo homem traz dentro de si um vazio com o Formato de Deus. Enquanto esse não for devidamente preenchido, o ser humano seguirá errante e sem paz. “O efeito da justiça será a paz...” Is 32;17 Que O Criador defina como o “carro” deve funcionar parece mui justo.

Porém, quanto mais o rio do tempo corre, mais o ser humano perde-se nas corredeiras do vício. O “dínamo” que potencializaria a capacidade de amar desinteressado, não funciona sem o combustível original; então, as forças geradas pelos combustíveis alternativos fomentam o ódio, perversão, infidelidade, mentira... os valores invertidos.

Quando alguém aplaude pornografia travestida de arte, blasfêmias maquiadas de liberdade de expressão, tirania camuflada em democracia, ladrões da política como benfeitores, no fundo, não está dizendo que gosta dessas coisas; mas que odeia seu oposto.

Que lhe falta paladar apurado para apreço da verdadeira beleza; que detesta saber que poderia usar o combustível puro; mas, o caminho que levaria ao “posto” lhe é muito estreito para seu “carro” inflado de presunções; que os tiranos lhe servem, ao menos para fazer outros sofrerem também, já que lhe falta ousadia para erradicar as razões de seu sofrimento; que ladrões em evidência representam, ao menos, a ideia que o roubo compensa...

O Salvador continua buscando em Seu amor, quem ouse lhe dar ouvidos; ser abastecido outra vez, pelo combustível da Palavra de Deus, para rodar segundo o projeto original. “Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu; o salvou de todas as suas angústias.” Sal 34;6

Não importa o dano que a “máquina” sofreu ao longo do tempo. Quem Criou o modelo sabe como o regenerar. Nele, todas as peças serão transformadas. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passar e tudo se fez novo”. II Cor 5;17

Então, a energia usada para odiar se fará serviçal do amor; necessidade de se esconder sob a capa da mentira será curada pelo bálsamo da verdade; o risco ao colidir contra a morte será desfeito pelo “airbag” da vida eterna.

A gasolina tá cara? Aos Seus, O Senhor abastece de graça. “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede venha; quem quiser tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

terça-feira, 12 de abril de 2022

Os "Profetas" e as estrelas


“Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, só profetizam do engano do seu coração?” Jr 23;26

A falta da Palavra de Deus escrita fazia da figura de um profeta, algo fora de série. Deus comissionava aos que Escolhia e colocava nesses Sua Voz, mediante a qual conduzia ao povo.

Certa vez, três reis estavam dúbios sobre uma empresa bélica, e alguém lhes lembrou de Eliseu; “... Aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias. Disse Jeosafá: Está com ele a Palavra do Senhor. Então o rei de Israel, Jeosafá, e o rei de Edom desceram ter com ele.” II Rs 3;11 e 12

Um profeta idôneo era a “Bíblia” de então; “Está com ele A Palavra do Senhor.” O falso seria com um livro de heresias atual, um convite ao desvio; placa pro descaminho. Daí, a severidade com que Deus julgava aos tais, e ainda julgará.

Passados os “rudimentos do mundo”, ou cumprida a “plenitude dos tempos”, o trato de Deus com a humanidade mudou: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” Heb 1;1

O Ministério do Filho de Deus, diferente dos profetas pretéritos não trouxe assomos pontuais da Palavra de Deus; era a Palavra Divina “full time”. Não se limitou a predições ou juízos, como foram, aqueles; Ele se dedicou ao ensino dos valores do Reino, com Suas significativas e eloquentes parábolas, e demonstrações práticas de cuidado e amor.

Quatro repórteres documentaram Seus feitos e ensinos; A Palavra de Deus ganhou o mudo, sem necessitar de profetas, como antes. Apenas pregadores. A coisa melhorou depois, com a impressão de livros.

Era difícil julgar uma profecia, porque seria necessário acessar o íntimo do profeta para saber a origem de sua fala. Só um profeta idôneo, usado por Deus, poderia denunciar aos falsos, como fazia Jeremias.

O povo comum, geralmente era refém deles; os falsos, por descompromissados com a verdade miram na aceitação; para obter a essa, acenam com facilidades. Ainda é assim. “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja;” Jr 5;31 Quem prefere o fácil ao veraz, sempre terá mais apreço pelos falsos profetas.

Quando as consequências vieram, ao verdadeiro vidente, só restou chorar sobre uma terra arrasada; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade para impedirem teu cativeiro...” Lam 2;14

Hoje, com A Palavra Divina escrita, e relativamente conhecida, o falso não requer uma incursão na intimidade de quem fala para ser descoberto; basta um conhecimento sólido do que está escrito, para se cotejar a profecia com isso; saltará ao espírito de quem investiga, o discernimento sobre a fonte que, eventualmente, jorra.

“Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” Tg 3;11 Assim, ao menor sinal de impureza da “Água”, é bom desconfiarmos da fonte. “... todas minhas fontes estão em Ti.” Sal 87;7

O verossímil só é preciso para enganar, onde, as potenciais vítimas do engano tenham algum senso crítico; um mínimo conhecimento da Palavra. Onde isso não se verifica os falsários deitam e rolam.

Os “profetas” de WhatsApp da atualidade estão tão seguros da cegueira adjacente, que nem se preocupam com essa coisa “trabalhosa” de buscar verossimilhança. Que a coisa soe verdadeira.

Quem tiver estômago para tal, os ouvirá durante meia hora sobre o que “Deus lhes revelou”, sem sequer menção, de um verso da Bíblia, onde Deus Revelou Seus Pensamentos a toda humanidade.

Não há mais profetas como aqueles do Antigo Testamento; “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus...” Luc 16;16

O Espírito Santo, eventualmente, usa alguém, quando Lhe apraz, para revelar algo oculto; mas, reitero, não há mais profetas como aqueles. Quando alguém prega A Palavra revelada com honestidade, destreza, de certo modo profetiza, pela natureza da Palavra; “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou O Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Quem “ajeita” a interpretação, por conveniências rasas, desejo de agradar, alinhamento histórico com a heresia mor de sua denominação, etc. Se faz um falso profeta.

Além disso, a coisa certa em lábios errados também fica falsa. É necessário que a vida “profetize”, senão, de novo, “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16

Os falsos profetas terminarão no lixão da história; contudo, “os que a muitos ensinam a justiça, resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente.” Dn 12;3

“Amai para entendê-las; pois só quem ama pode ouvir as estrelas.” Olavo Bilac

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Os defeitos do Bolsonaro

 
“O que justifica o ímpio e o que condena o justo, tanto um quanto o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15


Sendo a vida, imenso teatro, tanto nossas ações são vistas pelos outros, quanto, as alheias, por nós. A pessoa pode decidir não “se meter” em nada; é direito particular. Mas, numa roda mais restrita, ou no foro íntimo, compactuará com algumas atitudes e depreciará outras; não tem como ser diferente. Não há neutralidade possível.


Como vimos acima, tanto nossa justificação, quanto, condenação, terão consequências perante O Eterno. Nesse sentido devemos entender o “... Bem-aventurado o que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22 Ou, noutras palavras, feliz aquele que aprova, apenas as coisas contra as quais não pesam condenações.


Quando defendo Bolsonaro, o faço por identidade de valores, sem sonegar eventuais restrições necessárias; não gosto da cegueira voluntária, da idolatria. Ele mesmo reconhece que falou coisas indevidas, precipitou-se, excedeu-se, escolheu mal, teve que reconsiderar, voltar atrás; afinal, não é perfeito. O que mais poderíamos esperar, no prisma moral, de alguém falho como nós?


Na verdade, muitos de nós são bem piores; a diferença é que ele é um homem público, tudo que faz vira manchete; sobretudo, algum erro; até onde não erra é atacado cinicamente pela maioria do “Jornalisme” atual.


Aí surgem edições dos piores momentos dele, como “pedras de toque” para aferir seu caráter. Será que é mesmo assim que se deve agir a bem da verdade e decência?


Pois, esses que montam tais edições e lançam na cocheira dos muares úteis, para que esses desfrutem, esquecem algumas coisinhas que convém lembrar: Diziam que O Bolsonaro não poderia ser eleito, porque perseguiria negros, gays, mulheres, solaparia às instituições, ameaçava à democracia... “Ele não!” Seu mandato está terminando quase; nada disso aconteceu.


Onde estão atuando “Indiana Jones e os caçadores do erro cometido” que passam ao largo desses erros de avaliação, calúnias, e escavam grutas antigas sepultadas pelos fatos novos?


Pior: Um erro derivado de uma intemperança verbal no calor do momento, como a discussão com Maria do Rosário, por exemplo, é diferente de uma coisa feita, fria, calculada e sistematicamente, como as campanhas contra Bolsonaro.


“Nunca antes na história deste país”, um homem governou sofrendo oposição da imprensa, do Congresso, STF, Governadores, e uma horda de “artistas” desmamados da Ruanet; tendo ainda, o concurso de uma pandemia, durante a qual, medidas insanas fomentadas pelos opositores se encarregaram de envilecer à economia; de quebra, tendo que administrar uma herança maldita de bilhões em dívidas, deixada pela quadrilha que o antecedeu.


Visto esse espectro todo, não dá para negar, ante a recuperação de grande parte da malha rodo/ferroviária, provisão, enfim, de água aos nordestinos, mediante a transposição e milhares de poços artesianos, o socorro a milhões de pessoas com o “Auxílio Emergencial”, fim do toma-lá-dá-cá, que entregava pastas e orçamentos de ministérios para partidos corruptos, a reforma trabalhista, etc. Não dá para negar que o resultado do trabalho do Bolsonaro é bastante satisfatório; exceto, para quem vivia de corrupção e viu estragado o seu “negócio.” 

Não sou idólatra do presidente, mas, me agradam seus feitos e me identifico com bandeiras que ele defende; Deus, família, valores cristãos, liberdade, democracia...


Olhando possíveis postulantes, nenhum chega a um décimo do que ele representa nesses valores que me são caros. Quando as “pesquisas” dizem que o único adversário “possível” seria o Lula, aí nem careço dos feitos do Jair para decidir; os do Lula são muito mais “eloquentes”.


Não é preciso que ninguém me diga o óbvio; que não posso impor minhas escolhas a ninguém, ou que cada um tem (ainda) liberdade de votar como quiser. Apenas, é próprio das pessoas inteligentes fundamentarem, mediante argumentos, suas escolhas; no caso de quem escreve, como eu, tornar públicos esses fundamentos.


Como parecerá aos olhos de cada um, isso não me diz respeito. Ninguém precisa pensar, nem parecido, comigo.


Dizem ainda que Bolsonaro está aquém da “Liturgia do Cargo”; pois, seria um tanto destemperado no falar. Quando penso nas falas de Dilma e Lula, jamais analisadas, nesse prisma, pelos críticos de agora, vejo uma filhadaputice a mais, desfilando com roupas de argumento. A veste não cai bem. Como também sou “mui malo” de liturgia e uso eventualmente uns palavrões, nem ligo.


Explicar-me-ei: Prefiro um destemperado com sabor de honestidade, a um refinado cheio das mesóclises como o Temer, e corrupto. Lula e Dilma, quando aprenderem o idioma lusitano serão analisados, por enquanto, deixa.


Enfim, com todos os defeitos dele, sou grato ao Bolsonaro pelo que ele fez e representa. “O coração ingrato assemelha-se ao deserto que sorve com avidez a água do céu e não produz coisa alguma”. Muslah-Al-Din-Saad
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Vida de gado


“Toda multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles... aconteceu que, quando voltou Jesus, a multidão o recebeu, porque todos O estavam esperando” Luc 8;37 e 40

Duas multidões antagônicas. Uma pedindo que O Salvador se afastasse; outra, esperando que Ele chegasse. Por quê essas unanimidades, tanto a favor, quanto, contra? Porque, malgrado, tenha sido criado ímpar, peculiar, individual, o ser humano tende a se tornar ave de bando. Ser condicionado pelo que os outros dizem ou fazem.

O que são os blá blá blás, dos tais “Influencers”, ou, os anúncios feitos por celebridades, das vantagens disso ou daquilo, senão, berrantes a chamar pelo rebanho?

As claques de auditório colocadas para “puxar” reações que os patrões desejam? As mirabolantes “pesquisas eleitorais” que asseguram que oito é oitenta, e vice-versa, com pretensões de precisão?

O insistente desfile das “páginas de fãs” de determinada “cantora” vulgar, de pornomusic, dizendo que a "música" da mesma está no top dos tops das galáxias? O clássico “Tantos milhões de pessoas não podem estar erradas.”

Quando um “Homo Sapiens” se atreve a “filosofar” diz que qualidade supera quantidade; porém, quando vive “in natura”, sem condimentos de saber alheio, faz isso; pousa na bosta porque bilhões de moscas não podem estar erradas.

Segundo filósofos antigos, “A multidão é um monstro acéfalo”; (sem cabeça) que pode ser conduzido por uma “corda” bem frágil. Os berros de um ou dois igualmente vazios que presumirem saber o que querem, ou, para onde vão.

Os mesmos que cantaram “Hosanas ao Filho de Davi” estendendo vestes e ramos diante Dele, quando entrou em Jerusalém num burrico, poucos dias depois, estimulados pelos gritos excitados de meia dúzia a serviço do Sinédrio gritavam: “Crucifica-o! Crucifica-o!” “É mais fácil, sem dúvida, enganar a uma multidão, que um só homem.” Heródoto

A excitação humana emanada das multidões é fogo que produz calor sem produzir luz. Por isso, o conselho da Palavra de Deus: “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito.” Ex 23;2 “Pontos cardeais” na Bússola Divina; não fazer o mal, nem torcer o direito; a despeito do que fizer, a multidão. 

O que “todo mundo está fazendo” costuma ser um apelo irresistível à alma humana; quanto mais jovem, maior esse apelo. Basta que três ou quatro colegas tenham um petrecho tecnológico mais hightec que o dele, por exemplo, e presto jovem pedirá um igual aos seus pais. “Também quero um; todo mundo já tem menos eu.”

Quando Pilatos tentou usar a multidão como agravante acusatório contra Jesus, O Senhor esqueceu da galera, e chamou o indivíduo à responsabilidade; “A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim...” Jo 18;35 “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” V 37 Como disse Paulo: “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

O que todo mundo faz é o ordinário, estéril, fácil. “Toda unanimidade é burra”, teria dito Nélson Rodrigues; ou, “Quando todos estão pensando o mesmo, ninguém está pensando grande coisa.” Benjamin Disraeli.

O Salvador desafiou os Seus à opção difícil, mas, vital, em lugar da fácil e suicida; “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição; muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

As multidões antagônicas do princípio tinham presenciado milagres de Jesus. Uma, a libertação de um possesso e precipitação de uma vara de porcos ao mar; outra, curas e multiplicação do pão. Ambas as situações evidenciavam O Poder do Salvador.

Mas, tendemos a reduzir O Eterno à nossa reles estatura; se Ele não operar segundo desejamos, quiçá permitir que uns porcos se percam, teremos “razões” para rejeitá-lo. Enquanto o ego, o si mesmo estiver no trono, O Salvador não entrará.

“Eis que Estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha Voz, e abrir a porta, Entrarei em sua casa...” Apoc 3;20 Abrir a porta do coração para a entrada Dele, significa amar; “Se alguém Me ama, guardará a Minha Palavra, e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Todo mundo faz inúmeras coisas indecentes, obscenas, imorais; nosso desafio, dos cristãos é andar na contramão, na Vontade de Deus. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2