domingo, 23 de janeiro de 2022

Argumentos da calúnia


“O sábio teme, e desvia-se do mal; mas, o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14; 16

Temos duas reações diante do mal; uma do que evita-o, desvia-se; outra, do que se irrita com a correção e se sente seguro. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que, o uso da violência, da agressão, onde deveríamos usar argumentos é admissão de culpa; ou, de falta de argumentos.

O senhor sofreu na face um “oponente” assim. “Tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; se bem, por que me feres?” Jo 18; 22 e 23

Vemos que, o uso da violência, da agressão, onde faltam ideias é um mal bem idoso.

“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute ideias.” Pv chinês. O que Salomão achara tolo, para os chineses é um medíocre, o que não o melhora em nada.

Tais religiosos tentam se lavar com água suja; digo, justificarem eventuais erros ancorados em presumidos erros alheios. Assim, os corruptos dum partido caçam desesperadamente os iguais de outras siglas; como se, achando-os, lhes justificassem.

Não que sejamos perfeitos, mas, nos apedrejam covardes, desqualificando de longe, imputando-nos coisas que desconhecem, frutos de sua maldade, não, de fatos. Sentem aversão a quem ensina; se o tal, em algum aspecto os contrariar.

Paulo, o grande apóstolo passou por algo semelhante. Cara a cara o temiam, mas de longe o acusavam. “Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação, não para vossa destruição, não me envergonharei. Para que não pareça como se eu quisera intimidar-vos por cartas. Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, a palavra, desprezível. Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais, seremos também por obra, estando presentes. Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que louvam a si mesmos; mas estes que medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.” II Cor 10; 8 a 12

Então, quando a santidade é tanta que chega a sentir certa ojeriza dos nossos pecados, talvez seja hora de conhecermos pessoalmente esses poços de virtude; estando eles no púlpito, nos assentarmos para o devido banho de sabedoria e santidade.

Duros tempos vivemos; onde o respeito sumiu; a calúnia parece se equiparar aos fatos. Longe de mim esteja a presunção de não ter erros; mas, igualmente distante fique a ideia de hipocrisia e falta de caráter.

O mesmo Paulo, que era valentão só por cartas vaticinou esses dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3; 1 a 5

Sim, embora se diga por aí que somos todos iguais, para Deus existem diferenças, “os bons”, na verdade, são pecadores que se arrependem; os réprobos seguem agarrados aos seus erros; esses merecem desprezo enquanto não se arrependerem. Cidadão dos Céus é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra aos que temem O Senhor;...” Sal 15; 4

O mesmo que despreza aos réprobos honra os servos de Deus, não emparelha tudo como se fosse um balaio de gatos. Um servo do Eterno não é dono da Verdade; mas, tem compromisso com ela, não com fingir hipocritamente visando agradar homens, como disse Pedro: “...Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4; 19 e 20

Vivemos a geração sem noção, que foi descrita nos provérbios. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

O triste disso tudo é que, quem os ensina visando afastar do erro o faz por amor, mirando edificação e é tratado como arrogante, presunçoso, hipócrita.

Certas coisas, só notamos o real valor quando faltam, como viu a beleza da casa paterna, o pródigo, só depois que estava entre os porcos.

“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17; 15 

Quem tem compromisso com a verdade não faz uma coisa, nem outra; antes, realça a diferença entre ambos.

Deus "Básico"


“... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” Jo 18;37

Já ouvimos: “Caso você acredite que Ele Existe e É, Ele é Deus; mas, se não acreditares, continua Sendo.” Assim, minha fé ou incredulidade mostra quem sou, não quem Ele É.

Aquela Fala de Jesus traz a mesma lógica. Ouvir ou não Sua Voz, mostra, simplesmente, quem sou. “Aquele que é da verdade ouve a Minha Voz.” Dos outros, disse: “Vós não credes porque não sois das minhas ovelhas...” Jo 10;26

Assim, para quem crê, não precisa explicações periféricas; para quem duvida, não adianta. O ensino é importante, explicações de entendidos ajudam clarear; mas só busca por essas coisas quem crê. Os demais, desprezam.

Um truque anexo à incredulidade é fazer parecer que estão em Deus as dificuldades, não, nos próprios limites, egoístas e mesquinhos, o problema.

O Eterno jamais se apresenta implorando que creiamos na Sua Existência. Declara-a e Sua Soberania, como auto evidente; até pelas Obras; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno poder, quanto Sua divindade, se entendem, e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Quanto ao que duvida, não perde muito tempo com ele, antes, descarta-o como tolo; “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1

Desse modo, eventuais óbices à reconciliação sempre estarão em nós; jamais no Senhor.

Entretanto, muito do que temos visto nas igrejas, deriva da “percepção”; que Deus, Suas Obras e Sua Bendita Palavra são insuficientes, para ensejar fé nas pessoas.

Daí, invés de um chamado para o culto ao Senhor, as “espertezas” humanas trazem um monte de “acessórios”; “Culto da Vitória:” culto de “Milagres e maravilhas”; das “Revelações do Senhor”, da “Quebra de Maldições”, etc. O Todo Poderoso “Básico” não é suficiente.

Chamamos básico, um automóvel, por exemplo, que traga estritamente os itens necessários ao seu funcionamento. Quando, além disso tem airbags, blue tooth, direção regulável, computador de bordo, etc. Esses acessórios visam incrementar, agregar valor e aumentar o apelo do referido bem.

Segundo A Palavra, como seria O Deus, “Básico”? “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não Encho os céus e a terra? diz o Senhor.” Jr 23;24 “A Voz do Senhor é Poderosa; a Voz do Senhor é cheia de majestade. A Voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano.” Sal 29;4 e 5

“Tu Sabes meu assentar e meu levantar; de longe entendes meu pensamento. Cercas meu andar, e meu deitar; conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.” Sal 139, 2 a 4

Mas, Jesus era menor... será? A Palavra ensina que Ele É “... o Resplendor da Sua Glória, (de Deus) Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3 Diz mais: que devemos ser “... enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;2 e 3

Amostras pontuais, gotas de um vasto oceano; mas, diante delas, qual “acessório” podemos anexar, para que O Altíssimo se torne mais “atraente”?

Paulo ensinou que a persuasão humana equivale a fazer vã a Cruz de Cristo. Todos esses penduricalhos desnecessários e fúteis, outra coisa não são, senão, artifícios humanos, uma pretensa esperteza comercial onde, honestidade, santidade e verdade bastariam.

Quem ousa apelar, anexando coisas ausentes na Palavra, também ousa prometer coisas que Deus não prometeu. 

Invés de crendice em falácias vãs, “Os teus estatutos têm sido meus cânticos na casa da minha peregrinação.” Sal 119;54

A perspectiva Divina nos promete aflições, passar dias difíceis; o “Único” alento será Deus conosco. “Quando passares pelas águas Estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

As “igrejas” mercantis de hoje, invés de ensinarem as pessoas a se manterem fiéis, mesmo na luta, ensinam a “usar a fé” para fugir das lutas, coisa que, vergonhosamente, chamam de “vitória.”

A fé não precisa de badulaques de fundo de quintal; a despeito de circunstâncias, conhece O Senhor, e isso basta; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a Voz do Seu Servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

As vitórias bíblicas ensinam vencer a si mesmo crucificando à carne; vencer o mal com o bem emulando desafetos; e vencer o mundo, ignorando seus artifícios multicores, olhando além. “... esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” I Jo 5;4

sábado, 22 de janeiro de 2022

O Sol e a lama


“Os fariseus e escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” Luc 15;2

Como seria se, O Salvador não recebesse pecadores? Salvaria a quem? Normalmente faz esse tipo de observação quem não se sente pecador. Os religiosos de então, equacionando religiosidade com santidade, coisas distintas. Como não há homem que não peque, esses, acrescentavam aos seus pecados, a falta de noção.

Embora se diga vulgarmente que, nossas companhias nos identificam, “diga com quem andas e direi quem és;” ou, o verso Bíblico: “Andarão dois juntos se, não estiverem de acordo?” Am 3;3

Existe grande diferença entre identidade e identificação. A primeira tem a ver com meu ser; a essência da minha personalidade, com meus gostos, escolhas, valores... quem sou.

Identificação é mais um estar, que um ser. Digo, tem a ver com minha compaixão, meu modo de agir, mais que, com meu caráter. Nela posso, mesmo discordando diametralmente do modo de ser de alguém, me identificar com sua necessidade e querer ajudar. Me assento com o tal, assisto-o em suas necessidades, sem adotar seus valores, seu modo de vida.

Porém, só me identifico de modo a querer comunhão, com quem me é semelhante. O andar inseparável de Jesus não era com os pecadores; “Aquele que Me enviou Está comigo. O Pai não Me tem deixado só, porque Faço sempre o que Lhe agrada.” Jo 8;29 “Eu e O Pai somo Um”, disse.

Então, se por Sua misericórdia O Salvador se assentava com pecadores, era porque se identificava com eles; com suas necessidades; todavia, em Seu Ser, havia enorme distância, dada Sua Santidade. “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, ‘Separado dos pecadores’, feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;26

Quando A Palavra nos prescreve a separação, “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1 veta que tenhamos identidade como a deles, de modo a nos sentirmos confortáveis com seus ambientes e ações; invés de sofrer o contágio dos maus, pois, somos desafiados a contagiá-los irradiando Cristo. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem Ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

A separação que devemos adotar em relação aos ímpios é de valores, não necessariamente geográfica. Paulo disse que tal coisa seria impossível; “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.” I Cor 5;9 e 10

Feita essa ressalva aconselhou a se manter distância dos cristãos falsos; “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão ou roubador; com o tal nem ainda comais.” v 11 Ou, importem-se com as necessidades dos ímpios, mas, não compactuem com a identidade dos falsos.

Nesses casos, os que se dizem irmãos são os que se saparam. Professam algo e fazem o seu oposto. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes; reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16 Como é a frase aquela? Ah! “O que és, grita tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.”

Quando orou pelos Seus, O Salvador fez diferença no ser, do estar; “... eles estão no mundo...” Jo 17;11 Todavia, “Não são do mundo, como Eu do mundo não Sou.” v 16

Onde estou, manifesta uma circunstância, identificação, necessidade; como atuo, deixa patentes os meus valores, sentimentos, identidade. O mundo ímpio tende a inverter valores; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; fazem do amargo doce, e do doce amargo!” Is 5;20

A necessária limpeza que A Palavra visa operar em nós tem nobre propósito. “... Cristo amou a igreja, e a Si mesmo entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a Si mesmo, igreja gloriosa...” Ef 5;25 a 27

Nossa obediência leva a nos identificarmos com Deus, mediante A Palavra; estabelecida e regenerada a identidade, Ele mesmo faz questão de andar conosco; “... Se alguém me ama, guardará Minha palavra, e Meu Pai o amará; Viremos para ele, e faremos nele morada.” Jo 14;23

Cristo, se assenta com pecadores porque os ama; desafia-os ao arrependimento, porque Ama a justiça; faculta meios para a edificação, porque Ama à Santidade. Ele ensinou: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Negacionista; não nego


“Então Satanás respondeu ao Senhor: Pele por pele, tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.” Jó 2;4

Embora o registro desse verso esteja na Palavra de Deus, trata-se da oposição falando. Nesse caso, a mudança de Sujeito traz também alterações no predicado. O que Deus chama de vida, não é, necessariamente, o mesmo que o inimigo chama.

Somos desafiados em Cristo a darmos tudo em submissão, pela vida eterna, “Negue a si mesmo”; infelizmente o número de salvos é pífio, em proporção aos que se perdem. Logo, a “lógica” acima não se verifica.

No entanto, o conceito de “vida” da oposição não vai além da esfera física; nesse escopo, as pessoas são capazes de grandes renúncias, para preservação da existência. Chegam a filosofar: “Vão-se os anéis (bens) ficam os dedos (vida).”

Suponhamos que o inimigo anele um reino global para chamar de seu; mas, dada a diversidade cultural, étnica, geográfica, sociológica, religiosa, etc. Qual apelo ele poderia usar de modo a unificar esse mosaico enorme? (Ah a diversidade religiosa está sendo arranjada, em parte, pelo Papa, com a construção do famigerado ecumenismo.) Mas, quanto ao demais?

Ah, lembrei: “Pele por pele, tudo que o homem tem dará pela sua vida.”

Sim, um pretexto que acene com a preservação da vida de todos, malgrado padeça falta de comprovação, se for cantado em prosa e verso pela mídia prostituta, até se tornar “verdade”, transformaria aos que resistem em “inimigos da vida”, insanos expostos ao descrédito pelos demais. Os “negacionistas”.

Embora esteja patente que se trata de controle, dominação, não de saúde, os vacinófilos não se dão ao trabalho de pensar; se, a coisa imuniza mesmo, não têm nada a temer; se, evitar a agulha nos expõe a riscos, é um direito nosso, como é o deles de pensar diferente. Liberdade a todos.

Todavia, liberdade não é um valor caro ao império global em gestação; cogitam proibir ambientes, eventos, circulação, votar, aos que não venderem a eles suas liberdades.

A cabeça do “Polvo” inda está camuflada mas, seus tentáculos são bem visíveis. Imprensa, políticos venais, apostasia religiosa, ONU via OMS, UNICEF, Net e derivados, fundações ecologistas... e o pior: Uma multidão global de anencéfalos que, no ápice da incapacidade de pensar logicamente, persegue seus iguais que pensam diferente, sem discernir quem toca o berrante que os atrai.

Não negamos o valor da vida, nem a importância dos cuidados com ela; apenas, nos negamos a condescender com imposições totalitárias e fraudulentas; ainda, submeter nossas saúdes a experimentos de alto risco, cujo benefício, se é que houve algum até agora, é duvidoso. Pele por pele, tudo o que temos damos pelo nosso direito à liberdade de escolha, e consciência. Nesse caso sim: Nossos corpos, (e vidas) nossas regras.

Deus, O Eterno e Todo Poderoso faculta escolhas; “... te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe pois, a vida...” Deut 30;19

Quem a oposição pensa ser, para nos tirar isto? Sei que sou responsável pelas consequências das minhas escolhas. Quem se responsabiliza pelas consequências do experimento que está sendo imposto, caso se revele danoso, como indícios já apontam?

Estão cavando sepulcros com agulhas e elas cavam bastante. Aumentam a coisa exponencialmente e as mortes não diminuem. Serve para quê?

Ora a vida humana, na esfera dos cuidados que derivam de ações políticas, sempre foi refém do descaso, nos acostumamos com reportagens mostrando corredores de hospitais abarrotados de leitos; pois, os governos, invés de investir em saúde tinham outras “prioridades.” Mas agora, finalmente querem nos “cuidar”.

Basta comparar os salários dos médicos, pesquisadores, cientistas, com os de jogadores de futebol, funkeiros, MCs, etc. Para constatar o que vale ouro, e o que é secundário na sociedade atual.

Contudo, assim, num passe de mágica uma onda global de consciência coletiva nos tomou; de repente, a saúde saiu da empoeirada gaveta do descaso, e foi guindada ao pódio das prioridades humanas. Ou, um portal sublime se abriu e nos fez dar imenso upgrade como seres conscientes e engajados no bem comum, ou trata-se de colossal engano.

Nascemos inclinados a toda sorte de pecados; mentira, roubo, adultério, promiscuidade, engano... e ajudados pelo Espírito Santo, negamos essas inclinações por Amor de Cristo, O Senhor.

Ele, amorosamente nos fez nascer de novo, revitalizando nossa consciência, antes mortificada pelo pecado; irmos contra sua luz seria como contrariarmos a Deus.

Se o aplauso mundano tivesse peso, não estaríamos em Cristo. Quando nos acusam de não alinhados, testificam que somos peregrinos; essa é a ideia.

A diferença é, “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” Jo 14;17

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

A água que inda resta


“Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor.” Sal 68;32

Já li espíritas dizendo que Jeová era apenas um Deus tribal dos Hebreus; tal qual, tantos povos circunvizinhos tinham. O autor afirmou isso sem nenhum escrutínio das Escrituras, o menor texto que fosse, que embasasse isso. Mesmo que tivesse um, sem o devido contexto, seria mero pretexto, como dizem os mestres de teologia.

Um mensageiro Assírio, exigindo a rendição de Jerusalém disse que o povo não confiasse em Ezequias se ele dissesse que seu Deus os livraria; pois os deuses de muitas nações vizinhas nada puderam; “Não vos engane Ezequias, dizendo: O Senhor nos livrará. Porventura os deuses das nações livraram cada um sua terra, das mãos do rei da Assíria?” Is 36;18

O rei orou: “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obras humanas, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra, que só Tu És O Senhor.” Is 37;18 a 20

Um exame profundo das Escrituras não faz parte da doutrina espírita; se assim o fizesse implodiria, chocando-se com muitos escritos.

Embora O Eterno tenha escolhido Israel como povo para representá-lo, nunca teve como alvo o “povo eleito” apenas. Quando da chamada de Abraão, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da Terra.” Que estranho Deus particular, cujos alvos se estendiam a todas famílias e povos!!

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes Minha Voz e guardardes Minha Aliança, então sereis Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda terra é Minha. Vós Me sereis um reino sacerdotal, povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.” Ex 19;5 e 6 “Toda Terra é Minha.” Mais um trecho que elimina a doentia e falaciosa ideia de deus tribal.

O povo escolhido seria uma propriedade peculiar para um propósito especifico; “reino sacerdotal.” O que é um sacerdote, senão, um mediador entre Deus e o homem? Um reino sacerdotal visava todo um povo, cujo modo de vida e culto pudesse atrair os demais povos ao Criador.

Israel falhou; muitas vezes perdeu-se na busca de imitar circunstantes, invés de viver de um modo tal, que ensejasse ser imitado por aqueles. O Eterno denunciou: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão! justiça, eis aqui clamor!” Is 5;7

Por Israel ter se tornado uma vide degenerada, que O Descendente de Abraão, Jesus Cristo, ao vir, afirmou: “Eu sou a Videira Verdadeira, Meu Pai é O Lavrador.” Jo 15;1

Então, quando Davi compôs um verso tão “mundial” como vimos ao princípio, “Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor.” Estava, pelo Espírito de Deus, repercutindo um anseio do Eterno; que todas as nações O reconheçam com O Criador, dando-lhe o devido louvor.

Infelizmente, não será em nome do amor a Ele que a terra se unirá breve; antes, se amotinará visando banir o menor traço do Eterno, e Seu Ungido. Davi inspirado previu isso; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;1 a 3

Suas “ataduras e cordas” são metáforas, para se referir aos Seus Ensinos, Sua Doutrina. Por enquanto, Sua Palavra é escarnecida, blasfemada, falsificada, desacreditada; mas, em breve será proibida. Usarão toda sorte de pretextos já “registrados em cartório” “fundamentalismo, radicalismo, preconceito, discurso de ódio.” para calar nossas vozes pelo “bem comum.”

Quando a água secar, muitos que agora a desprezam aprenderão tardiamente, o seu valor. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro mar, do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Amós 8;11 e 12

Para os prudentes que, em tempo, fazem o bom depósito, não haverá como extirpar o que trazem dentro de si; “aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Resta um tiquinho de tempo ainda; que tal aproveitar? “... quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apoc 22;17

domingo, 16 de janeiro de 2022

Rumo ao norte


"Aguardo ao Senhor; minha alma o aguarda; espero na Sua Palavra.” Sal 130;5

A prioridade; “Aguardo ao Senhor.” O primeiro dos mandamentos é amar a Deus sobre todas as coisas. Quem Dele se aproxima por coisas, não por Ele, ainda traz o si mesmo, latente, não mortificado, como deveria. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

Como num casamento com comunhão de bens, ambos os consortes acabam donos de tudo o que possuem. Assim, aquele que se faz um com O Pai, em tempo, também herdará Dele. Todavia, até no raso nível humano se despreza um casamento por interesse material, não por amor.

O que dizer de pretenso relacionamento com O Eterno, onde o egoísmo insano também seja patrocinador? A Palavra ensina: “Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar...” Is 55;6 Diz mais: “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 Mais que “aguardar” passivamente, pois, somos instados a Buscar por Ele.

Não que as coisas necessárias ao conforto da vida sejam más; porém, quando se fazem prioritárias, são indícios de que o sentimento ainda é egoísta, doentio. “... buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua justiça, e todas estas coisas (necessárias) vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Na oração do “Pai Nosso” como chamamos, essa prioridade ficou patente também; “Santificado seja Teu Nome, venha Teu Reino, seja feita Tua Vontade...” antes de pensar nas minhas coisas; meu pão, meu perdão, livramento.

Davi (não obstantes seus pecados) foi chamado de homem segundo o coração de Deus, isso porque, desejava a Ele, mais do que, coisas. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” Sal 42;2

Se, como disse alguém, todo homem traz dentro de si um vazio com o Formato de Deus, os que forem sábios hão de querer essa Plenitude, antes de coisas periféricas, que até ímpios possuem.

“A minha alma O aguarda”. Interessante construção. Fala de si mesmo como se houvesse em si duas pessoas; ele e sua alma. Bem, se não são duas pessoas, são dois aspectos distintos de uma. Na verdade, somos três em um; corpo, alma e espírito. Isaías disse: “Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te...” Is 26;9

Sabem os que conhecem As Escrituras que a morte espiritual não equivale à inexistência; antes, à separação de Deus. Toda criatura, salva ou não, possui uma alma, e um espírito. A diferença é que, os salvos, “Nasceram de novo, da água (palavra) e do Espírito (Santo).”

Nos perdidos, o espírito existe, mas “não apita nada”; sua faculdade que filtra valores segundo O Criador, a consciência, está cauterizada. Como se, falhasse no painel do carro, uma luzinha que deveria alertar quando certo componente oscilasse; o motorista seguira dirigindo avariado, alheio ao problema. Assim os mortos espirituais, rumam à perdição pecando “sem culpa” pelo silêncio da consciência, sepultada nos hábitos pecaminosos da alma.

Negar a si mesmo implica nisso; tirar o comando dos atos que sempre esteve com a alma, ouvir e obedecer ao Espírito regenerado, pelo Feito de Cristo. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo O Espírito.” Rom 8;1

A Alma foi criada para ser serviçal do Espírito; quando da queda o espírito morreu, ela assumiu o comando, e se esbaldou na carne; passou a levar cargas que não eram suas. Por isso, a sensação de um novo convertido é de leveza, alívio gostoso, que chamamos “primeiro amor.” “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

“Espero na Sua Palavra.”
Todos os dias pipocam nas redes sociais os feitos dos caçadores de “sinais” que veem a ação do inimigo aqui, ali; potencializam o sensacionalismo calculado onde “descobrem” que “O mundo jaz no maligno.” Cáspita!! O Salvador disse: “Passarão os Céus e a Terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.”

Que importa se, muitos escandalizam, os zombadores parecem ter razão, os centros acadêmicos escarnecem, ateus provocam? 

Não precisamos de uma tsunami por dia, um vulcão aqui, um desmoronamento acolá. A Palavra diz como as coisas serão, e isso basta. “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará...” Is 34;16

Não significa que devamos ignorar sinais. Mas, para a fé verdadeira A Palavra é fiadora; o que mais vier será gorjeta.

Se O Senhor for nossa prioridade, nossa alma será submissa ao Espírito, A Palavra será a bússola; o norte, a salvação.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Sede de justiça


“Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga minha causa.” Lam 3;59

Rejeitado como porta-voz do Senhor, Jeremias fora agredido, preso, humilhado; agora, ante uma cidade arrasada, irmãos cativos na Babilônia, coisas que profetizara em tempo de se evitar e não fora ouvido, compunha seus tristes cânticos, as Lamentações de Jeremias.

“Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram...” Ele não estava perguntando se O Eterno vira; antes, afirmando. Sabedor da Onisciência Divina, segundo ela se portava. “Julga minha causa.”

Quando O Salvador declarou: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça...” referiu-se aos que, mesmo sofrendo injustiças várias, não partem para um revide, antes, entregam o juízo a Quem de direito: O Senhor. “Julga minha causa.”

O “juízo” alienado do Eterno traz em seu bojo uma maldição. Ao desconsiderar o Veredicto do Juiz dos Vivos e dos Mortos, quem assim faz acaba age no conselho da oposição; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Poderia parecer bem aos dirigentes da Igreja primitiva a morte de Saulo de Tarso; quando esse os perseguia feroz. Aos Olhos Divinos coisas maiores deveriam ser feitas e foram, como sabemos.

Aos que servem ao Senhor, pois, se ordena que renunciem ao “modus operandi” do mundo, de onde presumivelmente saíram, para, só depois serem partícipes do “Segredo do Senhor.” “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Afinal, “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

Portanto, além de ensejar uma inversão blasfema, a presunção de sermos agentes da justiça, muitas vezes a coisa se revela contraproducente também. Se, a opção pelo pecado que rompia com O Criador trouxe maldição, perseverar na causa, necessariamente fará perseverante, também, a consequência. De outro modo; seguirmos colocando nossos anseios em lugar da Vontade Divina, isso fará seguirmos sob maldição.

O mesmo Jeremias dissera: “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia No Senhor, cuja confiança é O Senhor.” Cap 17;5 a 7

Se, a maldição da autonomia profana, de certa forma cega seus pacientes, “... não verá quando vem o bem;” por certo a bênção nas vidas que se submetem ao Salvador permite ver além do que está latente, seja o bem, seja o mal.

Como o prisioneiro José, no Egito que, farto de injustiças manteve sua confiança obediente. Chegado o tempo aprazado pelo Eterno, a ele foi facultado ver catorze anos de história, ainda porvir, na célebre interpretação do sonho de Faraó, que nenhum outro “sábio” conseguiu.

Dada a atuação do servo do Eterno, o soberano, invés de ver um homem acima da média viu Deus nele; “Disse Faraó aos seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja O Espírito de Deus?” Gn 41;38

Uma pergunta retórica que trazia embutida a resposta: Não há outro igual.

Quando O Salvador ordenou aos Seus que oferecessem a outra face a quem lhes ferisse, não tinha em mente um masoquismo doentio, tipo gostar de apanhar; antes, ensinar que deixemos o juízo com Deus; demos outras oportunidades aos que agiram impiamente para conosco. O ímpio mesmo. O falso cristão a Palavra ensina nem comer junto.

Jeremias viveu no contexto do Antigo Testamento; todavia, no Novo, as coisas tendem a um crescimento. Jesus agonizando na cruz orou: “Pai, perdoa-lhes; eles não sabem o que fazem.” Estêvão morrendo apedrejado seguiu caminho semelhante: “... Senhor, não lhes imputes este pecado.” Atos 7;60

Não significa isso, que o Senhor não julgará pecadores não arrependidos com devida justiça; tais atos apenas patenteiam a grandeza espiritual de quem, habitado pelo Espírito Santo, consegue perdoar coisas desse calibre.

Se, a atuação de José deixou “visível” O Espírito Santo pela Luz irradiada, esses casos O deixam também, pelo amor.

Se, parece que nossas causas passam alheias Ao Eterno, lembremos: Sendo Eterno, não sofre limitações temporais. Quando julgar será notório; “... um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor e lembraram Seu Nome. Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e quem não serve.” Ml 3;16 a 18