domingo, 23 de janeiro de 2022

Argumentos da calúnia


“O sábio teme, e desvia-se do mal; mas, o tolo se encoleriza e dá-se por seguro.” Prov 14; 16

Temos duas reações diante do mal; uma do que evita-o, desvia-se; outra, do que se irrita com a correção e se sente seguro. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que, o uso da violência, da agressão, onde deveríamos usar argumentos é admissão de culpa; ou, de falta de argumentos.

O senhor sofreu na face um “oponente” assim. “Tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; se bem, por que me feres?” Jo 18; 22 e 23

Vemos que, o uso da violência, da agressão, onde faltam ideias é um mal bem idoso.

“O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute ideias.” Pv chinês. O que Salomão achara tolo, para os chineses é um medíocre, o que não o melhora em nada.

Tais religiosos tentam se lavar com água suja; digo, justificarem eventuais erros ancorados em presumidos erros alheios. Assim, os corruptos dum partido caçam desesperadamente os iguais de outras siglas; como se, achando-os, lhes justificassem.

Não que sejamos perfeitos, mas, nos apedrejam covardes, desqualificando de longe, imputando-nos coisas que desconhecem, frutos de sua maldade, não, de fatos. Sentem aversão a quem ensina; se o tal, em algum aspecto os contrariar.

Paulo, o grande apóstolo passou por algo semelhante. Cara a cara o temiam, mas de longe o acusavam. “Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação, não para vossa destruição, não me envergonharei. Para que não pareça como se eu quisera intimidar-vos por cartas. Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, a palavra, desprezível. Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais, seremos também por obra, estando presentes. Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que louvam a si mesmos; mas estes que medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.” II Cor 10; 8 a 12

Então, quando a santidade é tanta que chega a sentir certa ojeriza dos nossos pecados, talvez seja hora de conhecermos pessoalmente esses poços de virtude; estando eles no púlpito, nos assentarmos para o devido banho de sabedoria e santidade.

Duros tempos vivemos; onde o respeito sumiu; a calúnia parece se equiparar aos fatos. Longe de mim esteja a presunção de não ter erros; mas, igualmente distante fique a ideia de hipocrisia e falta de caráter.

O mesmo Paulo, que era valentão só por cartas vaticinou esses dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3; 1 a 5

Sim, embora se diga por aí que somos todos iguais, para Deus existem diferenças, “os bons”, na verdade, são pecadores que se arrependem; os réprobos seguem agarrados aos seus erros; esses merecem desprezo enquanto não se arrependerem. Cidadão dos Céus é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra aos que temem O Senhor;...” Sal 15; 4

O mesmo que despreza aos réprobos honra os servos de Deus, não emparelha tudo como se fosse um balaio de gatos. Um servo do Eterno não é dono da Verdade; mas, tem compromisso com ela, não com fingir hipocritamente visando agradar homens, como disse Pedro: “...Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” Atos 4; 19 e 20

Vivemos a geração sem noção, que foi descrita nos provérbios. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

O triste disso tudo é que, quem os ensina visando afastar do erro o faz por amor, mirando edificação e é tratado como arrogante, presunçoso, hipócrita.

Certas coisas, só notamos o real valor quando faltam, como viu a beleza da casa paterna, o pródigo, só depois que estava entre os porcos.

“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto o outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17; 15 

Quem tem compromisso com a verdade não faz uma coisa, nem outra; antes, realça a diferença entre ambos.

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