sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

As leis dos homens


“Tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis, nomeia magistrados e juízes, que julguem todo o povo que está dalém do rio; a todos os que sabem as Leis do teu Deus; ao que não as sabe, lhe ensinarás.” Ed 7;25

Esdras enviado por Artaxerxes para restaurar o culto e observância da Lei de Deus; “Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de Jerusalém, conforme à Lei do teu Deus, que está na tua mão;” v 14

Foram restituídos os vasos do templo, muitas ofertas e doações concorreram; ainda, ordenou o rei, que se desse ao sacerdote Esdras, tudo que ele pedisse, conforme as necessidades.

Malgrado, a ordem tenha partido do rei da pérsia, os parâmetros para juízo “dalém do rio”, eram os preceitos da Lei de Deus. “Nomeia ... todos os que sabem as Leis do teu Deus, ao que não as sabe, lhe ensinarás.”

Que diferença entre aquele padrão e os juristas do mundo! Esses fazem bacharelado, doutorado, mestrado... tudo o que é possível haurir nos bancos colegiais; formados, uns prestam concursos para carreiras públicas, outros se estabelecem autônomos, para, segundo as leis dos homens, defender o direito de quem os procura.

As leis humanas muitas vezes são casuísticas, parciais, preconceituosas até, como as cotas raciais. 

Isaías apresenta a maldição consumindo à Terra por terem os homens mudado o que não deveriam. “A terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra; os que habitam nela são desolados;” Is 24;5 e 6

Aos magistrados de então, a Lei Divina bastaria. Isaías mencionou um “curso de direito” que faria durante a noite; “Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os Teus Juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9 Orar de madrugada para aprender justiça.

No contexto imediato vemos que o óbice ao aprendizado não era alguma limitação intelectual, antes, moral; “Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça...” v;10 A impiedade como modo de vida tolhe o aprendizado. Ela é uma escolha, não uma necessidade; e não se pode escolher justiça e seu oposto, ao mesmo tempo.

A virtude não é desprezada porque não se apresente devidamente como é; mas, além de ser um tribunal de apelação aos justos, ela acaba sendo um desafio que, os que escolhem o mal se recusam a aceitar. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” I Jo 3;19 e 20

Seguir no “conforto” do mal indispõe muitos, ante o desafio da justiça. Nunca é uma escolha sábia, embora, usual.

Pois, a sabedoria está consorciada com a retidão; a vida segundo o império da justiça. “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo...” Prov 2;7 e 8

A menção da “verdadeira Sabedoria” implica a existência da falsa. Paulo fez essa distinção também; “Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas, falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;6 e 7

Conhecer à Lei de Deus e segundo ela viver, não é algo de pequena monta; coloca os ditosos que assim fazem, acima dos príncipes do mundo. “Tu, pelos Teus Mandamentos, me fazes mais sábio que os meus inimigos; pois estão sempre comigo. Tenho mais entendimento que todos meus mestres, porque Teus Testemunhos são minha meditação.” Sal 119;98 e 99

Nos dias sombrios atuais, a perversão entrou tão fundo na mata, digo; a inversão de valores grassa de tal forma, que, viver e valorar decisões segundo A Lei do Senhor, coloca-nos em diametral oposição com o sistema; e pasmem! Em muitas “igrejas” o “politicamente correto” parece mais respeitável que A referida Lei.

Segundo a lei dos homens um ladrão está apto a concorrer à presidência; em Cristo, apenas concordar com isso já me faz culpado; “Quando vês o ladrão, consentes com ele...” Sal 50;18 “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

Nenhum comentário:

Postar um comentário