domingo, 5 de dezembro de 2021

Os Santos e o Natal


“Ser-me-eis santos, porque Eu, O Senhor, Sou Santo; vos Separei dos povos, para serdes Meus.” Lev 20;26

Entre as muitas coisas deturpadas, corrompidas ao longo do tempo, está a ideia da santidade.

Para o catolicismo, tal reconhecimento se dá pós mortem, o candidato precisa “operar” no mínimo dois milagres reconhecidos pela Igreja; após devido processo canônico ele é declarado santo, promovido a intercessor/mediador. A Palavra de Deus permanece, sisuda: “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Isso seria consulta aos mortos, uma alternativa espúria, invés de se consultar a Deus. “... Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra é porque não há luz neles.” Is 8;19 e 20

O Espiritismo promete a “presença” dos mortos, através dos médiuns; o catolicismo crê na intercessão deles; em ambos os casos, se deixa de orar ao Deus Vivo para rogar aos mortos.

No Velho Testamento esse erro sofria pena capital. “Quando algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles.” Lev 20;27

O conceito bíblico de santidade é separação. “Dei-lhes Tua Palavra, o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não Sou do mundo.” Jo 17;14 

A Palavra de Deus como diretriz enseja o ódio do mundo. Se, o mundo impõe as seus o tal de “politicamente correto”, O Eterno prescreve aos Filhos, o espiritualmente sadio.

Não se pretende por santidade a perfeição. Mas, o compromisso com Aquele que É Perfeito; entrega a Ele para que Seus valores sejam paulatinamente implantados em nós; a santificação. “Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor.” Is 55;8

Portanto, um santo de Deus não precisa que um ente querido “volte da morte” e “psicografe” instruções de como as coisas são. A fé na Palavra revelada já lhe diz tudo o que precisa saber. Aos demais a Palavra desfila inócua, malgrado, Seu Poder. “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2

Quando um morto pediu algo assim, foi vetado; apontadas como bastantes, as Escrituras existentes. “Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem Moisés os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” Luc 16;29 a 31

Acaso não temos O Senhor ressuscitado, com Seus Ensinos vitais, deixado de lado, preterido em prol de um fantoche rubro? Um mar de luzes hipócritas disfarçando as trevas morais que cobrem a Terra?

Como vemos, o problema não é falta de informações espirituais, de modo que, se isso fosse suplementado as pessoas passariam a crer; a doença é a rígida incredulidade, que, nem se receber algo mais, se tornará um pouco menos.

O arraial dos santos tem seus problemas; as igrejas são compostas de pessoas ruins, pecadores buscando arrependimento e forças em Jesus, para a crucificação das perversas tendências.

Todos os “santos” cometem erros de conduta; mas são “perfeitos” em princípio. Como assim?
Erro de conduta é quando ajo em desacordo com a Doutrina que creio. Devo me arrepender então. Mentir, por exemplo. Erro de princípio é quando valido ensinos que O Santo abomina. Como ser favorável ao aborto, ideologia de gênero, casamento gay...

Mesmo O “Natal” é uma sedução comercial mundana, na qual muitos santos erram. Não há data do Nascimento de Cristo, tampouco, ordem para que se comemore; devemos celebrar à Sua Morte; foi ela que deu sentido ao Seu “Nascimento”; “... fazei isto em memória de mim.” I cor 11;24

O peso de uma imposição cultural supera à Bíblia para incautos que presumem agradar a Deus e ao mundo. Cadê a separação esperável dos santos? “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

“Santos” com suas árvores iluminadas esquecem qual Luz devemos irradiar. Há poucos kms de onde vivo um conhecido “Pai de Santo” promete uma “ceia de Natal” para mil pessoas. Aquilo que a oposição também faz, não combina com a separação esperada dos santos.

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas?” II Cor 6;14

sábado, 4 de dezembro de 2021

Arme-se do Livro


“Persiste em ler...” I Tim 4;13

“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.” André Maurois

Há um proveito derivado da leitura em si; outro, dos novos horizontes possíveis.

Paulo, óbvio, tinha em mente o aperfeiçoamento do pupilo nas coisas do Senhor; pois, disse: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem A Palavra da Verdade.” II Tim 2;15

Mas, deixando a preocupação apostólica, meditemos um pouco no hábito da leitura. Ela enseja um desenvolvimento cognitivo maior; ampliação das potencialidades cerebrais, enriquecimento vernacular, etc. a despeito do teor do que se esteja lendo.

Quanto aos novos horizontes, esses demandam certa qualidade do texto; pois, invés de ser uma ferramenta necessariamente libertadora, a leitura de maus autores que visam cooptar, invés de instruir, pode estreitar inda mais os horizontes. Há uma grande diferença entre um autor expor seu pensamento desejando que leitores livres, se identifiquem, com outro, impondo seu prisma, dogmaticamente, desfazendo do contraditório e anelando que cegamente o sigam. O primeiro busca iluminar, ensejar ciência; o segundo deseja apenas crença.

Ocorre-me um pensamento de Heráclito; vou citar com minhas palavras, as ideias dele; “Num pleito filosófico ninguém tem direito de dizer que o postulado adverso é falso porque o seu é verdadeiro; pois, o outro poderia dizer as mesmas palavras arrastando a questão insolúvel ao infinito. O falso deve ser demonstrado como falso em si mesmo, não por se opor a um presumido verdadeiro, e vice-versa".

Assim, se a leitura em si é um bom hábito, a leitura de maus livros será ainda um bom hábito, porém, a serviço de maus motivos.

Um cristão maduro poderá ler o que quiser, sem nenhum contágio; “Examinai tudo e retende o bem,” é o preceito. Li o Alcorão, o Livro de Mórmon, Evangelho Segundo o Espiritismo, Numerologia, Poder da Mente, etc. Tudo o que desafinou ou se opôs à Palavra da Vida descartei sem problemas. Claro que, para agir assim necessitamos um domínio satisfatório do quê, as Escrituras tratam.

Muito se falou da leitura como alternativa às armas para cidadãos de bem. “Livro-me de armas, armo-me de livros!” era o mantra.

Boa leitura é alternativa à ignorância, ou, mero lazer; armar-se para fruir direito de defesa da vida é uma decisão moral, a despeito da estatura intelectual, de quem, assim o faz. Se a leitura dos tais, não logrou nem diferir o cognitivo do volitivo serviu para quê? Quiçá, se armaram de livros sem munição.

A moral seletiva dos que não se incomodam com armas pesadas nas mãos dos criminosos, mas querem vetar as medianas aos cidadãos ordeiros é só mais uma cor, no múltiplo arco-íris da hipocrisia atual.

Esses que fazem severas críticas às “armas” do Presidente Bolsonaro feitas com os dedos, fizeram estrondoso silêncio, quando, no Governo anterior “Universitários” drogados e nus enfiavam os dedos no “buraco da bala” um do outro em nome da “arte”.

Pois, esses “ranços burgueses” como lógica, coerência, moral, ética, probidade, valores, família, são coisas que eles precisam “desconstruir”; nomezinho canalha para parecer menos agressivo que destruir, embora sua seta aponte na mesma direção.

Há patifes togados e mandatados, que fazem danos enormes com uma caneta. As “arminhas” do Jair só evocam bom humor. Assim, certo domínio no reino do conhecimento acaba nocivo nas ações dos que não conseguiram ainda, um naco de domínio próprio, suficiente para requerer honestidade intelectual.

Paulo foi acusado de ter enlouquecido pelo efeito “nocivo” das letras, quando ousou enfrentar num tribunal, o status quo religioso, apostatado; “Dizendo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar.” Atos 26;24

Há distinção entre conhecimento e sabedoria; aquele pode ser buscado e adquirido por qualquer um; essa é dom de Deus. Como O Eterno É Cauteloso, primeiro limpa os vasos, antes de acondicionar neles a precioso perfume do saber; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

Letras perdem espaço a cada dia nessa geração vídeo. Infelizmente a Fonte secará, só então saberão o quê, desprezaram. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir As Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro mar... correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8;11 e 12

Por ora, ainda vale: “... quem quiser, tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

Almas na Mão do Oleiro


“Ninguém há que invoque Teu Nome, que desperte e te detenhas; porque escondes de nós o Teu Rosto, nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades. Mas agora, ó Senhor, Tu És nosso Pai; nós o barro e Tu nosso oleiro; todos nós a obra das Tuas Mãos.” Is 64;7 e 8

“Tu escondes de nós o Teu rosto... por causa das nossas iniquidades...”
Antes dissera: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Cap 59;2

Atuando como profeta lhe cabia denunciar à maldade do povo, “vossas iniquidades”; orando e intercedendo se identificava com a miséria circunstante; “nossas iniquidades”.

Quando observou: “ninguém há... que se desperte e te detenhas...” não pensava em alguém com poder para inibir O Todo Poderoso; antes, num intercessor em comunhão com Ele, cuja intercessão fosse ouvida; como o Mesmo Senhor disse mediante Ezequiel, em cenário semelhante de apostasia. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém Achei.” Ez 22;30

Assim, onde a justiça está em dura escassez, a “Oração de um justo pode muito em seus efeitos.” Tendemos a esperar esses efeitos poderosos em nossos pleitos rasos e egoístas, achando que, orando nesse espírito, seríamos “justos” aos Olhos Divinos.

Se, “não há um justo sequer.” Há os que, graciosamente foram justificados em Cristo; desses se espera que se identifiquem com os valores e aspirações do Reino, mais que, o mero cuidado com coisas particulares.

Quando diz que Ele É O Oleiro, nós somos o barro, isso é mera figura de linguagem, identificando Criador e criatura na devida hierarquia. O Eterno não está mais moldando Adões com Suas Mãos.

Molda ouvintes mediante Sua Palavra, uma vez que nos fez arbitrários e respeita nossas escolhas, mesmo discordando delas. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33 Notemos que o "barro" a ser “moldado” carece de ouvidos atentos.

Quando O Senhor mostrou o oleiro trabalhando, ao profeta Jeremias, o fez no momento em que um vaso se quebrou na mão dele e ele fez outro. Jr 18;4 Quando disse que pode fazer o mesmo, não significa que Ele sofrerá indefinidamente nossas rebeliões e apostasias; antes, que se recusarmos a ser moldados como Ele quer, permitirá que nos quebremos e novos vasos ocupem um lugar que Ele tencionara para nós. “Quebranta aos fortes, sem que se possa inquirir, põe outros em seu lugar.” Jó 34;24

Muitos ditos cristãos, ainda não entenderam o significado do Excelso Nome dado como fiador das nossas orações. Leem como se fosse um “abracadabra”, uma palavrinha mágica que abre portas. Pedir ao Pai em Nome de Jesus, significa, identificado com Ele, no Mesmo Espírito e obediência.

Paulo ensina: “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Os que são Seus, (de Deus) agora, não têm uma linhagem sanguínea como os do Antigo Testamento; a identidade do “povo eleito” em Cristo é espiritual; “Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;21 a 24

Despojos eram os “saldos” de guerra. Quando um inimigo era vencido, os bens que possuía passavam ao vencedor, eram os tais. Para conquistar os despojos do velho homem, as coisas que ele tinha como bens, carecemos que ele seja derrotado primeiro; eis o papel da cruz!!

Enfim, de modo profético podemos até denunciar iniquidades alheias, como fez Isaías, orando devemos ser ciosos das nossas.

Nossos pecados confessados, dizia Spurgeon, são como vistosas frutas expostas na feira; no “pomar” resta ainda muito mais. Bem faríamos em orar como Davi: “Quem pode entender seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.” Sal 19;12

Então, antes de questionarmos por quê, O Poderoso esconde Seu Rosto de nós, que tal investigarmos se não estamos traindo nós mesmos, presumindo que poderíamos esconder nossas falhas, Dele?

Disse Watchmann Nee: “Muitos se esforçam por viver melhor, quando deveriam aprender a morrer melhor.”

Nossos despojos não serão tomados à força; somos mordomos de “bens” que nos podem matar. Por isso é preciso “Perder a vida para achá-la.” Despojai-vos!

domingo, 28 de novembro de 2021

O culto de menos


“Digno És, Senhor, de receber glória, honra e poder; porque Tu criaste todas as coisas; por Tua Vontade são e foram criadas.” Apoc 4;11

Louvores ao Eterno por ser Ele, digno. Tal Dignidade deriva dos Seus Feitos; “... porque Tu Criastes todas as coisas.”

Denunciando deuses espúrios, entre outras coisas diz: “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou mal, para que nos assombremos, e juntamente vejamos. Eis que sois menos do que nada; vossa obra é menos que nada; abominação é quem vos escolhe.” Is 41;23 e 24

“Menos que nada...”
é isso mesmo. Quando a matemática mostrou que se pode lidar com isso, “nada” o zero, se mostrou maior que qualquer número negativo. Assim, ter um deus fabricado, um ídolo como objeto de culto é pior que não termos nada. Ausência de luz é apenas lapso; cultuar às trevas é erro.

Aqueles que tomam adoração para si, por influências espirituais espúrias, ou meras crendices humanas, acabam furtando o que lhes não pertence. “Eis que todos são vaidade; suas obras não são coisa alguma; suas imagens de fundição são vento e confusão... Eu Sou o Senhor; este É Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 41;29 e 42;8

Entretanto, não são apenas deuses criados que patrocinam o culto às trevas. Não podendo apagar à Eterna Luz, o inimigo toca nos “olhos” dos incrédulos. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Indignidade campeia sem necessidade de deuses alternativos, bastando entendimentos errados do que foi revelado. As maiores heresias e blasfêmias são vendidas “em consórcio” com a Palavra; digo, ensinos profanos eivados de erros são misturados com porções escolhidas da Bíblia, para que pareçam, aos ouvidos dos cegos, que derivam do Altíssimo.

O espiritismo faz isso como ninguém. Tal doutrina rebaixa O Redentor da humanidade a mero Mártir de uma docência, “O Divino Mestre”; teria morrido para nos dar exemplo, não para salvar; regeneração, cada faria consigo mesmo mediante inúmeras vidas. “Dará à luz um filho e chamarás Seu nome Jesus; porque Ele salvará Seu povo dos seus pecados.” Mat 1;21

Ainda que a santificação seja gradativa, um passo de cada vez, a justificação é imediata para quem recebe O Bendito Salvador. “a todos quantos O receberam, Deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Em várias partes A Palavra veta o espiritismo; “Entre ti não se achará... quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois, todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor...” Deut 18;10 a 12 “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” Is 8;19 etc.

As “Cartas psicografadas” por “médiuns” sempre vêm quando um famoso, parte. Parece que no mundo espiritual essas febres humanas como fama também contam... Se O Salvador não se importava de pregar a um só, como fez com Nicodemos, o Canhoto gosta de marketing; escolhe quem pode disseminar suas mentiras para muitos.

Todos nós, não importa o tipo de vida que levamos, depois da morte teremos o julgamento, não seremos promovidos a pregadores interdimensionais. “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Heb 9;27

Ainda temos a “Bíblia Inclusiva”, onde, a “virtude” da moda, o homossexualismo é patrocinador; são suprimidos textos que o vetam, com ênfase na superioridade do amor.

Essa doutrina inclui aos tais, onde? Se O Reino é dos Céus, quem deu à Terra direito de estipular caminhos para lá?

Do amor a Bíblia diz: “Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;” I Cor 13;6 A verdade teológica vai além da revelada em palavras; abarca a revelada por obras; “... Suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

É verdade revelada e biológica que só existem dois sexos; macho e fêmea. Comportamentos são muitos, mas pretender legitimar erros vetados alterando o veto, é o mesmo que lavar-se com lama.

Enquanto O Reino de Deus for Dele, os termos para ingresso também serão. Apenas mediante Ele; “... ninguém vem ao Pai senão por Mim.”

Cristo é A Palavra encarnada; “Se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do livro da vida...” Apoc 22;19

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Saudade de Deus


“... Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava.” Jr 2;2

Desse fragmento de Jeremias, soaria adequado que o nome escolhido fosse, “A Saudade de Deus”. Costumamos sentir isso, quando não vemos seu objeto há algum, ou, muito tempo.

Em se tratando do Onipresente, nada lhe fica distante da vista, de modo a ocasionar saudade.

Todavia, na área comportamental somos volúveis e tendemos a migrar de uma postura a outra, nossa perseverança, pode ceder à apostasia; uma vivência que foi agradável Ao Santo, pode se ausentar e lhe causar saudade; Ele deixaria de ver, não pela limitação das Suas vistas, mas, pela negligência das nossas almas.

Era o caso realçado por Jeremias; “Israel era santidade para O Senhor, as primícias da Sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor.” V 3

Nossa “saudade de Deus” também difere dos sentimentos entre humanos; pois, nunca O vimos, de modo que a mesma, quando ocorre, denuncia algum lapso no espírito, duma relação onde Deus nos parecia bem perto, e de repente se distanciou.

Davi versou desse modo: “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, suspira minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a Face de Deus? Minhas lágrimas servem-me de mantimento dia e noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?” Sal 42;1 a 3

Isaías manifestou uma saudade do que nem vivera; soubera pelas Escrituras que tinha acontecido. Os grandes Milagres Divinos ao pelejar por Seu povo. “OH! se fendesses os Céus, e descesses, os montes se escoassem diante da Tua Face, como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório Teu Nome aos teus adversários; assim as nações tremessem da Tua presença! Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes escoavam diante da Tua Face.” Is 64;1 a 3

Um convertido que já conhece A Bendita Companhia do Espírito de Deus, que com Ele já passou pela água e pelo fogo, em certos momentos que os Céus parecem fechados também padece dessa saudade. A fé é testada no escuro; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Se, como disse Saint-Exupérry, a “nostalgia é uma saudade não sei de quê.” quando sentimos Saudade do Pai, bem sabemos do quê.

Desgraçadamente, muitas vezes vamos a locais de culto no afã de dirimir essa saudade, e ela só aumenta. Deparamos com rituais engessados, pelos vasos das preferências carimbadas pela carne, como aquela do açougue; tais, fazem os encontros que deveriam ter O Eterno no centro, meros ajuntamentos vazios, monótonos e voltamos para casa pior do que, quando saímos iludidos de que teríamos alimento espiritual.

Poucos obreiros com preparo mínimo, e muitas “ovelhas” cheias de espinhos como um ouriço, que, ao menor rastro de correção, exortação mediante à Palavra, se ofendem, manipulam, rejeitam; fecham rostos antes sorridentes e mentem para si mesmas que estão nos locais de culto para servir a Deus. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? Dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.” I Jo 4;20 e 21

Outrora cantávamos certo coro: “Nesta noite feliz, neste santo lugar, eu marquei um encontro com Deus...” Soa meio antagônico encontrarmos Àquele que É Onipresente; no aspecto antropomórfico, (na forma humana de ver) até faz sentido irmos a um culto desejando vivenciar a Deus mais de perto; o “encontro marcado”.

Todavia, às vezes parece que O Eterno falta aos encontros...

Urge que a Obra de Deus volte a ser Dele; saiam da frente os obreiros sem chamada, cujas credenciais e frutos são duvidosos pra dizer o mínimo.

Cansa irmos a um culto e depararmos com um ajuntamento humano, vazio; de gente que preza fazer algo no púlpito para ouvir as “palmas para Jesus”, mais que ouvir, deveras, a Voz Dele.

Certo é que quem tem comunhão com O Pai, Dele não se afasta; mas, gostaria de vê-lo e vivenciá-lo nos encontros feitos em Seu Nome.

Os que fizeram O Altíssimo ter saudade da fidelidade, um dia choraram de saudade da própria terra, cativos. “Junto dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião.” Sal 137;1

domingo, 21 de novembro de 2021

Risco de vida, em Cristo


" Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gn 2;16 e 17

Duas coisas sobre o pecado, nesse breve tomo: Ele não é uma necessidade, é uma extravagância; pois, antes de vetar determinada árvore O Senhor franqueou todas as demais. O homem não peca por necessidade; mas, por desobediência deliberada.

Não foi requerida digna postura ao homem por mero capricho; mas, por zelo protetor, dadas as consequências; “certamente morrerás”. O Reino dos Céus se estrutura sobre hierarquia, sem a observância desta não pode subsistir.

Sintetizando o Mandado Divino, pois, seria: Seja sóbrio, ocupe-se do necessário sem devanear com extravagâncias supérfluas, para que preserves tua vida e sigas abençoado.

Se o pecado fosse sempre visto desta perspectiva, possivelmente muitas vidas que se perdem teriam melhor fim. No entanto, os desejos doentios da “Serpente” são projetados sobre os humanos que a ouvem, d’onde são levados a ver as coisas da perspectiva daquela.

“... Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Cap 3;4 e 5

Satã insinuou que O Criador É Mentiroso, ao negar o risco de morte; egoísta, ao não querer filhos semelhantes a Ele; e que seria possível burlar isso desobedecendo-O.

Ora, no que é possível uma criatura ser semelhante ao Criador, nos Seus atributos comunicáveis, racionalidade, espírito, inteligência, emoções, valores éticos, morais, apreço estético, etc. eles já eram, Imagem e Semelhança.

Nos atributos Exclusivos, Onisciência, Onipresença e Onipotência, ninguém pode ser como Deus.

Assim, o traíra perverteu as coisas, para projetar sobre o descuidado casal, um desejo que era exclusivamente dele; “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;13 e 14

Esses males de negar o risco de perdição, atribuir a Deus injustiças e a pretensão de burlar a vigilância do Santo cresceram exponencialmente.

As pessoas não veem o pecado como um feitor mortal; seu veto, invés de uma cerca protetora como é, acaba reinterpretado pelo Pai da Mentira, em consórcio com os desejos doentios da carne, como sendo a castração de um “direito”.

Deriva daí a “moral” do “é proibido proibir”, como se, de repente, a humanidade ascendesse a um patamar ético superior de liberdade. Deus não proibiu de pecar. Teria que castrar o arbítrio para isso; advertiu das consequências apenas, deixando a escolha por conta do homem; ainda é assim.

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gl 6;7 e 8

No paraíso o risco era desobedecer e morrer; no mundo caído, após a Vitória Potencialmente Regeneradora de Cristo, é facultado novo nascimento do Espírito; vivendo Nele, obedecendo-o, “corremos o risco” de ceifar vida eterna.

A obediência irrestrita, o “Jugo de Jesus” longe de ser um ascetismo masoquista, como pode parecer aos míopes desinformados, é o pulsar imanente do mais íntimo e legítimo desejo de vida.

Somos reduzidos à miséria aparente, porque os “olhos da fé” que nos foram dados conseguem vislumbrar as grandezas porvir. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Então, malgrado eventuais privações aqui, seguimos resolutos pela esperança que habita lá; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Além das ocupações necessárias à vida aqui, fazemos “depósitos” espirituais; como os sarcófagos dos faraós eram cheios de tesouros para o porvir; nos fazemos de mortos, para que riquezas espirituais se depositem em nossa conta, o “tesouro nos Céus”. “Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;8

Nossa renúncia aos prazeres indevidos aqui, não deriva dum doentio prazer de perder; antes, da possibilidade de ver a Cristo como Ele É; “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Col 2;3

Outrora tudo foi franco, exceto um veto para preservação da hierarquia, agora, tudo está perdido, exceto Cristo, para regeneração. “... Eu Sou o caminho a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

sábado, 20 de novembro de 2021

Gilberto Gil e o far dom

 

Gerando vasta cobertura de mídia, Gilberto Gil foi eleito para ser “Imortal” da Academia Brasileira de Letras, concorrendo com dois escritores que foram preteridos.

Outro dia, Fernanda Montenegro também foi escolhida para um assento na ABL.

Os méritos da Fernanda como atriz, e do Gil como músico dispensam comentários. Mas, na produção literária ambos padecem o lapso de feitos minimamente relevantes, de modo que, preterir escritores verazes e produtivos para honrar esses, deve ser oriundo de outro viés, que não a relevância literária.

Pensar que a mesma academia recusou ao poeta Mário Quintana por três vezes; à quarta ele mesmo recusou a “concorrer”, então, sozinho.

Algumas apreciações:
“Só atrapalha a criatividade. O camarada lá vive sob pressões para dar voto, discurso para celebridades. É pena que a casa fundada por Machado de Assis esteja hoje tão politizada. Só dá ministro.” Mário Quintana

“Se Mário Quintana estivesse na ABL, não mudaria sua vida ou sua obra. Mas não estando lá, é um prejuízo para a própria Academia.” Luís Fernando Veríssimo

“Não ter sido um dos imortais da Academia Brasileira de Letras é algo que até mesmo revolta a maioria dos fãs do grande escritor, a meu ver, títulos são apenas títulos, e acredito que o maior de todos os reconhecimentos ele recebeu: o carinho e o amor do povo brasileiro por sua poesia e pelo grande poeta e ser humano que ele foi...” Cícero Sandroni

A conclusão necessária é que o ser humano não lida bem com o mérito; a destreza que falta nessa arena sobeja na da manipulação política, das bajulações e fisiologismos vários. Imortais? Eu diria mais, infinitos; citando Einstein: “Duas coisas são infinitas: O Universo e a estupidez humana; não estou muito certo quanto ao Universo.”

É o suprassumo da estupidez, criar uma adega nobilíssima para nela expor os melhores vinhos do país; de repente, em suas prateleiras áureas, depararmos com garrafas de vinagre. Machado de Assis implodiria aquilo se pudesse. Nada contra os artistas citados, pois, são meritórios em suas áreas, que não é a literatura.

Tendo certo molusco analfabeto algumas dezenas de prêmios “Doutor Honoris Causa”, quem duvida que, em breve, o sujeito também se tornará “Imorrível”, afinal as letras que contam na ABL nem são tão letradas assim. São doentiamente ideológicas.

Há “lugares altos” que não combinam com homens sábios, como versou Bertrand Russel: “A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver.”

Ou Salomão: “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo, e os príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Por fim, sobre as honrarias humanas e seu valor, O Próprio Deus encarnado, Jesus Cristo, ensinou: “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Lc 16;15

A vera grandeza não se ocupa com estatura, nem moldar letras sob neon; se faz sem perceber, ou evitando até, como diz no Talmude, “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue a quem foge dela.” Mais ou menos isso falou O Senhor, sobre se tornar como criança, para ingressar nos Reino dos Céus.

Mas, num mundo “non sense” como esse, onde, Pablo Vittar é mulher, Thammy Miranda é homem, Arafat foi Nobel da Paz, Lula é inocente, Filipe Neto é intelectual, Anitta é cantora, Alexandre de Moraes é jurista, não apenas na prática sexual cada um pode ser o que quiser. Esforçai-vos escritores preteridos pela ABL; o Grammy e o Oscar podem estar mais perto do que pensais.

“Tudo o que é falso é ruim. Até mesmo a roupa emprestada; se seu espírito não combina com a roupa, você está sujeito à infelicidade, porque é desta maneira que as pessoas se tornam hipócritas, perdendo o medo de agir mal e de dizer mentiras.” Ramakrishna

Talvez o maluco sou eu, por ter levado as “Letras” ao pé-da-letra. Quiçá, letras de música também contam; que importa se bons escritores ficaram “Esperando na Janela“, diferente do esperado; afinal, “Ser diferente é normal”; aos descontentes o “Esotérico” escritor envia “Aquele abraço”; que encolha-se “A mão da limpeza” e caminho aberto à “Novidade”; caso, pela vereda da frustração, alguma escritora descontente prantear, aconselha o “imortal”: “No woman, no cry”.

Se nem numa instituição meio festiva como essa podemos nadar em águas salubres, o que dizer das demais?

Se diz, que o hábito não faz o monge; invés de Fardão aquilo seria um “Far dom”; a “roupa de um milhão de dólares” imaginada por Jackie Chan; quiçá ao vesti-la, o “Caneta azul” se tornaria Dostoiewski?