terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Ora vá, sina!!


Se, você visse o capeta, soubesse que era ele, sobre um carro aberto fazendo buzinaço, distribuindo cestas básicas, brinquedos, doces para as crianças, enfim, fazendo o diabo pela sua atenção, você iria atrás e pegaria uma “beira”??? Diria como alguns incautos que o bicho não é tão feio como parece?

Não posso ouvir as respostas, mas presumo que imensa maioria preferiria deixar a “bênção” pra lá, não pelas coisas em si, das quais, poderia necessitar, mas por não confiar em quem a está distribuindo. Vai saber o que o “benfeitor” poderá demandar em troca disso, depois...

Pois, o “establishment” adotou esse vírus como seu malvado favorito, tocou terror desde sempre; quando algumas vozes defenderam que tratamento precoce à base de Cloroquina resolvia a parada, até gente do PSOL que defende uso de drogas pesadas, “temeu pela segurança” da dita medicação. 

Enfim, uma descoberta que deveria ser recebida com espocar de foguetes e replicada pelo mundo todo, numa sociedade minimante sadia, foi abafada como se a mesma fosse uma maldição.

Aí, meu cavalo começou a desconfiar que a saúde púbica era só pretexto nobre para um súcia de filhos da puta manipularem à população global para fins escusos.

Agora que, impera a “Imunidade de rebanho” nome que os médicos dão para uma situação onde o desenvolvimento de anticorpos por si só já “Vacina” grande parte da população, surge uma “vacina” em tempo recorde; é recebida com buzinaço, por gente incauta lobotomizada, incapaz de pensar.

Ora, essa “NASCOXAVAC que querem nos empurrar precisaria ser testada em muitos, sobretudo em grupos de risco; os testes deveriam ter uma carência relativamente ampla de tempo, para se poder afirmar científica e categoricamente que a coisa não produz efeitos colaterais.

Pandemias sempre ocorreram e jamais se fez uma vacina durante, por ser absolutamente impossível algo científico, sério e probo.

Um dos responsáveis pela ANVISA que teve seu voto transmitido como se fosse um julgamento de Impeachment, tal a pressão da mídia e grupos obscuros pela aprovação da bosta, um desses digo, invés de afirmar categoricamente que a coisa foi testada e é garantida, afirmou que aprovava seu uso emergencial, sob pressão de “grupos não ligados à saúde”. Como assim cara pálida?

Então, quando meu cavalo percebe que os grandes entusiastas da dita coisa, são também proponentes do impedimento do Presidente sem motivo algum, a grande mídia prostituta, e gente como Dória, Gilmar Mendes, Luciano Huck, Amoedo, et caterva, ele me proibiu de levá-lo ao veterinário.

Disse que eu o submeter à essa temeridade vergonhosa eu nunca mais o montarei. Então, como desacostumei de andar à pé, acho que não darei as boas-vindas a essa droga.

Pesquisas feitas às pressas têm tanta coerência como apregoar o valor do silêncio aos gritos.

Se o novo filme dos velozes e corruptos tem 50% de eficácia, quem a tomar, pode levar a vida normal, ou 50% fica em casa e o restante sai às ruas? Usa máscaras dia sim dia não; álcool gel em uma das mãos apenas, ou criarão uma máscara que cubra 50% das vias respiratórias? 

Se, não oferece segurança, garantia nenhuma, nem permite que nossas vidas voltem ao normal, serve para quê, essa bosta?

Desde o início fui contra o “fique em casa”, trabalhei o ano todo; quando quiseram obrigar uso de máscaras até dentro do carro, ameaçando multar eu dei soco na mesa e mandei que multassem.

Sei que morreram pessoas infelizmente, mas repito, não é nem dez por cento dos números oficiais. 

Todas as mortes, quaisquer que sejam as causas acabam no vala comum da COVID. Mais uma razão para meu cavalo desconfiar que há interesses escusos por trás.

Muitos desses que desenvolvem sua “consciência crítica” pela Globo, acusavam aos “negacionistas”, rótulo que colam nos que recusam ser manipulados por cretinos como eles, acusavam-nos, digo, de indiferença criminosa; “agem assim enquanto não é com eles;” pois, foi comigo.

Tive todos os sintomas, consultei, tomei medicamentos, fique treze dias em isolamento; faz dois dias que voltei ao trabalho. Não mudei nada meu modo de pensar.

Dissera que essa, era mais uma enfermidade com a qual “convivemos e conmorremos” criei uma palavra, para definir meu pensamento e segue o mesmo.

Não quero ser “protegido” por bandidos! Detesto uma “Democracia” cheia de palavras proibidas onde quem as usar pode ser penalizado; sofrer prejuízos, ou exclusão de conteúdos até; que porra de liberdade de expressão é essa??

Nos Estados Unidos fizeram valer a vergonhosa vitória do Joe Frauden. 

Aqui breve o poder voltará para as mãos de sempre, infelizmente.

Mas, enquanto tiver voz eu denunciarei isso; não serei gado marcado dessa canalhocracia global!! Enfiem suas vacinas naquele lugar! Em mim, nem amarrado. Cambada de vampiros assassinos!!

Coautoria do Pecado


“Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo; por causa dele não sofrerás pecado”. Lev 19; 17

Acostumamos com a ideia que a condenação da omissão seja originada em Tiago; mas, na verdade, vem desde Moisés.

Os judeus de então foram orientados a exortarem seus irmãos em caso de pecado, sob pena de sofrerem punição. A profecia sem a qual o povo se corrompe, é um agente inibidor do mal que deve residir, em parte, em todo o servo de Deus. Esse é o sentido do “sal da terra”, enquanto a luz tem mais a ver com o testemunho de vida. Com “pregar” pelo exemplo.

Se tivermos a concepção que devemos fugir das polêmicas, e sermos “bonzinhos’ como o Soares que não critica ninguém e “cura” a todos, acabaremos sendo inúteis ao propósito do Senhor. 

O ministro idôneo é verdadeiro, não bajulador; pesca almas, não aplausos.

Quando Jeremias compôs suas Lamentações sobre as ruínas de Jerusalém, atribuiu aos profetas “bons” a causa do desastre. “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, e não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 2; 14 O que esses profetas receitaram se tornou motivo de rejeição por parte de Deus, estranha receita!

Paulo aconselhou ao jovem Timóteo a não participar de pecados alheios, não se tornar, por assim dizer, coautor dos mesmos. “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5; 22

O assunto em pauta era a consagração de obreiros, que se fazia, como foi com o mesmo Timóteo, mediante imposição de mãos.

Não que se não possa orar com imposição de mãos pelos pecadores, sobretudo arrependidos; nesse caso, o ministro se identifica com a necessidade do pecador e por ele intercede; porém, na apresentação para o ministério, significa identidade de valores, de caráter, recomendação; então, se a imposição for sobre um sujeito dúbio, de vida errada, o que o recomenda se faz partícipe dos seus pecados.

Claro que a omissão não se restringe ao ministério profético; antes, em Tiago, tem mais a ver com o socorro dos necessitados que outra coisa qualquer.

Mas, contemplar o erro e silenciar, na melhor das hipóteses, é falta de zelo para com Deus, sinal claro de falta de amor. O salmista foi incisivo quanto a isso: “Pois falam malvadamente contra ti; Teus inimigos tomam o Teu Nome em vão. Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.” Sal 139; 20 – 22 Para os superficiais que acham que tudo se resume ao “amor” eis um assunto para refletir!

Fácil é, pois, entender às limitações de um errado de espírito, as precipitações de um neófito qualquer, e até suportar incompreensões, ou, indelicadezas de um assim; agora, suportar o teatro nauseabundo de um herege contumaz sem se irritar, sem reagir de modo enfático é muito difícil. Nem se trata do medo de ser punido por omissão; antes, da ira que dá ao ver o povo ludibriado, e O Santo Nome de Deus profanado.

Adotamos em parte, no meio cristão, a faceta mundana e amoral, que amar é ser sempre agradável, simpático, cordato. Aquele de quem a Bíblia fala que ninguém tem maior amor que Ele, Jesus, não foi assim.

Na verdade, o profeta está para a batalha espiritual como um atalaia era posto sobre os muros, para avisar ao povo, de que o exército inimigo aproximava; um cochilo, uma falta de aviso era derrota certa, mas o sangue derramado era culpa do atalaia, figura que Deus usou para com Ezequiel. “Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, não for avisado o povo, a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, porém o seu sangue requererei da mão do atalaia.” Ez 33;6

Em nossos dias, as heresias vêm como um exército armado em busca dos servos do Senhor; aqueles que foram postos “em cima do muro” para ver mais longe, devem bradar a plenos pulmões, para que não sejam apanhados desprevenidos, os que dependem de seu aviso.

Não sejamos omissos para que não prospere a iniquidade, e nem sejam ceifados por faltar aviso, eventuais simples, de coração sincero.

Possuir uma arma como a que temos, uma espada de Um Rei e não usá-la oportunamente, além de um desperdício, encerra uma maldição.

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém a sua espada do sangue.” Jr 48;10

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Tristezas sem sal


“Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;3

A superioridade da mágoa não tem a ver com sentimentos; antes, com o produto gerado; “Faz melhor o coração.”

O contexto dessa reflexão é genérico; tristeza pela perda de um ente querido, mera dor emocional sem nenhum outro componente; “Melhor é ir à casa onde há luto, que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos o aplicam ao seu coração.” V 2

Aplicar ao próprio coração as lições de quão fugaz é a vida; haurir lições, era o que o sábio tencionava dizer com, “faz melhor o coração.”

Se nesse cotejo a tristeza leva vantagem, Paulo fez questão de partir a mesma em duas fatias; dois motivos distintos, um com resultado proveitoso, outro não. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do (ou, segundo o) mundo opera a morte.” II Cor 7;10

Como diferir a tristeza segundo o mundo, de outra, segundo Deus?

Numa análise simples, uma nuance me ocorre; a tristeza segundo o mundo é quando somos atacados, atingidos por nossos defeitos; segundo Deus, quando somos afligidos pelas nossas qualidades.

Natural ocorrer a figura de dois governantes de nosso país; um ex, desprezado por ser ladrão, corrupto, mentiroso; outro perseguido, caluniado por ser cristão e honesto. 

O Senhor ensinou: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo disserem todo mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão...” Mat ;10 a 12

Padecer coisas por ser desonesto, safado, é apenas tristeza segundo o mundo; por outro lado, padecer por ser decente, honesto, a tristeza daí derivada é a dita tristeza segundo Deus.

A coisa não se esgota aí; no contexto Paulo disse que a dura carta que escrevera contristou aos coríntios para arrependimento; nesse caso uma tristeza por saber que ficou abaixo da linha de pobreza espiritual, moral; agiu de modo indigno, ímpio. 

Logo, se a tristeza pode ser partida em duas, quanto à relação espiritual, segundo o mundo ou segundo Deus, essa última pode ser partida outra vez; em motivos externos, inveja, perseguição, e íntimos; vergonha, arrependimento.

Diferente dos pregadores “positivos” atuais, Pedro colocou o sofrimento como uma necessidade para os fiéis; “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois, também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais suas pisadas.” I Ped 2;19 a 21

Os gregos também viam a tristeza como medicinal; uma grande comoção que levassem o povo às lágrimas era desejada, buscada; a “Catarse”; tal “tratamento” segundo criam, limpava às pessoas de superficialidades, futilidades várias, egoísmos, mesquinharias; levava-as a meditar no sentido mais profundo das coisas.

Invés dessas novelinhas açucaradas sempre com o “final feliz” onde, até o cachorro e o macaco encontram a metade da banana, esse; do osso, aquele; os dramaturgos escreviam e encenavam tragédias; o epílogo era de grande tristeza, morticínios revelações inesperadas, dor.

Assim se no conteúdo eles podiam ter problemas em seu modo de pensar, na forma de ver a tristeza como medicinal, estavam certos.

O que deu azo a escrever sobre isso foi ter revisto um breve vídeo sobre a tragédia da Chapecoense; o choro das pessoas as exortações para perdoar picuinhas, preocupar-se com o que deveras interessa. Mesmo tendo passado mais de quatro anos já, a coisa ainda comove.

No entanto, a maioria dos jornalistas que naquele momento de dor pareciam pregadores do Evangelho, passada a “catarse” voltaram às vidinhas ordinárias de sempre, não aprenderam nada.

Essas comoções pontuais não são a tristeza aquela, que faz melhor o coração; são derivadas do medo, pois poderia ter sido com eles; ou, remorso por ter dito ou feito algo contra alguém que morreu tragicamente.

Se as tristezas várias que nos assolam não forem pregoeiras a nos levar para a tristeza segundo Deus, o arrependimento, serão nuvens que não trazem chuva; folhas ao vento; “... vossa benignidade é como a nuvem da manhã, como orvalho da madrugada, que cedo passa.” Os 6;4

O bom da tristeza segundo Deus é que dentro dessa casca está a semente da alegria; “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.” Sal 126; 5 afinal, “... O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Sal 30;5

domingo, 17 de janeiro de 2021

Seriedade da Graça


“... nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que nela se derramar, senão com o sangue daquele que o derramou.” Nm 35;33 A culpa humana incidia sobre a terra, inclusive.

A Lei da expiação ou, remissão prescrevia que crimes de sangue tivessem pena de morte; ensino desenvolvido depois na Epístola aos Hebreus; “... sem derramamento de sangue não há remissão.” Heb 9;22

Quando Adão transgrediu um limite cuja sentença era a morte, de certo modo, “derramou sangue”; seu próprio e da sua descendência. Tanto que, com a perda da inocência vieram medo, culpa e vergonha; O Criador Baniu-os do Jardim; matou um animal e os vestiu com a pele do mesmo. Sangue inocente já foi derramado, como consequência do culpado.

Todavia, se olharmos de novo à sentença inicial, veremos que o sangue requerido para remissão era o do culpado; “daquele que o derramou.” Um bicho como substituto não servia.

Por isso, o sacerdócio antigo, onde os pecados eram “remidos” com sangue de animais era só um “tipo profético”, um símbolo de uma redenção, ainda a ser feita. A Epístola aos Hebreus chama de “correção”; ensina que as coisas do Antigo Pacto eram “sombras” das futuras, “Consistindo somente em comidas, bebidas, várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.” Heb 9;10

Embora aquilo tivesse seu valor para o propósito que foi estabelecido, não ia além dele; para a remissão veraz se requeria algo Maior; “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime do que os Céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo a si mesmo.” Heb 7;26 e 27

Se, O Eterno quis aqueles sacrifícios como símbolos, não como uma remissão definitiva havia a necessidade do “Segundo Adão” inocente para remir o mal que o primeiro fizera; “Porque é impossível que o sangue dos touros e bodes tire pecados.” Heb 10;4

“Por isso,
(Cristo) entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste... Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, Tua Vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.” Heb 10;5 e 9

Seu “jugo” foi levar a Vontade de Deus às últimas consequências. Quando nos desafia a tomarmos o mesmo, deseja que andemos em igual exemplo de submissão. Pois, Ele, “Esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma de homem, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;7 e 8

Não que a cruz em si fosse uma necessidade; a necessidade aos Olhos Divinos era outro sangue inocente, do calibre do que Adão derramara, para remissão. 

A Cruz era um “upgrade” um requinte de crueldade; o jeito romano de punir a quem consideravam culpado. Por isso a ênfase que Ele foi obediente até à morte, e “morte de cruz”. Isto é; de modo cruel, espetaculoso.

Como Seu Jugo de submissão culminou nisso, nós que somos chamados a nos identificarmos com Ele, figuradamente somos desafiados a tomarmos nossa “cruz” também.

Conversão é identificação com Sua Entrega; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Os judeus ciosos da Lei de Moisés não entenderam o significado da morte Dele; não obstante, Isaías tenha ensinado que seria assim; “Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele; pelas suas pisaduras fomos sarados.” Cap 53;5

Se, as coisas dadas mediante Moisés eram um esboço segundo os “rudimentos do mundo” até o tempo da “correção”, a era da Graça é muito mais séria que a Lei.

Afinal, “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29

Se, transgredir ao “esboço” culminava em pena de morte, devemos, antes de nos escudarmos imprudentemente no “Deus É Amor”, adotar visão mais ampla; “Considera a bondade e a severidade de Deus...” Rom 11;22

Cristo esvaziou-se do Seu Poder; da Santidade, não. Logo, “Segui a paz com todos e a Santificação, sem a qual, ninguém verá O Senhor” Heb 12;14

sábado, 16 de janeiro de 2021

Vidas Secas

“Mandei vir seca sobre a terra, os montes, o trigo, o mosto, o azeite e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens, o gado e todo o trabalho das mãos.” Ag 1; 11

Nos dias de Ageu, o povo dedicava-se às suas coisas e negligenciava as do Senhor; naquele contexto significava edificar o templo para a devida adoração. Como punição pela indiferença o Senhor enviara estio sobre a terra; quiçá, o povo reconsideraria seus caminhos, mas nada. Então levantou o profeta para adverti-los.

O mundo tem explicações “racionais” para todos os fenômenos naturais; aquecimento global, “el ninho”, “la ninha” etc. Os filhos de Deus porém, devem considerar a Sua ação e Governo se, de fato, creem Nele. “Sucederá algum mal na cidade, (juízo) sem que O Senhor o tenha feito?” Am 3;6

No Novo Testamento, o Templo do Espírito Santo somos nós, o que não significa que não deva ser edificado; antes, Paulo ensina: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6

Como naqueles dias, temos tempo para “nossas casas” e não para a do Senhor. Isto é, gastamos tempo com toda sorte de entretenimento, jogos, novelas, músicas, etc. E quase nada investimos no crescimento espiritual. Qual a consequência disso? Seca.

Invés de podermos dizer como Davi, “Alegrei-me quando disseram vamos a casa do Senhor.” Sal 122; 1 Nos alegramos com coisa fúteis, superficiais, quando não, profanas. Consequência da seca, falta de pão.

A palavra “Ambulância” na própria, está escrita ao contrário. Posta assim pra ser lida pelo retrovisor, quando estamos adiante dela; assim são as consequências. Escritas para serem lidas “à posteriori” entendendo, então, quem vem atrás, as causas. Invés disso, de rever posturas aprendendo com erros os sedentos cambiam o desnecessário.

Quantos “testemunham” suas “vitórias” depois de terem migrado para as igrejas da fé “inteligente” onde finalmente foram “abençoadas”; pois, tendo vivido uma década em igrejas sérias, isso não lhes trouxe vantagem alguma.

Se tivessem edificado a casa do Senhor, ao invés de um culto indiferente, alheio, não teriam falta de nada; pois, o manancial da Água da Vida não seca; “Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte, que salta para a vida eterna.” Jo 4; 14

Essa sedução da “prosperidade” parece atraente onde existe cegueira espiritual; porém, para quem tem olhos, soa obscena.

Quem congrega em igrejas sérias, e não edifica-se por negligência, acabará seduzido por alguma fraude como consequência; não obstante todo o esforço do Espírito Santo para edificar sua casa, segue sem teto, retirante de onde deveria estar estabelecido.

Não faria dano um “vento de doutrina” contra uma casa edificada na Rocha; contra malocas de palha faz. Se, o diligente espiritual tem sentidos exercitados para discernir, esses são presas fáceis de enganadores.

Diz uma fábula árabe que o machado queria se misturar às árvores; algumas estavam desconfiadas. Mas, vendo o cabo de madeira uma incauta disse; esse é dos nossos.
Assim esses sem tetos; basta parecer com um pregador, escamotear um ou dois textos bíblicos de já dão boas-vindas à morte como as árvores da fábula.

Nesses casos, a peregrinação se dá não por falta de alimento, mas de apetite espiritual, coisa que deveria ser normal nos renascidos. “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;
2

Deus afirmou ser o dono da prata e do ouro necessários à edificação. “As palavras do Senhor são palavras puras como prata refinada em forno de barro, purificada sete vezes.” Sal 12; 6

Acontece que, o “ouro” nesse caso é produzido à partir de nossa relação com a palavra; pois, “a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus.” Esse ouvir, claro! implica obedecer mesmo em meio a provações, a fornalha que purifica o ouro da fé. “Te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.” Is 48;10

“Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo;” I Ped 1;7

Não existem atalhos nas coisas espirituais, ou edificamos segundo Deus, ou podemos construir templos majestosos aos olhos humanos, os quais, aos de Deus serão ídolos detestáveis apenas.

Deus está pronto a soprar nossas cabanas de palha e edificar com pedras preciosas, se tão somente o convidarmos a ser nosso Mestre-de-obras. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam.” Sal 127; 1

Estabilidade no emprego; da fé


“Com sabedoria se edifica a casa; com o entendimento ela se estabelece;” Prov 24;3

Passos distintos; edificar e estabelecer. Edificar não carece maiores definições. Estabelecer, como a própria palavra sugere é fazer estável, permanente.

Para edificarmos, basta termos “Know how”; ou, saber como; enquanto, o entendimento mira além de mero saber fazer; toca no porquê, para quê, a casa é feita.

Se, ela se erige com propósito de nos abrigar das intempéries ordinárias, sol, chuva, frio ventos; com entendimento se considera também as extraordinárias, que poderão testar nossa casa. Tempestades, inundações, vendavais...

Entendendo isso, haveremos de buscar a solidez necessária, para que a mesma se estabeleça.

É um recurso didático a ideia da casa; pois, a edificação que conta é das nossas vidas; o salmista, pois, preceituou o necessário para se fazer firme a obra; “Se O Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1

Ainda que a casa seja nossa, demande nossa edificação, terá que ser segundo o Projeto do Alto; do Senhor, senão, será inútil.

Pedro usa a mesma figura; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual ...” I Ped 2;5

Paulo detalhou: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará...” I Cor 3;11 a 13

Sobre Fundamento Único, Jesus Cristo, cada um pode escolher seu “material de construção” segundo seu entendimento ou, falta dele, no caso de se usar material inferior.

O Próprio Senhor ensinara as mesmas coisas; “Todo aquele que escuta estas Minhas Palavras e pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente que, edificou sua casa sobre a rocha; desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. Aquele que ouve estas Minhas Palavras e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia;” Mat 7;24 a 26

Dois tipos possíveis de edificadores; ambos sabem; conhecem os ensinos de Cristo; um vai além, entende para quê, esses foram dados, cumprir. Tal, ao virem as intempéries espirituais estará alicerçado de modo a não oscilar na fé; sua casa ancora-se no bom fundamento.

Paulo escrevendo aos efésios ensinou que, carecemos ser edificados, se possível, à Estatura de Cristo, para a solidez na fé; “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano de homens que, com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Se, nesse exemplo a ameaça são ventos de doutrina, ensinos espúrios para desviar de Cristo, muitas “casas” são assoladas com violência física, morte até; nessa reta final em que estamos, o “crime” de insistirmos no “Ninguém vem ao Pai senão, por mim”, a exclusividade de Cristo para salvação, poderá custar nossas vidas, liberdade. Quem não tiver alicerçado na Rocha, sucumbirá.

Então devemos estar “Vacinados” contra enganos superficiais das emoções; essa ideia rasa onde pregadores mercenários chamam ouvintes para “viver melhor”; é exatamente o outro lado da moeda; “Negue-se” precisamos aprender a morrer melhor. Abdicar de nossas vontades rasas pelas do Eterno.

As emoções são pontuais, voláteis; mudam muito rápido não sendo confiáveis; tampouco, aferidoras da fé. Cristãos hebreus no seu auge abriram mão de tudo por Cristo; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições... vos compadecestes das minhas prisões, com alegria permitistes o roubo dos vossos bens...” Heb 10;32 e 34

Entretanto, mudado o estado emocional, malogradas algumas expectativas de origem humana estavam voltando atrás; por isso a exortação: “Necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa... o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha alma não tem prazer nele.” Vs 36 e 38

A seguir o autor alistou feitos dos “Heróis da fé” para que, mirando nos exemplos deles, não desfalecessem; lembrou, que a luta que lhes parecia pesada demais era pequena se comparada com a que tiveram aqueles; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

A velocidade das coisas nesse mundo líquido, tecnológico propicia superficialidade; imediatismo. Entretanto, salvação não é um “link” que se abre automaticamente com um clik. É uma entrega cabal, fiado totalmente na Integridade do Salvador.

Como Ele promete a eternidade salva por prêmio, justo que, demande algum esforço nosso na edificação, para que Nele, a façamos estável.

Se lhe dermos ouvidos trocaremos uma palafita por um palácio; “... se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.” II Cor 5;1

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

"Negritos" de Jesus


Destacamos textos relevantes, seja sublinhando, escrevendo em “caixa alta”, ou, na maioria dos casos usamos o negrito para pontuar o quê, julgamos prioritário. Mesmo falando, pela ênfase se pode notar o que é realçado.

Jesus foi contra a maré, destacando coisas diferentes; Sua escala de valores deve ser outra.

Após uma série de ensinos Dele uma mulher resolveu negritar algo; “Aconteceu que, dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas Ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem A Palavra de Deus guardam.” Luc 11; 27 e 28

Católicos não concordariam com Ele, deixar de exaltar Maria para exaltar à Palavra de Deus feriria seu modo de culto.

Outros realçaram o sucesso dos ministérios, pretensa autoridade sobre o inimigo; Ele realçou a Salvação; “Não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem vossos nomes escritos nos céus.” Luc 10; 20

Quando levaram um paralítico ante Ele, a coisa esperada seria cura; de novo, O Senhor “errou” a ênfase. “Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são teus pecados.” Mat; 9; 2 Depois o curou, porém colocou a salvação como prioridade.

O jovem rico enfatizou justiça própria; Ele, preceituou amor ao próximo e sugeriu que transferisse suas riquezas para um “paraíso fiscal” onde estaria protegida; nada poderia estar mais na contramão das pretensões dele; abdicar de riquezas por um tesouro no Céu; e seguir a Jesus. “O jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.” Mat 19; 22

O príncipe Nicodemos exaltou os milagres do Senhor; invés de envaidecer-se com elogios tocou no ponto crucial: Nicodemos estava morto; “Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3; 2 e 3

Imaginemos hoje, um Senador indo ter com um “apóstolo” ou “bispo” dos atuais, e elogiando-os; quantos teriam coragem de denunciar a morte espiritual do ilustre? Provavelmente pediriam uma emenda orçamentária para seus “Templos de Salomão”, “Cidades Mundiais” ou assemelhados, e “abençoariam” ao morto sem mencionar a sua morte.

Jesus era mesmo estranho. Uma vez chegou a renegar laços de sangue afirmando ser espiritual o liame que identifica a família de Deus? “Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; estando fora, mandaram-no chamar. A multidão estava assentada ao redor dele; disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram; estão lá fora. Ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? Olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a Vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã, e mãe.” Mc 3; 31 a 35

Por quê foi tão severo com os seus? O mesmo contexto mostra a intenção com qual O buscavam; “Quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.” Mc 3; 21

O fato é que essa “loucura” que leva a Vontade de Deus às últimas consequências, recebendo aversão do mundo, é uma virtude tristemente ausente.

Dia desses deparei com uma Hilux 4x4 na qual estava escrito: “Jesus é a razão do meu sucesso”. Viram como “Ele” evoluiu? Quem perseguiria um líder de autoajuda preocupado com nossa saúde e nossas finanças?

Apesar do texto de Hebreus 13; 8 afirmar que Jesus é o mesmo e sempre será, parece que “Ele” anda com ideias diferentes atualmente.

Em certos ambientes, os peitos em que mamou recebem mais honra que A Palavra de Deus; noutros, as curas são realçadas, antes que a salvação; os ministros que deveriam apontar em Seu Santo Nome, para os tesouros no céu, exploram os pobres e constroem impérios na terra.

O lamentável é que esse “admirável gado novo” marcado com o ferro em brasa dos clichês mercenários é desafeito a pensar; tende a achar loucos os que denunciam seus mestres, os quais escolheram segundo suas comichões.

Passados uns três milênios da mensagem de Oséias, tristemente se repete; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu me esquecerei de teus filhos.” Os 4; 6

“Para dominar as multidões basta conhecer as paixões humanas, certo talento, e uma boa dose de mentira.” Soren Kierkergaard