sábado, 16 de janeiro de 2021

Vidas Secas

“Mandei vir seca sobre a terra, os montes, o trigo, o mosto, o azeite e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens, o gado e todo o trabalho das mãos.” Ag 1; 11

Nos dias de Ageu, o povo dedicava-se às suas coisas e negligenciava as do Senhor; naquele contexto significava edificar o templo para a devida adoração. Como punição pela indiferença o Senhor enviara estio sobre a terra; quiçá, o povo reconsideraria seus caminhos, mas nada. Então levantou o profeta para adverti-los.

O mundo tem explicações “racionais” para todos os fenômenos naturais; aquecimento global, “el ninho”, “la ninha” etc. Os filhos de Deus porém, devem considerar a Sua ação e Governo se, de fato, creem Nele. “Sucederá algum mal na cidade, (juízo) sem que O Senhor o tenha feito?” Am 3;6

No Novo Testamento, o Templo do Espírito Santo somos nós, o que não significa que não deva ser edificado; antes, Paulo ensina: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1; 6

Como naqueles dias, temos tempo para “nossas casas” e não para a do Senhor. Isto é, gastamos tempo com toda sorte de entretenimento, jogos, novelas, músicas, etc. E quase nada investimos no crescimento espiritual. Qual a consequência disso? Seca.

Invés de podermos dizer como Davi, “Alegrei-me quando disseram vamos a casa do Senhor.” Sal 122; 1 Nos alegramos com coisa fúteis, superficiais, quando não, profanas. Consequência da seca, falta de pão.

A palavra “Ambulância” na própria, está escrita ao contrário. Posta assim pra ser lida pelo retrovisor, quando estamos adiante dela; assim são as consequências. Escritas para serem lidas “à posteriori” entendendo, então, quem vem atrás, as causas. Invés disso, de rever posturas aprendendo com erros os sedentos cambiam o desnecessário.

Quantos “testemunham” suas “vitórias” depois de terem migrado para as igrejas da fé “inteligente” onde finalmente foram “abençoadas”; pois, tendo vivido uma década em igrejas sérias, isso não lhes trouxe vantagem alguma.

Se tivessem edificado a casa do Senhor, ao invés de um culto indiferente, alheio, não teriam falta de nada; pois, o manancial da Água da Vida não seca; “Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte, que salta para a vida eterna.” Jo 4; 14

Essa sedução da “prosperidade” parece atraente onde existe cegueira espiritual; porém, para quem tem olhos, soa obscena.

Quem congrega em igrejas sérias, e não edifica-se por negligência, acabará seduzido por alguma fraude como consequência; não obstante todo o esforço do Espírito Santo para edificar sua casa, segue sem teto, retirante de onde deveria estar estabelecido.

Não faria dano um “vento de doutrina” contra uma casa edificada na Rocha; contra malocas de palha faz. Se, o diligente espiritual tem sentidos exercitados para discernir, esses são presas fáceis de enganadores.

Diz uma fábula árabe que o machado queria se misturar às árvores; algumas estavam desconfiadas. Mas, vendo o cabo de madeira uma incauta disse; esse é dos nossos.
Assim esses sem tetos; basta parecer com um pregador, escamotear um ou dois textos bíblicos de já dão boas-vindas à morte como as árvores da fábula.

Nesses casos, a peregrinação se dá não por falta de alimento, mas de apetite espiritual, coisa que deveria ser normal nos renascidos. “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;
2

Deus afirmou ser o dono da prata e do ouro necessários à edificação. “As palavras do Senhor são palavras puras como prata refinada em forno de barro, purificada sete vezes.” Sal 12; 6

Acontece que, o “ouro” nesse caso é produzido à partir de nossa relação com a palavra; pois, “a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus.” Esse ouvir, claro! implica obedecer mesmo em meio a provações, a fornalha que purifica o ouro da fé. “Te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.” Is 48;10

“Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, honra e glória, na revelação de Jesus Cristo;” I Ped 1;7

Não existem atalhos nas coisas espirituais, ou edificamos segundo Deus, ou podemos construir templos majestosos aos olhos humanos, os quais, aos de Deus serão ídolos detestáveis apenas.

Deus está pronto a soprar nossas cabanas de palha e edificar com pedras preciosas, se tão somente o convidarmos a ser nosso Mestre-de-obras. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam.” Sal 127; 1

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