domingo, 31 de janeiro de 2021

Semelhante Mente


“Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; Tu És Grande; Grande O Teu Nome em poder.” Jr 10;6

Outrora era tão óbvia a existência do Criador, que não se cogitava negá-la; o mais longe que a loucura chegava era, uma criatura pretender, de alguma forma, assemelhar-se ao Eterno. Certo anjo tentou isso; “Subirei sobre as alturas das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;14

Como num resumo das inglórias tentativas Jeremias sentenciou: “Ninguém há semelhante a Ti...”

Ateísmo é uma proeza mais moderna, uma “resposta civilizada” à “Idade das Trevas”, do fanatismo onde a violência política usou vestes religiosas; o “iluminismo” que afundou o navio para apagar o incêndio; combateu o fanatismo cego, com uma cegueira envernizada.

O homem, por ter subido dois degraus na ciência achou que chegara ao topo da escada.

“Uma falsa ciência gera ateus, mas a verdadeira ciência leva os homens a se curvar diante da Divindade.” Voltaire

O apreço da negação do óbvio, invés de ser tido como ignorância, desinteligência, foi posto por Paulo como loucura. Não sendo falta de luz, mas de sensatez. Recusar-se a ver, não incapacidade para isso.

Tendo visto os frutos (de Deus) o esperável era que soubessem avaliar à Árvore; mas, não foi assim. “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem, claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, aves, quadrúpedes e répteis.” Rom 1;19 a 23

O contexto inicial desse texto era também da confecção de imagens, ídolos para adoração, como se esses produtos da mão humana fossem, de alguma forma, semelhantes ao Altíssimo.

O Eterno desafia tais deuses para que “mostrem serviço” a fim de que, sua adoração faça sentido; ou, que demonstrem ser mesmo, deuses; “Anunciai-nos coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou mal, para que nos assombremos, e juntamente vejamos. Eis que sois menos do que nada! vossa obra é menos que nada; abominação é quem vos escolhe.” Is 41;23 e 24

Entretanto, o famigerado ecumenismo que grassa sob a batuta de Francisco labora para tornar qualquer espantalho, bibelô ridículo, ou vento de doutrina, como se iguais ao Altíssimo, Seu Excelso Ser, e Sua Santíssima Palavra.

Quando alguém diz: “Deus como você o concebe”, embora pareça estar falando algo espiritualmente profundo, ou filosoficamente altruísta, apenas empresta sua voz a Satanás para reafirmar seu crime: “Vós sereis como Deus; vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Alguém, com algum resquício de valores, sentimentos, escrúpulos, quando falha compunge-se, entristece-se invés de reiterar sua falha; no entanto, aquele é “como cão que volta ao próprio vômito, ou porca lavada retornando à lama.”

Sendo o homem criado à Imagem e Semelhança de Deus, Ele É Espírito, como Sua Palavra ensina; natural a conclusão que a semelhança possível se verifica nesse prisma; dos valores espirituais, morais, intelectivos, estéticos; causas que não podem ser vistas em si; senão, nos resultados que produzem. Outra vez é oportuna a figura: “Pelos frutos a Árvore”.

O problema é que o discurso da oposição conseguiu fazer parecer que a Árvore da Vida não bastava; que tocando em outra os jardineiros seriam “mais semelhantes” a Deus do que já eram.

A “semelhança” obtida foi aquela que Paulo mencionou de migrar da sabedoria à loucura; reduzir O Todo Poderoso às vis imagens de criaturas.

A coisa não está apenas por manutenção como fazem parecer os ecumenistas; para eles o alvo é coexistência; carecemos salvação, regeneração.

Por isso a necessidade insubstituível de Cristo e Sua Doutrina; “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” disse.

“Ir ao Pai” é um movimento espiritual dos que, cansados de ser imagem do engano plasmado pela mentira, olham outra vez para a Imagem de Deus. Afinal, O Salvador veio “... sendo o resplendor da Sua Glória, A Expressa Imagem da Sua Pessoa ...” Heb 1;3

A “viagem” nem requer que nos desloquemos fisicamente; só que mudemos de Senhor. Deixando o autônomo sequaz do capeta, pelo Servo de Cristo e Sua Mente; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

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