quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Autoridade Espiritual


“Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema (maldito).” Gál 1;8

Paulo, ousando amaldiçoar até o possível ministrar de um anjo do Céu.

Ele tinha perfeita noção de hierarquia espiritual. Conhecia a cadeia de autoridade.

A autoridade pode vir de duas causas; ser, ou estar. A absoluta, há em função de Quem se É; a delegada, em atenção à missão na qual se está.

Em termos de Autoridade Absoluta, apenas Deus em Suas Três Pessoas Pode ordenar algo em vista do É; uma autoridade delegada terá que sempre atuar em consonância e submissão com quem lhe delegou.

Por isso, tanto falamos com Deus, quanto expulsamos demônios em “Nome de Jesus”; foi Ele que nos autorizou a isso. Igualmente, pregar o Evangelho foi Sua Comissão, por isso o veto supra, hipotético, de se opor até a um anjo celeste que malversasse o ensino.

Hipótese que, inverossímil dada a santidade e obediência dos anjos celestes; mas possível sua “montagem” usando “efeitos especiais”; “Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” II Cor 11;14

Por isso, a autoridade, antes da sua divisa, firma-se sobre seu propósito.

Acaso alguém em nosso país respeita ainda ao STF? Não. Por quê? Porque tendo sido estabelecido e assalariado, para ser um poder moderador guardião das leis da Constituição, atua de modo oposto, deslegitimando-se. Se, fosse desfeita aquela “Corte de Justiça” não faria falta nenhuma.

Se, mesmo nas coisas humanas, autoridade perde sentido atuando contra quem a estabelece, muito mais nas questões espirituais. “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes que a Deus;” Atos 4;19 Eles estavam perante o Sinédrio, o conselho dos setenta, que pretendia que desobedecessem uma ordem direta de Jesus.

Houve um tempo, em que a própria imprensa tinha autoridade; queria terminar uma discussão sobre algo dúbio bastava dizer: “deu no jornal” “Ah, bom, então se é assim sim”; diria o Chaves. Assunto encerrado.

Hoje a única coisa verdadeira nos jornais é a data. Ora, quem “comissiona” o bom jornalismo são os fatos; tendo deixado as “ordens” desses em troca do proselitismo ideológico e dos interesses escusos, mais uma autoridade caiu em descrédito, virou lixo. (há honrosas e raras exceções).

No entanto, com o surgimento do Corona, foi um festival de autoridades dando ordens incoerentes, infundadas, estapafúrdias, confusas, extrapolações de competências, invasões... em alguns ambientes rígidas regras, cuidados, distanciamento; noutros, liberou geral casa da sogra, frangas soltas; como obedecer esses?

Mas, voltando à autoridade espiritual, nada que contrarie ao mandado do Senhor dos Senhores precisa ser obedecido; Não importa se vem do Papa, (outro que perdeu autoridade por abraçar o comunismo e abandonar Deus) ou de quem vier; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11

Esse “ninguém” inclui anjos, como vimos ao princípio; Pois, Jesus Cristo mesmo “esvaziado” foi “Feito tanto mais excelente que os anjos, quanto herdou mais Excelente Nome que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu És Meu Filho, Hoje Te Gerei? E outra vez: Eu Lhe serei por Pai, Ele Me Será por Filho?” Heb 1;4 e 5 Ou, como posto no Salmo segundo; “Pede-me, e Te Darei os gentios por herança, os fins da terra por Tua possessão.” V 8

Assim, qualquer autoridade sobre a Terra, malgrado pompa e circunstâncias que envergue, se sua atuação se opuser aos Divinos mandados não precisa ser temida, não é essencialmente autoridade. Pois, “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 nem autoridade, acrescento.

Há muitos que se cobrem com o manto de títulos honoríficos, bispos, apóstolos, missionários, reverendos... e cercam isso com o “Não toqueis nos meus ungidos,” como se, os tais estivessem noutro patamar mui acima de nós, reles mortais.

Ora, “Não toqueis” no contexto em que foi dado era não matar; os ungidos eram alguns, pontualmente, reis sacerdotes e profetas; não, todos os salvos, como é após o Bendito Advento do Espírito Santo.

Claro que O Senhor tem zelo pelos Seus escolhidos, esses são todos que O servem, não há elite; mas, permite que sejamos tocados, advertiu que nos enviava como ovelhas no meio de lobos, por isso ensinou prudência.

Como certo rei de “O Pequeno Príncipe” que disse: “Tenho direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis”. O Todo Poderoso, primeiro por ser Quem É; O Criador de tudo, depois, por ordenar coisas sábias e amorosas, Pode exigir obediência.

Quem se nega a isso em nome de pretensa liberdade ainda não discerniu as falsas penas nas asas desse anjo...

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