sábado, 9 de janeiro de 2021

Restam dois chifres??


“Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal...” Dn 7;19

Quatro reinos de então, até o fim, foram mostrados a Daniel. Um leão, Babilônia; um urso, Medo-pérsia; um leopardo com asas, Grécia; por fim um monstro terrível, destruidor, com dez chifres. O Império Romano.

Há uma ordem crescente numérica interessante nessa sucessão de reinos. Babilônia, um; Nabucodonosor, depois os sucessores; Medo-Pérsia, dois; ora o domínio dos medos, outra, dos persas; Grécia, quatro; Primeiro Alexandre o Grande; mas, com sua morte o império dividido por Seleuco, Cassandro, Lisímaco e Ptolomeu; agora, o número que vinha dobrando de um reino ao outro salta de quatro para dez; dez chifres, ou reis.

Entre eles surgiu um, pequeno, que derrubaria a três e perseguiria os servos de Deus.

Intérpretes preteristas dão como cumpridas essas coisas na idade média, onde o Império Romano, casado com a Igreja Católica teria destruído três povos insubmissos. Hérulos, Vândalos e Ostrogodos.

Não tenho pretensão de ser especialista em escatologia; dado que “nenhuma profecia é de particular interpretação” talvez, nossa compreensão alcance apenas parte dela, ou, nem isso.

Entretanto, além de figura dos quatro animais, tivemos a célebre estátua do sonho de Nabucodonosor que figurava as mesmas coisas.

Nos dois prismas o Império sofre uma solução de continuidade; uma espécie de interrupção difusa e retomada de poder ulteriormente.

As pernas de ferro da estátua figuram ao império antigo com sua divisão entre oriente e ocidente; Constantinopla e Roma; depois, um ressurgimento; dez dedos em parte de ferro, noutra de barro; figura duma união política sem unidade. Com particularidades preservadas (religiões inclusive).

Na figura da besta também parece haver um ínterim, e depois uma retomada; “Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, destruirá os santos do Altíssimo, cuidará em mudar os tempos e a lei; eles serão entregues na sua mão, por um tempo, tempos, e a metade de um tempo.” Dn 7;24 e 25

Os “santos do Altíssimo” naquele contexto eram os judeus.

O dez simbolicamente é um número de plenitude, totalidade. A Lei de Deus foi dada em dez mandamentos; entretanto, se desdobra em 613 preceitos, uma vez esmiuçada.

Assim, aos meus olhos os dez chifres, (poderes) representam todos os povos da Terra, a Nova Ordem Mundial; quiçá serão agrupados em dez blocos.

A profecia não diz que seriam aniquilados três povos; mas três reis. Governantes. Esse famigerado globalismo tinha três oponentes bem distintos: Estados Unidos, Israel e Brasil.

Parece que “um chifre” já foi derrubado; Trump. Em dois anos teremos eleições aqui; se bem que José Dirceu defende que precisam derrubar Bolsonaro esse ano ainda; como tudo está nas mãos deles, vá saber. Quanto a Israel, acho que a resistência será “derrubada” mediante engano; um acordo mentiroso que será cumprido apenas por três nos e meio.

Depois, “...eles serão entregues na sua mão, por um tempo, tempos, e metade de um tempo...” Meia “semana” de sedução, outra metade de violência, perseguição.

Pois, o “Pequeno Chifre” mostrará a que veio. “...cuidará em mudar os tempos e a lei...” Será que depois do “Great Reset” o calendário seguirá contando “Anno Domini?” Duvido. 

Atuam de modo violento, censuram o que traz mínimo viés conservador; tudo farão para apagar o Nome de Cristo.

A “Nova diretriz para educação Global” que Francisco pretendia criar em 20 de maio de 2020 no Vaticano foi adiada pela pandemia. Mas, eles farão. Imagino as cláusulas “inclusivas”, “ecumênicas”; os vetos aos “discursos de ódio” que haverá.

Os preteristas que dão isso como cumprido consideram duas mexidas blasfemas que o catolicismo fez na Lei de Deus, como “mudar tempos e a Lei”

Ela prescrevia a guarda do Sábado aos Judeus; mudaram para domingo; removeram o mandamento segundo que proíbe confecção e adoração de imagens; para não ficar só nove mandamentos partiram o décimo em dois, mascarando assim, sua sujeira.

Porém, acho que isso é profanar, não mudar totalmente a Lei, coisa que ainda virá. A Lei de Cristo, será mudada.

Quando escrevo interpretando o que está diáfano, explícito, não tenho nada com aquilo; Deus responde pela Sua Palavra.

Agora, quando tiro sandálias para ousar em algo assim, preciso opinar, o texto deve ser lido desse modo; como minha interpretação peculiar, sujeita a erros, por lidar com algo infinitamente maior que minha capacidade.

Se, estamos sujeitos a erros no âmbito do intelecto, temos acesso à Terra Santa do Espírito, onde a luz necessária será dada aos fiéis. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

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