sábado, 9 de janeiro de 2021

Robôs

“A civilidade é uma impostura indispensável, quando os homens não têm as virtudes que ela afeta, mas os vícios que dissimula,” Marquês de Maricá

Chegamos a um tempo onde verdade ofende, realidade melindra, honestidade fecha portas; bom caráter é combatido mais que o crime.

Gente honesta dá azo a calúnias odiosas; assassinato de inocentes é aprovado com um carnaval, como foi o aborto, na Argentina.

O “Representante de Deus” na terra se preocupa mais com um monte de lixo queimando na Amazônia, que com milhares de inocentes mortos e jogados no lixo. Abdica da sua autoridade em prol dos ateístas assassinos do Partido Comunista Chinês, ao custo de vidas dos cristãos oprimidos por lá. Que será que houve com “Deus”?

Algoritmos caçam palavras proibidas na Internet; como aborto, vírus chinês, vacina, etc. Eles não existem para questionar por quê? Mas, são eficazes em dizer “como” se penaliza quem usar esses palavrões em canais monetizados que, como punição deixam de sê-lo.

Bons valores, costumes, estruturas de poder, crenças, instituições, são derrubados em série, como uma cadeia de dominós disposta estrategicamente para cair uma peça após a outra.

O “homo sonolentus” segue em seu leito de indiferença ronronando ninharias; faz caras e bocas nas suas micro-alegrias e expõe como troféus nas redes sociais, onde, fingir parece mais apropriado que pensar. O circo pegando fogo, o louco alheio fazendo facécias.

O prédio das já tênues liberdades individuais prestes a implodir, ele na cobertura desfrutando uma “vista” excelente.

Como caçadores noturnos colocam um foco bem nos olhos das presas para cegá-las mediante a luz e matá-las, assim esse ímpio sistema enche os olhos incautos da geração vídeo, para que paralise, invés de olhar ao que interessa e pode dar vida. Jesus Cristo.

A imprensa prostituta, outrora honrosa lupa de evidenciar e reportar fatos, deixou sua nobreza pela comodidade; converteu-se numa fábrica de versões, sempre rumo ao interesse de quem lhe possui, direta ou indiretamente.

Nunca, amor e verdade foram tão defendidas como agora. Digo, pelo menos eu acho.

Sempre foi permitido que a mentira campeasse solta, de modo que, até há um ditado que ela dá uma volta na terra antes da verdade calçar as botas; além de livre era veloz, pois; ódio sempre causou certa pena de quem o sofria; afinal, como um câncer, faria mal ao próprio sistema orgânico de seu hospedeiro; raiva faz mal pro fígado, se dizia; então, se era um sentimento desaconselhável, sua existência não incomodava, como hoje.

Qualquer notícia que desafine um pouco da “verdade” reinante presto é tolhida, descartada, censurada; “Fora com as fake News”!

Os ensinos que exortam eventuais errantes na estrada da vida também são caçados com zelo; “abaixo aos discursos de ódio”!

Se, mentir e odiar são males expurgados dessa forma, natural a conclusão que a presente geração ama à verdade e ao amor. Estamos salvos!!

Entretanto, nossos ultrapassados neurônios foram treinados para ter como verdadeiras as afirmações cuja realidade, os fatos, confirmam; urge que eles sejam “reeducados”, bem como, nossos olhos, para que aprendam, enfim, que a realidade não é o que estamos pensando só porque estamos vendo. 

Apenas o que a mídia e a Internet disserem que é bom, será; afinal, uma geração assim, zelosa, que veta as mentiras e ama ao amor, não deixaria nada de ruim chegar até nós.

Outra coisa que aprendemos errado; pensávamos que amor fosse algo que, “tudo sofre, tudo suporta...” seria capaz de sofrer injustiças para não interferir no direito de escolha de quem ama, o tal de arbítrio. Enfim, carecemos aprender que o “amor” é mui superior a isso; cuida tanto de nós, a quem ama, que nem precisamos essa tarefa dura de fazer escolhas; os mestres do amor escolhem o melhor pra nós...

Não dá para negar que o Diabo é pós graduado em diabologia; primeiro atrofiou à capacidade cognitiva duma geração; drogou-a com futilidades várias, e quando todos estavam estonteados de tanto adorar à imagem da besta que fala, passou a operar sua “mágica” sem oposição; aqueles que está tangendo rumo ao matadouro defendem-no; chamam de gado a uma ínfima minoria que resiste.

A boçalidade disseminada é tal, que um tratado como esse, uma diatribe em consórcio com a ironia corre risco de ser entendida literalmente. Como disse Olavo de Carvalho, é preciso desenhar a explicação e explicar o desenho.

A tsunami tecnológica “programa” pessoas como robôs, rumo a autodestruição. Triste, lamentável.

“O sistema havia enfartado a imaginação das pessoas, corroera a sua criatividade. Elas raramente surpreendiam. Raramente davam presentes em dias inesperados. Raramente reagiam de modo distinto em situações tensas. Raramente libertavam o intelecto para enxergar os fenômenos sociais por outros ângulos. Eram prisioneiras e não sabiam.” Augusto Cury

Restam dois chifres??


“Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal...” Dn 7;19

Quatro reinos de então, até o fim, foram mostrados a Daniel. Um leão, Babilônia; um urso, Medo-pérsia; um leopardo com asas, Grécia; por fim um monstro terrível, destruidor, com dez chifres. O Império Romano.

Há uma ordem crescente numérica interessante nessa sucessão de reinos. Babilônia, um; Nabucodonosor, depois os sucessores; Medo-Pérsia, dois; ora o domínio dos medos, outra, dos persas; Grécia, quatro; Primeiro Alexandre o Grande; mas, com sua morte o império dividido por Seleuco, Cassandro, Lisímaco e Ptolomeu; agora, o número que vinha dobrando de um reino ao outro salta de quatro para dez; dez chifres, ou reis.

Entre eles surgiu um, pequeno, que derrubaria a três e perseguiria os servos de Deus.

Intérpretes preteristas dão como cumpridas essas coisas na idade média, onde o Império Romano, casado com a Igreja Católica teria destruído três povos insubmissos. Hérulos, Vândalos e Ostrogodos.

Não tenho pretensão de ser especialista em escatologia; dado que “nenhuma profecia é de particular interpretação” talvez, nossa compreensão alcance apenas parte dela, ou, nem isso.

Entretanto, além de figura dos quatro animais, tivemos a célebre estátua do sonho de Nabucodonosor que figurava as mesmas coisas.

Nos dois prismas o Império sofre uma solução de continuidade; uma espécie de interrupção difusa e retomada de poder ulteriormente.

As pernas de ferro da estátua figuram ao império antigo com sua divisão entre oriente e ocidente; Constantinopla e Roma; depois, um ressurgimento; dez dedos em parte de ferro, noutra de barro; figura duma união política sem unidade. Com particularidades preservadas (religiões inclusive).

Na figura da besta também parece haver um ínterim, e depois uma retomada; “Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, destruirá os santos do Altíssimo, cuidará em mudar os tempos e a lei; eles serão entregues na sua mão, por um tempo, tempos, e a metade de um tempo.” Dn 7;24 e 25

Os “santos do Altíssimo” naquele contexto eram os judeus.

O dez simbolicamente é um número de plenitude, totalidade. A Lei de Deus foi dada em dez mandamentos; entretanto, se desdobra em 613 preceitos, uma vez esmiuçada.

Assim, aos meus olhos os dez chifres, (poderes) representam todos os povos da Terra, a Nova Ordem Mundial; quiçá serão agrupados em dez blocos.

A profecia não diz que seriam aniquilados três povos; mas três reis. Governantes. Esse famigerado globalismo tinha três oponentes bem distintos: Estados Unidos, Israel e Brasil.

Parece que “um chifre” já foi derrubado; Trump. Em dois anos teremos eleições aqui; se bem que José Dirceu defende que precisam derrubar Bolsonaro esse ano ainda; como tudo está nas mãos deles, vá saber. Quanto a Israel, acho que a resistência será “derrubada” mediante engano; um acordo mentiroso que será cumprido apenas por três nos e meio.

Depois, “...eles serão entregues na sua mão, por um tempo, tempos, e metade de um tempo...” Meia “semana” de sedução, outra metade de violência, perseguição.

Pois, o “Pequeno Chifre” mostrará a que veio. “...cuidará em mudar os tempos e a lei...” Será que depois do “Great Reset” o calendário seguirá contando “Anno Domini?” Duvido. 

Atuam de modo violento, censuram o que traz mínimo viés conservador; tudo farão para apagar o Nome de Cristo.

A “Nova diretriz para educação Global” que Francisco pretendia criar em 20 de maio de 2020 no Vaticano foi adiada pela pandemia. Mas, eles farão. Imagino as cláusulas “inclusivas”, “ecumênicas”; os vetos aos “discursos de ódio” que haverá.

Os preteristas que dão isso como cumprido consideram duas mexidas blasfemas que o catolicismo fez na Lei de Deus, como “mudar tempos e a Lei”

Ela prescrevia a guarda do Sábado aos Judeus; mudaram para domingo; removeram o mandamento segundo que proíbe confecção e adoração de imagens; para não ficar só nove mandamentos partiram o décimo em dois, mascarando assim, sua sujeira.

Porém, acho que isso é profanar, não mudar totalmente a Lei, coisa que ainda virá. A Lei de Cristo, será mudada.

Quando escrevo interpretando o que está diáfano, explícito, não tenho nada com aquilo; Deus responde pela Sua Palavra.

Agora, quando tiro sandálias para ousar em algo assim, preciso opinar, o texto deve ser lido desse modo; como minha interpretação peculiar, sujeita a erros, por lidar com algo infinitamente maior que minha capacidade.

Se, estamos sujeitos a erros no âmbito do intelecto, temos acesso à Terra Santa do Espírito, onde a luz necessária será dada aos fiéis. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A sinuosa "reta final"


“Houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição... trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” II Ped 2;1

Sempre vimos os falsos como falsos, óbvio; jamais, como suicidas. No entanto, sua atuação traz sobre si mesmos, perdição. Se, não são suicidas, por quê fazem isso?

Porque, invés de derivar escolhas do conhecimento espiritual, o fazem baseados nas sensações; invés do sadio, do vivo, o agradável, o fácil. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento...” Os 4;6

Nesse quesito nada bate à mentira; acena com grandes conquistas sem custo; a mensagem de salvação segue sóbria, sisuda até; “Negue-se, tome sua cruz ...” O engano por sua vez, sem preço nenhum ousa: “nenhum mal te sucederá.” “... porque o espírito da luxúria os engana, prostituem-se, apartando-se da sujeição ao seu Deus.” Os 4;12

Nos dias de Jeremias ele denunciou algo assim, também; “Dizem continuamente aos que Me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.” Jr 23;17

Não há uma ideia de suicídio no pacote; mas, de leniência do juízo, de “vistas grossas” do Santo, sobre os pecados deles.

O mesmo que fazem os ímpios atuais, que, andando impiamente, quando exortados a mudar de rumo redarguem: “Deus É Amor”. 

Sabe aquele “amor” frouxo do pai que mesmo contrariado provê drogas ao filho viciado para ele “não sofrer.” “Estas coisas tens feito e Me Calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei e as porei por ordem diante dos teus olhos” Sal 50;21

É grande o exército dos que laboram pelo império da mentira em edificação; trarão o totalitarismo assassino de Satã, sobre si mesmos.

Em sua cegueira são levados a crer que as a questões atinentes à vida são meras inclinações políticas; conservadores, seja aqui, seja nos Estados Unidos, são apenas uns quadrados avessos à modernidade, cuja remoção “justifica” qualquer meio, lícito ou não.

Aqui meteram as vermelhas mãos nas urnas eletrônicas e o obtuso do Haddad, com potencial para uns dez milhões de votos “fez” 47 milhões; calcularam mal; ainda assim deu Bolsonaro.

Agora, os “Democratas” rótulo vistoso adotado pelos comunistas americanos, lograram a façanha de, mesmo com escancaradas fraudes, votos em maior número do que eleitores; escolhas de “mortos”; enormes quantias para Biden “descobertos do nada” virando contagens significativas, como na Geórgia e Pensilvânia; enfim, “apurações” onde vetavam a presença de fiscais; etc. Mesmo passando pelo crivo do vice de Trump, Mike Pence, a fraude vergonhosa foi homologada.

De quebra infiltraram um ônibus cheio de “Antifas”, terroristas modernos, o MST de lá todos rigorosamente trajados pró Trump, para forjar uma invasão no Capitólio; matando uma mulher inclusive, para dar a imprensa de lá, igual à daqui, “elementos” para manchetear que os conservadores são violentos, Trump é culpado pela morte.

Todas as imagens que mostram líderes “Antifas” e um “Black Live Matter” liderando o quebra-quebra, com estranho omissão da polícia legislativa do Capitólio foram apagadas das redes sociais que eles dominam; todas as contas do Trump censuradas também. “Tá tudo dominado” “não haverá restrições ao que fazem”.

A imprensa de cá faz seu trabalho sujo de sempre; nossos idiotas úteis aplaudem, zombam; “não sabem perder.”

Vendo esse mar de Lama todo com permissão de Deus, e sabendo que o império mundial depende disso, restou o Brasil como país grande que ainda se opõe.

Se, o sistema dobrou aos Americanos, mais ou menos divididos com alguns traíras infiltrados como o patife do Pence, aqui, que o Bolsonaro também tem a imprensa como oposição, além do Congresso, STF, OAB, CNBB, TSE etc. não tenho ilusões quanto ao meu direito de escolha.

A impressão que me dá é como se Cristo se entregasse voluntariamente outra vez, dizendo: “... esta é a vossa hora, o poder das trevas.” Luc 22;53 Ou, depois de avisar da traição em curso dissesse a Judas: “O que fazes, faze-o depressa.”

Não é mais tempo para disputas políticas apenas, nem de tentar conter ao que O Próprio Deus permite e parece apressar; o mundo globalizado com dinheiro digital, religião única, moeda única e gado marcado em nome do usurpador mor vem aí.

Para deleite de uma geração de suicidas que luta por isso, e zomba dos oponentes como se o inferno fosse uma conquista.

Já disse antes; não são mais possíveis mudanças estruturais; alguns venturosos, aqui ou, acolá ainda abrirão os olhos.

O Império da mentira é juízo para quem desprezou à verdade. Breve a Internet fechará as portas a ela. Quem não abraçá-la enquanto pode não terá mais opção. A imprensa guiará; pêsames!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

A Urgência da Fuga Impossível


“... muitos correrão de uma parte para outra...” Dn 12;4

Fragmento das “Palavras seladas” dadas a Daniel, atinentes ao “tempo do fim.”

“... correrão...” Um vídeo que eu assistia no Youtube foi interrompido por um comercial de certo aparato tecnológico que oferecia mais velocidade de downloads e acessos vários; isso me fez parar de ver e pensar.

Alguns quadros na parede da memória são espanados automaticamente; a poeira saindo os vemos, de novo; “... a vida é de quem corre menos em busca de mais...” trecho de uma antiga música de Arnaud Rodrigues. “Índio do Uruguai”

“Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira...” Ecl 9;11

Quando o atlético guerreiro Esaú convidou ao alquebrado Jacó para uma cavalgada juntos, ele disse que não poderia; tinha mulheres, crianças, animais, não um exército como aquele; então, sugeriu que seu irmão fosse adiante, enquanto ele seguiria a marcha “no passo do gado.” Gn 33;14

Entretanto, o escolhido e abençoado era o lento, não o veloz; nesse caso a constatação experimental de que não é dos ligeiros a corrida. É dos que correm com Deus.

Quando Paulo nos compara com atletas não tem em mente a velocidade, mas as renúncias pelo objetivo; “Não sabeis que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira ficar reprovado.” I Cor 9;24 a 27

Corria não contra outro competidor, mas contra as próprias tendências pecaminosas; subjugando essas, alcançaria o prêmio, a coroa incorruptível; salvação.

Por quê grande parte das melhorias propostas nesse tempo têm a ver com velocidade? Onde temos pressa de chegar que essas coisas nos ajudariam? 

Se, nas estradas o correto é andar dentro de certos limites atenuando riscos, no mundo virtual esses não existem, quanto mais rápido, melhor?? Vem aí o 5G!

Outro dia comprei um Iphone usado, cujo modelo estava na geração sete; quem me vendeu disse que o fez pois queria um mais atual, a série já estava em onze; portanto ele estava “quatro passos atrás”; a sensação é que a humanidade corre atrás da sombra; um sol maligno que cega invés de iluminar que enseja essa correria.

Numa análise honesta podemos dizer que as pessoas correm mais quando estão indo à praia ou serra para o desfrute de um feriado, que quando vão trabalhar; por quê, se dispõem de mais tempo livres de compromissos, com horário, e outras pessoas?

Saint-Exupérry definiu a nostalgia como “uma saudade não sei de quê...” Pois, pensando sobre essa insana correria parece ser uma pressa, não sei de quê... talvez uma fuga de si mesmo; mas, como disse certo gaiato, “parei de fugir de mim mesmo; pois, aonde eu ia, eu estava...”

Para alguns o próprio silêncio parece insuportável, como se, ouvir à consciência e meditar, coisas possíveis em seus domínios fosse uma ameaça; precisassem fugir depressa para a sombra das músicas barulhentas mesmo de mensagens chulas, quanto mais altas, melhor.

Não que a celeridade não tenha valor, utilidade; que o digam os que dependem de ambulâncias, bombeiros e afins... Mas, como dizia Charles Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”; a velocidade é uma dessas.

Imaginemos duas pessoas andando na direção errada; uma montando um jerico, outra pilotando uma Ferrari; nesse caso, quem corre mais, mais rápido se perde.

Como diz o narrador Galvão Bueno em determinados lances do futebol, onde precisão é mais importante que potência; “Daí não é força; é jeito.” Pois, viver com sabedoria é um “Lance” para o qual os predicados da rapidez não são os mais caros. Não é velocidade; é objetivo, alvo.

Se, aos que se submetem a Cristo é dada a vida eterna, precisam ganhar mais tempo ainda?

O ladrão que furtou à Árvore da ciência falsificou alvos e deseja uma geração perseguidora da sombra, incapaz de pensar.
Labora a todo tempo gerando as distrações mais hightecs possíveis, tudo para que os entendimentos se aprimorem em tecnologia fugaz, e atrofiem no prisma que interessa, a vida.

“... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...” II Cor 4;4

Em suma, nem todo apelo veloz me seduz; sou meio pesado, de interesses mais lentos; como Jacó, não posso correr ao lado de Esaú; preciso ir “no passo do gado...”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

"Racismo" no Hino Rio-Grandense

Repercute o protesto de cinco vereadores de Porto Alegre RS do PSOL, PT e PCdoB (sempre eles); que recusaram-se a cantar o Hino Rio-grandense, alegando que tem um conteúdo racista. O trecho, alvo das críticas diz: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo.”

O esquerdismo sempre age assim; invés de propor melhorias pragmáticas para a sociedade que dizem representar, arranjam algum pretexto mimizento para sua ideologia; para explorar seu vitimismo endêmico, e seus melindres desprovidos de propósito.

 Para Benedita da Silva, até a expressão “lista negra” seria racismo, ah vá lamber sabão!

Quando trabalhei em Santa Cruz do Sul, um superior e alguns colegas me chamavam, “alemão”; sou descendente de italianos pelo viés materno; alemão com algumas gotas de sangue guarani em minha avó pelo lado paterno; e daí?

Racismo não é chamar alguém de negro, com respeito, se ele(a) é; racismo seria diminuir, ofender, sonegar espaço, oportunidades iguais em função disso. Sermos como somos uma mistura de todas as raças é uma contingência social apenas. Podemos conviver sem problemas se os esquerdistas deixarem.

Seus conceitos de aprimorar educação, passam longe de melhorias estruturais dos colégios, transportes dos alunos, grade curricular, ou melhoras salariais dos professores, por exemplo; desejam antes, lutar contra “imposições” da sociedade que “força” aos infantes a terem um gênero definido, chamando-os “violentamente” de meninos ou meninas, invés de um neutro “politicamente correto” que seria menines... cambade de abostades!

Embora a escravidão por aqui foi uma injustiça contra negros, eles foram vendidos por outros negros em seu continente de origem; então, mesmo a culpa dos escravagistas daqui sendo maior, os de lá têm sua parcela também. Uns fizeram-nos mão-de-obra barata; outros, coisas a ser comercializadas.

Entretanto, houve muitos escravos brancos também; os judeus por exemplo, foram escravos dos egípcios durante 430 anos; depois mais setenta sob regência Babilônica e medo-persa; nos dias de Cristo eram vassalos dos romanos, bem como muitos povos bárbaros periféricos, serviam a César também.

Na Ásia tibetanos sofreram escravidão dos chineses, alguns sofrem ainda; hindus em função do sistema de castas são humilhados também, de modo que, a escravidão não é “privilégio” dos povos de cor negra.

Esse mal ocorreu em toda a terra, e em partes ainda ocorre, infelizmente.

Uma coisa é o letrista ter versado que, povo que não tem virtude acaba por ser escravo, o que é pleno de sentido; outra é torturar o texto até que ele confesse o que ele não fez.

Em momento algum disse que os escravos (de qualquer raça) o são por falta de virtude.

Sendo a virtude o oposto do vício, natural que a escravidão que sua ausência enseja tenha a ver com esse, não com trabalhar forçado para alguém, o que se pode fazer, coberto de virtudes.

A Bíblia, livro entregue à humanidade mediante os judeus, povo pós graduado em escravidão traz algo assim: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, prepara no verão seu pão; na sega ajunta seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; assim sobrevirá tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado.” Prov 6;6 a 11

O que o sábio diz aqui pode ser parafraseado mais ou menos assim: “Vai aprender diligência, trabalho e prudência com as formigas, ó bundão preguiçoso! Senão, acabarás escravo das necessidades, da pobreza, e da fome até.”

Por quê será que ninguém denunciou ainda essa porção ociofóbica da Palavra de Deus? Melhor não dar ideias; essa gente é perigosa.

Quantas coisas relevantes para se fazer numa cidade do tamanho de Porto Alegre, e essas amebas inventando problemas para propor “soluções”. 

Nosso hino é um dos mais belos do país; nosso brioso povo um dos poucos que sabe o Hino Estadual antes do Nacional, cuja letra é mais extensa.

Nesses tempos onde respirar pode ser uma atitude separatista, preconceituosa, uma vez que acaba separando oxigênio do gás carbônico, não bastasse a dureza da vida por si só, acrescida pelos danos de uma pandemia e seus efeitos colaterais, ainda surgem no esterco das urnas esses cogumelos anencéfalos, para estragar um pouco o que estava bem, no devido lugar.

Lembro antigo personagem do Jô Soares que, “dormia” entubado vários anos; quando voltava a consciência era informado das mudanças, na política sobretudo, e desesperado pedia: “Tira o tubo!” Queria morrer.

Olhando certos “Representantes do povo” não pensamos em tirar algo... o caso seria de implantar cérebros... Mentecapto, literalmente significa, capado da mente; pena que muitos eleitores também foram, que saco!!

Autoridade Espiritual


“Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema (maldito).” Gál 1;8

Paulo, ousando amaldiçoar até o possível ministrar de um anjo do Céu.

Ele tinha perfeita noção de hierarquia espiritual. Conhecia a cadeia de autoridade.

A autoridade pode vir de duas causas; ser, ou estar. A absoluta, há em função de Quem se É; a delegada, em atenção à missão na qual se está.

Em termos de Autoridade Absoluta, apenas Deus em Suas Três Pessoas Pode ordenar algo em vista do É; uma autoridade delegada terá que sempre atuar em consonância e submissão com quem lhe delegou.

Por isso, tanto falamos com Deus, quanto expulsamos demônios em “Nome de Jesus”; foi Ele que nos autorizou a isso. Igualmente, pregar o Evangelho foi Sua Comissão, por isso o veto supra, hipotético, de se opor até a um anjo celeste que malversasse o ensino.

Hipótese que, inverossímil dada a santidade e obediência dos anjos celestes; mas possível sua “montagem” usando “efeitos especiais”; “Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” II Cor 11;14

Por isso, a autoridade, antes da sua divisa, firma-se sobre seu propósito.

Acaso alguém em nosso país respeita ainda ao STF? Não. Por quê? Porque tendo sido estabelecido e assalariado, para ser um poder moderador guardião das leis da Constituição, atua de modo oposto, deslegitimando-se. Se, fosse desfeita aquela “Corte de Justiça” não faria falta nenhuma.

Se, mesmo nas coisas humanas, autoridade perde sentido atuando contra quem a estabelece, muito mais nas questões espirituais. “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes que a Deus;” Atos 4;19 Eles estavam perante o Sinédrio, o conselho dos setenta, que pretendia que desobedecessem uma ordem direta de Jesus.

Houve um tempo, em que a própria imprensa tinha autoridade; queria terminar uma discussão sobre algo dúbio bastava dizer: “deu no jornal” “Ah, bom, então se é assim sim”; diria o Chaves. Assunto encerrado.

Hoje a única coisa verdadeira nos jornais é a data. Ora, quem “comissiona” o bom jornalismo são os fatos; tendo deixado as “ordens” desses em troca do proselitismo ideológico e dos interesses escusos, mais uma autoridade caiu em descrédito, virou lixo. (há honrosas e raras exceções).

No entanto, com o surgimento do Corona, foi um festival de autoridades dando ordens incoerentes, infundadas, estapafúrdias, confusas, extrapolações de competências, invasões... em alguns ambientes rígidas regras, cuidados, distanciamento; noutros, liberou geral casa da sogra, frangas soltas; como obedecer esses?

Mas, voltando à autoridade espiritual, nada que contrarie ao mandado do Senhor dos Senhores precisa ser obedecido; Não importa se vem do Papa, (outro que perdeu autoridade por abraçar o comunismo e abandonar Deus) ou de quem vier; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11

Esse “ninguém” inclui anjos, como vimos ao princípio; Pois, Jesus Cristo mesmo “esvaziado” foi “Feito tanto mais excelente que os anjos, quanto herdou mais Excelente Nome que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu És Meu Filho, Hoje Te Gerei? E outra vez: Eu Lhe serei por Pai, Ele Me Será por Filho?” Heb 1;4 e 5 Ou, como posto no Salmo segundo; “Pede-me, e Te Darei os gentios por herança, os fins da terra por Tua possessão.” V 8

Assim, qualquer autoridade sobre a Terra, malgrado pompa e circunstâncias que envergue, se sua atuação se opuser aos Divinos mandados não precisa ser temida, não é essencialmente autoridade. Pois, “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 nem autoridade, acrescento.

Há muitos que se cobrem com o manto de títulos honoríficos, bispos, apóstolos, missionários, reverendos... e cercam isso com o “Não toqueis nos meus ungidos,” como se, os tais estivessem noutro patamar mui acima de nós, reles mortais.

Ora, “Não toqueis” no contexto em que foi dado era não matar; os ungidos eram alguns, pontualmente, reis sacerdotes e profetas; não, todos os salvos, como é após o Bendito Advento do Espírito Santo.

Claro que O Senhor tem zelo pelos Seus escolhidos, esses são todos que O servem, não há elite; mas, permite que sejamos tocados, advertiu que nos enviava como ovelhas no meio de lobos, por isso ensinou prudência.

Como certo rei de “O Pequeno Príncipe” que disse: “Tenho direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis”. O Todo Poderoso, primeiro por ser Quem É; O Criador de tudo, depois, por ordenar coisas sábias e amorosas, Pode exigir obediência.

Quem se nega a isso em nome de pretensa liberdade ainda não discerniu as falsas penas nas asas desse anjo...

O Barulhão dos Surdos

 

“Mas eles gritaram com grande voz, taparam seus ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.” Atos 7;57

Estevão fizera o discurso de um rabino sobre o conhecimento das Escrituras, então, existentes; e uma análise precisa dos fatos recentes; a morte de Cristo e suas implicações.

Como a porca lavada tende a voltar para a lama, aquele banho de Luz resultou inútil também. “Gritaram com grande voz...”

A Palavra ensina que tudo tem sem tempo apropriado, inclusive, falar e ouvir. 

No monte da Transfiguração Deus mostrou Moisés e Elias conversando com O Senhor; Pedro começou a falar sobre construir tendas; Deus alertou: “Este é Meu Filho Amado; a Ele ouvi.” Se, ao afoito apóstolo parecia ocasião de falar, então, era pra ouvir.

Eventualmente Deus Fala mediante instrumentos que escolhe. Invés de ouvir, naquele caso, “gritaram com grande voz”. Vício comum em ambientes pentecostais; Deus está falando através de alguém e a galera, invés de ouvir está aos gritos de “Aleluia e Glória”; ora, cala a boca e ouve!!

Existem tantas maneiras de abafar à Voz de Deus aos gritos atualmente. Há “Banners”, “adesivos” cheios de “sabedoria” que as pessoas colam em suas páginas virtuais para se mostrarem em pé de igualdade com quem vive e ensina A Palavra; Nas entrelinhas fica dito; tens tua visão, tenho a minha, cada um na sua; são seus “gritos” para não ouvir à Palavra de Deus.

Não que seja errado partilhar algo inspirador, eventualmente; mas, quando nossa espiritualidade se resume a isto, não passa de máscara piedosa, disfarçando vida ímpia.

Por quê ouvir, aprender, meditar, quiçá ter que abandonar alguns hábitos maus, quando se pode vestir a capa de mestre e sair ensinando? É muito mais fácil. Estevão que se dane!! Quem ele pensa que é?

Esses “gritos” forjam ao ato seguinte: “... taparam seus ouvidos...” É possível alguém ouvir um ensino que propõe mudanças, como A Palavra de Deus, e não aceitar; entretanto, sequer aceitavam ouvir até o fim. Como se dissessem; já sabemos as baboseiras que vais dizer; não precisamos, não estamos interessados.

Salomão disse: “As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos. Melhor é a sabedoria que as armas de guerra...” Ecl 9;17 e 18

Qualquer um, independente do potencial intelectual, que abdica das inclinações próprias pela Palavra de Deus, se faz sábio; se, não pelo saber, mas pela escolha; sua sabedoria não consiste que criar conceitos novos, percepções filosóficas; antes, carrear o saber da mais rica das Fontes; “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo Único Pastor.” Ecl 12;11

Para receber dádivas do Único Pastor, carecemos ouvidos dóceis, não gritar quando Ele Fala.

“... arremeteram unânimes contra ele.”

Impressionante a facilidade que o mal tem para forjar “unanimidade”; basta um ódio comum, como a Cristo, e mesmo rivais religiosos, Saduceus, Fariseus e Herodianos superaram suas divergências; estavam unidos.

Hoje, o famigerado ecumenismo, sonho de consumo do Papa Francisco, considera iguais todos os credos, por estapafúrdios e contraditórios que sejam. “Cada um crê em Deus à sua maneira; todos estão certos, todos serão salvos, frattelli tutti”.

Ai do “Estevão” que insistir com certo “Radicalismo” aquele do “...ninguém vem ao Pai senão, por Mim.”

O mundão atua no modo gritar, tapar os ouvidos; breve a violência contra os “Estevãos” será perpetrada.

Se, no âmbito natural, o sonho de consumo da humanidade seria uma vacina barata e eficaz contra o famigerado vírus, no espiritual as pessoas apegadas a si mesmas e suas más inclinações tendem a se “Vacinar” contra a Doutrina que facultaria a vida.

Mais facilmente se amoldam elementos estranhos, “Os dedos da estátua humana em parte de ferro, outra de barro...” que ousam mudar e buscar regeneração para a vida eterna, mediante Cristo, reconciliando-se com Deus.

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a Palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Enfim, se no aspecto operacional as pessoas fazem barulho para não ouvir, pois, não desejam, no prisma essencial estão dormindo o sono da morte. Traindo a si mesmas no cômodo leito dos pecados.

Paulo tentou atrapalhar o sono de alguns assim; “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Sendo a surdez espiritual voluntária, não existe LIBRAS para tais surdos. São os olhos da vontade que leem sinais, ou abafam; “Quem tem ouvidos ouça o que O Espírito diz...”