sábado, 3 de agosto de 2024

Simples; e sério


“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Mc 16;16

Simples assim? Sim, e não. Essa promessa inclui algumas “letras miúdas” que precisam ser consideradas, também. Crer e ser batizado são passos iniciais, indispensáveis; contudo, a decisão demanda outros passos, ainda.

A primeira nuance é uma mudança no agir, doravante, segundo o Ensino Daquele em quem cremos. As obras coerentes que evidenciam a fé. “... a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, eu tenho obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, eu te mostrarei minha fé pelas minhas obras.” Tg 2;17 e 18

A Palavra é categórica sobre o meio pelo qual somos salvos; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

E expressa com a mesma clareza, como deve ser o andar dos que creem; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” V 10 “Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou.” I Jo 2;6

Assim, mesmo sendo simples a receita, crermos em Cristo e nos batizarmos Nele, essa iniciação demonstrada pelo batismo supõe uma identificação com O Salvador às últimas consequências. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Isso traz anexo, o compromisso com um modo de viver diverso do que tínhamos antes; “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim, andemos em novidade de vida.” Rom 6;4

Eventualmente, consideramos nos identificar com O Senhor em obediência, quiçá, na capacidade de operar algum sinal pelos dons do Seu Espírito; porém, o mais grave nesse mundo mau e adverso ao Senhor, é que devemos nos identificar com Ele em Sua rejeição. “Basta ao discípulo ser como seu mestre, ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao Pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” Mat 10;25

Mais que rejeição, grassa o ódio do mundo contra O Senhor. Basta ver o exemplo atual das Olimpíadas de Paris, onde, O Nome Dele precisa ser “falado” em LIBRAS, sujeito a punições; enquanto, a blasfêmia contra Ele e Seus ensinos é encenada “Urbe et Orbe”.

Não, conquistar coisas pela fé, como ensinam os mercenários da prosperidade, os vencedores de Cristo, são os que perseveram em meio às adversidades, perseguições, zombarias que esse mundo dirige contra O Senhor e Seus servos.

Mais que uma “chave” que abre portas cerradas, a fé sadia é uma confiança inabalável, que repousa no seu alvo, O Senhor, mesmo quando todas as portas insistem em não se abrir. “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Podemos aprender com o erro de Abraão, que, quando lhe pareceu que a Promessa Divina estava meio fora do alcance, de ter um filho, por sugestão da esposa aceitou um atalho, tomando em seu leito à escrava, Agar.

Sempre que nossa fé for testada, a vida se encarregará que colocar uma “Agar” ao lado, um “plano B”; a excelência da fé não é esperar pelo óbvio, o lógico.

Quanto ao fiador do que cremos, devemos descansar na Integridade Divina; quanto o teor do que convém esperar, devemos crer conforme Sua Promessa.

Se ancorarmos nossa esperança no que não foi prometido, O Eterno não se responsabiliza pelos nossos devaneios. Saibamos que, embora seja lícito orarmos pedindo coisas segundo nosso arbítrio, a essas devemos colocar o adendo: Todavia seja segundo a Tua Vontade; atinente à salvação, convém “... reter a esperança proposta;” Heb 6;1

Na reta final, dos “dias maus”, mais que uma força para fazer acontecer coisas boas, a fé sadia nos mantém na Rocha, vendo nas crescentes adversidades, no recrudescer da maldade, a certeza que, não somos do mundo; ou, um testemunho oblíquo de que pertencemos a Cristo.

Seguem imutáveis os passos, crer e ser batizado; concorrem sofrer rejeição, perseverar; “sereis odiados por todos por amor do Meu Nome; mas quem perseverar até ao fim será salvo.” Mc 13;13

Estejamos também atentos aos da Graça barata, que, superestimam o perdão, e ignoram a necessária disciplina. Setenta vezes sete é ordem de perdoar sempre, que recebemos; não, licença para os maus seguirem maus, indefinidamente.

A fé salvífica é disciplinada, obediente. “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus...” Rom 11;22

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Maduro e a fraude


“As palavras dos ímpios são ciladas para derramar sangue, mas a boca dos retos os livrará.” Prov 12;6

Alguém disse com propriedade, que a hipocrisia é uma homenagem que o vício faz, à virtude. Toda a cilada carece de alguma aparência de normalidade; quiçá, uma “isca” que atraia a pretendida vítima.

Assim, as palavras dos ímpios precisam parecer retas, se, desejam que tenham eficácia na arte de enganar. O capeta não aparece com chifres, rabo e tridente; se disfarça em anjo de luz.

Os mais cretinos dos biltres, servos dele, no reino das palavras usam “falas virtuosas”, malgrado, no teatro das ações, incorram nos mais perversos dos vícios. Acaso o ditador fraudulento da vez, Nicolás Maduro, não fala em defender à democracia, os direitos do povo, a justiça e o escambau?

Todos os distúrbios que ocorrem pelos inconformados com a vergonhosa fraude, são por culpa de “la oposicóin”; ele quer a paz, tranquilidade. O canalha comete a maior das violências, surrupia a liberdade de escolha de milhões de pessoas; feito isso, recolhe as garras de Wolverine, e se faz de vítima, defensor da paz??

Ora, num ato falho ou, “sincericídio”, ele mesmo disse outro dia, que se não fosse vencedor nas eleições, haveria “um banho de sangre.”

Informado sobre os apontes das pesquisas, “fazia campanha” dando do que possui, ameaças; buscava votos via intimidação. Não funcionou. Aquele povo, sofrendo pela opressão e miséria do chavismo há mais de duas décadas, está cansado, para seguir tolerando mais do mesmo. Assim, por uma diferença avassaladora, escolheram ao candidato da oposição.

Em nenhuma arena, mais que, na política, as palavras bonitas são usadas para camuflagem de caracteres feios, atitudes indignas; gente sem valor, se traja com vestes furtadas da moralidade.

Tivemos coisas nebulosas nos Estados Unidos; muitos mortos inclusive “votaram” no Biden; a eleição foi burlada, pois, precisavam se livrar do “fascista” Trump. Ah, o outro lado da moeda; assim como palavras belas são usadas como verniz para que bosta pareça ouro, as feias são jogadas contra desafetos, mesmo sem menor nexo com a realidade; sem que a maioria, sequer saiba direito o que significam. Assim, quem o sistema teme é “nazista, fascista, homofóbico, racista...” etc.

Nossas “eleições” todos sabemos como foram; “Eleição não se ganha; se toma”, dissera o Ministro Barroso; tomaram. Os votos foram “contados” no escuro, por um sujeito que tem tanta confiabilidade, quanto, os cabelos da sua cabeça.

Até o Vaticano padeceu dessa “democracia”, onde fortes correntes “progressistas”, “renunciaram” ao Papa conservador, Bento XVI, para colocar o Chico comunista no lugar.

Homens se esforçam para dominar aos outros, usam meios espúrios, fraudes, porque não se atrevem a dominar a si mesmos. Segundo Salomão, isso não resulta em bênção. “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Para Platão, o risco de os homens bons evitarem a política era serem governados pelos maus. Infelizmente, é o que mais acontece. Para Sócrates, os bons deveriam ser forçados a governar, mesmo contra suas vontades.

Todavia, quando surge um patriota, defensor de valores, mais que interesses, como foram Trump e Bolsonaro, esses albinos enlouquecem o sistema, acostumado com bichos de pelagens normais, os venais e corruptos, apenas. Presto dão um jeito “democrático” de fazer insidiosa campanha de difamação, pela mídia; não bastando essa, domesticam a “contagem” dos votos, injetam o “tranquilizante” da fraude, para que as presas da verdade, e as garras da vontade majoritária da fera, não lhes façam dano.

A maioria cola. Porém, quando é gritante e visível demais, como foi na Venezuela, para manter as aparências “democráticas" não reconhecem à fraude alheia, porque foi mal feita.

Infelizmente esses párias, como aquele que ascendeu ao poder Maduro, e hoje está podre, derramam sangue inocente, de gente que só quer liberdade de escolha; e essa, respeitada. 

Como na Olimpíada, atletas não podem fazer nenhuma manifestação de cunho religioso; mas a organização pode tripudiar da fé alheia. Exemplos da justiça dos homens, num mundo gerido pelo maligno.

Isaías viu uma situação mui semelhante à atual: “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas; equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus olhos que não houvesse justiça.” Is 5;14 e 15

Quando esses tiranos assassinos discursam, em “defesa da justiça” pelo verniz aquele, acabam encontrando a condenação, que, no Juízo, ouvirão dos próprios lábios. “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37

terça-feira, 30 de julho de 2024

Os apóstatas


“Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8

Pessoas que, tendo crido foram enriquecidas com dos espirituais, para o exercício do ministério; invés de frutificarem para O Senhor, caíram. “É impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Vs 4 a 6

O texto não se refere a alguém que, tendo crido por um tempo, depois se desviou do caminho, como se, não tivesse mais perdão para o tal, em caso de arrependimento. Antes, aos que, depois de crer receberam uma porção especial de luz espiritual, “foram iluminados”, capacitados a dar frutos excelentes. Porém, em dado momento se desviaram do caminho; invés de produzir os frutos anelados pelo Senhor, deram espinhos.

Conhecemos muitos casos, infelizmente, de gente que recebeu dons preciosos, foi bênção combatendo pela verdade; decorrido algum tempo, mudou o rumo de tal maneira, que o ministério atual pode ser combatido, refutado, rebuscando as mensagens do mesmo ministro, em dias pretéritos. Os ensinos dele, de ontem, combatem os que esposa agora.

Clássico caso de uma árvore que um dia deu frutos, agora produz espinhos.

Seduções modernistas, como se A Palavra fosse biodegradável, as pressões mundanas de gente “boa” que não tolera à verdade como é, encontrando a fraqueza onde deveria estar a vigilância, vão ganhando terreno; o iluminado ministro, descuidado, cede terreno, e por não ser uma queda abrupta, mas, uma derrocada tênue, pouco a pouco, continua ministrando; não mais empunhando a Espada do Espírito, antes, torna-se um porta-voz dos sofismas da oposição.

Paulo fez uma pergunta que caberia a esses apóstatas também: “Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gál 5;7

Eventualmente, deparo com vídeos de ministros com os quais aprendi, e constato entristecido, que hoje, talvez meus mestres careçam observar seus alunos; não ir além do que está escrito, nem acrescentar nada À Palavra de Deus. “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Esses “cresceram” tanto, que citações simplórias como essa, os faz rir; têm-na na ponta da língua, bem como, os sofismas com os quais as ressignificam, segundo “nova luz” que receberam.

Paulo advertiu: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11;3

Uma coisa pode passar despercebida precisa ser dita. A “Monotonia” de Deus tem a ver com Sua Perfeição e Integridade; “Jesus Cristo É O Mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8 “Porque Eu, O Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3;6 etc.

A sofreguidão demandando por novidades, modernismos, deriva do vazio espiritual, que, quanto mais movimentados forem os vasos, menos identificarão o lapso de Deus; por isso, o príncipe do mundo os faz correr após sombras.

Modernizantes aplaudem aos “homens à frente do seu tempo”, a higidez espiritual requer gente que, por ter recebido a vida eterna, não sofra pelos arroubos efêmeros, antes persevere fiel à Integridade Divina. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16

Daniel anteviu a correria tecnológica; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Dm 12;4 A inteligência artificial será o instrumento da dominação do Anticristo; “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

Portanto, embora usamos melhoramentos que a ciência possibilita, nas questões espirituais, a excelência reside na fidelidade, não, na modernização.

Enfim, esses que tropeçam tendo perdido noção do certo e do errado, como se arrependeriam se, estão convencidos que o cristianismo precisa mudar, não eles? Os que foram combatentes contra o pecado, agora lutam contra igrejas. O objetivo contra o qual alguém luta, evidencia o quê, o incomoda; esse incômodo deixa ver a qual senhor eles servem.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Pão dos Céus

 

“Cessou o Maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” Js 5;12

O povo fora alimentado milagrosamente no deserto, durante 40 anos; Maná, nome que deram ao alimento que caía todas as noites para o sustento deles. Talvez, daí a inspiração do salmista; “O homem comeu o pão dos anjos; Ele lhes mandou comida a fartar.” Sal 78;25 Porém, uma vez ingressando em Canaã, aquela “fonte” secou.

Não havia mais necessidade de os Céus proverem, o que a própria terra podia produzir, o alimento. Então, “comeram do fruto da terra...”

Milagres se processam numa interferência sobrenatural na esfera natural, quanto ao “método”; quando à necessidade, geralmente atuam, onde seu resultado não pode ser obtido pelo caminho natural.

Jesus multiplicou pães e peixes; coisas que podem ser obtidas pelos meios naturais. Certo. Porém, no lugar e nas circunstâncias que fez, não. Apenas pelo milagre poderia alimentar a tantos, de modo imediato, em local desértico.

Fazer O Senhor, um transplante de órgãos, mudando o coração ímpio, pela persuasão do Seu Espírito e Palavra, transformando num coração piedoso, é o maior dos milagres. Pois, tende a natureza humana pervertida, após a queda, a enfrentar às coisas fora de si, e manter o apego doentio aos vícios que escolheu. Isso resulta em condenação, mesmo assim, acontece aos montes. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Conversão é milagre. Sem o bendito concurso do Espírito Santo, não vemos nem entramos nos lugares de salvação. “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar...” Jo 3;3 e 5

Quem nivela as coisas espirituais, com as da alma, como escolhas políticas e esportivas não sabe o que está falando. Embora, pertencer a Cristo nos constranja a abraçar certos valores, que podem ser contemplados na esfera política também.

Que cada um pode escolher o que aprouver, é pacífico. Porém, as consequências são necessárias, não, arbitrárias como as escolhas. A Palavra de Deus é categórica: “... tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gl 6;7 e 8

Embora as escolhas possam parecer diversas, a rigor, no que atina à essência, as opções são duais. Agiremos segundo a carne, ou segundo O Espírito, não obstantes os muitos desdobramentos possíveis.

Esperar obter pelos meios naturais, aquilo que é sobrenatural, é estúpido e contraproducente, como seria, esperar pelos frutos da terra, onde a aridez desértica não os permitia. Então, era o caso do Maná. Deixar de laborar quando em terra fértil, em demanda do pão, seria a sagração da omissão, esperando que os céus tragam o que nós podemos buscar.

Dependemos de um milagre para sermos salvos, recebermos o Pão dos Céus; “... Moisés não vos deu o pão do céu; mas Meu Pai vos dá o verdadeiro Pão do Céu. Porque o Pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá vida ao mundo.” Jo 6;32 e 33

Nossa participação requer que não resistamos quando, nos sentirmos constrangidos pelo Espírito Santo, a rever nossos caminhos nos arrependermos deles, para, doravante aprendermos de Cristo. Sem essa participação, ficaremos alheios ao milagre. “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.” Heb 3;7 e 8

Espiritualmente, sem Cristo estamos no deserto. O Salvador, por Sua bondade faz cair perto de nós o Maná da Sua Palavra. Recolher a necessária porção e dela nos alimentarmos, é escolha de cada um.

Podemos nos ocultar nas carapaças do amor às trevas, rotuladas por uma religiosidade qualquer, como uma tartaruga ante o predador; ou, recebermos À Palavra do Senhor, atendendo ao Seu Chamado. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

O primeiro passo pra ser salvo é reconhecer que, sem Cristo estamos perdidos; o segundo, entender que Ele não é mero rótulo, antes uma pessoa laborando pela nossa transformação, segundo Sua Palavra. “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Vestes nupciais


“Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão.” Ecl 5;15

Ninguém levará bens materiais consigo ao partir. Embora não seja sepultado nu; na verdade muitos pobres recebem na morte, roupas que não podiam usar, enquanto vivos.

Como aquilo respeita ao corpo, permanece o fato de que a alma ingressa na eternidade, nua. Em geral, embora aconselhe a diligência das formigas quanto ao trabalho, para não sermos vitimados pela fome, A Palavra de Deus ensina a priorizarmos as coisas espirituais, dada sua relevância eterna.

Tendo O Senhor multiplicado o pão para muitos, uma multidão acercou-se Dele querendo mais, Ele advertiu: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a Este o Pai, Deus, O selou.” Jo 6;27

Com outras palavras ensinou a prioridade que nos convém: “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33 antes dissera: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e ferrugem tudo consomem; onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem consomem; onde os ladrões não minam nem roubam.” Mat 6;19 e 20

É lugar comum, que os valores estão invertidos. Porém, muitos incorrem nesse erro sem perceber. Não raro, nos incomodamos com a inversão de valores, imediata, nas coisas atinentes a essa vida; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Porém, quando priorizamos às coisas materiais, em prejuízo das espirituais, também estamos agindo na contramão do que professamos. Paulo advertiu: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19 uma vez que, devemos desapegar das riquezas, e suportar as aflições necessárias, visando o porvir.

Escrevendo a Timóteo, exortou-o, para que se aplicasse à devida “malhação” esperando o devir; “... exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

Vamos ingressar à eternidade, “nus”, referente aos bens materiais. Mas podemos adquirir um tesouro lá, não, das riquezas possíveis até aos ímpios.

O que sabemos do futuro, deveria influir no nosso presente, se, levamos isso a sério.
A José, interpretando um sonho do Faraó foram mostrados os próximos catorze anos. Sete de fartura, outros sete de fome. Agiu à luz do que vira. Aconselhou que se fizessem grandes depósitos nos dias de bonança, para suprimento nos dias de carência. O que, uma vez feito, preservou-lhes a vida.

Sabendo que o fogo da Ira Divina se voltará contra todas as obras da impiedade, Pedro argumentou: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, elementos ardendo, se fundirão?” II Ped 3;11 e 12

O apóstolo mesclou a resposta junto com sua pergunta. Devemos ter sentido de urgência espiritual, vivendo em santo trato e piedade, para sermos livres do fogo ardente que virá.

Mediante Isaías, O Eterno dissera: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? O produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, vossa alma se deleite com a gordura.” Is 55;2

Certa ambição por melhorar de vida é saudável, e todos a temos. O problema é o amor ao dinheiro, o trato idólatra do metal, quando, invés de um meio, para muitos, se torna um fim. Nesse caso, a pessoa o coloca no lugar de Cristo, excluindo da sua vida ao Salvador. “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro; há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Luc 16;13

Enfim, se no prisma material iremos todos nus ao porvir, no espiritual somos desafiados a usar vestes nobres; “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.” Gál 3;27

Em Apocalipse encontramos os salvos em vestes de gala; “Foi-lhe dado (à igreja) que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;8

Dessas vestes, pois, devemos ser zelosos. “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

domingo, 28 de julho de 2024

A glória do servo


“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade.” II Tim 2;15

Timóteo deveria investir tempo e estudos na preparação, de modo tal, a ser aprovado pelo próprio Senhor.

Nada mais coerente. De alguém que se dedica a determinado labor, o que se espera é que entenda daquilo, domine o trabalho que escolheu. Igualmente o obreiro; também é um trabalho; e não respeita a ganhar o pão, estritamente; antes, a ser um representante de Cristo, na busca por almas para a salvação. Por isso, precisa passar pelo “RH” celeste. “Porque não é aprovado quem a si mesmo louva, mas aquele a quem O Senhor louva.” II Cor 10;18

Suponhamos que eu me atreva a posar de eletricista; que ligue determinada carga num fio inadequado para a mesma. Meu erro faria dano a uma casa; mas, poderia ser reparado com ajuda de um especialista.

Porém, se ousasse nas coisas que respeitam à vida espiritual, à salvação, sem o devido conhecimento; almas que recebessem meus “cuidados” poderiam partir fiados apenas neles, que não estavam de acordo com a Doutrina de Cristo. Como se consertaria isso, uma vez que as vidas “tratadas” pelos meus métodos já partiram? Por isso, a seriedade maior, no trato das coisas espirituais, em relação às ordinárias.

Entretanto, quanto mais séria a ocupação, desgraçadamente, parece que menos preparados estão os que se atrevem a elas. Aprender alguns cacoetes e assumir grandes responsabilidades nessa área é temerário.

A facilidade de acesso, sempre esteve atrelada aos caminhos falsos. “... Qualquer que vem consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses.” II Cron 13;9

Qualquer um, estúpido e ousado o bastante para profanar ao Santo Nome de Deus, circula por todos os lugares, entregando as coisas que, supostamente, “Deus lhes mostra”. Sempre auspiciosas promessas, portentosos ministérios, e graciosas portas abertas, para pessoas que ainda carecem desesperadamente de correção, para aprender viver em santificação.

Eventualmente, um fato grave está prestes a acontecer nos ministérios que incensam a esses “profetas”; quando acontece, pega todos de surpresa. O que diz A Palavra? “Certamente O Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado Seu segredo aos Seus servos, os profetas.” Am 3;7

Por que não foram usados para prevenir antes que tal estrago acontecesse? Porque não são profetas. Seus olhos cobiçosos são embaçados pela película dos interesses rasos, e ineptos para ver na dimensão espiritual. Deus não Se revela a farsantes; “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

Se, o preparo, a edificação se mostram indispensáveis aos obreiros, mesmo para perseverarmos na fé, sem sermos vítimas desses salafrários espirituais, carecemos aprendizado também.

Depois de arrolar os meios usados pelo Senhor, Apóstolos, Profetas, evangelistas, pastores e doutores, Paulo colocou o “teto” ao crescimento que devemos buscar; devemos crescer, “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo.” Ef 4;13

Também expôs o objetivo: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” V 14

O Eterno chamou “coisas loucas”, é certo, mas chamou-as para que abraçassem à vida, com as condições que foram propostas; “E a vida eterna é esta: que conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste.” Jo 17;3

Logo, conhecimento na esfera espiritual é indispensável, aos obreiros, para que façam de modo probo, à Obra do Senhor; e necessário a todos os cristãos, para que não sejam desviados da sã Doutrina, pela astúcia dos fraudulentos infiltrados.

Desde dias antigos, esses servos do maligno semeiam a cizânia no seio do povo de Deus. “Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, negam a Deus, Único Dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd v;4

Enfim, se seu “cristianismo” respeita a decorar alguns chavões, e pedir orações a alguém mais preparado, quando numa situação difícil, você não é cristão.

A glória de um servo não é usar rótulos portentosos; antes, ter uma relação íntima com O Senhor, conhecendo-o, e aos valores que Ele aprova. “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em Me entender e conhecer, que Sou O Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas Me agrado, diz O Senhor.” Jr 9;23 e 24

sábado, 27 de julho de 2024

Os jogos LGBTs


“Como quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei, também.” Luc 6;31

A isonomia, a igualdade, tão cantada em prosa e verso, e espezinhada ao sabor das conveniências, por gente sem honra.

Não que haja uma igualdade absoluta, onde, pessoas careçam abandonar o que são, apenas visando encaixar em determinado molde, a pretexto de alcançá-la.

Aristóteles se impõe: “A pior forma de desigualdade – disse – é considerar iguais, aos que são diferentes.”

A igualdade saudável atina aos direitos e deveres da cidadania, sem mensurar o que cada um é, ou representa para a sociedade na qual está inserido.

O professor, o comerciante, o lixeiro, o construtor, todos são iguais no que tange à cidadania; porém, socialmente, cada um desempenha seu distinto papel.

Ontem por ocasião da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos em Paris, o lema da revolução francesa, “Liberdade Igualdade e Fraternidade” foi posto.

Porém, tivemos que lidar com as conveniências cínicas, dos que enfatizam e defendem algo, quando tal defesa lhes interessa, e presto mudam de lado, se, o interesse muda.

A fraternidade pode ser entendida em dois aspectos. O espiritual e o humano. No caso espiritual, apenas os que professam crer na mesma doutrina se entendem irmãos espirituais. No caso da fraternidade humana, basta respeitar as diferenças do semelhante, em seus credos, valores, regras comuns de convívio, e ela se estabelecerá.

Os jogos olímpicos visam isso; integração, interatividade, malgrado as diferenças, congregando povos de distintas culturas numa competição com regras iguais.

A cerimônia de abertura deveria ser um “Bem-vindo” a todos os povos, sem nenhum tipo de suscetibilidades à prova, mas, não foi assim. A lacração do chamado movimento “Woke”, que a pretexto de diversidade e inclusão se dá ao direito de espezinhar aos diferentes, deixou evidente que a fraternidade não compareceu ao evento.

Muito menos, a igualdade. Um surfista brasileiro que pintou suas pranchas com imagens do “Cristo Redentor” foi proibido pelo Comitê Olímpico, de manifestar essa “Intolerância religiosa”; teve que repintar seu material, para poder competir. 

No entanto, os “fraternos” organizadores, blasfemaram do quadro da “Santa Ceia” um símbolo que muitos cristãos veneram. Fizeram uma encenação ridícula, com travestis e drag queens, uma criança até, em crasso desrespeito. Aí, invés de intolerância blasfema, tratava-se de “liberdade de expressão, diversidade.”

Assim, um cristão não pode manifestar sua fé, pintando um símbolo em seu material esportivo; mas, eles os anticristãos, podem ridicularizar da fé alheia, em nome da “liberdade”.

Pois, também a liberdade acabou nos esgotos de Paris. O que deveria ser uma festa esportiva multicultural, ostentando nuances de 206 nações, foi reduzida a uma pífia lacração LGBT, esses que criticam a tudo e a todos, mas, não aceitam ser criticados.

Uma das características dos homens dos últimos dias, segundo Paulo, seriam os hipócritas, farsantes; atuariam, “Tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;5

Esses, fizeram lema dos três valores; “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, sem respeitar a nenhum.

Nós respeitamos isso, sem tocar trombeta. Pregamos o Evangelho, sem forçar ninguém a crer; o fazemos a toda criatura; nenhum ser, por errado que esteja, deixa de ser alvo do amor de Cristo que chama para redimir.

Quanto à fraternidade, não somos tão “inclusivos” uma vez que A Palavra só considera filhos de Deus, os que nascem de novo em Cristo. Os demais são criaturas de Deus. Assumimos essa distinção bem da verdade. Isso não nos faz melhores, nem constrange a desprezar ninguém.

Como fomos alvos da graça redentora, desejamos que todos sejam.

Não se trata de liberdade se ser gays; isso todos têm. Usam, os ativistas dentro disso, como uma força política para atacar ao cristianismo que odeiam. Por que não fazem isso contra os Islâmicos, que em muitos lugares matam aos gays? Porque a resposta desses não seria tolerante como a nossa; vide, o que os radicais islâmicos fizeram contra o jornal Charlie Hebdo, há algum tempo.

O mundo é essa bosta mesmo, sob o domínio do falso deus que o rege; o ódio dele contra nós, embora incomode, é um recibo assinado, em duas vias, de que não pertencemos a ele. O Salvador disse que seria assim. “Dei-lhes Tua Palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo.” Jo 17;14

Pouco me interessam os jogos LGBTs em curso. Todas as medalhas do mundo não valem um dia com Cristo; e nos está proposta uma vida.

Quem precisa alugar rótulos bonitos para defesa das suas práticas, de modo oblíquo já as reconhece como feias. Não precisamos nada além dos fatos; bem sabemos onde terminam as lacrações da mentira. “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8