sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Amor impossível


“Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” Ecl 5;10

Quem ama, uma vez de posse do objeto do seu amor repousa; eventual cuidado será de manutenção; uma vez que, já usufrui a saciedade do amor. No entanto, o dinheiro, conforme a sentença supra é um amor insaciável. “Quem amar o dinheiro, jamais dele se fartará;”

Então, diria que esse é um amor impossível. Pior é que, na reta final, não obstante o quanto de riquezas materiais tiver amealhado, nada lhe valerão. “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão.” Ecl 5;15

O Salvador aconselhou a busca de riquezas melhores, mais duradouras; “Não ajunteis tesouros na terra, onde traça e ferrugem tudo consomem, onde ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem traça nem ferrugem consomem, onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver vosso tesouro, aí estará também vosso coração.” Mat 6;19 a 21

Certa ambição por melhorar de vida todos têm; é uma coisa saudável. Agora o amor ao dinheiro faz nossos corações estacionarem em locais proibidos; defender o indefensável como certos “jornalistas” têm feito.

Podem tentar vender que se trata de rejeição a determinada pessoa, discrepância ideológica; mas, sabemos que não é. Tais conseguem “gostar” de algo abjeto se, virem possibilidade de, dessa fonte verter dinheiro.

Vendem a alma ao diabo. Bom nome, reputação, consciência em paz são valores menores do que a sede pelo metal que não é vil; antes, apto a demonstrar quais pessoas são. Nos seus domínios se pode diferir os que têm valor, dos que têm preço.

Um homem sóbrio, talvez orasse como Agur: “Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem pobreza nem riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome O Nome de Deus em vão.” Prov 30;8 e 9

Na privação ou fartura, seu cuidado era para não macular ao Nome Santo. Orações feitas nesse espírito, com esse cuidado, sempre encontram respostas favoráveis.

Paulo andou nas mesmas pisadas; “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto, ter fome; tanto ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Escrevendo a Timóteo advertiu contra os descaminhos dos amantes do dinheiro; “Os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6;9 a 11

Há injustiças praticadas por quem deveria ter zelo pelo Nome Santo; embora possam, eventualmente, parecer ter caducado pela ação do tempo, ante Deus não é assim. A demora Dele em julgar não é conivência; antes, longanimidade a espera pelo arrependimento; senão, um dia tira os esqueletos do armário. “Por muito tempo Me calei; Estive em silêncio, Me contive; mas agora Darei gritos como a que está de parto...” Is 42;14 “Estas coisas tens feito e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas te arguirei e as porei por ordem diante dos teus olhos: Ouvi pois isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que Eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre.” Sal 50;21 e 22

Fosse apenas o amor ao dinheiro, tal amante faria mal a si mesmo; como Esaú, correndo por “lentilhas” e desprezando a primogenitura.

Porém, os que sobem na enganosa escada da cobiça precisam forjar degraus indevidos; fazem dos direitos alheios serviçais seus; dos fatos precisam fugir fabricando versões; da consciência, até tentam se esquivar com doses de ativismo, onde, o clamor é por arrependimento, concerto. O bom é que sempre tem concerto, desde que, se deseje.

Dinheiro digital logo será o único meio de comprar e vender; para tanto, será necessária certa marca de adesão ao inimigo. Como evitarão essa cilada letal, os que, tendo uma vida inteira para amar Deus e o próximo, gastaram as pilhas de amar no rádio do dinheiro?

“Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça.” Epicuro

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Firmes nas bases


“Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Sal 11;3

As bases de algo; o alicerce de um edifício, sustentáculo de uma doutrina, de uma escola filosófica; as premissas de uma ideologia... Tanto que, quando uma fala soa desprovida de coisas assim, presto alguém a define como sendo sem fundamento.

Tratando-se de Palavra de Deus, sem a qual desapareceria a possibilidade, o norte do justo, parece elementar que os fundamentos em apreço são a Doutrina que conduz à salvação.

Paulo pontua sua exclusividade: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11 Somos “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.” Ef 2;20 e 21

O Próprio Salvador adjetivou Sua Doutrina aprendida e praticada como fundamento sólido; “Todo aquele que escuta estas Minhas Palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha; desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e não caiu; porque estava edificada sobre a rocha.” Mat 7;24 e 25

O mundo já arranjou uma maneira de desacreditar aos que se firmam em Cristo; rotula terroristas islâmicos de “fundamentalistas”; depois, nos que creem na Palavra de Deus sem reservas, a mesma pecha se anexa; como se, aqueles que aprendem de Cristo a orar pelos inimigos fossem iguais aos que os explodem, em atos de terror.

Destruir fundamentos seria desacreditar a Doutrina de Cristo; perverter o sentido, inverter valores, distorcer ensinos; “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem das trevas luz e da luz, trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Não que seja possível destruir à Doutrina de Cristo estritamente; Ele assegura: “O Céu e a Terra passarão, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Mat 24;35

Todavia, a infiltração de servos do inimigo no meio dos cristãos tem ensejado uma mistura de coisas profanas às santas. Desde dias antigos foi assim. Judas denunciou: “Amados, procurando eu escrever-vos com toda diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios que convertem em dissolução a graça de Deus; negam a Deus, Único Dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd vs 3 e 4 Seu campo de atuação: Introduzidos na igreja. Objetivo: Dissolver a Graça Divina, negar a Cristo.

Os adeptos da “teologia liberal”, invés de terem A Santa Palavra como Fonte de Vida, um compêndio normativo, educativo, disciplinador e comportamental dos salvos, reduzem-na a uma espécie de arranjo metafórico a ensinar o amor incondicional; fonte irrestrita de hiper graça; delineado geral do que poderemos ser, cujos “lapsos” poderemos preencher ao sabor de nossas próprias inclinações.

Paulo, denunciou: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;” II Tim 4;3

Agora já temos os infiltrados fazendo escola, conquistando seguidores. Sua falta de compromisso com justiça e santidade permite que produzam simulacros de doutrina; priorizam a comodidade dos ímpios, invés de os “incomodar” desafiando-os à regeneração.

O Evangelho não foi dado para ensejar conforto; antes, para desafiar a uma mudança, da perdição à regeneração. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

A “destruição” possível aos falsificadores diz respeito a semear enganos onde a Verdade inda não enraizou; contra aqueles já edificados nela, laboram em vão; “Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem fundamento perpétuo.” Prov 10;25

Infelizmente, a vasta maioria dos que se dizem cristãos prefere ancorar suas esperanças nos duvidosos portos das promessas incondicionais; coisas sem fundamento que arrebanham milhares de incautos, tão perdidos quanto os enganadores, que escolheram seguir. Tais dizendo-se sábios tornaram-se loucos.

Somos desafiados a uma “loucura” que ousa a se jogar inteira sobre A Integridade Divina: Deus e Sua Obra São Eternos; portanto, atuais; não trazem rasuras. “Nós pregamos Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” I Cor 1;23

Não dependemos da compreensão nem do apoio dos que não ouvem a Deus como nós. “Aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.” Desconhecido

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Insanidade global


“Todavia, o homem não é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus.” I Cor 11;11 e 12 Um do outro; o outro do um e ambos do Pai; simples e interligados assim.

Homem e mulher. A criação humana resume-se a isso no prisma biológico. Dois sexos definidos e complementares. A tentativa bizarra e recorrente, de transformar tipos de comportamentos em tipos de pessoas tem que lidar sempre com esse fato.

Cada qual pode escolher a letra do alfabeto que desejar para se identificar; dizer que está com o corpo certo ou, errado; que se percebe assim, ou assado; porém, seu corpo certamente trará uma mensagem biológica definida. Macho ou fêmea; homem ou mulher.

Toda sorte de liberdade se assegura a quem quiser entortar, por enquanto. Porém, eventual postura adversa ao ser, biológico, será vista como adversa, por quem tem neurônios saudáveis. Se alguém quer perverter a própria natureza que o faça; agora não queira juntamente tomar nossa capacidade cognitiva.

“Meu corpo, minhas regras” dizem; num contexto que defendem a coisificação da vida; o aborto. Pois, meu cérebro meu entendimento, digo; minha sanidade intelectual não está a serviço do sistema.

Se, lhes assiste plena liberdade sobre o uso dos próprios corpos, não lhes cabe direito nenhum sobre o funcionamento dos nossos neurônios.

Tudo o que sempre existiu na mais completa normalidade, de repente se tornou preconceituoso, exclusivo, ácido, ilícito. Qual o fato novo que mudou tais coisas? Em nome da defesa do direito dos homossexuais, um gigantesco lobby, dos que são ínfima minoria nos números, mas, graças aos meios de comunicação do sistema “desconstrutor” vigente, agem como maioria, está impondo na marra sua visão de mundo e “cancelando” todo e qualquer que ousar discordar.

Meu time, o Grêmio passou a usar a faixa de capitão com as cores do Arco Iris, para deixar patente que é o “clube de todos” ou, todes, sei lá. Uma ova! Não se trata de ser inclusivo; mas, de ter capitulado à pressão barulhenta dos que, em nome da aceitação exigem a promoção, a glamorização de suas escolhas perversas. Por que não uma braçadeira com símbolo das APAES, dos escoteiros, dos tradicionalistas... afinal é o clube de todos. Porque só isso está sendo empurrado no berro e a maioria vai se deixando empurrar.

A linguagem corrente, sempre usada sem nenhum viés que não fosse comunicar, de repente se “descobriu” eivada de “preconceitos” e termos “exclusivos”. Embora mestres da língua portuguesa expliquem à exaustão, que não faz nenhum sentido a dita, neutra, a coisa vai sendo empurrada. Parece que o negócio não é fazer sentido; apenas deixar patente quem manda. Que o alfabeto, não obstante, sempre tenha usado de determinado modo seus “órgãos” passou a se “perceber” de modo distinto.

Todas as coisas sempre tidas por lógicas, consagradas pelo uso, precisam ser “desconstruídas” segundo o espírito que opera nesse mundo. Não se trata do direito individual de cada um agir como quiser; isso é óbvio! Mas, da imposição de uma minoria barulhenta que deseja que a maioria se curve aos seus caprichos doentios e desajustados.

Todas as religiões, por antagônicas ou discrepantes que sejam, precisam ser diluídas numa só; grassa célere o fator diluente, o ecumenismo através do Papa Francisco.

Qualquer noção de patriotismo, identidade nacional precisa ser desacreditada como ácida, pequena, egoísta, indevida; para tal, atropela-nos a agenda globalista.

Toda postura de viés conservador, condutora na linha do tempo dos bens atávicos, das reservas morais e de costumes antigos precisa ser arrasada pela tsunami modernista que desconhece raízes, princípios, valores; a ferramenta para isso, o Marxismo Cultural, o “progressismo”.

Enfim, o mundo como sempre existiu, com o homem sendo ensinado sobre Jesus Cristo, pelo Exemplo e Obra Dele, sendo desafiado a reconciliar com O Criador, já não serve; os novos iluminados se articulam há tempo, para que, uma vez destruída toda a Terra, como sempre a conhecemos, possam enfim, “reiniciar” sem repetir erros históricos. “The Great Reset is coming!”

Para quê repetir os erros? “Built Back Better”!

Essa doentia e satânica arrogância que pretende reconstruir melhor é apenas o velho mundo se “percebendo num corpo errado”; regido pelo deus errado; perverso, desajustado, batendo cabeça carente do Criador.

“A Terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4 “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, honraram e serviram mais a criatura que O Criador...” Rom 1;25
“O direito tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar.” Is 59;14

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Será que eu falo mal?


Deparei com repetitiva “lição de moral” numa frase que diz: “Os que falam mal dos outros, são os mais sujos.” Comentei: É. O problema é que, quem escreve essas coisas, querendo ou não, está falando dos outros; dando tiro no pé.

Olhei dezenas de comentários; aprovação maciça, unânime, ao teor da frase. “Quando todos estão pensando o mesmo, ninguém está pensando.”

Óbvio que é mais fácil vermos as falhas alhures do que em nós; “Reconhecemos a um louco sempre que o vemos; nunca, quando o somos.” Autor ignorado

Quem habituou-se a ouvir a voz da própria consciência incomoda-se mais com eventuais maus instintos inda pulsando em si, que com aberrações cometidas por outros.

Essa “sintonia fina” com a voz do Espírito, não o faz complacente com erros cometidos ao redor de si; quem desenvolve melhores vistas, o faz em relação a tudo que se pode ver; não existe uma visão seletiva que enxergue aos próprios erros e deixe de ver aos circunstantes.

Quando Cristo censurou aos caçadores de ciscos nos olhos alheios, com traves nos próprios, além de deplorar à hipocrisia, estava estabelecendo prioridades; “Hipócrita, tira ‘primeiro’ a trave do teu olho; então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Mat 7;5

Os de má índole não têm uma escala da valores espirituais a patrocinar suas escolhas; antes, uma escala de sentimentos, onde o prazeroso avantaja-se ao sadio. “... a Luz Veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a Luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a Luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Aparecem amor e ódio; não, verdade ou mentira; pela doentia perspectiva avessa à Luz.

Qualquer um que traga à luz as más obras que os tais fazem, “fala mal dele”. Precisamos de um escrutínio sobre isto também, pois. O que é falar mal?

O que são os mestres, de toda disciplina, senão, gente que vê melhor ajudando aos que carecem ver? Se, um aluno responder que quatro vezes cinco é igual a vinte e cinco, e o professor disser que está errado, será ele, não o mestre que terá “falado mal.”

Imaginemos que alguém seja mentiroso, adúltero, mau pagador... e quem o conhece diga exatamente isso dele; estará falando mal? Sim e não. Estará falando a verdade; como o outro age mal, necessariamente, o compromisso com a verdade que o retrata assim.

Posso silenciar sobre coisas que são verdadeiras, e inconvenientes, em nome da prudência; mas, se falar devo ser verdadeiro, em nome da decência. 

A Bíblia não ensina a sermos astutos, velhacos, “politicamente corretos”; do cidadão dos céus diz que é “Aquele que anda sinceramente, pratica a justiça e fala a verdade no seu coração. Aquele que não difama com sua língua, nem faz mal ao seu próximo...” Sal 15;2 e 3
Difamar, está longe de significar, falar a verdade.

No fundo, a imensa maioria gosta da sugestão: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. “Eu decido o certo e o errado e pronto; meta-se com sua vida; só dê palpites se pagares minhas contas...” Falando assim, aliás, parece que o “zelo moral” está à venda; pagando poderei falar? Estranha moral!

A Palavra de Deus “Fala mal” de todos nós; “O Senhor olhou desde os Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos; juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;2 e 3

O confronto com a verdade necessariamente nos lança numa escolha binária: O que é mais importante? A preservação de nossos melindres, ou, a regeneração da alma segundo Cristo?

Como um cirurgião precisa “invadir” o corpo enfermo, removendo uma partícula atingida para preservação da saúde do todo, assim Faz O Senhor com nossas almas; Sua mensagem é invasiva, desconcertante, desafiadora; pior, invés dum tratamento direto, atua mediante Servos Seus.

Entretanto, Nele, só Nele, nossas cansadas almas podem repousar em esperança de salvação; “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

Óbvio que a maledicência campeia! Quem deveria parar para ouvir, geralmente é quem mais fala. A história do tonel vazio que faz mais barulho quando rola.

Porém, descartando todas as vozes como se iguais, equipararemos diamantes a cascalhos. Ninguém eleva os pés do chão puxando os próprios cabelos; ou, “Ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Cristo é A Palavra de Deus. Ou você aprende LIBRAS, ou, em algum momento terá que ouvi-la. A reação é por sua conta.

O último round


“Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira.” II Tess 2;9

O Anticristo, protagonista do último round, na milenar guerra espiritual.

A lorota sempre foi “lícita”; “A mentira dá duas voltas no planeta antes da verdade conseguir vestir as calças”. Sua existência grassa desde o Éden; o antídoto sempre foi o discernimento, o outro lado da moeda, a verdade.

Outro provérbio nasceu como “antivírus”: “As aparências enganam.” No entanto, de repente alguém resolveu que não se pode mais agir assim. Juristas “absolutamente comprometidos com a verdade” passaram e vetar ao que chamam de “fake news.”

Natural lembrar George Orwell, em “1984”, e o famigerado “Ministério da Verdade”. O governo decidia o que era verdade e o que não; como é de se esperar num sistema totalitarista, não se tratava de verdade ou mentira; eram rótulos convenientes, aplicados às coisas favoráveis ou desfavoráveis ao sistema.

Pois, temo que a vida começa a imitar à arte mais uma vez. Ou, que aquele escrito é tristemente profético. As atuais “agências de checagem” nada têm a ver com verdade. Mas, com as conveniências comuno/globalistas, com seus tentáculos espalhados pelo planeta. Se tem origem cristã, conservadora, qualquer postagem, presto é rotulada como fake; porém, coisas flagrantemente falsas, propagadas pelos adeptos da ideologia “verdadeira” passam alheias às tais “checadoras de fatos.” A “verdade” vergonhosamente veste vermelho.

Tudo que contraria o interesse deles, não importa o que digam as Constituições nacionais, serão vetados como fakes; como têm sido, descaradamente, em nosso país. Quem detém determinado posto, como na OMS por exemplo, tudo que disser será “em nome da ciência”; mesmo que, na semana seguinte diga o contrário, como se viu à exaustão no auge da pandemia.

Outrem que ousar cotejar fatos e lógica, com as incongruentes afirmações daqueles, presto será tachado de “negacionista, anticientífico”; mesmo que a “ciência” claudique como ébrio, no auge do porre.

Então, por “Verdade” se deve ler, conveniência globalista; e o contrário, por mentira. Como os prodígios do Anticristo serão mediante a mentira, sujeitará o mundo a si, às suas conveniências, malgrado essas derivem do engano; falsa paz. Enorme rebanho de “idiotas úteis” já faz o trabalho sujo daquele, perseguindo quem pensa.

A Bíblia apresenta esse período como juízo já, contra os que deixaram de amar à verdade. Ele virá, “Com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 10 a 12

Notemos que, na opção desses, não entram valores como verdade, ou mentira; antes, sentimentos; “tiveram prazer na iniquidade.”

A Palavra de Deus, crida por alguns rejeitada por muitos sempre foi tida como inalterável. Crer ou não era direito de cada um, mas não se mexia no conteúdo. Todavia, não é mais assim. O sistema, em nome de rótulos como “tolerância e inclusão” criou uma “versão inclusiva”, removendo inconveniências; porções que incomodavam a quem não se incomoda de viver adverso aos preceitos de Deus.

A atuação do inimigo ao longo dos últimos dois milênios tem sido para obstruir à Boa Notícia da Salvação; O Evangelho; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Apagada a Bendita Luz, o próximo passo, quando o sistema global, finalmente for implementado será declarar a Verdade, como fake. A Bíblia será rejeitada pela “Agência de Checagem” globalista. Afinal, não trouxe paz, apenas contenda ao longo das eras, enquanto o Anticristo terá “pacificado” (entorpecido) o mundo.

Acontece que, A Palavra traz paz entre o homem que se arrepende e Deus, não paz ao planeta que se opõe a Ele; Cristo ensinou: “Não cuideis que Vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;” Mat 10;34

Como a geração vídeo desaprendeu pensar e ouvir o que a confronta, não lê nem entende a Bíblia, presto perseguirá como indesejáveis os que recusarem o comando do Capeta disfarçado de benfeitor.

Basta ver as calúnias que publicam contra Bolsonaro, e os milhares que curtem e replicam, para perceber que os interesses definem os “valores.” “... ao mal chamam bem, ao bem mal; que fazem das trevas luz e da luz, trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo!” Is 5;20

Quem amou à verdade em tempos de paz, morrerá por seu amor, quando tal afeto custar isso; “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará os nossos inimigos.” Sal 60;12

domingo, 21 de agosto de 2022

Ecce Homo


“Saiu Jesus fora levando a coroa de espinhos e roupa de púrpura. Disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem.” Jo 19;5

Marcas de açoites; hematomas de bofetadas, coroa de espinhos; e para completar o escárnio, vestes de púrpura. Eis o homem!

A redução à condição humana foi um arranjo do Seu Amor e Justiça, por causa de nossa necessidade. “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, Feito Mais Sublime do que os Céus;” Heb 7;26

O domínio fora entregue ao homem; esse perdera ao obedecer a Satanás; “Não sabeis que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis...?" Rom 6;16

Aos Olhos do Justiça Divina, apenas outro homem poderia reaver o domínio perdido. “O Pai a ninguém julga, mas Deu ao Filho todo juízo... Deu-lhe poder de exercer juízo, porque é O Filho do homem.” Jo 5;22 e 27

Adão desafiara a morte pela desobediência, acreditando na oposição; agora, um descendente sofreria a morte em plena obediência, submisso à Vontade Divina para redimir a vida e restaurar a comunhão. “Porque, assim como todos morrem em Adão, também todos serão vivificados em Cristo.” I Cor 15;22 Todos que O Receberem e obedecerem, entenda-se.

Embora Pilatos não soubesse exatamente o que dizia, naquela frase em destaque disse a coisa certa. Uma vez que, tudo que O Salvador padeceu nada tinha a ver com culpas Suas; antes, estava em nosso lugar, recebendo o que merecíamos; ali Ele não era Deus em essência; naquele momento era “o homem”.

Açoitado pelas consequências dos pecados; esbofeteado pelas decepções da vida; coroado de espinhos pelos vícios, pecados e incompreensões suas e do semelhante; por fim, a cereja da torta; ostentando as vestes reais da presunção oca herdada, de ser como Deus; eis o homem!

Por isso a cruz encontra tanta oposição, rejeição, ataques. O homem está sujo, mas prefere quebrar o espelho a se aproximar da água. A cruz não mostra Cristo em Sua Santidade; antes, mostra o homem em suas culpas, e O Amor de Deus em Sua Intensidade e Providência. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

Isso fere o orgulho de quem, sequer deveria ter tal sentimento. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 O homem ímpio não quer reprovação, nem aprender agir de modo probo. Quer prazeres de pecar e reputação de justo. “Alimentar a onça e manter o cabrito vivo”.

Por um pouco, Jesus Cristo deixou de Ser quem É, para ser o que somos; “O qual, Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma humana, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;6 a 8

Obediência é uma qualidade que não cabe a Ele; nunca precisara disso. Mas, reduzido ao nosso tamanho, teve que “aprender” para nos representar “à altura”; “Ainda que era Filho, (de Deus) Aprendeu a obediência, por aquilo que Padeceu.” Heb 5;8

O domínio terreno esteve em indignas mãos por alguns milênios; (o inimigo jactou-se disso; “... porque a mim foi entregue e dou-o a quem quero.”) Consumada a Vitória do Salvador, as coisas retornaram aos devidos lugares; “Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É Me dado todo poder no Céu e na Terra.” Mat 28;18

O homem foi criado Imagem e Semelhança do Criador, para refleti-lo. Mas a desobediência deformou a Obra; deixou-a à imagem da oposição. Na Cruz O Salvador nos “fotografou” e nos chama a ver como somos, sem Ele. Eis o homem!

Isso envergonha, entristece; no entanto, também liberta a quem encara do modo correto. A mentira da oposição dizendo que seríamos como Deus era camuflagem do fato que, desobedecendo nos tornaríamos como o Diabo; A Verdade encarnada e Vivida Liberta quem não a teme; “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” I Jo 3;8

Cristo Se Fez homem no mérito, para possibilitar que sejamos como Ele na obediência e comunhão; “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé; ao conhecimento do Filho de Deus; homem perfeito à medida da Estatura completa de Cristo” Ef 4;12 e 13

Por Ele ter sofrido nossa imagem em Si, É Digno que mostremos, regenerados, Sua Imagem em nós.

sábado, 20 de agosto de 2022

Meninos maduros


“Porquanto andam enganando Meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada;” Ez 13;10

Um edifica o outro reboca; figura de linguagem que significa: Um profetiza enganos ao Meu povo; outro vem e corrobora, confirma.

Duas características comuns na atuação dos falsos profetas. Uma: Procuram trazer uma mensagem que agrade, mesmo que a situação não seja assim perante Deus; “... enganam, dizendo: Paz, não havendo paz."

Outra: Tendem a amoldar-se ao espírito corrente, invés de confrontar, como fazem os idôneos. “Um edifica, outro reboca...” Falam o que os errados querem ouvir.

Embora, esses profanos tenham enorme culpa ao associarem O Nome do Eterno aos seus desejos vis, o povo que os paparica também não é inocente.

Um mínimo de discernimento basta para ver quem desafia pecadores a mudanças, em contraste com os que os adulam. Quando convidado a ir para a guerra com Acabe, Josafá assistiu um deplorável espetáculo de “profetas” que asseguravam vitória no combate. Invés de descansar naquela pantomima perguntou: “Não há aqui um profeta do Senhor?”

A um homem sensato não basta que as coisas ditas soem boas; é preciso que sejam verdadeiras. “Nada podemos contra a verdade; senão, pela verdade.” II Cor 13;8

O povo não está nem aí para a sensatez; prefere um agrado momentâneo à verdade. Se os farsantes não tivessem “consumidores” mudariam seu ramo. Nos dias de Isaías ele denunciou: “Dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos. Desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que O Santo de Israel cesse de estar perante nós.” Is 30;10 e 11

No Ministério do Salvador, não foi apenas a um profeta idôneo, a rejeição; mas, à Própria Luz, O Senhor; “A condenação é esta: Que A Luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que A Luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Paulo advertiu dos dias atuais; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tom 4;3 e 4

Ontem deparei com um desses “doutores” dizendo-se padre e parapsicólogo; assegurava: “Acredite em você mesmo! Você consegue! Confie mais em suas próprias capacidades!” Não dá para negar que, algo assim soa doce aos ouvidos. Mas, quem aprendeu a ver com os olhos do Espírito, facilmente descobre Satanás sob o traje de anjo de luz.

Ele desafiou o homem a deixar a submissão e agir de modo autônomo. “Vós mesmos sabereis...” aceita a profetada, surgiu o ego. O homem que fora unido a Deus passou a ser adversário.

Para regeneração somos chamados ao caminho inverso. Invés do “afirme a si mesmo, você consegue”, sugestão do capeta, temos o “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-Me" Depois de convertidos somos ensinados a conseguir as coisas em Cristo, não na nossa força. “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;13

Ademais a confiança na carne para resolver coisas que dependem do Senhor nos lançaria em maldição; “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jr 17;5 e 6

Certa vez ouvi determinado lamento: “Para vocês tudo é Deus; A Palavra ou Vontade Dele; parece que somos crianças, sem vontade própria!” É, disse; não estás longe da verdade. “Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no Reino dos Céus.” Mat 18;4

Entretanto, no aspecto do discernimento, devemos buscar a estatura de adultos, para não sermos vitimados pelos enganadores em apreço; Paulo resumiu numa sentença: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento.” I Cor 14;20

Feliz quem pode bater a porta na cara do Capiroto quando esse assedia, mesmo paramentado de ovelha, mediante seus “profetas” de facilidades. “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

A Excelência da Doutrina de Cristo é que ela faz homens maduros na ciência, e crianças na submissão.

Invés duma colher de pedreiro para rebocar enganos, um martelo para destruí-los. “Porventura Minha Palavra não é como o fogo, diz o Senhor, como um martelo que esmiúça a pedra?” Jr 23;29