segunda-feira, 2 de maio de 2022

Esforços vãos


“Nada debilita mais a inteligência do que a obstinação orgulhosa na astúcia fracassada.” Olavo de Carvalho

Algumas coisas “despertam” minha preguiça de ler, ver ou ouvir:
“O dízimo é para o novo testamento?”
“O que realmente, os textos sagrados dizem!”
“Por que esses livros ficaram de fora da Bíblia?”
“Jesus sofreu abuso sexual dos romanos”?
Qual é a verdadeira Igreja?
Etc.

Sempre surge um “iluminado”, um “teólogo” perspicaz que pretende “abrir nossos olhos” para que que a “visão” dele nos seja transmitida. Alguma faceta histórica foi sepultada em algum “limbo” de esquecimento; e finalmente será posta ante nossa face.

Por quê rejeito tais coisas, com preguiça até mesmo de as conhecer? Porque acredito que Deus existe. Como assim? Que além de Existir, que Ele É mesmo, Deus.

Se, Ele se dispôs a deixar para Suas criaturas o “Manual do Fabricante”, necessária a conclusão que o mesmo traga tudo o que é preciso para o bom funcionamento; no próprio “manual” diz assim; “... Seu Divino poder nos Deu tudo que diz respeito à vida e piedade...” II Ped 1;3

Não se trata de ser avesso ao conhecimento; mas, de rejeitar pretensos suplementos ao que é completo; ou, poluir a luz estabelecida, pelas sombras de doentias idiossincrasias.

Se algum “rabisco” de revelação ficou perdido alhures, e só agora, (por mãos de gente que se dispõe a combater a tudo o que, foi estabelecido e provado mediante a eficácia da Obra Salvadora) vem à tona, sobejam razões para eu pensar que tal “luz” não vem do alto.

A Palavra não é difícil entender; o que demanda coragem, ousadia, entrega, é praticar. Embora oponentes da fé nos acusem de, nos escondermos “atrás da Bíblia”, fogem quando consideram para si, os custos do “esconderijo”. “Negue a si mesmo”.

“Quer conhecer a motivação espiritual de alguém? Observe contra o quê, ele está lutando.” Padre Paulo Ricardo.

Pois, esses, malgrado a vastidão de pecados que grassa, avalanches de mentira, mar de lama da prostituição, tsunamis da corrupção, etc. Voltam suas artilharias contra os que tentam praticar A Palavra de Deus. Não sei por que, mas não parecem estar a serviço do Eterno.

Os gregos chamavam de erística, a “arte” dos debates cujo alvo, era mais a ginástica mental, capacidade verbal, que a busca de um objetivo sadio. Enquanto a filosofia campeava pela verdade mediante raciocínio honesto, sofistas buscavam prevalecer, mediante falácias. Aqueles visavam encontrar a ciência; esses, produzir crenças, prevalecer.

Nos dias dos juízes, Deus usou a Débora para um grande livramento. Ela narrou o mesmo num cântico, expondo os feitos de cada tribo; de Rubem disse: “... nas divisões de Ruben foram grandes as resoluções do coração. Por que ficaste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nas divisões de Ruben houve grandes esquadrinhações do coração.” Jz 5;15 e 16

A guerra acontecendo e a tribo de Rubem debatendo, dividindo-se; o pau comendo e eles filosofando.

Os plantadores dessas “descobertas” fazem o mesmo; tentam desviar nossa atenção do bom combate e chamar-nos às suas futilidades verbais; Se, naqueles dias, o livramento operado mediante Débora atingiu a todos, agora não é assim. “Cada um dará conta de si mesmo a Deus”; Rom 14;12

Nos dias da reedificação dos muros de Jerusalém mediante Neemias, a oposição também agia assim. A todo momento tinha uma “profecia”, decreto real, calúnia, um convite pra reunião para desviar o líder do seu foco. A um assim, respondeu: “Enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto a deixasse, e fosse ter convosco?” Ne 6;3

A cada tentação que sugere que desçamos da obediência e santificação, essa deveria ser nossa resposta: “Estou fazendo uma grande obra; não posso descer.” Não é presunção; mesmo que alguém não desempenhe ministério, cuide basicamente do bom testemunho e da própria salvação; “uma alma salva vale mais que o mundo inteiro perdido”, o cuidado com uma é já uma grande obra.

Quem desperdiçar tempo e esforços com esses inventores da roda, descobridores da pólvora, (erro que já cometi bastante) estará fazendo uma troca de grande prejuízo. “... a mim deixaram, o manancial de águas vivas, cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Js 2;13

Quem cumpre A Palavra da Verdade descobre novidade de vida todos os dias; quem desperdiça tempo e esforços com essas “novidades”, volta-se pro lixo.

“Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

Almas ébrias


“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

Depois de prevenir que nos últimos dias a embriaguez dos sentidos entorpeceria muitos, Paulo advertiu a Timóteo: “Mas tu, sê sóbrio...”

O “vazio interior com o Formato de Deus” a pulsar em cada um exige devidos cuidados; O Deus Vivo com Seu Formato Santo, Justo soa “estreito demais” para esses ébrios, resta-lhes um “Plano B”, um simulacro profano.
‘Falem-nos segundo nossos desejos, e digam que isso é o Desejo de Deus para nós.’

Todo pregador que se der a esse truque de ilusionismo terá plateia plena; a geração da pós-verdade não se importa com consequências futuras; apenas, com calmarias imediatas.

Essa doença de querer bajulação invés da verdade é antiga; Isaías disse que em seus dias era assim: “... Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;10

Isso assomou nos dias do Salvador também; “Muitos dos Seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” Jo 6;60

Tendemos a ter vidros por diamantes e vice-versa. Vemos nos programas de sobrevivência, pessoas largadas sem recursos em lugares inóspitos; elas constroem abrigos toscos, bebem água de origem insalubre; comem cobras, lagartos, sapos, o que puderem; passam frio, para suportar determinado tempo e ganhar um prêmio.

Muitos, apenas pelo orgulho de provarem a si mesmos e a todos que podem conseguir, acham que vale à pena. Todavia, coloque-se ante os tais a senda estreita que passa pela Cruz, cujo prêmio é a salvação e a vida eterna, poucos se atreverão.

Se, aquele feito “heroico” alimenta o orgulho das “lendas”, a submissão a Cristo demanda humildade. 

Também precisamos “comer do ruim”; concorrem desprezo, intrigas, perseguições, zombarias, violências até; sem esquecer o assédio de nossa própria carne, que tende ao comodismo rebelde, invés da submissão obediente; ainda as tentações do mundo, inimigo de Deus; em meio a essas coisas devemos permanecer sóbrios, impolutos, confiantes no “Criador do Programa”, Jesus Cristo.

Não temos um “Discovery Chanel” ou uma “Netflix” para exibir-nos; só os de nosso estreito convívio podem apreciar nossa atuação; mas, uma plateia seleta de bravos campeões pretéritos, está interessada em nosso desempenho e nos assiste.

Depois de alistar os feitos desses grandes vencedores de idos tempos, a Epístola aos Hebreus, como que, nos coloca atuando dentro de um estádio, no qual, todos eles estão na plateia torcendo por nós. “Portanto nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.” Heb 12;1

Embaraços surgem quando as coisas da vida terrena tentam usurpar o espaço que devemos dispor para a celestial. Paulo ensina: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2;4

Sendo uma guerra, onde a lógica de se pelejar por comodismo, facilidades, prazeres? Nosso alvo é resistir ao inimigo para preservação da vida. Ele ou eu, alguém vai perder.

A genuína Palavra oferece o necessário armamento; “Estai, pois, firmes, tendo cingidos vossos lombos com a verdade, vestida a couraça da justiça; calçados os pés na preparação do Evangelho da paz; tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus;” Ef 6;14 a 17

Cingir-me com a verdade tem a ver valores que abraço para mim; combater com a “Espada do Espírito”, os que defendo socialmente; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Se um ministro probo deve combater os conselhos do engano, necessariamente será um “desmancha-prazeres”, ante os que desejam os comodismos da ilusão.

Quem for chamado a isso, pois, despreze as vaias e os aplausos humanos, sem perder jamais contato, com a Fonte Pura da Água da Vida.

A vigência da maldade atualmente é tal, que virtude e vício paulatinamente, começam a trocar de lugar. Os que se negam e se gastam por amor ao próximo são acusados por seus “discursos de ódio”; fortes vendavais nos testarão nos últimos dias. Quem estiver na Rocha permanecerá.

Os embriagados e os embriagantes, infelizmente se perderão nessa cumplicidade no erro. “Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” II Tim 3;13

domingo, 1 de maio de 2022

Crentes de três corações


“... Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra Mim.” Is 1;2

A rebeldia é um dos temas relevantes em Isaías. Ele começa seus escritos por ela; menciona de novo, lá no fim, anexando as consequências. “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Cap 63;10

Embora a rebeldia possa se manifestar de múltiplas formas, parece que então, se mostrava numa resistência a aceitar os termos Divinos, reconhecer que pertenciam a Ele, por duplo direito. Primeiro, por ser Ele O Criador; depois, por ter O Santo, os libertado da escravidão do Egito.

O verso seguinte expõe essa faceta: “O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, Israel não tem conhecimento, Meu povo não entende.” v 3

Naqueles dias não havia todas as Escrituras atuais, tampouco, as facilidades modernas de difusão. Mas, mesmo no que era, então, possível, o povo se recusava a conhecer, obedecer. “Escrevi-lhe as grandezas da Minha Lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

A falha inicial foi a autonomia em relação ao Criador, ainda é assim. Ao primeiro homem foi proposto deixar A Sabedoria Divina, ser sábio aos próprios olhos; “vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Sobre isso temos duas coisas: Primeiro, um conselho: “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor, aparta-te do mal.” Prov 3;7

Depois, uma valoração: “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12

Um tolo poderá apender, se ensinado; um assim acha que não precisa, que já está apto para ensinar; portanto, resiste. Sua rebeldia o faz refratário à luz.

Dentre as muitas maneiras de ser rebelde, a patrocinada pela presunção é uma das mais eloquentes.

Não é sem motivo que o primeiro passo rumo a salvação demanda a destituição do ego. “Negue a si mesmo.”

Esse, além da autonomia suicida que o aprisiona, também padece de cegueira no âmbito espiritual; assim, munido das melhores intenções, ainda pode fazer o homem agir contra À Vontade de Deus. “... Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las...” Luc 9;55 e 56 Não sabiam de que Espírito eram; “O Meu povo não entende...”

O conhecimento da Vontade Divina demanda uma ruptura como o mundo circunstante; com seus “valores” avessos aos do Reino de Deus. Se, por aí se busca fama, riquezas, prazeres, proeminência, poder terreno, os chamados por Deus devem ter alvos mais elevados. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua Justiça, e todas estas coisas (necessárias; pão, vestes) vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Sem as febres do mundo que são sintomas do medo da morte; os salvos em Cristo são libertos desse medo, também.

Por isso Paulo nos desafia a uma ruptura com o jeito mundano, para nos tornarmos Íntimos do Divino querer; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Como Cristo recusou a fazer sinais ante o ímpio Herodes, Deus também não revela nada para estranhos; “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Prov 25;14

A rebeldia não se apresenta apenas numa rejeição direta, frontal a Deus. Antes, na perversão da Sua Palavra, fazendo parecer que Ele disse o que desejamos ouvir, invés de ter dito o que Quis dizer.

Para cada pregador rebelde, há uma vasta leva de incautos desejando o engano letal, invés da Água Viva; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências...” II Tim 4;3

Não obstantes os modernismos e os liberalismos infiltrados na Sã Doutrina, A Palavra segue Sóbria, Perene, Saudável, Eterna; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Para os mundanizados esse é o problema; invés de fama, riquezas, satisfações carnais, a Palavra propõe “apenas” descanso para as almas; salvação.

Há muitos “cristãos” de três corações. Um quer Deus; outro, o mundo; o terceiro cria uma “fusão” profanando O Santo, por não se render.

Para a pureza demandada em Seu Reino, dois corações é demais; daí, o conselho: “Chegai-vos a Deus, Ele Se Chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4;8

Não existem rebeldes sem causa. A causa é feia demais, de modo a negar a própria existência.

sábado, 30 de abril de 2022

Os tonéis vazios


“Se, disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura não é Esse Aquele cujos altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?” II Rs 18;22

O emissário de Senaqueribe propondo a rendição aos judeus; a superioridade numérica era tanta, que o vaidoso enviado se divertia. “Ora, dá agora reféns ao meu senhor, o rei da Assíria; dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.” v 23 A “dúvida” era se o rei Ezequias poderia reunir dois mil homens.

Depois de desdenhar possível socorro de Faraó, zombou também da confiança em Deus; pois, segundo suas palavras, o próprio rei Ezequias, O havia banido. Estando alienados de Deus, sem forças militares para um confronto, apenas a rendição lhes restaria, segundo argumentara o loquaz emissário.

O uso de narrativas falaciosas, de tentar colar versões abafando fatos é mui antigo, embora seja bem mais pujante, atualmente.

Ezequias banira a idolatria, que tentara usurpar o Lugar do Senhor, para que o culto verdadeiro se restabelecesse. “Fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo que fizera Davi, seu pai. Ele tirou os altos, quebrou estátuas, deitou abaixo os bosques, fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã. No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” vs 3 a 5

Assim, o “Lula” da época pegou a derrocada imposta à idolatria de então, e disse ser isso, uma rejeição ao Deus Vivo. Nada poderia estar mais longe da verdade. Porém, o cultor de Zé Pelintra e defensor do aborto se mete a dizer quem é cristão e quem não é, atualmente.

Em outra fala (ácia) disse que os evangélicos não podem ficar ouvindo pastores; se assim fizermos, teremos que ouvir a ele. Onde já escutamos isso? Ah, no Éden: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”, ensinou aquele que se pretendeu libertador dos “excluídos da Divindade.” O PT, (profeta trambiqueiro) da época.

Não sei qual grau de influência pretende que suas baboseiras tenham; discursos de inclusão social, ética na política, esses verdadeiros criadouros de corruptos, na bandeja do Erário, foram dedetizados pela informação. O conto da cegonha não cola mais; nós sabemos, como os bichos nascem.

Não ignoramos que há muitos maus pastores, infelizmente; mas, o pior deles inda vira bebê capeta, perto do capiroto mor de nove dedos.

Se, nas coisas humanas, ao rés do chão, muitas vezes vence quem grita mais alto, quem mente melhor, nas que envolvem O Eterno, Ele mesmo se ocupa em definir o que é réprobo e o que é veraz.

O rei assírio mandou seu joguete bravatear blasfêmias, presumindo-se enviado; “Subi eu, porventura, sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? O Senhor me disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.” V 25

O rei “alienado” fez a coisa certa, foi orar. “Aconteceu que, tendo Ezequias ouvido isto, rasgou suas vestes, se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor.” Cap 19;1

“Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras. Lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, te suplico, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra que só tu és O Senhor Deus.” vs 17 a 19

O Eterno respondeu através do profeta Isaías, palavras de segurança, proteção. O que fora caluniado e humilhado, receberia livramento, porque O Santo se agradava dele.

“Sucedeu que, naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres.” v 35

Não obstante o domínio da “mídia” da época, e a superioridade bélica, o “líder das pesquisas” teve que engolir fragorosa derrota e volver ao seu país humilhado, onde foi assassinado perante seus ídolos, por seus próprios filhos.

A força da mentira é a mesma dos espantalhos. Até faz algum efeito mercê da ignorância das aves. Se essas pudessem ver melhor, usá-los-iam como poleiros.

O mínimo que se espera dos servos de Deus é algum discernimento. “O que é espiritual discerne bem tudo; ele de ninguém é discernido.” I Cor 1;15

Quem acha que se trata só de política e cada um escolhe o quer, ainda não entendeu nada. Como as asas acabam inúteis para aves engaioladas, assim, os cérebros para esses.

domingo, 24 de abril de 2022

O Peso da Mentira


“Ao vil nunca mais se chamará liberal; do avarento nunca mais se dirá que é generoso.” Is 32;5

Consequências da vinda do Rei de Justiça; as coisas passariam a ser chamadas pelos seus nomes. Grosseira inversão de valores já existia; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Vivemos a insana pós-verdade. Os interesses políticos e ideológicos ancoram seus barcos em narrativas fajutas. Os fatos, normalmente submergem nessas poluídas águas.

“Por isso o direito tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça. Vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso Seu Próprio Braço lhe trouxe a salvação, Sua Própria Justiça o susteve.” Cap 59;14 a 16

Como a única adoração aceitável ao Senhor é “em espírito e verdade,” os adeptos da mentira necessariamente serão mantidos à distância, rejeitados, por réprobos em suas almas corruptas.

No início da igreja, Ananias e Safira mentiram solenemente perante os apóstolos, e caíram mortos; permitiram, no fundamento de uma obra santa, o concurso dessa velha profana, a mentira.

Não se trata de mero erro pontual, desvio. Os mentirosos são filhos do maligno; “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44 O fruto da mentira é letal; “Ele foi homicida porque é mentiroso.” Mentira é pecado; e “o salário do pecado é a morte.” Rom 6;23

Tanto é assim, que os mentirosos não terão herança com os filhos de Deus; “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e qualquer que ama e comete a mentira.” Apoc 22;15

Embora a verdade, normalmente seja a leitura real de um fato, a descrição fiel, também é uma índole interior. Aquele que a ama, a aceitará, mesmo quando ela lhe é desfavorável; coisa que os religiosos dos dias de Cristo não fizeram; “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” Jo 18;37

Dado sermos falhos, em muitos momentos a verdade será contra nós. Entretanto, se olharmos com olhos melhores veremos que ela nos defende, quando nos denuncia. Digo, quando evidencia meu erro, e, eventual boa índole me leva ao arrependimento, confissão e abandono, os “danos” da verdade são dores necessárias para o restabelecimento da minha saúde espiritual.

Não é muito fácil enxergarmos fielmente a nós mesmos, quando não estamos bem na foto. Tiago advertiu de alguns que não se preocupavam muito com o que viam; “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; contempla a si mesmo e vai-se, logo se esquece de como era.” Tg 1;23 e 24 Nesse caso, a pessoa até se aproxima da verdade, mas não o bastante para permitir que ela a toque, e transforme.

O dilema é: Ou ousamos melhorar naquilo que estamos mal, ou apagaremos a luz, para que o nosso mal fique oculto; Essa foi a escolha da maioria, nos dias do Salvador. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Como fomos criados para funcionar segundo Deus, todo aquele que abriga mentira no íntimo, traz sintomas de desequilíbrio emocional, nervosismo, inquietações, doenças psicossomáticas, que só a medicina da verdade poderá sanar.

A Palavra menciona esses doentes: “os ímpios não têm paz, diz o Senhor.” Is 48;22 Por outro lado, os da verdade podem repousar sob a Divina proteção; “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4;8

Todos nós fomos planejados perfeitos, mas inutilizados pelo vírus do pecado. Os que recebem a Cristo, são de novo “formatados” Nele, e finalmente repousam de pesos desnecessários. “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

sábado, 23 de abril de 2022

O Bezerro da Carne


“Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, vossos filhos, filhas e trazei. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e trouxeram a Arão; ele os tomou das suas mãos, trabalhou o ouro com um buril e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” Ex 32;2 a 4

O povo hebreu fora escravo por mais de quatro séculos. Não é próprio de gente assim, a posse de ouro; seja em forma de joias ou outra qualquer. Tal ouro derivava da bênção Divina, que infundira terror sobre os escravagistas e fizera com que esses pagassem, ao menos um pouco, pelo trabalho escravo.

Assim, para um povo que começava a migrar livre rumo à Terra Prometida, a posse de tais coisas era absoluta novidade; por certo, motivo de alegria, apego.

Sendo a confecção do bezerro de ouro uma temeridade, de humana iniciativa, por quê teve tão pronta adesão, mesmo ao custo de preciosidades recém obtidas? De outra forma: Por quê somos solícitos nas coisas de nossa predileção, mesmo erradas, e lentos, obtusos, nas ordenadas por Deus?

Poderíamos argumentar em defesa daqueles que, havia muita ignorância acerca de Deus; não existia Palavra Escrita, como hoje; e “no escuro” agiam sem saber direito o que faziam. É. Nós temos muito mais elementos para conhecer a Deus, que eles. Mas, qual de nós viu o cumprimento das dez pragas? Ou, andou pelo deserto guiado por uma nuvem de dia, e por uma coluna de fogo à noite?

Se, o conhecimento eliminaria essa dureza resiliente na desobediência, por quê, os atuais também preferem sacrifícios pontuais, à obediência plena e comunhão? Essa é uma tendência da espécie caída em todo o tempo; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Infelizmente, nossa natureza perversa tende a ver O Eterno como uma espécie de “Plano B”; quando tudo estiver bem a gente se vira sozinho; mas, quando algo for mal, clamaremos a Deus por socorro. Como que, invertemos as posições de Senhor e servo.

Tipo filhos desobedientes que arrostam as vontades dos pais todos os dias; mas, no dia das mães e dos pais, postam belas “homenagens” para que todos vejam seu “amor filial”. “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e Me honra com seus lábios; mas, seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Passamos todo o ano alheios a Deus; Seus Valores, Sua Palavra; mas, na “Semana Santa” encenamos o Calvário, até choramos três ou quatro lágrimas de crocodilos. Ou, quando nossas temerárias escolhas nos lançam no vale de alguma desgraça, presto assoma nossa “fé” e clamamos por socorro.

Deus tem uma má notícia para “espertos” assim; “... porque Eu clamei e recusastes; Estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes todo Meu Conselho e não quisestes Minha Repreensão... Então clamarão a Mim, mas, não responderei; de madrugada Me buscarão, porém não Me acharão.” Prov 1;24, 25 e 28

Embora a Bendita Onipresença do Eterno, chega uma hora em que Ele se põe “distante;” por isso a advertência: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Como aqueles disseram blasfemos, que o bezerro de ouro recém moldado era o “deus que vos tirou do Egito.” Do mesmo modo, tendemos a endeusar nossas predileções, por toscas que sejam; partilhar como verazes, porções do pensamento alheio oriundas de fontes espúrias, de gente avessa a Deus. Isso, por muitos “cristãos”.

Um cristão prudente há de dizer: “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7 Não que seja vetado partilhar frases de pensadores vários; mas, só faremos isso à medida que as tais sirvam para evidenciar nosso apego à Sã Doutrina do Senhor.

Resumindo: outros modos de expressar podem ser úteis no tocante à forma; mas, nenhum será alternativo ao conteúdo. Posso me servir de filósofos vários se, seus “espanadores” forem úteis para deixar mais brilhantes os ensinos de Cristo.

O Deus que me tirou da escravidão (do pecado) não pode ser moldado por mãos humanos. Antes, Ele nos quer moldar outra vez, regenerar; como nossa natureza tende a resistir, precisamos da cruz, da renúncia.

Selfie do dia dos pais não cola. Quer habitar em nós; “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra, Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Feito isso, andaremos limpos em tempo integral; “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ecl 9;8

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Daniel Silveira no Cânion


"Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal a pretexto de uma lei?” Sal 94;20

“As leis - dizia certo pensador - são como teias de aranha; pegam insetos pequenos; os grandes, rompem-nas.”

A parcialidade humana que, aos chegados oferece as benesses, aos desafetos o rigor, desvirtua o sentido da lei; uma cerca que fora construída para ser um termo justo se torna um arranjo casuísta a serviço de interesses rasos.

Perante Deus, não basta ser “legal”; ter alguma brecha a ser usada, ou mesmo uma norma criada ao sabor de um interesse eventual; as leis humanas devem ser, ao menos em parte, derivadas da Divina. O que exceder a isso, ou, se opuser, enquadra-se na sentença supra; onde alguém se divorcia do Criador, criando espantalhos espúrios, pretextos.

Em se tratando dos “Dez Mandamentos” muitos cristãos ainda têm entendimento limitado sobre eles. Uns pensam que caducaram com a vinda da Graça; Jesus Cristo. Outros, que devem guardar os mesmos ainda, como a observância do Sábado.

A Lei não salva; é chamada de “Ministério da Condenação;” conduz ao Salvador; “Serviu de Aio para nos conduzir a Cristo.” Ainda vigora; pois, em seus termos serão julgados os que rejeitam ao Senhor; “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da Lei, porque pela Lei vem o conhecimento do pecado.” Rom 3;20 “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da Lei.” Rom 3;28 

Nossa “fuga” à sombra da fé é necessária pelo medo da espada da Lei. “Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a Lei.” Rom 3;31

Para os de Cristo vigora nova lei; “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12 Ele resumiu tudo em dois mandamentos; amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo. Em Seus ensinos demonstrou como se faz isso; vai muito além de mera profissão verbal.

Vivemos no Brasil dias de atropelos da Lei como jamais visto. Nossa Corte Suprema que deveria ser o Everest da Justiça, assemelha-se mais ao Grand Cânion.

Notórios bandidos com viés esquerdista, como Lula e José Dirceu, andam livres leves e soltos, elegíveis; malgrado, julgados e condenados em todas as instâncias possíveis. Entretanto, jornalistas, blogueiros, e até parlamentares cuja tendência ideológica é conservadora, sofrem coisas mui além dos rigores da lei. O Supremo arvora-se no direito de fazer tudo de supetão, ao arrepio da Constituição, ritos processuais, jurisprudência; contradizendo discursos pretéritos dos próprios juízes.

Muitos participam de eventos políticos com viés esquerdista, “lives” até. Se fossem adeptos, ao menos da verossimilhança, não fariam nada disso. Um magistrado probo não deve falar politicamente; apenas juridicamente no âmbito do seu trabalho. Esse não estão nem aí. Barroso chegou a chamar o conservadorismo, outro dia, de “Inimigo” vestindo aberta e obscenamente a capa vermelha.

Então, após terem condenado ao deputado Daniel Silveira pelo “crime” de opinião, para a qual, a Constituição lhe assiste amplo direito, não obstante, o mérito possa ser alvo de julgamento na Comissão de ética do Congresso; depois dessa aberração, digo, nosso Presidente tomou, finalmente, uma atitude constitucional, que arrosta a famigerada Corte, aquela. O indulto.

Ao ver Daniel na cova “leiões”, enviou seu anjo (decreto) e desfez a patifaria cumprindo seu juramento de proteger à democracia e a liberdade.

Para a “justiça” canhota, Césare Battisti, que matou quatro na Itália e fugiu para o Brasil merecia indulto e proteção governamental; um deputado que criticou acidamente aos desmandos da Corte merece quase nove anos de cadeia. Se julgassem aos “canhotos” com a severidade e sanha com que perseguem aos conservadores, já teriam instituído pena de morte e fuzilado muitos corruptos e ladrões. “O que é isso cumpanhêro?”

A Palavra de Deus ensina que seremos julgados pela mesma regra com a qual julgamos. Vai ser trágico, no dia do Juízo Final, quando esses “próceres da justiça” tiverem que enfrentar seus próprios “padrões” de julgamento.

Sei que eles não temem a Deus; o comunismo, não obstante a simpatia de alguns “cristãos” é essencialmente ateu; seu sonho de consumo é fechar igrejas; o estado “é Deus”. O partido vermelho o sacerdócio, como na China.

Enfim, conhecendo a veia tirânica que neles pulsa, é de se esperar que não aceitem pacificamente essa “humilhação”; o Presidente é o último bastião da liberdade democrática; até o Congresso capitulou. Fez bem em pagar pra ver. Ou a Constituição ainda vale, ou, se rasgue a mesma e salve-se quem puder.

A escuridão da ignorância sempre é nociva; mas quando mora no habitat da luz, é abominável. “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23