terça-feira, 7 de setembro de 2021

Lavando por dentro


“Os levitas se purificaram, lavaram as suas vestes, Arão os ofereceu por oferta movida perante o Senhor, e fez expiação por eles, para purificá-los.” Nm 8;21

Purificação em dois níveis; o exterior, passível de ser feita pelo próprio servo; “Os levitas se purificaram...” coisas atinentes à higiene; e o interior, que demandava o sacrifício de um animal, e intercessão do Sumo Sacerdote; “... Arão fez expiação por eles para purificá-los."

Nuances do antigo pacto; nele, mesmo as coisas interiores, (reconhecimento de pecados, arrependimento) não eram tão interiores assim. Resolviam pontualmente a situação dos pecadores, sem tocar na origem dos pecados; mudança do coração, da má índole que persistia.

O Eterno prometeu aperfeiçoamento: “Aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas vossas imundícias e todos vossos ídolos Vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo, Porei dentro de vós um espírito novo; Tirarei da vossa carne o coração de pedra, vos Darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito, Farei que andeis nos Meus Estatutos, guardeis Meus juízos, e os observeis.” Ez 36;25 a 27

Lavagem pela “Água pura” A Palavra da Vida; mudança de coração, (mentalidade) “espírito novo”, o humano regenerado e purificado pelo Espírito Santo. O Eterno prometeu tratar das causas não apenas das consequências.

Mesmo as coisas estabelecidas no Antigo Pacto devendo ser observadas, pois, não eram obreiras da purificação desejada pelos Céus; Tinham viés didático que apontava profeticamente, e teor simbólico, a demandar a pureza do Sumo Sacerdote Eterno, então, por vir.

Aquelas coisas eram “... uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; consistindo somente em comidas, bebidas, várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.” Heb 9;9 e 10

A purificação desejável aos Céus olha para a consciência; é mui interior. Requer mais que rituais externos; antes, o silêncio dessa como sinal que o Espírito está no comando.

Como as Escritura foram dirigidas inicialmente aos Israelitas, depois, pelo Amor Universal do Eterno, derivaram ao encontro dos gentios, a linguagem era judaica. Não se referia à Igreja, tampouco, obreiros, como usamos. Antes os alvos da purificação eram os “filhos de Levi (obreiros de então), atuando sobre o povo eleito; Israel e estrangeiros agregados. O “Ide por todo o mundo e pregai O Evangelho à toda a criatura” veio depois.

Vaticinando a vinda do Sumo Sacerdote Santo, Malaquias falou assim: “Mas quem suportará o dia da Sua Vinda? Quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; Purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e prata; então, ao Senhor trarão oferta em justiça.” Ml 3;2 e 3

A fato que Jesus É insuportável ao viciado em pecados é recorrente nas Escrituras. Por Isaías Ele pergunta: “Quem deu crédito à nossa pregação...” Cap 53;1

Ele denunciou Sua Rejeição e consequente condenação dos que rejeitaram: “A condenação é esta: Que a Luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Nos Seus dias havia muitos “puros” exteriormente que chamou de hipócritas, pois, se esmeravam em purificações rituais, sem nenhum trabalho em deixar a maldade dos corações.

Sabedor de quão insuportável era a santidade aos viciados em carnalidades, O Senhor desafiou quem Lhe ouvia a desfazer-se da “má companhia” para andar consigo.” “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23

Por isso, diverso do que dizem os opositores da fé, que nós, cristãos, somos covardes escondidos atrás da Bíblia, fomos encorajados e capacitados pelo “Leão da Tribo de Judá” a enfrentarmos o mais duro dos adversários, nós mesmos.

Se, a purificação demandada fosse mero ritual, não teria tanta oposição dos “valentes” como tem.

Entretanto, Os Céus não se contentam com encenações; “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, Feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;26

Esse, além das ervas daninhas dos nossos pecados, remove as sementes deles, nos que Lhe ouvem. A operação da Sua Purificação é bem interior, como O Santo Deseja; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a Si mesmo Imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

Sua Obra Inefável visa purificar-nos para servir; quem inda pensa em aglomerar por vantagens, mesmo perto, não O Conhece.

domingo, 5 de setembro de 2021

Olhando nos olhos


“Tens Tu porventura olhos de carne? Vês Tu como vê o homem?” Jó 10;4

Pergunta retórica; não deriva de uma dúvida, tampouco, deseja resposta. Apenas pretende realçar algo que parece óbvio, evidente.
Que Deus não vê da mesma forma que o ser humano.

Os olhares diferem no alcance; “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando maus e bons.” Prov 15;3 Chamamos Onipresença.

Na incidência; “... porque o Senhor não vê como vê o homem; o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” I Sam 16;7

Na valoração; o que ao homem parece prazeroso, como as tentações maquiadas pelos artifícios do prazer, com alegorias que visam ocultar-nos a maldade, ante Ele, desfilam nuas; muito do que o homem bebe com sofreguidão pelo desejo, Ele sofre pela repulsa. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, a opressão não podes contemplar...” Hc 1;13

Enfim, esses tópicos não pretendem ser uma abordagem conclusiva sobre as imensuráveis possibilidades dos Olhos do Eterno; mas, suficientes para estabelecer a gritante distinção entre Seus olhos e os nossos, e ter por necessária a conclusão que, “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13

Grande parte dos combates do Salvador foi contra a hipocrisia. O que é a mesma, senão, aparentar virtude vivendo de braços com o vício? Dos choques reiterados contra os esconderijos deste que se cunhou o provérbio: “As aparências enganam.” Na verdade são nossos olhos destreinados, privados de discernimento, que se enganam.

Alhures de escreve: “Quando Paulo me fala coisas de Pedro, sei mais sobre Paulo, que sobre Pedro.” Deveria ser assim. Discernirmos o fofoqueiro, invés de consumirmos a fofoca.

Mas, os “ouvidos treinados” para maldade assumem um lugar que deveria ser dos olhos, (entendimento) e patrocinam nosso engano em consórcio com a malícia. Não apenas as aparências enganam, pois; Nosso coração estragado pode muito mais; “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17;9

Então, quando ouço certo “Missionário” dizendo: “Só faça se sentires no coração”, me pergunto: De qual Bíblia ele tirou esse ensino?

A visão espiritual nada em águas mais profundas que aparências; tem seu consórcio com o entendimento, para, coabitando com esse, gerar o discernimento, a visão das coisas como realmente são.

Pois, no campo das aparências o canhoto pinta o feio de belo pescando incautos; no do entendimento obra construindo barreiras, para que a luz não nos clareie; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Os opositores dela, da fé, dizem que a mesma é cega; seu modo oblíquo de dizer que seus olhos naturais nada veem, onde ela incursiona segura, como que, vendo. Pois, “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Como numa lousa cheia de textos e rabiscos, seria difícil, quase impossível ler algo que fosse escrito sobre tal mescla de garatujas e letras, assim, o coração humano cheio de preconceitos, malícias, vícios, pecados, veria algo nos domínios espirituais sem ajuda do Alto.

A lousa seria alva, nossos pecados, o carvão que serve de “giz”; sem o bendito “apagador” que purifica, (O Sangue de Jesus) seguirmos cegos, mesmo Deus estando perto.

Paulo ensina que fomos colocados numa “redoma” de tempo e espaço, “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;27

Por isso, a sentença: “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3 e a promessa: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8 Em tais corações, o que O Santo Escreve, pode ser lido.

Normalmente, o “conhecimento” vulgar, sobre O Eterno, deriva de platitudes, superficialidades genéricas que todos falam; Deus isso, aquilo. Isso não é conhecer, ter intimidade; apenas, tagarelar sobre.

Depois de dura aula numa “sala” muito escura, o mesmo Jó testificou que sua visão, finalmente se ampliara: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem meus olhos. Por isso me abomino e arrependo no pó e na cinza.” Jó 42;5 e 6

Vendo melhor a Deus, ele viu melhor à própria maldade. Quanto mais perto de Deus o homem estiver, mais longe estará do doentio e corrupto, si mesmo. Essa é a ideia da salvação, aliás; “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

sábado, 4 de setembro de 2021

"Fuzis não matam fome"


Ultimamente as redes sociais foram eivadas de postagens diversas na forma, e comuns no conteúdo: “Fuzis não matam fome!”

Diferente do cidadão comum que coloca as apreciações da vida em seu nome, sempre, uma pessoa jurídica, instituto isso, aquilo, fundação aqueloutra, criam as ditas postagens; de onde se percebe que derivam de “profissionais”, gente assalariada para fazer isso. Bravos “guerrilheiros virtuais” que ganham a vida com essas coisas, manipular incautos a serviço de patifes. Os patifes pagam bem com dinheiro roubado do Erário.

Não tendo nenhum crime de responsabilidade, nenhuma atitude ímproba do nosso presidente, e seu jeito rude de discursar não servindo mais como pretexto, perdeu o apelo, se é que já teve, algum “jênio” do marketing decidiu pegar o gesto brincalhão do Presidente de apontar os dedos simulando armas, para “concluir” que ele estaria dando fuzis ao povo, invés de feijão.

Primeiro, a ideia que um gestor nacional deva priorizar o combate à fome é uma doença esquerdista; que, no andar de cima, gosta do Estado inchado, para trazer maiores meios de corrupção; no de baixo esperneia por assistencialismo, dada a ojeriza pelo trabalho da “militância”. Diria que os dois estratos formam um casal perfeito; os de cima só pensam no bolso, os de baixo, nas bolsas.

Lula criou com toda pompa o “Fome Zero” que, esvaziado o apelo marqueteiro, caiu na vala comum do esquecimento. Mas, vá alguém duvidar que são eles que se preocupam com o bem do povo.

Se, um conservador se arrisca em manifestos públicos o faz por valores como liberdade, democracia, direito à defesa, estímulos bastantes ao seu engajamento; faz isso com seus próprios meios. Aos do estômago, bastam nacos de pão e mortadela; saem gritando o que o patrão mandar. “Fuzis não matam fome!” Partilham.

O papel de um governo sério é gerir a coisa pública com probidade, transparência; o atual Governo vem fazendo isso “como nunca antes na história deste país.” Dada a peculiaridade da pandemia, o Governo distribuiu trilhões via “Auxílio Emergencial”, e não há registro que tenha distribuído nenhum fuzil. Dinheiro não mata fome, mas permite comprar coisas que matam.

Alguns idiotas úteis chegam a usar a triste saga do Afeganistão, para dizer que as coisas começam assim; primeiro se permite as armas, depois eclode o terrorismo. Na verdade é o contrário; primeiro o desarmamento, como em Cuba e Venezuela, depois, o povo de bem cai refém de gente sem escrúpulos, que, tendo toda sorte de armas faz e acontece contra quem se opuser.

Eram justo, os canhotos, que protestavam desde sempre contra o “Imperialismo Americano”; agora que um canhoto furtou o poder lá, tirou “As garras do Império” daquela parte da Ásia, para infelicidade das pessoas de boa índole. Tirado o escudo que guardava o povo comum, os terroristas têm o céu aberto; de lambuja o Biden deixou todo poderia bélico nas mãos dos terroristas.

Mas a água viraria pó, antes que um fanático esquerdista reconhecesse erros, trilhasse caminhos lógicos, ou raciocinasse de modo coerente. Vampiro não doa sangue.

Vergonhosamente, pessoas que cheguei a admirar um dia, gente que se ufanava de seus “princípios” agora por sua aversão a Bolsonaro, assenta no colo de bandidos que outrora repudiava. Menos mal que ficaram nus; assim, paro de perder tempo com quem não vale nada.

Bolsonaro não é um semideus; é um homem honesto, ficha limpa que defende valores como Deus, Família, liberdade, democracia. Como uma pessoa decente seria contra essas coisas, mesmo não gostando dele?

Todavia, ele tem sido vendido como se fosse Satã, desde que a Globo parou de anunciar aos Correios, e fazer propaganda do Governo Federal. “Brasil um país de todos!” Lembram? Essa roubalheira cessou.

Sofrendo o engajamento da estupidez como sofrem os que ainda veem, fica fácil de entender os frutos de Paulo Freire. Carecem do escuro da noite intelectual, os vampiros da coisa pública. Nasça o sol do discernimento e eles voltam pra tumba. Se desse pra fuzilar o fanatismo e a ignorância...

O esquerdismo é uma praga que miserabiliza nações, castra direitos, tolhe liberdades e mesmo assim, é defendido com unhas e dentes, por gente que só tem esses instrumentos, claro! Cérebros demandam cultivo. Como o MST braço terrorista da esquerda que destruiu pesquisas, esses tratam assim, a história, os fatos, a verdade; vale tudo por “la revolución!” Quase tudo. Menos pensar.

O Governo não defende, nem pretende armar ninguém; antes, quer preservar o direito de defesa, da vida, e propriedade a quem o desejar; que mal tem? 

Quem se incomodar com isso, deve ser um candidato a ladrão. O que explicaria, aliás, ter um ladrão como candidato.

“Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.”
John Galbraith

domingo, 29 de agosto de 2021

Urgência Ignorada


“No mês segundo, no dia catorze à tarde, celebrarão...” Nm 9;11

A Páscoa. Fora ordenada aos catorze dias do mês primeiro. Porém, alguns não puderam celebrar por estarem “imundos”. Expuseram desejo de participar e Moisés mandou que aguardassem ele receber a instrução do Senhor.

Bons tempos, quando A Palavra do Senhor prescrevia Sua Vontade e encerrava o assunto. Não havia “teólogos liberais, progressistas” e demais rótulos sob os quais a desobediência é embalada e vendida.

O Eterno, além de oferecer segunda chance aos “impuros” estendeu o benefício aos viajantes; “... Quando alguém entre vós, ou as vossas gerações, for imundo por tocar corpo morto, ou achar-se em jornada longe, contudo, ainda celebrará a páscoa ao Senhor.” V 10

A segunda chance foi facultada aos impedidos na primeira; aos que não puderam, não aos que não quiseram. O livre exercício da vontade é uma dádiva e uma responsabilidade. “Tudo que homem semear, isso ceifará.” Gál 6;7

Recusar deliberadamente ao Chamado Divino nos expõe ao risco de “recebermos na mesma moeda”; “Porque Clamei e recusastes; Estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção... Vindo vosso temor como assolação, vindo vossa perdição como tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia. Então clamarão a Mim, mas não Responderei; de madrugada Me buscarão, porém não acharão.” Prov 1;24, 27 e 28

Dado o propósito do chamado, Amor, e a natureza sofredora e persistente desse, mais que uma segunda chance, a salvação persevera indefinidamente batendo à porta, onde deseja entrar. “Eis que Estou à porta, e Bato; se alguém ouvir Minha Voz, abrir a porta, Entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele Comigo.” Apoc 3;21

Naquele caso se tratava da comemoração do livramento da escravidão, segundo o ritual prescrito. Foi oferecido um “Recall” possibilitando a obediência e comunhão.

Dada a efemeridade da vida, as ameaças que concorrem, a salvação sempre é apresentada como uma fuga a se buscar apressado, sem certeza de que haverá nova oportunidade. “... Ouvi-te em tempo aceitável, socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” II Cor 6;2 “... Se ouvirdes hoje Sua Voz, não endureçais vossos corações...” Heb 3;7 e 8

É pobre o termo “aceite Jesus”, quando a mensagem deveria ter a gravidade e urgência que os anjos usaram com Ló em Sodoma: “Escapa por tua vida!”

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, Atos 17;30
Contudo, ao culpado não tem por inocente, tampouco, toma pela mão, aos malfeitores.

Sua Longanimidade permite desobediência por muito tempo, uma hora, após muitas advertências, o juízo bate à porte do que, rebelde recusou suas trinta “segundas chances”; “O homem que, muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

A demora do Divino Juízo leva o incauto a presumir que Deus É seu “chegado;” concorda até com suas falcatruas “santas”; Ele diz: “... Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal, e tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito e me calei; pensavas que Eu era como tu, mas te arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16 a 21

Somos chamados a meditar dia e noite na Lei do Senhor; assim fazendo, guardando à Palavra, a mesma nos guardará também; “Como guardaste a palavra da Minha Paciência, também te Guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar aos que habitam na Terra.” Apoc 3;10

Esse guardar é no coração, não na estante, “Escondi Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra Ti.” Sal 119;11 Não há possibilidade de guardarmos, sem antes, aprendê-la.

Quando diz que, o povo escolhido acabou destruído por falta de conhecimento, bem se poderia acrescentar: Da Palavra da Vida.

Assim como um cédula falsa só pode ser identificada por quem conhece à verdadeira, uma doutrina enganosa só pode ser rejeitada, combatida pelos que foram edificados. Devemos buscar isso, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo erro dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Cada dia alheios é uma nova chance de salvação desperdiçada. Não carecemos, como Moisés, orar para saber a Divina Vontade, está expressa; “O Senhor não retarda Sua promessa... mas é longânime conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3;9

sábado, 28 de agosto de 2021

Quais pesos você leva?


“Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para o fazer ir a juízo diante Dele.” Jó 34;23

O homem como transportador duma carga; transporte esse, pelo qual será julgado diante do Senhor.

Uma metáfora para definir o código de valores, mediante o qual, devemos nos portar. Como disse a Abraão, “Anda na Minha Presença e sê perfeito...”

Os avessos travestem sua omissão redefinindo-a, como se, assim fazendo ficassem livres da necessidade de carrear tais pesos; traem a si mesmos.

Seu abandono maquiado de “viver a vida”, no mundo, desfila nu; é perdê-la, no âmbito espiritual. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Se, o juízo será diante de Deus, de que vale alguém posar garboso diante de si mesmo? Poderá tirar os pés do chão puxando os próprios cabelos? Ou, como disse O Senhor a Jó, “Acaso farás vão o Meu Juízo, ou Me condenarás para te justificares?

O “mal” é posto como tal, não como algo que possamos decidir se nos parece mal, ou não. Nosso dever é levar a carga, não discutir seu conteúdo.

“Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Quando diz que O Eterno não nos sobrecarrega é porque demanda dos Seus uma carga coerente com suas forças. “Porque este é o amor de Deus: que guardemos Seus mandamentos; e Seus mandamentos não são pesados.” I Jo 5;3

Porém, concorrem “cargas” que pesam sobre a natureza caída, as tentações; ante essas, O Eterno “turbina nossos motores” para que não sucumbamos. “Não veio sobre vós tentação, senão, humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que possais suportar.” I Cor 10;13

Não confundamos; as tentações são de origem humana; desejos maus sucumbidos às seduções do inimigo; o livramento, ou escape vem de Deus.

O fato de que O Eterno não nos sobrecarrega, porém, não significa que não existam muitos sobrecarregados por aí. Os que, invés das Boas Novas de salvação mediante Cristo, optam pelas “Fake News” de Satã, levam cargas desnecessárias por um caminho que conduz à perdição.

A Palavra contrapõe os que levam cargas inúteis, (ímpios) aos que são levados nos braços; (escolhidos) “... seus ídolos são postos sobre os animais e sobre as feras; as cargas dos vossos fardos são canseiras para as feras já cansadas. Juntamente se encurvaram e se abateram; não puderam livrar-se da carga; sua alma entrou em cativeiro. Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, sois levados desde a madre. Até à velhice Serei o mesmo; ainda até às cãs Eu vos carregarei; vos Fiz, vos Levarei, vos Trarei e Livrarei." Is 46

Aos das cargas inúteis O Salvador apela: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, Eu vos Aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave e Meu fardo é leve.” Mat 11;28 a 30

Notemos que aqueles, babilônios, que levaram futilidades que O Eterno não ordenara tiveram como resultado, as almas em cativeiro, (embora lhes foi permitido escravizar aos hebreus) enquanto, os que toparem tomar sobre si o Jugo de Jesus encontrarão “descanso para suas almas.” Mesmo que, eventualmente, concorram aflições.

Os dois textos deixam patente que as cargas em apreço, invés dos corpos, incidem sobre as almas das pessoas. 

Podem alguém airosamente cantar sua “liberdade” estando cativo, como, outrem padecer toda sorte de privações sendo livre. Pois, “Se O Filho (Cristo) vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

Pois, desde a queda, a alma assumiu peso duplo; a carga que era sua e a do espírito.

Por isso, todo o morto espiritual é sobrecarregado. Nos que recebem O Salvador, o espírito “nasce de novo” passa a administrar o “transporte” que é seu.

Por isso, falando à alma salva Paulo aborda-a como possuindo corpo e espírito; “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro...” II Cor 4;7

Ao homem espiritual, como espírito que tem corpo; “Que cada um de vós saiba possuir seu vaso em santificação e honra;” I Tess 4;4
A alma descansa “salva demais” para se ocupar com pesos desnecessários.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

As Causas impossíveis

“Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor; esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote; esforça-te, todo o povo da terra, diz o Senhor, trabalhai; porque Eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos.” Ag 2;4

Deus ser conosco é um alento extraordinário; contudo, isso não prescinde da nossa participação na execução da Sua Obra em nossas vidas; trabalhai!

O sonho de consumo prescrito pelos mercenários apresenta um “Deus” serviçal, que faz tudo em prol dos Seus, bastando uma “oração forte” um ritual específico, uma campanha de tantos dias e pronto; nosso esforço se resumiria a encher à Santa Paciência com clamores da religiosidade; depois, sentar confiantes e esperarmos a “bênção.” Melhor deitar, talvez.

Apregoam alto e bom som que Ele É Deus das causas impossíveis; portanto, tragamos nossas impossibilidades aos Seus Pés. Que há de mal nisso?

Sabedores que O Eterno Pode todas as coisas, se derivarmos desse saber a presunção que Ele ‘Deve’ Fazer o que pedirmos, porque Pode, colocaremos nossas vontades acima da Dele; inverteremos as posições de Senhor e servos. Quem disse, subirei ao alto, serei semelhante ao Altíssimo foi Satanás; agiríamos como ele “em Nome de Jesus?”

Geralmente, antes das “impossíveis” Ele tenciona que empreendamos esforços com Ele, na execução de coisas que nos Fez bem possíveis, necessárias eu diria; regeneração, edificação, obediência, santificação. Essas coisas requerem uma caminhada em tempo integral, juntamente com Ele; mais que sete sextas-feiras, que uma “campanha”, “corrente” ou tolice similar.

Invés de um relacionamento, estilo Pai e filho, muitos devaneiam com uma espécie de “sorte grande” um “descuido” do Eterno, onde Ele abriria portas amplas, mediante clamores, para passagem indolente àqueles que Ele mesmo Desafiou a entrarem pela porta estreita.

Muitas vezes nos rebelamos contra coisas que Ele Está usando para nosso aperfeiçoamento; nem adianta lutar contra isso; é dar murros em ponta de faca.

Uma causa possível que deveria ocupar nossas reflexões é que, depois de termos recebido Sua Luz, devemos andar como filhos da luz. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

É impossível O Santo iluminar de novo quem já teve os olhos abertos; doravante deve andar como tal, produzindo os frutos desejados pelo Pai. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

O contexto fala dos que recaíram; mas, se alguém se diz em Cristo e peleja pelas coisas do velho homem, está em pé? Sua conversão não teria que trazer junto uma “reengenharia” que mudasse tudo? “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Sempre nos convém a postura de Bartimeu ante O Senhor ouvindo Dele: “O que queres que Eu te faça?” Quem já teve os olhos abertos deve meditar na Santa Palavra, absorver da Mente de Cristo como se diante Dele, nós Lhe perguntássemos: “Senhor o que queres que eu faça?” “Tenha seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medite dia e noite.”

Como o cego de Marcos Capítulo 8 que O Salvador levou-o pela mão para fora de certa aldeia; curados seus olhos apenas ordenou-lhe: “Não entres na aldeia.” Ele nos quer fora da “Aldeia Global”; o mundo e seus valores inversos. Inicialmente nos tira para fora pela mão, depois tenciona que nos baste Sua Palavra.

Mas, crescimento, maturidade também é uma “causa impossível”, sem passarmos Com O Senhor, pelo fogo das provações. Ele diz: “Quando passares pela água Estarei contigo; se passares pelo fogo a chama não arderá em ti...” Is 43

Passar conosco é a parte Dele; Sua Fidelidade; a chama não arder depende de nós; de nossa escolha dos materiais de construção. “Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;12 e 13

É impossível o fogo não queimar materiais combustíveis como madeira, feno, palha; também, O Santo socorrer aos desejos egoístas, divorciados da Sua Santa Vontade.

Invés dessas pomposas companhas para que “o Céu se abra”, eu desejaria que sem elas, ante mero escrito como esse, os ouvidos se abrissem um pouquinho para a Pura Palavra de Deus, e se fechassem de vez, aos encantadores de serpentes.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

As Calças Rasgadas


“... quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Js 6;7

Tomada de Jericó por Josué. O que tinham de mais precioso, a Arca do Senhor, deveria ser guardada cercada por homens armados.

Muito se discute sobre o porte de armas. Como se, fossem elas as causadoras da violência. Sua restrição traria, segundo desarmamentistas, a paz social. Será que é mesmo assim?

Violência há em toda parte; permitidas armas, como nos EUA, ou não. De modo que, as causas devem ser outras. “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Então, onde alguém, independentemente de ter ou não, leveza retórica, da sua filiação partidária, mesmo permitindo o uso de armas, se, peleja pela preponderância do que é justo, temos aí um pacifista.

Paz não é um fim em si mesma; antes, uma consequência; “Tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rom 5;1 Como somos pecadores, precisamos ser justificados mediante Cristo, para reconciliação com Deus.

A paz nas relações interpessoais é uma coisa desejável, nem sempre alcançável. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18

Acusam os que advogam como inalienável o direito de defesa, que, onde vige o desarmamento do povo impera o viés totalitário dos governantes; esses, primeiro tolhem a possibilidade de defesa, como na Venezuela e Cuba, por exemplo, depois, castram as demais liberdades. Os fatos se mostram assim.

Não quero armas para mim; mas, é uma escolha não uma imposição; de igual modo, que assista o direito de escolha aos que, eventualmente pensem diferente.

Militar por Cristo requer outras armas; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Essas “armas” demandam aperfeiçoamento espiritual, um grau de maturidade que infelizmente é raro. “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Invés dos “exercícios militares” que trariam têmpera, forjariam homens “perfeitos”, com o devido discernimento, grassa uma geração de drogados espirituais, subproduto de uma súcia de “pregadores” auto enviados, que certa da ausência de Deus em suas vidas, “preenchem” a lacuna com mensagens palatáveis aos ímpios.

Facilidades e promessas grandiosas, para gente que, sequer se converteu ainda, muito menos, subiu alguns degraus na escada da edificação.
Paulo previu isso: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Assim como, os ditadores humanos são desarmamentistas em defesa de seus interesses rasos, também o inimigo, desarma tantos quantos pode, nos ânimos, entendimentos... Faz isso fechando portas a ministros probos, que poderiam acender lampiões, dando o espaço para os outros, os das promessas fáceis que satisfazem às ímpias comichões.

“... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

A pós-verdade onde o mundo se encontra é a “obra-prima” da oposição; retrato da concomitante apostasia da igreja, malgrado, alguns remanescentes ainda fiéis.

Os homens creem que fomos à Lua, que o Word Trade Center caiu pelo impacto dos aviões, que o sentido das palavras varia de acordo com a preferência ideológica de cada um, que certas vacinas imunizam, máscaras protegem... não sabem a diferença entre fatores biológicos e escolhas sociológicas pervertidas... São treinadas em experimentos psicossociais a obedecer sem questionar; convencidas que fazem isso por suas consciências cidadãs...

Ineptos para defesa de um conceito probo, mínimo; porém, militantes engajados em defesa de meliantes; eles mesmos, seus donos os chamam de “idiotas úteis”, eis suas “utilidades!”

Outrora uma calça rasgada era descartada inútil; agora ela tem seus rasgos acentuados, preço elevado, passou a ser moda.

A mudança de mentalidade para um patamar mais baixo nivelou-nos ao que estava ao rés do chão.
Igualmente, fraudes espirituais que seriam banidas dos púlpitos, outrora, por nocivos, agora estão na moda.

Transformaram púlpitos em pontos de distribuição de drogas; tomaram espaço dos poucos ministros idôneos que existem. “Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles; meu povo assim o deseja...” Jr 5;31

Enquanto nossos desejos estiverem no comando, gostando ou não, o inimigo estará. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo... para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2