terça-feira, 7 de setembro de 2021

Lavando por dentro


“Os levitas se purificaram, lavaram as suas vestes, Arão os ofereceu por oferta movida perante o Senhor, e fez expiação por eles, para purificá-los.” Nm 8;21

Purificação em dois níveis; o exterior, passível de ser feita pelo próprio servo; “Os levitas se purificaram...” coisas atinentes à higiene; e o interior, que demandava o sacrifício de um animal, e intercessão do Sumo Sacerdote; “... Arão fez expiação por eles para purificá-los."

Nuances do antigo pacto; nele, mesmo as coisas interiores, (reconhecimento de pecados, arrependimento) não eram tão interiores assim. Resolviam pontualmente a situação dos pecadores, sem tocar na origem dos pecados; mudança do coração, da má índole que persistia.

O Eterno prometeu aperfeiçoamento: “Aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas vossas imundícias e todos vossos ídolos Vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo, Porei dentro de vós um espírito novo; Tirarei da vossa carne o coração de pedra, vos Darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito, Farei que andeis nos Meus Estatutos, guardeis Meus juízos, e os observeis.” Ez 36;25 a 27

Lavagem pela “Água pura” A Palavra da Vida; mudança de coração, (mentalidade) “espírito novo”, o humano regenerado e purificado pelo Espírito Santo. O Eterno prometeu tratar das causas não apenas das consequências.

Mesmo as coisas estabelecidas no Antigo Pacto devendo ser observadas, pois, não eram obreiras da purificação desejada pelos Céus; Tinham viés didático que apontava profeticamente, e teor simbólico, a demandar a pureza do Sumo Sacerdote Eterno, então, por vir.

Aquelas coisas eram “... uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; consistindo somente em comidas, bebidas, várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.” Heb 9;9 e 10

A purificação desejável aos Céus olha para a consciência; é mui interior. Requer mais que rituais externos; antes, o silêncio dessa como sinal que o Espírito está no comando.

Como as Escritura foram dirigidas inicialmente aos Israelitas, depois, pelo Amor Universal do Eterno, derivaram ao encontro dos gentios, a linguagem era judaica. Não se referia à Igreja, tampouco, obreiros, como usamos. Antes os alvos da purificação eram os “filhos de Levi (obreiros de então), atuando sobre o povo eleito; Israel e estrangeiros agregados. O “Ide por todo o mundo e pregai O Evangelho à toda a criatura” veio depois.

Vaticinando a vinda do Sumo Sacerdote Santo, Malaquias falou assim: “Mas quem suportará o dia da Sua Vinda? Quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; Purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e prata; então, ao Senhor trarão oferta em justiça.” Ml 3;2 e 3

A fato que Jesus É insuportável ao viciado em pecados é recorrente nas Escrituras. Por Isaías Ele pergunta: “Quem deu crédito à nossa pregação...” Cap 53;1

Ele denunciou Sua Rejeição e consequente condenação dos que rejeitaram: “A condenação é esta: Que a Luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Nos Seus dias havia muitos “puros” exteriormente que chamou de hipócritas, pois, se esmeravam em purificações rituais, sem nenhum trabalho em deixar a maldade dos corações.

Sabedor de quão insuportável era a santidade aos viciados em carnalidades, O Senhor desafiou quem Lhe ouvia a desfazer-se da “má companhia” para andar consigo.” “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.” Luc 9;23

Por isso, diverso do que dizem os opositores da fé, que nós, cristãos, somos covardes escondidos atrás da Bíblia, fomos encorajados e capacitados pelo “Leão da Tribo de Judá” a enfrentarmos o mais duro dos adversários, nós mesmos.

Se, a purificação demandada fosse mero ritual, não teria tanta oposição dos “valentes” como tem.

Entretanto, Os Céus não se contentam com encenações; “Nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, Separado dos pecadores, Feito mais sublime que os Céus;” Heb 7;26

Esse, além das ervas daninhas dos nossos pecados, remove as sementes deles, nos que Lhe ouvem. A operação da Sua Purificação é bem interior, como O Santo Deseja; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a Si mesmo Imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

Sua Obra Inefável visa purificar-nos para servir; quem inda pensa em aglomerar por vantagens, mesmo perto, não O Conhece.

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