domingo, 12 de setembro de 2021

A ciência que esconde


“Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;” I Cor 12;8

Circula alhures pretensa relação positiva entre bem e mal; seriam forças opostas amalgamadas e complementares; aquela balela da filosofia oriental do Yin e Yang; o peixinho branco com olho preto, recurvo contra o preto de olho branco num círculo.

Para essas correntes, o homem é “devedor” à serpente que teria aberto os horizontes da ciência, instando o casal edênico a comer do fruto proibido. O bicho não seria tão feio como o pintam. Prometeu trouxe fogo aos homens, diriam os gregos.

Acima vemos como dons do Espírito, (Santo) Palavra da Sabedoria e Palavra da Ciência. Resulta uma questão: Se, a serpente abriu as portas à ciência, por quê partículas da mesma teriam que ser doadas a alguns pela ação benévola do Espírito Santo?

Voltemos ao Éden. “O Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida; a Árvore da Vida no meio do jardim e a Árvore da Ciência, do bem e do mal.” Gn 2;9

A “Ciência” escondida, pois, era o conhecimento do bem e do mal. Antes da queda o homem conhecia o bem, tinha comunhão com Deus e paz.

O fato novo após a queda foi o conhecimento do mal; a invasão desse, na antiga habitação da inocência fez necessária a ajuda de uma pedagoga para entender o que se passava, a consciência.

Na primeira aula advertiu que eles fizeram mal em desobedecer ao Criador e que sobre eles pesava sentença de morte.

Então, Adão que prazeroso recebia ao Sumo Bem na viração do dia, de repente teve medo e se escondeu, pois a perversão na escolha acabara de perverter os valores e agora, O Bem Supremo parecia ter as cores do mal.

Por isso a inversão de valores traz um “ai” ameaçador; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce e do doce, amargo!” Is 5;20

É dessa ciência atinente aos meandros da alma e espírito, que se tratava. A difusão do conhecimento tecnológico tem a ver com inteligência; Adão tinha de sobra; deu nomes a todos os animais existentes.

Como os dons intelectuais são amorais (podem ser usados tanto para o bem, quanto, para o mal) dessa ambiguidade resultaram duas “Ciências”; uma em consórcio com a sabedoria, segundo Deus; outra terrena, animal e diabólica, divorciada do Santo.

Desta Paulo aconselhou Timóteo a manter distância. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20

Vemos que os frutos da ciência falsa se opõem à fé. Blaise Pascal chamou de pouca ciência, disse: “Um pouco de ciência afasta o homem de Deus; um muito, aproxima.”

Então, antes da ciência carecemos sabedoria. Essa é um dom que não deriva de análises experimentais, como costumam madurar os frutos da ciência. É uma certeza íntima da existência e grandeza do Criador, que patrocina uma postura humilde ante Ele; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria...” Prov 1;7

Esse temor nasce de fragmentos de luz que buscam aos pecadores, de modo a verem que o mal, os pecados, estão em si; a “ameaça” de Deus não O Faz um mal; antes, é Sua Justiça Amorosa nos desafiando à reconciliação que Ele Fez possível em Cristo.

A luz nem sempre persuade, por causa da enfermidade da vontade; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas...” Jo 3;19

Ele nos implantou essa faculdade bendita que chamamos consciência; a qual, aglutina duas palavras; com, e ciência; isto é, quando ela nos incomoda, nos dá ciência do motivo, de onde erramos.

Sendo avisados daremos mãos à sabedoria; buscaremos restabelecimento da retidão mediante o perdão. O Eterno não rejeita pleitos assim, antes, “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo...” Prov 2;7 e 8

Essa gritaria que tudo é igual, cada um tem sua verdade, é o suprassumo de Satã; quando quis fazer dos humanos perfeitos, seres caídos como ele, disse: “Sereis como Deus”.

Medram muitas vozes, ensinos que “provam” isso, aquilo. Mas, só o “Novo Nascimento” em Cristo, e obediência a Ele fazem com que nossas consciências provem outra vez, a paz de regenerados.

Fora disso iremos a pique; “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

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