sábado, 16 de janeiro de 2021

Estabilidade no emprego; da fé


“Com sabedoria se edifica a casa; com o entendimento ela se estabelece;” Prov 24;3

Passos distintos; edificar e estabelecer. Edificar não carece maiores definições. Estabelecer, como a própria palavra sugere é fazer estável, permanente.

Para edificarmos, basta termos “Know how”; ou, saber como; enquanto, o entendimento mira além de mero saber fazer; toca no porquê, para quê, a casa é feita.

Se, ela se erige com propósito de nos abrigar das intempéries ordinárias, sol, chuva, frio ventos; com entendimento se considera também as extraordinárias, que poderão testar nossa casa. Tempestades, inundações, vendavais...

Entendendo isso, haveremos de buscar a solidez necessária, para que a mesma se estabeleça.

É um recurso didático a ideia da casa; pois, a edificação que conta é das nossas vidas; o salmista, pois, preceituou o necessário para se fazer firme a obra; “Se O Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1

Ainda que a casa seja nossa, demande nossa edificação, terá que ser segundo o Projeto do Alto; do Senhor, senão, será inútil.

Pedro usa a mesma figura; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual ...” I Ped 2;5

Paulo detalhou: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará...” I Cor 3;11 a 13

Sobre Fundamento Único, Jesus Cristo, cada um pode escolher seu “material de construção” segundo seu entendimento ou, falta dele, no caso de se usar material inferior.

O Próprio Senhor ensinara as mesmas coisas; “Todo aquele que escuta estas Minhas Palavras e pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente que, edificou sua casa sobre a rocha; desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. Aquele que ouve estas Minhas Palavras e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia;” Mat 7;24 a 26

Dois tipos possíveis de edificadores; ambos sabem; conhecem os ensinos de Cristo; um vai além, entende para quê, esses foram dados, cumprir. Tal, ao virem as intempéries espirituais estará alicerçado de modo a não oscilar na fé; sua casa ancora-se no bom fundamento.

Paulo escrevendo aos efésios ensinou que, carecemos ser edificados, se possível, à Estatura de Cristo, para a solidez na fé; “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano de homens que, com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Se, nesse exemplo a ameaça são ventos de doutrina, ensinos espúrios para desviar de Cristo, muitas “casas” são assoladas com violência física, morte até; nessa reta final em que estamos, o “crime” de insistirmos no “Ninguém vem ao Pai senão, por mim”, a exclusividade de Cristo para salvação, poderá custar nossas vidas, liberdade. Quem não tiver alicerçado na Rocha, sucumbirá.

Então devemos estar “Vacinados” contra enganos superficiais das emoções; essa ideia rasa onde pregadores mercenários chamam ouvintes para “viver melhor”; é exatamente o outro lado da moeda; “Negue-se” precisamos aprender a morrer melhor. Abdicar de nossas vontades rasas pelas do Eterno.

As emoções são pontuais, voláteis; mudam muito rápido não sendo confiáveis; tampouco, aferidoras da fé. Cristãos hebreus no seu auge abriram mão de tudo por Cristo; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições... vos compadecestes das minhas prisões, com alegria permitistes o roubo dos vossos bens...” Heb 10;32 e 34

Entretanto, mudado o estado emocional, malogradas algumas expectativas de origem humana estavam voltando atrás; por isso a exortação: “Necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa... o justo viverá da fé; se ele recuar, Minha alma não tem prazer nele.” Vs 36 e 38

A seguir o autor alistou feitos dos “Heróis da fé” para que, mirando nos exemplos deles, não desfalecessem; lembrou, que a luta que lhes parecia pesada demais era pequena se comparada com a que tiveram aqueles; “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;4

A velocidade das coisas nesse mundo líquido, tecnológico propicia superficialidade; imediatismo. Entretanto, salvação não é um “link” que se abre automaticamente com um clik. É uma entrega cabal, fiado totalmente na Integridade do Salvador.

Como Ele promete a eternidade salva por prêmio, justo que, demande algum esforço nosso na edificação, para que Nele, a façamos estável.

Se lhe dermos ouvidos trocaremos uma palafita por um palácio; “... se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.” II Cor 5;1

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

"Negritos" de Jesus


Destacamos textos relevantes, seja sublinhando, escrevendo em “caixa alta”, ou, na maioria dos casos usamos o negrito para pontuar o quê, julgamos prioritário. Mesmo falando, pela ênfase se pode notar o que é realçado.

Jesus foi contra a maré, destacando coisas diferentes; Sua escala de valores deve ser outra.

Após uma série de ensinos Dele uma mulher resolveu negritar algo; “Aconteceu que, dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas Ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem A Palavra de Deus guardam.” Luc 11; 27 e 28

Católicos não concordariam com Ele, deixar de exaltar Maria para exaltar à Palavra de Deus feriria seu modo de culto.

Outros realçaram o sucesso dos ministérios, pretensa autoridade sobre o inimigo; Ele realçou a Salvação; “Não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem vossos nomes escritos nos céus.” Luc 10; 20

Quando levaram um paralítico ante Ele, a coisa esperada seria cura; de novo, O Senhor “errou” a ênfase. “Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são teus pecados.” Mat; 9; 2 Depois o curou, porém colocou a salvação como prioridade.

O jovem rico enfatizou justiça própria; Ele, preceituou amor ao próximo e sugeriu que transferisse suas riquezas para um “paraíso fiscal” onde estaria protegida; nada poderia estar mais na contramão das pretensões dele; abdicar de riquezas por um tesouro no Céu; e seguir a Jesus. “O jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.” Mat 19; 22

O príncipe Nicodemos exaltou os milagres do Senhor; invés de envaidecer-se com elogios tocou no ponto crucial: Nicodemos estava morto; “Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3; 2 e 3

Imaginemos hoje, um Senador indo ter com um “apóstolo” ou “bispo” dos atuais, e elogiando-os; quantos teriam coragem de denunciar a morte espiritual do ilustre? Provavelmente pediriam uma emenda orçamentária para seus “Templos de Salomão”, “Cidades Mundiais” ou assemelhados, e “abençoariam” ao morto sem mencionar a sua morte.

Jesus era mesmo estranho. Uma vez chegou a renegar laços de sangue afirmando ser espiritual o liame que identifica a família de Deus? “Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; estando fora, mandaram-no chamar. A multidão estava assentada ao redor dele; disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram; estão lá fora. Ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? Olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a Vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã, e mãe.” Mc 3; 31 a 35

Por quê foi tão severo com os seus? O mesmo contexto mostra a intenção com qual O buscavam; “Quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.” Mc 3; 21

O fato é que essa “loucura” que leva a Vontade de Deus às últimas consequências, recebendo aversão do mundo, é uma virtude tristemente ausente.

Dia desses deparei com uma Hilux 4x4 na qual estava escrito: “Jesus é a razão do meu sucesso”. Viram como “Ele” evoluiu? Quem perseguiria um líder de autoajuda preocupado com nossa saúde e nossas finanças?

Apesar do texto de Hebreus 13; 8 afirmar que Jesus é o mesmo e sempre será, parece que “Ele” anda com ideias diferentes atualmente.

Em certos ambientes, os peitos em que mamou recebem mais honra que A Palavra de Deus; noutros, as curas são realçadas, antes que a salvação; os ministros que deveriam apontar em Seu Santo Nome, para os tesouros no céu, exploram os pobres e constroem impérios na terra.

O lamentável é que esse “admirável gado novo” marcado com o ferro em brasa dos clichês mercenários é desafeito a pensar; tende a achar loucos os que denunciam seus mestres, os quais escolheram segundo suas comichões.

Passados uns três milênios da mensagem de Oséias, tristemente se repete; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu me esquecerei de teus filhos.” Os 4; 6

“Para dominar as multidões basta conhecer as paixões humanas, certo talento, e uma boa dose de mentira.” Soren Kierkergaard

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Escudados no erro


“Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício...”

Paulo às portas do martírio despedindo-se de Timóteo.

Não fora ele que ensinara aos crentes a tomarem o “escudo da fé”? Onde estaria a fé dele nessa hora para se entregar fácil assim? Precisamos meditar.

As pessoas normalmente se “escudam” contra uma série de coisas, fruto do mais pernicioso dos males; ignorância espiritual.

Sim; A Palavra não diz que alguém morre por adulterar, mentir, roubar, etc. Muitos fazem isso; mas, ao se arrepender e mudar, são perdoados, salvos. Contudo, diz: “O Meu povo foi destruído por falta de conhecimento...” Os 4;6 

Esse lapso nas coisas vitais leva as pessoas a se esforçarem pelas irrelevantes; ou, viverem a vida ao acaso, sem cogitar que haverá um juízo.

Quantos se “protegem” contra maledicências, mau olhado, macumbas, azar e superstições várias, oriundas do imaginário popular, não de fontes espirituais confiáveis. Usam patuás, fetiches, mandingas, plantas, ritos, esconjuros...

Deparei com um “escudo” assim, quase agressivo no vidro traseiro de um carro; “A força da tua inveja faz a velocidade do meu sucesso”. Por isso que estás parado; pensei, como se devesse responder àquilo.

Desgraçadamente as pessoas se esforçam em pleitos, duvidosos, e são refratárias em causas vitais. Vi na vitrine duma loja três manequins de máscaras. Ou, os tais temem pegar o famigerado vírus, ou, a loja se engajou na necessidade das pessoas se protegerem.

Essas coisas dúbias, incertas, sem comprovação científica recebem adesão massiva e imediata do povo; mas, as que podem regenerar suas vidas encontram resistências. Superstição e ignorância outra vez.

Não significa que esses males todos não existam; há muitos mais, além dos mencionados; e ser cuidadoso na não propagação do vírus é boa escolha. A questão não é essa. Se eu sair às ruas preocupado com as maldades alheias, deixarei de tratar das únicas que posso, as minhas.

A calúnia diz mais sobre quem fala, que, sobre, de quem se fala; inveja, como um câncer, faz mal a quem a hospeda, não ao seu alvo. Alguém tem inveja de mim? Não posso fazer nada. Mas, se eu for tentado a invejar à sorte alheia posso me arrepender, mudar, quiçá orar pelo bem de quem, quase, ou por um momento, invejei.

Além da doença original a inveja traz uma extra, miopia; vê as conquistas alheias, não os custos. A esses jamais inveja, desconhece até.

Mesmo convertidos temos ainda natureza carnal, inclinada a toda sorte de pecados. Se, invés de cuidarmos disso, aplicando contra cada tentação o devido antídoto de Palavra de Deus, olharmos além, preocupados com a possível maldade alheia, estaremos deixando a luta verdadeira por um devaneio.

Praticaremos uma espécie de “Paint ball” espiritual, onde o melhor que conseguiremos será sujar os outros, invés de vencer um embate.

A fé é figurada como um escudo, arma de proteção, defesa, porque estaremos sim, sob ataque. Saber e viver o objetivo dela, conhecendo sua essência, nos possibilitará sermos vencedores contra os dardos malignos.

A maioria dos que afirmam tê-la, parecem ter fé na fé; como se ela bastasse, sendo um objetivo em si mesma; num rodopiar insano como um cachorro tentando morder o próprio rabo.

Desse modo, todo mundo tem sua fé, mesmo os ateus, que recusando crer em Deus acabam criando mirabolâncias inverossímeis e nelas creem patrocinados pela força do autoengano.

A fé sadia não “dá golpes no ar;” tem objetos específicos; “Crede em Deus, crede também em Mim”, ensinou Jesus.

No entanto, muitos morrem de sede ao lado da Fonte, reféns de uma geração de pregadores patifes, mercenários que pervertem à sadia fé bíblica e desviam seu fim. Pedro ensina: “Alcançando o fim da vossa fé; a salvação da alma.” I Ped 1;9

O Salvador prometeu o mesmo com outras palavras; “Descanso para vossas almas”; a vida física engloba o corpo, nem sempre a salvação dessa está no pacote.

Então a fé sadia não me permite presumir que Deus fará o que eu quero só porque eu creio; isso seria presunção descabida de poder manipular ao Todo Poderoso.

A fé veraz, pela sua natureza transcendente, não se agarra com tudo, ao lado de cá como um alpinista sob risco de despencar no abismo.

Sob a hipótese de morrer, fala como Jó: “Ainda que me mate, nele (em Deus) esperarei.” Ou na certeza de morrer, como Paulo, vê atingido o seu objetivo. “Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício; o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;6 e 7

O Invejoso mor pode nos “proibir” de viver, aqui; contudo, suas mãos sujas não têm acesso à vida eterna preparada pelo “Autor e Consumador da fé”.

Desculpem o Incômodo


“Havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da Palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. Clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó Verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas nosso sangue, dos que habitam sobre a Terra?” Apoc 6;9 e 10

Dois equívocos teológicos são expostos nesses versos; um Adventista, outro, Católico. Os primeiros ensinam o “sono da alma” após a morte; os segundos a “canonização” dos mártires transformando-os em intercessores.

A história do rico e Lázaro que mostra almas conscientes após a morte os Adventistas descartam como sendo parábola; lição de moral extraída duma hipótese.

Contudo, me atrevo a discordar. O Eclesiastes, embora tenha valor sapiencial, não é fonte de doutrinas, uma vez que ele mesmo não atribui sua origem a Deus.

Não está prefaciado, como os profetas, de “Assim diz O Senhor!”, “Veio a mim A Palavra do Senhor”, etc. Antes, o próprio Salomão diz: “Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. Apliquei meu coração a esquadrinhar, a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu...” Cap 1;12 e 13

No fim ele, pessimista, achou tudo “vaidade e correr atrás do vento”, e aconselhou: “Teme ao Senhor e guarda Seus mandamentos”.

Então, quando diz que os mortos não sabem coisa nenhuma, ou não têm parte alguma, refere-se às coisas “debaixo do sol”; ou seja, da humana perspectiva. Isso refutaria também ao espiritismo com seus ensinos de mortos que “voltam aconselhar vivos”; mas, essa doutrina é vetada por Deus desde a Torah, sem necessidade das reflexões de Salomão.

Uma doutrina bíblica nunca se firma sobre um verso apenas. Se ela realmente é verdadeira terá outros textos de apoio. Quando fala de “sono da morte” ou “dormir no Senhor” isso é uma forma poética de evitar o termo morte; soa mais ameno. Antes se dizia, “deficiente”; hoje: “Portador de necessidades especiais”, pelo mesmo motivo.

Dormir é também uma figura usada para gente acordada, mas desatenta aos perigos; “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Textos como: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos!” ou, “Hoje estarás comigo no Paraíso!” “É melhor partir e estar com O Senhor”, além do citado do rico e Lázaro e o que encabeça esse escrito combinam com a existência consciente após a morte, não o oposto.

O fato de que os ressuscitados, como Lázaro e a filha de Jairo não relataram fatos do além não prova nada. Quem garante que a alma ao voltar ao corpo não “apaga” lembranças como quem sonha algo e acordando, esquece?

Na passagem do rico e Lázaro o rico atormentado queria voltar e avisar aos seus; a resposta do Senhor foi: “Têm Moisés e os profetas...” Ou seja as informações que terão serão do seu mundo, não do mundo dos mortos. Creiam.

O catolicismo esposa uma ideia espúria do que seja um santo. Para eles seria alguém que viveu vida exemplar, quiçá outro que foi martirizado por causa nobre; precisam como “testemunho” a comprovação de dois milagres, em vida, ou após a morte.

Ora, todos os salvos são santos; isto é; separados do mundo e dedicados a Deus. “Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14 “Sede santos porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16 etc.

Não depende de homens; santos oram por nós quando ainda vivos. Pedir a eles depois de mortos é incorrer num erro grave. “Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles...” Is 8;19 e 20

A Palavra de Deus não reflexões humanas veta também o espiritismo com suas supostas práticas mediúnicas.

Mas, voltando às almas “debaixo do altar” (sob a cruz, ‘altar’ do sacrifício eterno) essa rogavam por vingança, justiça contra quem os matara, invés de interceder por nós.

Portanto, a transformação dos mártires em mediadores é falsa; “Há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Isso exclui Maria como medianeira. Eventualmente deparo com vídeos de padres dizendo que os “protestantes falam mal de Maria”; Nunca ouvi nenhum fazendo isso. Ela deve ser respeitada, honrada pelo que é. Mas, é Maria, Serva do Senhor, não Nossa Senhora.

Se, para estabelecer uma doutrina veraz, ou combater uma falsa é necessário amplo apoio bíblico, como firmar doutrinas, ensinos baseados em tradições humanas e dogmas?

Isso incomoda adventistas, espíritas e católicos? Aproveitem para pensar. Breve “todas as religiões estarão certas”; será proibido “incomodar”.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O Inimigo Íntimo


“... Não nos retiraremos a nenhuma cidade estranha, que não seja dos filhos de Israel; mas iremos até Gibeá.” Jz 19;12

Um levita, sua concubina e um servo peregrinando; chegada à noite, carecendo lugar para pousar; o servo sugerira que buscassem pernoite entre os Jebuseus; mas, ele não se sentia seguro entre estrangeiros; daí, segundo as palavras acima, disse que preferia pernoitar entre os filhos de Israel.

Apertaram o passo até Gibeá, da tribo de Benjamim, onde um camponês lhes abrigou.

Entretanto, em determinada hora da noite apareceu uma gangue de “Antifas”, tomaram sua concubina à força e violaram até à morte.

Esse incidente deu azo a uma guerra civil, com milhares de mortes; Pois, o “STF” da época decidiu proteger aos bandidos invés de punir exemplarmente; isso não foi aceito pelos homens de bem. Esse aspecto, porém, não é meu foco.

Antes, o fato do perigo morar onde nem desconfiamos; o levita temia pernoitar entre estranhos e foi entre os seus irmãos que a coisa terrível aconteceu.

Voltaire disse: “Deus me livre dos meus amigos! Dos inimigos eu me cuido.”

Ou, como ensinou O Salvador, “Os inimigos do homem são os da sua própria casa.”

Tendemos a agir como cães; esses festejam felizes, abanam as caudas ante os que conhecem, e latem desconfiados perante estranhos. Muitos, mesmo se dizendo tributários da Luz espiritual ensinada por Cristo, optam pela aceitação rasa dos seus dogmas denominacionais, e certa aversão ao que é diferente. Se, cães podem ser figurados como exemplos de fidelidade, a coisa não vai além; não são exemplos de sabedoria.

Quando trato da necessidade de uma mente laborar pelo sentido das coisas, sempre me ocorre George Bernard Shaw: “Quando penso nas coisas como elas são, pergunto: Por quê? Mas se as considero como não são, questiono: Por quê, não?”

A rejeição “à priori” de algo só porque é diferente do que estamos acostumados não é prudência; é medo infantil de ter que mudar; apego excessivo às nossas visões, mesmo que possa haver nelas nuances questionáveis, fanatismo cego.

Agora Platão pede espaço; “Natural as crianças terem medo do escuro; a tragédia é os adultos com medo da Luz.”

Qual a postura Bíblica, ante coisas desconhecidas? “Examinai tudo. Retende o bem” I Tess 5;21

Mas, não há risco dessa “Liberdade de expressão” excessiva nos induzir ao erro? Ora, a verdade deixaria de ser o que é se capitulasse ante algo; “Porque nada podemos contra a verdade...” II Cor 13;8 Salomão dissera mais: “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

Eu li o Alcorão, Livro de Mórmon, Livro dos Espíritos e daí? Nada disso abalou minha fé, apenas facultou que entendesse melhor no quê, eles acreditam.

Então, censura desesperada de todo e qualquer pensamento conservador, nos Estados Unidos e aqui, é uma autocrítica dos comunistas; sabem que creem, apregoam e vivem uma mentira; que, ruiria se fosse permitido o devido cotejo com a verdade.

A ameaça para suas vidas não vem dos estranhos que somos nós, como pensam; mas, dos próprios instintos malignos e visões distorcidas que os habitam.

Nunca vemos algum deles propondo construir algo para o bem comum; querem destruir o direito à vida mediante aborto; destruir famílias pelas perversões; destruir liberdades individuais fomentando o totalitarismo opressor; destruir a lucidez liberando drogas; até o belo hino Rio-grandense que estava quieto no seu canto se tornou alvo de ataques. Como essa gente luta contra o “mal”!

Esse erro de ver o mal no outro e ignorar em si, Cristo vetou aos Seus. Primeiro devemos tirar as traves de nossos olhos antes de ajudar melhorar as vistas de outrem.

Mas, como disse alguém, “Reconhecemos um louco sempre que vemos; nunca, quando somos”. Parece que somos sempre do bem; o mal habita nos outros.

Não raro cometemos o mesmo erro do levita aquele, que desconfiou de quem, talvez nem precisasse, e descansou seguro onde morava o perigo.

Então, o “primeiro ataque” de quem deseja pelejar com Cristo se dirige ao “inimigo” mais perigoso; “Negue a si mesmo”. 

Se, familiares se fazem opositores de quem se converte, não tendo eles crido também, a própria natureza carnal de cada um faz mais de perto; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

“O melhores homens que conheci estavam insatisfeitos consigo mesmos; empreendiam todos os esforços no sentido de melhorarem.”
Disse Spurgeon.

Gente que desconfiava de si mesma; O Ego é um “conhecido” que nos habita com instintos assassinos; acertamos ao desconfiar dos elogios desse fariseu; único lugar para “pernoitar” seguro é em Cristo.

Portanto, “... despojai-vos do velho homem que se corrompe...” Ef 4;22

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O Selo de Deus


“O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.” Is 26;7

Figura horizontal, caminho plano; e direcional, caminho reto.

Salomão meditara sob as humanas peripécias e dissera, desafiando quem quisesse topar o desafio, a alterar as leis da natureza dadas pelo Criador; “Atenta para a obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que Ele fez torto?” Ecl 7;13, de nós, disse: “Eis o que achei: Deus fez o homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ecl 7;29

Andar segundo Deus requer retidão; a pretensa autonomia humana, necessariamente entorta; então, “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos...” Prov 3;5 a 7

Mais; “Os teus olhos olhem... direto diante de ti. Pondera a vereda de teus pés; todos teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines para direita nem para esquerda; retira teu pé do mal.” Prov 4;25 a 27

Antes dissera: “No caminho da sabedoria te ensinei, por veredas de retidão te fiz andar.” V 11

Temos uma perspectiva rasa de justiça; achamos que “sendo do bem” segundo conceitos vulgares, pagando nossas contas, respeitando espaços alheios, sendo educados e civilidades afins, seremos justos. Confundimos reputação com essência.

Não que essas coisas não sejam necessárias ou boas, só que a retidão espiritual é peixe de águas mais profundas.

Se, na perfeição original o primeiro casal estava nu e não se envergonhava, ouso dizer que nosso justo em preço também anda nu e não se envergonha. Como assim? Isso é obsceno! Eu sei.

Todavia, não do modo que estou tratando. Quando realça a Onisciência Divina a Palavra ensina: “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13

Todos nós estamos nus diante Dele. Estar cientes disso, sem motivo para se envergonhar, eis a retidão, santificação em Cristo, só possível assistida pelo Espírito Santo, que devemos buscar.

Sempre hospedamos lutas interiores; os convertidos. Um aspecto natural inclinando-se ao vício, outro, sobrenatural apontando para a virtude; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Sempre que damos ouvidos, necessariamente “crucificamos” a uma má índole concorrente; pormenores do andar em espírito, cujas consequências são nos livrar da condenação; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

Enquanto o “espanador” da consciência tiver o mínimo de poeira para tirar a desejada retidão estará inconclusa; Não se entenda com isso que sem essa estatura não se pode ser salvo.

justificação é imediata à conversão; santificação é um processo posterior, desejável para nosso bem, e Glória do Nosso Santo Justificador.

Nenhum de nós irar “chegar lá” estritamente; talvez por isso nos tenha sido dado um parâmetro inatingível plenamente, para não cedermos à acomodação. Devemos crescer em conhecimento, santificação, “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo.” Ef 4;13

Me entristeço quando deparo com disputas carnais; o ex isso que virou aquilo, a cicrano que humilhou beltrano...

Deprimentes quadros de gente que não cresceu; habita nichos rasos distantes da “Estatura de Cristo”.

Os cristão hebreus levaram um puxão de orelhas por um lapso assim; “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais, que necessitais de leite, não de sólido mantimento.” Heb 5;12

Invés de honrarmos a quem teme a Deus, como diz no Salmo 15, só nos identificamos com quem vê a jornada pelos nossos olhos, ou seja, nos identificamos conosco mesmo.

No início de igreja a oposição possível era entre judeus e gentios; um concílio apostólico tratou disso; entre outras coisas se disse: “Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós...” Atos 15;8 notemos que, o testemunho é de Deus mediante o Espírito Santo, pois, “...Deus não faz acepção de pessoas; Lhe é agradável aquele que, em qualquer nação O teme, e faz o que é justo.” Atos 10;34 e 35

Selo de Deus nos salvos, não são dons, como pensam alguns pentecostais, nem o Sábado como pregam Adventistas; é o caráter transformado, retidão. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Agências de Sofismas


“Destruindo os conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;5

Paulo descrevera a armadura espiritual tomando como figura um soldado equipado; se, antes dissera que a luta não era contra carne e sangue, mas, seres espirituais malignos, agora interpreta para quê, tais armas servem; entre outras coisas, destruir ensinos orgulhosos dos que se levantam contra o conhecimento de Deus. Com esse fim tais espíritos atuam.

Não, diretamente; usam imprensa, celebridades, cinema, músicas para ridicularizar à fé; O célebre ateu, Stephen Howkins disse que “A fé é um brinquedo de crianças com medo do escuro”; um pregador replicou: “O ateísmo é um brinquedo de adultos com medo da luz”.

Sempre houve disputa entre filósofos e sofistas; uns pela verdade, outros pela verossimilhança.

O verdadeiro não carece explicações; verossímil é aquilo que apenas assume aparência de veraz, sem o ser, necessariamente. É apenas plausível.

A busca pelo saber era anseio dos filósofos; daí, de Phileo (amigo, amante) e Sophia (sabedoria) dessa junção temos “Philosophia” significando amor ao saber. (o grego não tem letra correspondente ao f, daí o dígrafo ph) Produzir o verosímil era especialidade dos sofistas.

Como o dicionário define um sofisma?

“Argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa - qualquer argumentação capciosa, concebida com a intenção de induzir em erro, o que supõe má-fé por parte daquele que a apresenta; cavilação - mentira ou ato praticado de má-fé para enganar (outrem); enganação, logro, embuste” etc.

Por exemplo: “O cão tem quatro pernas; o cão anda. A cadeira também tem quatro pernas, logo, a cadeira anda”.

Assim agem; pegam argumentos verdadeiros, fingem não entender que a semelhança de “pernas”, no exemplo, é apenas de nome, não de função e vendem seu peixe. Partem de premissas verdadeiras para a terra das conclusões falsas.

Muitos pregadores “Evangélicos” fazem isso; “Deus É Amor – dizem -. Então Ele não quer que você sofra, revolte-se, e blá, blá, blá...“

Deus não quer é que a gente se perca. Ensina nos apegarmos à salvação com tudo, “No mundo tereis aflições... quando passardes pela água, pelo fogo, estarei convosco.” 

Não evitar que a gente sofra; deseja tanto nossa salvação ao ponto de sofrer conosco em nossos dias maus.

Os adversários de Jesus usaram sofismas; quando perguntaram se deviam pagar impostos ou não aos romanos. Se dissesse que não, entregariam-no aos romanos; se dissesse que sim, acusariam de trair aos judeus; invés de uma dúvida honesta como fizeram parecer, era uma armadilha. O Senhor a desfez, não sem antes lhes chamar de hipócritas, falsos; o codinome dos sofistas.

Nunca os sofismas campearam tanto como atualmente. Algumas pessoas se borram de medo da verdade, e censuram quem a diz, a pretexto de “protegê-la”.

Criaram até obscuras “agências de checagem de fatos” que estranhamente não veem mentiras grotescas vermelhas, e tentam silenciar a todo custo os conservadores, sob a pecha de “fake News”.

A maior restrição que se pode dar a um mentiroso é deixá-lo falar. Dar corda para que se enforque, como se diz. Nocivos, esses que se cagam de medo da verdade, travestidos de protetores.

Por acaso alguma pessoa decente ainda tem interesse em ouvir os discursos do Lula e assemelhados? A mim basta ver sua cara para passar pelo vídeo, ou texto sem nenhum interesse. "O que és grita tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.” 

O rei dos mentirosos desgastou-se tanto com isso que mesmo se falar a verdade não interessa mais.

Entretanto, quando esteve contido num mini-hotel de luxo que chamaram, prisão, gozava de acesso irrestrito à internet; tuitava impropérios a torto e a direito, dava entrevistas a “jornalistas” escolhidos, recebia visitas sem limites. 

Nenhuma agência apareceu para checar seus ditos, tampouco os zelosos twitter e face, bloquearam-no, como fazem atualmente com Donald J. Trump e seguidores.

Aqui, Jornalistas e youtubers, de pensamento conservador, como Sara Winter, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, etc. são perseguidos, alguns presos sem processo legal, nem prova alguma; as agências “defensoras da verdade” com o rabinho entre as pernas em silêncio ensurdecedor. Cambada de salafrários!!

Isaías viu esses dias: “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça.” Is 59;14 e 15

Breve O Eterno Fará justiça; quem se abriga sob a que Cristo já fez, não teme o juízo.
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