quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

A Urgência da Fuga Impossível


“... muitos correrão de uma parte para outra...” Dn 12;4

Fragmento das “Palavras seladas” dadas a Daniel, atinentes ao “tempo do fim.”

“... correrão...” Um vídeo que eu assistia no Youtube foi interrompido por um comercial de certo aparato tecnológico que oferecia mais velocidade de downloads e acessos vários; isso me fez parar de ver e pensar.

Alguns quadros na parede da memória são espanados automaticamente; a poeira saindo os vemos, de novo; “... a vida é de quem corre menos em busca de mais...” trecho de uma antiga música de Arnaud Rodrigues. “Índio do Uruguai”

“Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira...” Ecl 9;11

Quando o atlético guerreiro Esaú convidou ao alquebrado Jacó para uma cavalgada juntos, ele disse que não poderia; tinha mulheres, crianças, animais, não um exército como aquele; então, sugeriu que seu irmão fosse adiante, enquanto ele seguiria a marcha “no passo do gado.” Gn 33;14

Entretanto, o escolhido e abençoado era o lento, não o veloz; nesse caso a constatação experimental de que não é dos ligeiros a corrida. É dos que correm com Deus.

Quando Paulo nos compara com atletas não tem em mente a velocidade, mas as renúncias pelo objetivo; “Não sabeis que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira ficar reprovado.” I Cor 9;24 a 27

Corria não contra outro competidor, mas contra as próprias tendências pecaminosas; subjugando essas, alcançaria o prêmio, a coroa incorruptível; salvação.

Por quê grande parte das melhorias propostas nesse tempo têm a ver com velocidade? Onde temos pressa de chegar que essas coisas nos ajudariam? 

Se, nas estradas o correto é andar dentro de certos limites atenuando riscos, no mundo virtual esses não existem, quanto mais rápido, melhor?? Vem aí o 5G!

Outro dia comprei um Iphone usado, cujo modelo estava na geração sete; quem me vendeu disse que o fez pois queria um mais atual, a série já estava em onze; portanto ele estava “quatro passos atrás”; a sensação é que a humanidade corre atrás da sombra; um sol maligno que cega invés de iluminar que enseja essa correria.

Numa análise honesta podemos dizer que as pessoas correm mais quando estão indo à praia ou serra para o desfrute de um feriado, que quando vão trabalhar; por quê, se dispõem de mais tempo livres de compromissos, com horário, e outras pessoas?

Saint-Exupérry definiu a nostalgia como “uma saudade não sei de quê...” Pois, pensando sobre essa insana correria parece ser uma pressa, não sei de quê... talvez uma fuga de si mesmo; mas, como disse certo gaiato, “parei de fugir de mim mesmo; pois, aonde eu ia, eu estava...”

Para alguns o próprio silêncio parece insuportável, como se, ouvir à consciência e meditar, coisas possíveis em seus domínios fosse uma ameaça; precisassem fugir depressa para a sombra das músicas barulhentas mesmo de mensagens chulas, quanto mais altas, melhor.

Não que a celeridade não tenha valor, utilidade; que o digam os que dependem de ambulâncias, bombeiros e afins... Mas, como dizia Charles Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”; a velocidade é uma dessas.

Imaginemos duas pessoas andando na direção errada; uma montando um jerico, outra pilotando uma Ferrari; nesse caso, quem corre mais, mais rápido se perde.

Como diz o narrador Galvão Bueno em determinados lances do futebol, onde precisão é mais importante que potência; “Daí não é força; é jeito.” Pois, viver com sabedoria é um “Lance” para o qual os predicados da rapidez não são os mais caros. Não é velocidade; é objetivo, alvo.

Se, aos que se submetem a Cristo é dada a vida eterna, precisam ganhar mais tempo ainda?

O ladrão que furtou à Árvore da ciência falsificou alvos e deseja uma geração perseguidora da sombra, incapaz de pensar.
Labora a todo tempo gerando as distrações mais hightecs possíveis, tudo para que os entendimentos se aprimorem em tecnologia fugaz, e atrofiem no prisma que interessa, a vida.

“... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...” II Cor 4;4

Em suma, nem todo apelo veloz me seduz; sou meio pesado, de interesses mais lentos; como Jacó, não posso correr ao lado de Esaú; preciso ir “no passo do gado...”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

"Racismo" no Hino Rio-Grandense

Repercute o protesto de cinco vereadores de Porto Alegre RS do PSOL, PT e PCdoB (sempre eles); que recusaram-se a cantar o Hino Rio-grandense, alegando que tem um conteúdo racista. O trecho, alvo das críticas diz: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo.”

O esquerdismo sempre age assim; invés de propor melhorias pragmáticas para a sociedade que dizem representar, arranjam algum pretexto mimizento para sua ideologia; para explorar seu vitimismo endêmico, e seus melindres desprovidos de propósito.

 Para Benedita da Silva, até a expressão “lista negra” seria racismo, ah vá lamber sabão!

Quando trabalhei em Santa Cruz do Sul, um superior e alguns colegas me chamavam, “alemão”; sou descendente de italianos pelo viés materno; alemão com algumas gotas de sangue guarani em minha avó pelo lado paterno; e daí?

Racismo não é chamar alguém de negro, com respeito, se ele(a) é; racismo seria diminuir, ofender, sonegar espaço, oportunidades iguais em função disso. Sermos como somos uma mistura de todas as raças é uma contingência social apenas. Podemos conviver sem problemas se os esquerdistas deixarem.

Seus conceitos de aprimorar educação, passam longe de melhorias estruturais dos colégios, transportes dos alunos, grade curricular, ou melhoras salariais dos professores, por exemplo; desejam antes, lutar contra “imposições” da sociedade que “força” aos infantes a terem um gênero definido, chamando-os “violentamente” de meninos ou meninas, invés de um neutro “politicamente correto” que seria menines... cambade de abostades!

Embora a escravidão por aqui foi uma injustiça contra negros, eles foram vendidos por outros negros em seu continente de origem; então, mesmo a culpa dos escravagistas daqui sendo maior, os de lá têm sua parcela também. Uns fizeram-nos mão-de-obra barata; outros, coisas a ser comercializadas.

Entretanto, houve muitos escravos brancos também; os judeus por exemplo, foram escravos dos egípcios durante 430 anos; depois mais setenta sob regência Babilônica e medo-persa; nos dias de Cristo eram vassalos dos romanos, bem como muitos povos bárbaros periféricos, serviam a César também.

Na Ásia tibetanos sofreram escravidão dos chineses, alguns sofrem ainda; hindus em função do sistema de castas são humilhados também, de modo que, a escravidão não é “privilégio” dos povos de cor negra.

Esse mal ocorreu em toda a terra, e em partes ainda ocorre, infelizmente.

Uma coisa é o letrista ter versado que, povo que não tem virtude acaba por ser escravo, o que é pleno de sentido; outra é torturar o texto até que ele confesse o que ele não fez.

Em momento algum disse que os escravos (de qualquer raça) o são por falta de virtude.

Sendo a virtude o oposto do vício, natural que a escravidão que sua ausência enseja tenha a ver com esse, não com trabalhar forçado para alguém, o que se pode fazer, coberto de virtudes.

A Bíblia, livro entregue à humanidade mediante os judeus, povo pós graduado em escravidão traz algo assim: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, prepara no verão seu pão; na sega ajunta seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; assim sobrevirá tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado.” Prov 6;6 a 11

O que o sábio diz aqui pode ser parafraseado mais ou menos assim: “Vai aprender diligência, trabalho e prudência com as formigas, ó bundão preguiçoso! Senão, acabarás escravo das necessidades, da pobreza, e da fome até.”

Por quê será que ninguém denunciou ainda essa porção ociofóbica da Palavra de Deus? Melhor não dar ideias; essa gente é perigosa.

Quantas coisas relevantes para se fazer numa cidade do tamanho de Porto Alegre, e essas amebas inventando problemas para propor “soluções”. 

Nosso hino é um dos mais belos do país; nosso brioso povo um dos poucos que sabe o Hino Estadual antes do Nacional, cuja letra é mais extensa.

Nesses tempos onde respirar pode ser uma atitude separatista, preconceituosa, uma vez que acaba separando oxigênio do gás carbônico, não bastasse a dureza da vida por si só, acrescida pelos danos de uma pandemia e seus efeitos colaterais, ainda surgem no esterco das urnas esses cogumelos anencéfalos, para estragar um pouco o que estava bem, no devido lugar.

Lembro antigo personagem do Jô Soares que, “dormia” entubado vários anos; quando voltava a consciência era informado das mudanças, na política sobretudo, e desesperado pedia: “Tira o tubo!” Queria morrer.

Olhando certos “Representantes do povo” não pensamos em tirar algo... o caso seria de implantar cérebros... Mentecapto, literalmente significa, capado da mente; pena que muitos eleitores também foram, que saco!!

Autoridade Espiritual


“Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema (maldito).” Gál 1;8

Paulo, ousando amaldiçoar até o possível ministrar de um anjo do Céu.

Ele tinha perfeita noção de hierarquia espiritual. Conhecia a cadeia de autoridade.

A autoridade pode vir de duas causas; ser, ou estar. A absoluta, há em função de Quem se É; a delegada, em atenção à missão na qual se está.

Em termos de Autoridade Absoluta, apenas Deus em Suas Três Pessoas Pode ordenar algo em vista do É; uma autoridade delegada terá que sempre atuar em consonância e submissão com quem lhe delegou.

Por isso, tanto falamos com Deus, quanto expulsamos demônios em “Nome de Jesus”; foi Ele que nos autorizou a isso. Igualmente, pregar o Evangelho foi Sua Comissão, por isso o veto supra, hipotético, de se opor até a um anjo celeste que malversasse o ensino.

Hipótese que, inverossímil dada a santidade e obediência dos anjos celestes; mas possível sua “montagem” usando “efeitos especiais”; “Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” II Cor 11;14

Por isso, a autoridade, antes da sua divisa, firma-se sobre seu propósito.

Acaso alguém em nosso país respeita ainda ao STF? Não. Por quê? Porque tendo sido estabelecido e assalariado, para ser um poder moderador guardião das leis da Constituição, atua de modo oposto, deslegitimando-se. Se, fosse desfeita aquela “Corte de Justiça” não faria falta nenhuma.

Se, mesmo nas coisas humanas, autoridade perde sentido atuando contra quem a estabelece, muito mais nas questões espirituais. “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes que a Deus;” Atos 4;19 Eles estavam perante o Sinédrio, o conselho dos setenta, que pretendia que desobedecessem uma ordem direta de Jesus.

Houve um tempo, em que a própria imprensa tinha autoridade; queria terminar uma discussão sobre algo dúbio bastava dizer: “deu no jornal” “Ah, bom, então se é assim sim”; diria o Chaves. Assunto encerrado.

Hoje a única coisa verdadeira nos jornais é a data. Ora, quem “comissiona” o bom jornalismo são os fatos; tendo deixado as “ordens” desses em troca do proselitismo ideológico e dos interesses escusos, mais uma autoridade caiu em descrédito, virou lixo. (há honrosas e raras exceções).

No entanto, com o surgimento do Corona, foi um festival de autoridades dando ordens incoerentes, infundadas, estapafúrdias, confusas, extrapolações de competências, invasões... em alguns ambientes rígidas regras, cuidados, distanciamento; noutros, liberou geral casa da sogra, frangas soltas; como obedecer esses?

Mas, voltando à autoridade espiritual, nada que contrarie ao mandado do Senhor dos Senhores precisa ser obedecido; Não importa se vem do Papa, (outro que perdeu autoridade por abraçar o comunismo e abandonar Deus) ou de quem vier; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11

Esse “ninguém” inclui anjos, como vimos ao princípio; Pois, Jesus Cristo mesmo “esvaziado” foi “Feito tanto mais excelente que os anjos, quanto herdou mais Excelente Nome que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu És Meu Filho, Hoje Te Gerei? E outra vez: Eu Lhe serei por Pai, Ele Me Será por Filho?” Heb 1;4 e 5 Ou, como posto no Salmo segundo; “Pede-me, e Te Darei os gentios por herança, os fins da terra por Tua possessão.” V 8

Assim, qualquer autoridade sobre a Terra, malgrado pompa e circunstâncias que envergue, se sua atuação se opuser aos Divinos mandados não precisa ser temida, não é essencialmente autoridade. Pois, “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 nem autoridade, acrescento.

Há muitos que se cobrem com o manto de títulos honoríficos, bispos, apóstolos, missionários, reverendos... e cercam isso com o “Não toqueis nos meus ungidos,” como se, os tais estivessem noutro patamar mui acima de nós, reles mortais.

Ora, “Não toqueis” no contexto em que foi dado era não matar; os ungidos eram alguns, pontualmente, reis sacerdotes e profetas; não, todos os salvos, como é após o Bendito Advento do Espírito Santo.

Claro que O Senhor tem zelo pelos Seus escolhidos, esses são todos que O servem, não há elite; mas, permite que sejamos tocados, advertiu que nos enviava como ovelhas no meio de lobos, por isso ensinou prudência.

Como certo rei de “O Pequeno Príncipe” que disse: “Tenho direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis”. O Todo Poderoso, primeiro por ser Quem É; O Criador de tudo, depois, por ordenar coisas sábias e amorosas, Pode exigir obediência.

Quem se nega a isso em nome de pretensa liberdade ainda não discerniu as falsas penas nas asas desse anjo...

O Barulhão dos Surdos

 

“Mas eles gritaram com grande voz, taparam seus ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.” Atos 7;57

Estevão fizera o discurso de um rabino sobre o conhecimento das Escrituras, então, existentes; e uma análise precisa dos fatos recentes; a morte de Cristo e suas implicações.

Como a porca lavada tende a voltar para a lama, aquele banho de Luz resultou inútil também. “Gritaram com grande voz...”

A Palavra ensina que tudo tem sem tempo apropriado, inclusive, falar e ouvir. 

No monte da Transfiguração Deus mostrou Moisés e Elias conversando com O Senhor; Pedro começou a falar sobre construir tendas; Deus alertou: “Este é Meu Filho Amado; a Ele ouvi.” Se, ao afoito apóstolo parecia ocasião de falar, então, era pra ouvir.

Eventualmente Deus Fala mediante instrumentos que escolhe. Invés de ouvir, naquele caso, “gritaram com grande voz”. Vício comum em ambientes pentecostais; Deus está falando através de alguém e a galera, invés de ouvir está aos gritos de “Aleluia e Glória”; ora, cala a boca e ouve!!

Existem tantas maneiras de abafar à Voz de Deus aos gritos atualmente. Há “Banners”, “adesivos” cheios de “sabedoria” que as pessoas colam em suas páginas virtuais para se mostrarem em pé de igualdade com quem vive e ensina A Palavra; Nas entrelinhas fica dito; tens tua visão, tenho a minha, cada um na sua; são seus “gritos” para não ouvir à Palavra de Deus.

Não que seja errado partilhar algo inspirador, eventualmente; mas, quando nossa espiritualidade se resume a isto, não passa de máscara piedosa, disfarçando vida ímpia.

Por quê ouvir, aprender, meditar, quiçá ter que abandonar alguns hábitos maus, quando se pode vestir a capa de mestre e sair ensinando? É muito mais fácil. Estevão que se dane!! Quem ele pensa que é?

Esses “gritos” forjam ao ato seguinte: “... taparam seus ouvidos...” É possível alguém ouvir um ensino que propõe mudanças, como A Palavra de Deus, e não aceitar; entretanto, sequer aceitavam ouvir até o fim. Como se dissessem; já sabemos as baboseiras que vais dizer; não precisamos, não estamos interessados.

Salomão disse: “As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos. Melhor é a sabedoria que as armas de guerra...” Ecl 9;17 e 18

Qualquer um, independente do potencial intelectual, que abdica das inclinações próprias pela Palavra de Deus, se faz sábio; se, não pelo saber, mas pela escolha; sua sabedoria não consiste que criar conceitos novos, percepções filosóficas; antes, carrear o saber da mais rica das Fontes; “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo Único Pastor.” Ecl 12;11

Para receber dádivas do Único Pastor, carecemos ouvidos dóceis, não gritar quando Ele Fala.

“... arremeteram unânimes contra ele.”

Impressionante a facilidade que o mal tem para forjar “unanimidade”; basta um ódio comum, como a Cristo, e mesmo rivais religiosos, Saduceus, Fariseus e Herodianos superaram suas divergências; estavam unidos.

Hoje, o famigerado ecumenismo, sonho de consumo do Papa Francisco, considera iguais todos os credos, por estapafúrdios e contraditórios que sejam. “Cada um crê em Deus à sua maneira; todos estão certos, todos serão salvos, frattelli tutti”.

Ai do “Estevão” que insistir com certo “Radicalismo” aquele do “...ninguém vem ao Pai senão, por Mim.”

O mundão atua no modo gritar, tapar os ouvidos; breve a violência contra os “Estevãos” será perpetrada.

Se, no âmbito natural, o sonho de consumo da humanidade seria uma vacina barata e eficaz contra o famigerado vírus, no espiritual as pessoas apegadas a si mesmas e suas más inclinações tendem a se “Vacinar” contra a Doutrina que facultaria a vida.

Mais facilmente se amoldam elementos estranhos, “Os dedos da estátua humana em parte de ferro, outra de barro...” que ousam mudar e buscar regeneração para a vida eterna, mediante Cristo, reconciliando-se com Deus.

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a Palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Enfim, se no aspecto operacional as pessoas fazem barulho para não ouvir, pois, não desejam, no prisma essencial estão dormindo o sono da morte. Traindo a si mesmas no cômodo leito dos pecados.

Paulo tentou atrapalhar o sono de alguns assim; “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Sendo a surdez espiritual voluntária, não existe LIBRAS para tais surdos. São os olhos da vontade que leem sinais, ou abafam; “Quem tem ouvidos ouça o que O Espírito diz...”

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Corações Valentes


“Esforçai-vos e Ele fortalecerá vossos corações, vós todos que esperais no Senhor.” Sal 31;24

Esforçar-se supõe usar persistentemente das forças que se tem; feito isso, O Senhor acrescentaria; “Ele fortalecerá vossos corações.”

Por quê O Senhor acrescentaria forças ao inerte? Não faria sentido dar mais forças ao que, não usa as que tem.

Como nos talentos; “Porque a qualquer que tiver será dado, terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.” Mat 25;29 Ao esforçado Deus acrescenta, ao negligente diminui.

A força consolida-se em seu oportuno exercício, senão, mesmo existindo padece ausência de significado; “O homem sábio é forte; o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5

Um aspecto a lembrar é que não se trata de força física, como se, o braço humano fosse elemento de edificação nas coisas concernentes ao Senhor. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1 “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Não sem motivo, pois, aos que se esforçam está prometido que “Deus fortalecerá vossos corações” não, vossos braços.

Embora, coração não seja estritamente o órgão, mas, figura de linguagem para definir o âmago da personalidade de alguém, incluindo saber, desejos, pensamentos, vontades, é nessa “academia” que são exercitados os que O Senhor Chama a Si.

O esforço de coração tem mais a ver com perseverança, persistência; embora, também demande a diligência em atuar pela Glória de Deus, segundo os dons da Sua Graça, recebidos.

Uma vez que A Palavra da Vida é atacada todos os dias, negada, pervertida, ridicularizada, os que envergam a Santa armadura precisam fazer esforço se opondo a tudo que se levanta contra a Luz Divina; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Isso requer inicialmente um esforço próprio de obediência; “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” V 6

Coração fortalecido não é vital apenas para nosso embate ministerial pelo Reino de Deus; também, para nossa perseverança nos combates pessoais, que todo o salvo enfrenta.

Eventualmente podemos mostrar grande ousadia espiritual em momentos de euforia, depois cair em estados de desânimo, como aconteceu com alguns; “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições... Não rejeiteis vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um pouquinho de tempo, O que há de vir virá, não tardará.” Heb 10;32 e 35 a 37

Em nossas angústias também carecemos o concurso da robustez de um coração ousado no Senhor, determinado a sofrer, se necessário, sem desanimar nem condescender com coisas que afrontam Ao Santo; “Se te mostrares fraco no dia da angústia, a tua força será pequena.” Prov 24;10

A ideia é que em nossos dias de angústia somos observados, pois, invés de apenas reagirmos, “nos mostramos”; É vero; somos observados por anjos, fiéis e caídos; nossa atuação “tem torcida”; atuamos, “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus” Ef 3;10

Todos os heróis da fé, de certa forma nos “observam” dados os gritos históricos dos seus testemunhos de confiança e ousadia; pois, depois de alistar os feitos de muitos deles, o autor da Epístola aos Hebreus figura a coisa como se atuássemos num estádio, com eles na torcida, nos observando; “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta;” Heb 12;1

Malgrado, conte muito a presença e incentivo da torcida, se pode jogar sem ela, como fazem agora, durante a pandemia; 

o que não poderíamos seria correr sem meta, sem alvo; logo, devemos nos esforçar, “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” V 2

Foi num contexto de lutar pela vida contra a lógica e possibilidades que O Senhor chamou Gideão de “Varão valoroso.”

Os momentos duros, opressivos, insalubres têm isso em seu bojo; mesmo levando de roldão aos covardes, permitem a evidência de quem têm a ousadia certa. “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará nossos inimigos.” Sal 60;12

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Pensamos Mal


“... Trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às Minhas Palavras, rejeitam a minha lei.” Jr 6;19

O Juízo; o motivo; a pena. O julgamento: “Trarei mal sobre esse povo; o motivo: “Rejeitam Minha Lei”; a pena: “O próprio fruto dos seus pensamentos.”

Se Deus nos der algo segundo nossos pensamentos, vontades, isso será um julgamento? 

Quando se rejeita à Lei de Deus e coloca as próprias inclinações no lugar, além da postura arrogante e blasfema de o vaso se supor maior que o oleiro, nossos motivos geralmente são febris, doentios.

Deus fez chover “pão do Céu” para alimentar uma nação inteira no deserto; comemoraram, em princípio; mas, passado um tempo, reputaram como “pão vil” e desejaram carne.

O Criador provê o saudável, necessário, vital; os ímpios desejam o prazeroso. Por suas noções imediatistas supõem que a vida seja um convite para festa, não, lugar estreito, hostil, onde Deus fará triagem para a verdadeira vida.

Ele deu a carne que pediram e se empanturrarem, foi juízo, não, bênção. O fato de recebermos algo que desejamos muito não significa, necessariamente, que Deus nos abençoa; pode estar julgando-nos segundo nossos próprios pensamentos.

Aquele povo errava no deserto por isso; poderiam, havia muito, estar na terra prometida; mas indo doze deles espiar a terra, invés de realçarem quão rica era, viram os gigantes Amorreus e pensaram que eram imbatíveis; mesmo, O Todo Poderoso tendo os livrado recentemente do Poderio de Faraó; dois perseveraram em crer, Josué e Calebe, mas foram votos vencidos. 

Como pensaram que a empresa era impossível, Deus os julgou conforme seus pensamentos. Impossível. Deserto em círculos, Maná; “Plano B”.

Nos dias de Samuel desejaram um rei como as nações vizinhas; Samuel se irou com aquilo, mas Deus lhe disse: “... Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te rejeitaram, antes a Mim têm rejeitado, para Eu não reinar sobre eles.” I Sam 8;7

Notemos que, nossos pensamentos afloram quando rejeitamos os Divinos; O Eterno concedeu um rei belo, de grande estatura; o povo se alegrou com seu rei. Todavia, quem conhece as Escrituras sabe bem dos estragos que vieram à nação durante o reinado do bonitão desobediente, Saul.

Reitero; recebermos algo que muito pedimos, desejamos, nem sempre é sinônimo de sermos abençoados; Deus mesmo explicita isso em dias posteriores; “Dei-te um rei na minha ira, tirei-o no meu furor.” Os 13;11

Nessa ímpia levada chegamos aos nossos dias, onde a Lei de Deus é mais que rejeitada, é combatida. Ímpios pensamentos, desejos de um mundo mentiroso se sobrepõem. Manter-se fiel é ser fundamentalista, radical, fanático, etc.

Outra vez O Santo julgará aos rebeldes segundo seus pensamentos; verdade que clama a dois milênios propondo vida, não serve; Jesus “O Pão dos Céus” é reputado de novo, “alimento vil”;

assoma em horizonte próximo o que encherá as medidas dos humanos desejos. “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça aos que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;” II Tess 2;9 a 11

A sentença aquela se repete; “Eis que trarei mal sobre esse povo; o próprio fruto dos seus pensamentos, porque não estão atentos às Minhas Palavras, rejeitam Minha Lei.”

Grosso modo as pessoas se iram contra a mentira; STF é mentira, Imprensa majoritariamente mentirosa, OMS é mentira; máscaras, vacina; tudo tem sabor de mentira não de cuidados com a saúde pública. Mas, isso é só uma amostra grátis. Breve a verdade será crime sob o cetro de Satã; como escaparmos então?

Simples; invés de rejeitarmos à Lei de Deus por nossas ímpias concepções, paremos de “ser deuses”; tenhamos ao Deus Único, Ele basta.

Então, “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, os meus caminhos mais altos que os vossos, e Meus Pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;7 a 9

Requer renúncia, cruz; Paulo chama de “sacrifício vivo”; feito isso conheceremos que Deus sabe o que é melhor pra nós. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

domingo, 3 de janeiro de 2021

O Sequestro do 'eu'


“Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;16 e 17

Parece que Paulo estaria querendo fugir das responsabilidades pelos atos pecaminosos; “Não sou eu que faço isso”.

Mas, a intenção não é fuga; é uma confissão de impotência. Quando diz; “Se faço o que não quero...” o “se” liga-se ao não querer, uma capitulação da vontade, não ao fazer, pois ele sabe que faz.

Situa seu verdadeiro eu, como alguém que temeria a Deus; “Acho então esta lei em mim; quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” V 21 A vontade original seria sadia, porém sequestrada pela imposição do mal.

Não que esse em si seja mais forte que o bem; ao lhe obedecermos fazemos ele mais forte dentro de nós; “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Obediência não era possível antes de Cristo, nesse âmbito o suspiro do refém pelo libertador; “Miserável homem sou! quem me livrará do corpo desta morte?” v 24 adiante a resposta; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor...” v 25

A liberdade já não é tão livre, estilo, “sereis como Deus;” tem Um Senhor. Assim, somos libertos do domínio do inimigo e voltamos a submissão Ao Eterno, agora possível pela Sua Graça; “A todos que O receberam deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus...” Jo 1;12

O homem original era Imagem e Semelhança de Deus, o regenerado pouco a pouco se torna novamente como era, ao menos esse é o fim; crescer em aprendizado e santificação; (à Estatura de Cristo) de modo inverso, os escravos do pecado são imagem do inimigo.

Mesmo que algum lampejo residual pelo pelo justo cruze os “céus” das suas almas, seus atos serão segundo as naturezas rasas e pecaminosas.

Embora essa conclusão pareça radical, ofensiva até, basta nivelar as coisas às inclinações humanas, para estar agindo segundo Satanás.
Ele gerou esse “segundo eu” o ego perverso, que decide por si mesmo independente do Criador.

Quando Pedro chegou ao Mestre cheio de boas intenções divorciadas do Querer Divino o Senhor “radicalizou”: “... Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.” Mat 16;23 Os “direitos autorais” das inclinações humanas perversas foram dados a Satanás.

Dessa estirpe os falsos profetas. O falso é mentiroso; e O Senhor chamou aos mentirosos de filhos do Diabo, alinhados à vontade dele; “Vós tendes por pai ao diabo, quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele... é mentiroso, pai da mentira.” Jo 8;44

Não importa se, o teor de uma profecia é agradável; as falsas são; o que conta é se ela é verdadeira; “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Desfilam garbosos esses falsários bem intencionados; “Tome posse da chave da vitória; Deus está curando alguém agooora! Eis que Deus abriu uma porta... O Senhor proverá dinheiro milagrosamente...” etc. A torto e a direito, para quem pegar primeiro, basta escrever amém, recebo.

Ora, se “Deus não é Deus de mortos”, e quem está em Cristo nova criatura é; esse “novo” ainda pelejando do jeito velho forja razões para duvidarmos da conversão; o jeito novo prioriza as coisas do alto; “Buscai primeiro O Reino de Deus e Sua Justiça...”

Mesmo sendo lícito pedirmos algo a Ele em oração sempre será necessária a ressalva aquela; “Todavia seja feito segundo Tua Vontade, não a minha”.

Não significa que o bobo alegre que “facilita” ao que é difícil seja um filho do capeta em essência; mas, pontualmente age como um; sua reação ante eventual correção como essa indicará sua filiação, pois. “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não filhos.” Heb 12;7 e 8

O ‘eu’ cativo do engano perde-se e perde a noção de proporções. Sua pequenez faz ver grandes, as coisas perecíveis, efêmeras; Deus as nega, pois, provê outra que vale mais que o mundo inteiro perdido, salvação.

“Procuras tu grandezas para ti? Não procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o Senhor; porém darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores.” Jr 45;5