domingo, 3 de março de 2019

A Dor do Próximo

“Os insensatos zombam do pecado, mas entre os retos há benevolência.” Prov 14;9

Sendo o pecado um feitor letal como é (o salário do pecado é a morte) por que as pessoas zombam dele, invés de temer seus caminhos? Bem, para ser preciso, quem zomba são os insensatos, segundo o texto.

Mesmo esses não zombariam da morte face a face, se, vissem-na; porém, como a longanimidade Divina lhes dá certo tempo antes do juízo usam contra si essa dádiva, invés de o fazerem para reencontrar o rumo para Deus. A morte camuflada de festa nas bebedeiras e orgias do carnaval tem um apelo infinitamente maior que, ambientes onde os Caminhos Divinos são ensinados.

Salomão sentenciou: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Esse tempo que lhes parece sobejo e feito para que “curtam a vida” como dizem, não raro, é tolhido pelas consequências dos maus caminhos escolhidos; sem essa de fatalismo grego. As pessoas não morrem novas por que “chegou sua hora”, “estava escrito” ou, coisa assim. A imensa maioria das mortes é consequência de escolhas humanas, não da Vontade Divina.

Interferindo Deus retardaria a nossa morte, sobretudo, daqueles que ainda não se reconciliaram com Ele, invés de apressá-la.

Pois, o curso normal de uma vida terrena, normalmente, é o intento do Santo a cada um, para que nesse período, invés de “curtirmos” a morte, finalmente reencontremos Nele, a vida.

“De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Atos 17;26 e 27

Não sem motivo se lhes adjetiva de insensatos, pois; estando a morte mascarada, camuflada com vestes de alegria e prazer todos bailam despudoradamente com ela. Porém, se ela resolve fazer seu strip tease, desfilar nua, aí, até os loucos se revestem de uma “humanidade” hipócrita, cínica, eventual, como se, a morte literal canonizasse aos ímpios, ou, por falar mais baixo por um momento, até os insensatos se fizessem sábios.

Morreu o jornalista ateu num acidente; presto se apressaram a evidenciar seus méritos; alguns diziam que fez obras melhores que muitos crentes; não sei. Sei que há muitos vídeos onde blasfemava de Deus com palavras chulas. Quando alguém morre não fica santo; finda seu tempo para reencontrar-se com Deus, apenas.

Agora morreu um menino de sete anos que era neto da finada esposa do Lula. Uns, sem noção, humanidade, paspalhos ao extremo comemoraram isso como se fosse uma vitória política; para vergonha alheia das pessoas decentes que, não gostam dos feitos do preso famoso.

Outros se apressaram a postar mensagens de identificação com a “dor do próximo” como se, o famigerado corrupto de repente tivesse algum mérito porque teve uma perda assim na família. Ora, todos têm mais dia menos dia e isso não muda quem somos.

Infelizmente, invés de aprender algo com essas dolorosas visitas da morte, o tal faz sempre seus comícios e juras de inocência como se, a presença da dor, da morte fosse uma testemunha ao seu favor, não é.

Então, embora respeite a dor, sobretudo, dos pais enlutados, invés de uma cretina e oportuna solidariedade “para inglês ver” em horas assim, procuro ensinar o Caminho da Vida “full time” para que, quando a morte visitar alguém, tal esteja devidamente preparado para esse encontro.

Frasesinhas oportunas tipo: “Se a dor do próximo não te incomoda quem precisa de ajuda é você” qualquer um partilha como, também, escreve “meus pêsames” ou, “Parabéns,” conforme ordens do sistema que lhe domina. Isso não significa nada.

Num dia faz seu “mise en scène” humanista, solidário; e no dia seguinte sai de braços com o algoz da morte, o pecado; “Alá laóh oh oooh”... Insensatos e mortos, mas presumindo-se mais vivos que quem fica próximo de Deus.

Muitos levam seus rebentos ao carnaval infantil para, desde já ir inserindo-os no delicioso mundo da morte. A Bíblia preceitua que se ensine o caminho do dever, mas, esses o fazem no do prazer que disfarça o pecado; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6

Mais que a dor eventual do semelhante, me incomoda que ele passe alheio a Deus seu tempo de vida, ignorando os apelos da Sabedoria para Salvação; pois, no final sua dor será eterna, não eventual. E se essa dor não incomoda você, infelizmente estás muito mais morto do que pensas.

sábado, 2 de março de 2019

O "Endereço" da Vitória

“Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são vossa glória.” Ef 3;13

Para os filósofos, sempre foi uma ocupação cara a tentativa de distinção, entre aparências, “Fenômeno” e essência, ou, “Númeno”.

Aparências falam aos sentidos naturais; essência, a “coisa-em-si” demanda um discernimento mais apurado.

Esse não deriva do domínio racional como pretendiam alguns; Paulo encontrou a “Fonte”. “Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda, profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão, o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão, o Espírito de Deus.” I Cor 2;10 e 11

Logo, “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parece loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo e de ninguém é discernido.” Vs 14 e 15

Acima temos Paulo exortando aos cristãos de Éfeso para que não desanimassem pelas suas tribulações em favor deles, pois, era a glória deles. Embora a aparente derrota nos sofrimentos do apóstolo, no fundo era uma vitória que se dava.

Afinal, se, “Deus não é Deus de mortos” também não O É de derrotados. Apocalipse traz uma série de versos nas cartas destinadas às igrejas sempre com promessas alentadoras “ao que vencer”; nenhuma “repescagem” aos derrotados dum “limbo”, “purgatório”, ou, algo que o valha.

Entretanto, o quê se conceitua “vencer” nos domínios do espírito carece uma apreciação também.

Cheia está a “nuvem” bem como, muitos púlpitos de expressões como: “Tome posse da vitória”; “Chave da vitória”; “mais que vencedor” etc. Porém, aprofundando-se um pouco no que consideram vencer, não raro, deparamos com uma compreensão rasa, quando não, total ignorância.

Acham que é no pódio a vitória; não, na competição. Para tais, José venceu quando foi feito o segundo de Faraó. Não. Venceu quando foi filho obediente recusando imitar aos maus exemplos dos irmãos; quando recusou o assédio da mulher de Potifar; quando, mesmo injustiçado e preso não desfaleceu na fé. Ao ser convocado pra interpretar o sonho do soberano chegou o tempo de Deus coroar sua longa vitória; era seu pódio.

Não vencemos espiritualmente em momentos de exaltação, antes, nos de dor, perseguição, provação. “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4 Mas, contra o quê a fé luta? Flechas incendiárias do Diabo lançadas pelos servos seus. “Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.” Ef 6;16

Quantas vezes pessoas que, sequer nos conhecem, nos ofendem, chamam de hipócritas, apenas porque o senhor deles vislumbra de longe, traços de Cristo em nós?

São nuances da nossa vitória, embora ao vulgo possa parecer diferente. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai, alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Figurando a necessária Luz que devem exibir os Seus, Cristo disse: “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14

No incidente onde O Salvador libertou ao gadareno o moradores pediram que Ele fosse embora; o que fora liberto queria estar com Ele. Assim É a Presença do Senhor. Nunca algo tênue, fugaz, indiferente. Gera reações de amor, ou, ódio.

O mesmo se dá conosco quando O representamos dignamente; sendo verdadeiros no falar e agir. As pessoas nos querem ver e ouvir mais, ou, nos calar com as flechas de fogo, aquelas.

Uma coisa que ignoram é que a Justiça de Cristo, a nós imputada dá uma paz interior que excede aos seus acessos de fúria, pois, “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Se, nossa vida regenerada já não pode ficar oculta, infelizmente esse lapso de regeneração neles também fica patente; “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57;20 e 21

Então, adotemos para nós o conselho de Paulo e não desfaleçamos por tribulações assim, pois, são indícios de vitória. 


Se, Cristo está em nós a oposição vai ver; vendo atacará; é a hora do escudo da fé. “Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos;” I Ped 2;15







segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

O Medo da Luz

“Porque seus olhos (de Deus) estão sobre os caminhos de cada um, e Ele vê todos seus passos. Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;21 e 22

Os saberes do entendimento, nem sempre ecoam na vontade. Ou, não necessariamente a luz basta para pautar nosso agir. Podemos conhecer bastante sobre determinado assunto e ainda assim, atuar nas trevas. Cantar loas à Onisciência Divina e ao mesmo tempo, agir como se pudéssemos ocultar algo do Santo.

O Salvador denunciou a atuação nas trevas como uma opção por falta de vontade, de amor pela Luz. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

O salmista foi cabal: “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se, subir ao céu, lá Tu estás; se, fizer no inferno minha cama, eis que tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali Tua mão me guiará e Tua destra me susterá. Se, disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas, a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para ti, a mesma coisa;” Sal 139;7 a 12

Não que O Altíssimo esteja necessariamente nesses lugares todos; mas, estando no espírito do homem, onde esse for Ele também irá, pois, “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

O resumo da ópera é que: “... a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;12 e 13

Até o mais obstinado pecador tem lampejos de Luz Divina na consciência que o incomodam durante seus maus atos; de tanto abafar essa voz, por fim, cauteriza. Denunciando à apostasia, então, por vir, Paulo disse a Timóteo que a mesma viria “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada sua própria consciência;” I Tim 4;2 A consciência cauterizada não é “privilégio” de quem descrê; ministros do engano padecem disso também, malgrado, digam crer.

A Palavra denuncia, “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” II Cor 4;4 Essa cegueira tem a cumplicidade humana. A resiliência duma vontade rebelde que, por comodismo, prazeres, orgulho, ou tudo isso no pacote, prefere fingir não ver o que está patente, cegado pela própria hipocrisia.

O Salvador chamou aos Seus de Luz do Mundo; ser luz nos domínios espirituais não é um dom ministerial, antes, necessidade funcional; para a purificação carecemos andar segundo vemos, em Cristo; “Se, andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O efeito colateral disso testemunha aos que nos observam; “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;15 e 16

Embora, salvação derive da fé, não, das obras, a fé saudável necessariamente nos instigará a agirmos conforme cremos; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Fé e obras são duas testemunhas necessárias para que seja firme nossa conversão; inúteis, tanto o “ateu que faz o bem” quanto, o “crente” omisso, egoísta que ignora as carências alheias. Ouçamos o rabino Israel de Salant, “As necessidades materiais do teu próximo são tuas necessidades espirituais.”

Em suma, os que dizem que a fé é cega apenas furam os próprios olhos pelo medo do que veem. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam; a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Divina Reciclagem

“... A pedra, que os edificadores rejeitaram foi posta por cabeça de esquina; isto foi feito pelo Senhor e é coisa maravilhosa aos nossos olhos?” Mc 12;10 e 11

O contexto deixa claro que, O Senhor falava de si mesmo como Pedra Rejeitada pelos edificadores de então, os líderes religiosos.

Se, a aprovação humana para muitos serve de aferidora sobre o valor de algo, no prisma espiritual geralmente se dá o contrário; os probos são rejeitados, e aplaudidos os abomináveis. “... Vós sois os que justificais vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Natural que seja mesmo assim, dado que, “O mundo Jaz no maligno”; esse se opõe a tudo de origem Divina. Então, como vimos, Deus estabelece aquele que Lhe agrada, a despeito da visão humana.

Perante Ele, uma índole dócil, submissa vale muito mais que os hábeis feitos dum “talentoso” erudito que pretende autonomia, independência. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

É esse temor que levará alguém a ouvir Deus, desconfiando de si mesmo e reconhecendo-se indigno, injusto. “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

Aquele que reconhece as próprias injustiças e aceita o Substituto provido por Deus deixa os descaminhos tortuosos pelas veredas da retidão. Achado nelas é enriquecido com dons espirituais; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

O Criador pode se dar ao luxo de reciclar rejeitos sociais; pegar “pedras” abandonadas e delas fazer templos. “Porque, vede irmãos, vossa vocação, que não são muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas, Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;26 a 29

Não importa se as “pedras” são pequenas, angulosas, frágeis, rejeitadas; Cristo as faz vivas e depois transforma para que sejam como as quer. “Chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; quem nela crer não será confundido. Assim para vós, os que credes é preciosa, mas, para os rebeldes, A Pedra que os edificadores reprovaram, foi a Principal da esquina, uma pedra de tropeço, rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes...” I Ped 2;4 a 8

Notemos que, os escandalizados “tropeçam na Palavra”; então, mataram à Palavra Viva na cruz; nos dias atuais matam outra vez pervertendo, alterando, reinterpretando, flexibilizando, quando não, rejeitando frontalmente à Palavra de Deus.

Por lógica, coerente, inclusiva, politicamente correta que pareça essa rejeição, ela não passa da mão de Satanás dourando a pílula da obstinação para que seus manipulados não percebam a trilha mortal que seguem.

A representação de um ícone de Satanás no Apocalipse diz que “tinha chifres como cordeiro, mas, falava como dragão”. Ora, se, à vista o tal soa convincente, como O Cordeiro, apenas falando deixa sua essência vazar, como o identificarão aqueles que por avessos à Palavra de Deus não a sabem discernir dos logros da oposição? A geração vídeo, selfie, meme; desgraçadamente analfabeta bíblica cairá na arapuca com lampejos de felicidade invés de ver que trilha para perdição.

Cristo, A Palavra Viva ainda é O Mesmo; rejeitar Sua Palavra dá no mesmo. A Pedra que os edificadores modernos rejeitam ainda é a Pedra Angular no edifício da salvação; Daniel viu-a cortada de um Monte e dando sobre os pés de ferro e barro (mescla humana e tecnológica) da estátua dos reinos terrenos para estabelecimento, enfim, do Governo do Eterno.

Nessa geração doentia, onde só é permitido aplaudir, elogiar às coisas mais bizarras, até o ensino altruísta soa-lhes a intromissão, a impiedade galopa na velocidade tal, que, a rejeição pelo mundo é como “Selo do INMETRO” espiritual. 

Quem quer aplausos, o dragão e o mundo têm em profusão. Agora, se o anseio for por vida, apenas sob “A Pedra Viva” Cristo.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

A Escada da Paz

"Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas.” Luc 19;38

O Senhor em breve seria morto; o povo O recebia com entusiasmo não sabendo o que aconteceria. Entre as muitas coisas que bradavam, Lucas registra que eles disseram: “... Paz no Céu...”

Se, volvermos o início, Seu nascimento, os louvores cantados pelos anjos trazem um conteúdo também interessante: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Luc 2;14

Em ambos temos a devida “Glória nas alturas;”
Porém, o cantado por anjos no nascimento dizia: “Paz na Terra”; o pelos homens aproximando-se Sua morte, “Paz no Céu”.

O Senhor é apresentado como Único Mediador entre Deus e o homem; sua mensagem é, antes de tudo, de reconciliação; “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;9 e 20

Paz é via de mão dupla; ambos os lados precisam desfazer a inimizade se, a desejam estabelecer. Mediante Isaías O Senhor ensinara: “O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17

Na verdade a guerra do homem com O Criador é só uma força de expressão para figurar a rebelião. Guerra, propriamente seria impossível como o mesmo Senhor deixou explícito. “... Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Ou que se apodere da minha força, faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5

Se, a paz é derivada da justiça, e “... nós somos como o imundo, todas nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

A paz com Deus nos era absolutamente impossível baseada em nossos “méritos”, pois “... convinha-nos tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus;” Heb 7;26

Quando João Batista resistia à ideia de batizá-lo O Salvador disse que convinha cumprir “toda justiça”. Estava ali se identificando com nossas injustiças para que suprisse a nosso favor aquilo que nos era impossível. A justiça que traria de novo a paz. “Nos seus dias Judá será salvo, Israel habitará seguro; este será Seu Nome, com o qual Deus o chamará: O Senhor Justiça Nossa.” Jr 23;6

Sendo, nossas justiças como trapos imundos, Deus nos enviou um Sumo Sacerdote Santo, separado dos pecadores e “mais Sublime que os Céus”; nesses termos, pela intercessão feita com Seu Próprio Sangue a paz com Deus é restabelecida para aqueles que se lhe submetem.

Foi inspiração Divina que o povo tenha cantado “Paz no Céu” quando se aproximava a morte do Salvador.

Quando disse que a paz que deixava não era como a do mundo referia-se à paz com Deus, que, não raro nos coloca em conflito com homens.

A paz não é um valor absoluto pelo qual devamos sacrificar outros; antes, se fere a justiça, muitas vezes, sua obtenção se faz impossível. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens... Sigamos as coisas que servem para paz e edificação de uns para com os outros.” Rom 12;18 e 14;19

Jacó sonhou com uma escada que ligava Terra e Céu pela qual anjos subiam e desciam; isso era o vaticínio da reconciliação em Cristo; Ele mesmo disse algo assim no início do Seu Ministério: “Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.” Jo 1;51

A causa da inimizade é o nosso pecado; “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem o Seu Rosto de vós, para que não vos ouça. Porque vossas mãos estão contaminadas de sangue, e vossos dedos de iniquidade; os vossos lábios falam falsidade, vossa língua pronuncia perversidade.” Is 59;2 e 3

Assim, o que nos faz retornar à casa paterna são os méritos benditos do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Podemos chegar “ousadamente ao Trono da Graça” e seremos aceitos em “Nome de Jesus”; isso é bem mais que o ordenamento de onze letras; requer o bom ordenamento de nossas vidas com Aquele que “ama a justiça e aborrece a iniquidade”. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Servos da Ignorância

“Muitíssima gente estendia suas vestes pelo caminho; outros cortavam ramos de árvores, e espalhavam pelo caminho. A multidão que ia adiante, e a que seguia, clamavam dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” Mat 20;8 e 9

O Salvador jamais buscou popularidade, sucesso terreno entre os homens, mas houve momentos como o relatado acima, em que foi ovacionado; recebido com festa. A dita Entrada Triunfal.

No entanto, a massiva aprovação que O saudava derivava da ignorância, não de uma compreensão clara da Pessoa, nem da missão do Salvador.

A excitação popular vinha da errônea expectativa que, O Senhor estabeleceria Seu Reino, então, livrando-os do jugo romano. Nessa enganosa esperança fizeram a coisa certa; Receberam-no como Rei, embora, não entendendo a natureza do Seu Reino, tampouco, as circunstâncias.

Engana-se quem pensa que a fé saudável seja como pipoca; que, a um breve calor espoca e saltita crescendo em estatura e leveza; muda sua cor opaca por uma nova alvura. Tendemos a “canonizar” nossos desejos quando devaneamos que cumpri-los para nós seria o alvo Divino. Nesse caso nós seríamos deuses e, O Eterno não passaria de nosso servo. O rabo abanaria o cachorro.

Crer em Deus não é mero acreditar na Sua Existência e tê-la como patrocinadora das minhas ambições naturais pecaminosas.

Antes, requer que eu abdique meus caminhos tortuosos, meus pensamentos viciosos e me submeta ao Santo que primeiro de tudo deseja mudar minhas mesquinharias rasteiras por valores melhores.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio seu caminho; o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são os meus caminhos mais altos que os vossos; e meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;6 a 9

Conversão demanda que troque meus pensamentos pelos Divinos, “a Mente de Cristo;” minhas antigas aspirações não terão importância, uma vez que fui inserido numa dimensão superior que busca por coisas melhores, como exortou Paulo: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos; vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Veraz mudança de pensamento fatalmente ensejará mudança de atitudes; “... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

E, o câmbio de ações mudará o ser; a regeneração à Imagem e Semelhança do Santo; fim da Obra do Salvador. “... daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;16 e 17

Então, o Ministro idôneo de Cristo, antes de tudo é um ensinador de justiça; labora pela conversão dos perdidos e edificação dos salvos, não, para legar “facilidades” em “Nome de Jesus” a gente de entusiasmo carnal que vibra na ignorância de Cristo e de si mesma, não discernindo entre trevas e luz.

Nosso labor, dos ensinadores da Palavra é para o “... aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes...” Ef 4;12 a 14

Infelizmente, na maioria dos lábios O Nome do Todo Poderoso é um conceito oco; uma ideia piedosa para compartir em redes sociais, tipo: “Quem tem Deus tem tudo, alcança tudo, conquista tudo.”

Primeiro, O Santo não é nossa propriedade, algo que possamos ter; É Nosso Senhor ao Qual nos cumpre servir. Isso, nos Seus Termos, segundo Sua Palavra. E, quem O serve deveras, nem precisa tocar trombetas sobre isso; as pessoas que o (a) conhecem presto identificarão, pois, “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14

Os demais, apenas tomam O Santo Nome em vão, excitados pela própria ignorância. Muitos dos que aclamaram ao Rei dos Reis na Entrada Triunfal, depois se juntaram a outra multidão que gritava: Crucifica-o! Pois suas doentias expectativas foram frustradas.

Deixemos vãs esperanças na cruz para que, na consumação do Reino, dele façamos parte.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Existe blasfêmia boa?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Cr 18;29

Por que alguém entraria num combate disfarçado? A batalha não é lugar para identificação de quem morre; mata-se o que vier pela frente pela própria natureza da coisa. No entanto, Acabe instou que Jeosafá pelejasse em trajes reais enquanto ele, o faria como um reles soldado, mesmo sendo também, rei.

Havia uma mensagem entregue pelo profeta Micaías, de que o rei de Israel seria morto no combate. Na sua obstinação cega pensou que, talvez Deus permitisse a troca da vítima; do rei de Israel pelo de Judá.

Ele desprezava Micaías; o trancafiou a pão e água prometendo voltar vitorioso. Ademais, havia centenas de falsos profetas que apontavam nessa direção.

Se, desprezava ao mensageiro Divino a ponto de prendê-lo e, confiava nos seus mercenários por que, na hora do vamos ver, não quis ser visto?

No fundo, sabia ser uma fraude o vaticínio dos seus profetas, e real, a voz de Deus nos lábios do profeta. Porém, sendo a verdade contra ele decidiu refugiar-se na mentira. Achou que poderia evadir-se à sina disfarçando-se no campo de batalha. Cria ser possível enganar a Deus.

Como, “um abismo chama outro abismo;” a rebeldia enseja desobediência; essa dá azo à cegueira. As coisas que o homem sabe “no fundo” (no espírito “morto”, impotente) são abafadas pelas paixões superficiais da alma comandante indigna e insensata dos alienados do Eterno.

Essa ambiguidade é a matéria-prima para hipocrisia e insensatez. A virtude clamando na consciência frágil e o vício comandando as atitudes suicidas.

O disfarce de Acabe inda é mui usado em nossos dias, quando, cientes da Divina demanda damos à virtude o assento das palavras, da aparência; ao vício o trono da vontade, das ações.

Não nos enganemos; ninguém passará por inocente se pleitear no juízo que A Palavra de Deus lhe parecia demais inverossímil, estava submersa muito “no fundo;” e, o sujeito achou que “fazendo o bem” à sua maneira estaria agindo certo. O “bom” hipócrita tem capacidade de trair e enganar a si mesmo.

Deus não apenas revela-se na Palavra como o faz de modo eloquente nas Suas Obras. Deu-nos intelectos capazes de ler essas coisas; de modo que, os que as vendo ainda se dizem ateus, são indesculpáveis perante Ele. “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;18 a 20

As “boas obras” de um que não crê nem se submete não passam do “disfarce de Acabe” atualizado, remasterizado e usado por quem morre de medo de morrer; a cruz.

Claro que, como naquele contexto, são imensamente mais os “profetas” do vamo que vamo é isso aí, que algum mensageiro saudável que tenha voltado à arena dos fatos depois de assistir ao “Concilio dos Céus” como fizera Micaías.

A “esperteza” de Acabe, invés de livramento revelou-se apenas uma testemunha a mais contra ele no tocante à sua aversão pela Palavra de Deus. Sua sentença foi cumprida de modo cabal.

Diverso da sabedoria natural que é uma conquista contra a ignorância, a espiritual é um dom de Deus; Ele reserva como incentivo à retidão, ao caráter submisso, à obediência; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Que o mundo “canonize” os ateus bons; perante Deus todo o que descrê se faz blasfemo por, indiretamente chamar ao Santo de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Boas obras do descrente não são más; apenas, espiritualmente mortas como seu agente.

A suma é simples: Deus Todo Poderoso É O Senhor; diz como as coisas devem ser na Sua Palavra; ou, “vós mesmos sabereis bem e mal”. Num caso andamos na Luz, no outro em trevas; pois, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4