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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Existe blasfêmia boa?

“Disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me entrarei na peleja; tu, porém, veste tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entraram na peleja.” II Cr 18;29

Por que alguém entraria num combate disfarçado? A batalha não é lugar para identificação de quem morre; mata-se o que vier pela frente pela própria natureza da coisa. No entanto, Acabe instou que Jeosafá pelejasse em trajes reais enquanto ele, o faria como um reles soldado, mesmo sendo também, rei.

Havia uma mensagem entregue pelo profeta Micaías, de que o rei de Israel seria morto no combate. Na sua obstinação cega pensou que, talvez Deus permitisse a troca da vítima; do rei de Israel pelo de Judá.

Ele desprezava Micaías; o trancafiou a pão e água prometendo voltar vitorioso. Ademais, havia centenas de falsos profetas que apontavam nessa direção.

Se, desprezava ao mensageiro Divino a ponto de prendê-lo e, confiava nos seus mercenários por que, na hora do vamos ver, não quis ser visto?

No fundo, sabia ser uma fraude o vaticínio dos seus profetas, e real, a voz de Deus nos lábios do profeta. Porém, sendo a verdade contra ele decidiu refugiar-se na mentira. Achou que poderia evadir-se à sina disfarçando-se no campo de batalha. Cria ser possível enganar a Deus.

Como, “um abismo chama outro abismo;” a rebeldia enseja desobediência; essa dá azo à cegueira. As coisas que o homem sabe “no fundo” (no espírito “morto”, impotente) são abafadas pelas paixões superficiais da alma comandante indigna e insensata dos alienados do Eterno.

Essa ambiguidade é a matéria-prima para hipocrisia e insensatez. A virtude clamando na consciência frágil e o vício comandando as atitudes suicidas.

O disfarce de Acabe inda é mui usado em nossos dias, quando, cientes da Divina demanda damos à virtude o assento das palavras, da aparência; ao vício o trono da vontade, das ações.

Não nos enganemos; ninguém passará por inocente se pleitear no juízo que A Palavra de Deus lhe parecia demais inverossímil, estava submersa muito “no fundo;” e, o sujeito achou que “fazendo o bem” à sua maneira estaria agindo certo. O “bom” hipócrita tem capacidade de trair e enganar a si mesmo.

Deus não apenas revela-se na Palavra como o faz de modo eloquente nas Suas Obras. Deu-nos intelectos capazes de ler essas coisas; de modo que, os que as vendo ainda se dizem ateus, são indesculpáveis perante Ele. “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;18 a 20

As “boas obras” de um que não crê nem se submete não passam do “disfarce de Acabe” atualizado, remasterizado e usado por quem morre de medo de morrer; a cruz.

Claro que, como naquele contexto, são imensamente mais os “profetas” do vamo que vamo é isso aí, que algum mensageiro saudável que tenha voltado à arena dos fatos depois de assistir ao “Concilio dos Céus” como fizera Micaías.

A “esperteza” de Acabe, invés de livramento revelou-se apenas uma testemunha a mais contra ele no tocante à sua aversão pela Palavra de Deus. Sua sentença foi cumprida de modo cabal.

Diverso da sabedoria natural que é uma conquista contra a ignorância, a espiritual é um dom de Deus; Ele reserva como incentivo à retidão, ao caráter submisso, à obediência; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos.” Prov 2;7 e 8

Que o mundo “canonize” os ateus bons; perante Deus todo o que descrê se faz blasfemo por, indiretamente chamar ao Santo de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Boas obras do descrente não são más; apenas, espiritualmente mortas como seu agente.

A suma é simples: Deus Todo Poderoso É O Senhor; diz como as coisas devem ser na Sua Palavra; ou, “vós mesmos sabereis bem e mal”. Num caso andamos na Luz, no outro em trevas; pois, “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...” II Cor 4;4