Mostrando postagens com marcador Rei dos Reis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Rei dos Reis. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Servos da Ignorância

“Muitíssima gente estendia suas vestes pelo caminho; outros cortavam ramos de árvores, e espalhavam pelo caminho. A multidão que ia adiante, e a que seguia, clamavam dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” Mat 20;8 e 9

O Salvador jamais buscou popularidade, sucesso terreno entre os homens, mas houve momentos como o relatado acima, em que foi ovacionado; recebido com festa. A dita Entrada Triunfal.

No entanto, a massiva aprovação que O saudava derivava da ignorância, não de uma compreensão clara da Pessoa, nem da missão do Salvador.

A excitação popular vinha da errônea expectativa que, O Senhor estabeleceria Seu Reino, então, livrando-os do jugo romano. Nessa enganosa esperança fizeram a coisa certa; Receberam-no como Rei, embora, não entendendo a natureza do Seu Reino, tampouco, as circunstâncias.

Engana-se quem pensa que a fé saudável seja como pipoca; que, a um breve calor espoca e saltita crescendo em estatura e leveza; muda sua cor opaca por uma nova alvura. Tendemos a “canonizar” nossos desejos quando devaneamos que cumpri-los para nós seria o alvo Divino. Nesse caso nós seríamos deuses e, O Eterno não passaria de nosso servo. O rabo abanaria o cachorro.

Crer em Deus não é mero acreditar na Sua Existência e tê-la como patrocinadora das minhas ambições naturais pecaminosas.

Antes, requer que eu abdique meus caminhos tortuosos, meus pensamentos viciosos e me submeta ao Santo que primeiro de tudo deseja mudar minhas mesquinharias rasteiras por valores melhores.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio seu caminho; o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são os meus caminhos mais altos que os vossos; e meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;6 a 9

Conversão demanda que troque meus pensamentos pelos Divinos, “a Mente de Cristo;” minhas antigas aspirações não terão importância, uma vez que fui inserido numa dimensão superior que busca por coisas melhores, como exortou Paulo: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos; vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Veraz mudança de pensamento fatalmente ensejará mudança de atitudes; “... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Rom 6;4

E, o câmbio de ações mudará o ser; a regeneração à Imagem e Semelhança do Santo; fim da Obra do Salvador. “... daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;16 e 17

Então, o Ministro idôneo de Cristo, antes de tudo é um ensinador de justiça; labora pela conversão dos perdidos e edificação dos salvos, não, para legar “facilidades” em “Nome de Jesus” a gente de entusiasmo carnal que vibra na ignorância de Cristo e de si mesma, não discernindo entre trevas e luz.

Nosso labor, dos ensinadores da Palavra é para o “... aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes...” Ef 4;12 a 14

Infelizmente, na maioria dos lábios O Nome do Todo Poderoso é um conceito oco; uma ideia piedosa para compartir em redes sociais, tipo: “Quem tem Deus tem tudo, alcança tudo, conquista tudo.”

Primeiro, O Santo não é nossa propriedade, algo que possamos ter; É Nosso Senhor ao Qual nos cumpre servir. Isso, nos Seus Termos, segundo Sua Palavra. E, quem O serve deveras, nem precisa tocar trombetas sobre isso; as pessoas que o (a) conhecem presto identificarão, pois, “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14

Os demais, apenas tomam O Santo Nome em vão, excitados pela própria ignorância. Muitos dos que aclamaram ao Rei dos Reis na Entrada Triunfal, depois se juntaram a outra multidão que gritava: Crucifica-o! Pois suas doentias expectativas foram frustradas.

Deixemos vãs esperanças na cruz para que, na consumação do Reino, dele façamos parte.

domingo, 7 de setembro de 2014

Excelsa dignidade



“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Apoc 5; 1

Após seu arrebatamento em espírito, João se depara no céu com um segredo “a sete chaves”, natural que desejasse conhecer seu teor. Uma vasta busca foi feita, em demanda de um que fosse digno de abrir tal livro, e nada. 

Mas, o que é dignidade? “s.f. Característica ou particularidade de quem é digno; atributo moral que incita respeito; autoridade. Maneira de se comportar que incita respeito; majestade. Atributo do que é grande; nobre.
Ofício, trabalho ou cargo de alta graduação: dignidade de juiz. Ação de respeitar os próprios valores; amor-próprio ou decência.”
Ensina o dicionário.

“E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler; nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.” V 3 – 5

 Diferente dos governos da terra, onde são “dignos” os que falam melhor, triunfam em debates, manipulam, a autoridade espiritual se firma sobre atos. “…Digno és de tomar o livro e abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;” V 9  ( Não que eu advogue a salvação pelas obras, mas a necessidade das obras da salvação )

Mas, espere aí, um chegado indicar alguém como digno, se verifica muito entre nós também. Certo. Mas, depois desse “chegado” Ele foi aprovado por uma elite; “…quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és…” V 8 e 9

Contudo, a aprovação pelo “partido” também é comum entre nós; essa dignidade ainda pode ser contestada. Bem, o exame moral do postulante foi mais amplo: “…E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder,…” V 11 e 12 

Mas os eleitores de classes menores também se congratulam com seus eleitos e os acham dignos… É, mas, o Rei dos Reis, foi examinado mais profundamente; “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” V 13

Agora sim, contrário ao Usurpador-mor, recebeu aprovação universal, antes de tomar diretrizes universais; de abrir a “escritura” do planeta que Ele redimiu com Seu sangue.

Não nos enganemos, abstraído o açodo das paixões, e, rasgado o véu das ilusões, em pleno domínio do Espírito, mesmo ateus, demônios, hão de reconhecer a dignidade de Nosso Rei. Os demônios já o fazem, aliás; “…Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?” Mc 5; 7

Por enquanto parece chique ser ativista nu, ativista gay, ateu engajado, blasfemar do Santo e atacar aos Seus, cada qual se acha digno, rei de suas idiossincrasias no universo da presunção; mas, como vimos, antes de se dar posse ao Digno Vencedor, foi feito uma busca na terra; candidatem-se, pois, os que se habilitarão para tal momento.

Aliás, Paulo, já lançou o pleito faz tempo; “…Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século?” I Cor 1; 20

O rasgar a máscara presunçosa de seus coevos custou a Jesus Cristo, Sua própria vida; o rasgar as nossas por ocasião de Seu Governo custará a eternidade a muitos, infelizmente; mas, em tempo, Deus fará isso de novo, como vaticinou Isaías: “E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.” Is 25; 7

Fácil é rejeitar ao Salvador; impossível será deter o Rei dos Reis. Enquanto a beleza de Cristo não nos atrair a ponto de nos transformar, seremos indignos de Sua amizade, e infiéis ao seu amor…

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.”  Sócrates