sábado, 7 de abril de 2018

Habeas Animus

Mesmo quem não liga para termos jurídicos, tampouco, se interessa em entendê-los, nos últimos dias ouviu muito sobre “Habeas Corpus”, dada a repercussão que alcançou o pleiteado pelos advogados de Lula.

Habeas corpus significa "que tenhas o teu corpo"; é uma expressão originária do latim. Uma medida jurídica para proteger indivíduos que estão tendo sua liberdade infringida; é um direito constitucional.

Tanto pode ser liberatório, caso o postulante esteja preso, quanto, preventivo. Em razão dos argumentos usados para tal, os juízes avaliam se, o pleito procede ou, não; julgam deferindo, ou, indeferindo-o.

Pois bem, se, no âmbito da liberdade civil “que tenhas o teu corpo” com total liberdade de locomoção é o melhor que se pode, no prisma espiritual carecemos restringir, mortificar as demandas dos corpos, se, queremos nossas almas livres em Cristo.

Paulo ensinou: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

O “sacrifício vivo” das vontades naturais é o nosso “culto racional”; Pois, a razão do Espírito não é dar vazão às nossas vontades, antes, conhecer e praticar à de Deus.

Desse modo, abdicando do “Habeas Corpus” teremos um “Habeas animus” (espírito, alma) em latim. De outro modo; andando segundo o Espírito, não, segundo reclames do corpo, alcançaremos um modo de vida agradável diante de Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito.” Rom 8;1

Nosso passado ruim, de pecados, quando andávamos segundo a carne foi perdoado; mas, isso não deve ser estímulo para seguirmos atuando ainda daquele modo; antes, somos exortados a valorizar a graça que nos livrou, mudando o modo de viver. “... Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Cap 6;2 e 3

Nossa identificação com Cristo demanda o fim do “Habeas corpus”; não que nossos corpos deixem de desejar às mesmas coisas, apenas, que em Cristo somos capacitados a resistir, o que, antes era-nos impossível. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; tampouco, apresenteis vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas, apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e, vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois, não estais debaixo da lei, mas, debaixo da graça. E daí? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas, debaixo da graça? De modo nenhum. Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” VS 12 a 16

A Liberdade de Cristo é podermos escolher a quem obedecer; não se trata de liberdade absoluta, mas, capacitação para atuar segundo Deus, o que antes da conversão não tínhamos; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Se, é a Vontade de Deus que deve pautar nosso agir, foi essa mesma Vontade Graciosa que possibilitou-nos o novo nascimento mediante Cristo.

Sintetizando: Em Cristo fomos libertos da escravidão do pecado para podermos fazer o que devemos, não, o que queremos. Ainda presos em um corpo, vítima da queda e das ímpias inclinações decorrentes, mas, com liberdade condicional, onde, podemos desfrutar vida espiritual mortificando-o.

Antes de Cristo a vontade boa estava presa, subjugada pela habitação do pecado; o “eu”, alma, estranho no próprio corpo, escravizado e preso pelo intruso. “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas, o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, querer está em mim, mas, não consigo realizar o bem.” Rom 7;17 e 18

"De boas intenções o inferno está cheio”; diz o adágio. Pois, escravos do pecado, nossas boas intenções não passam disso; “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus...” Rom 8;7

A mensagem evangélica sadia é, antes de tudo, de reconciliação; “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se, Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

segunda-feira, 2 de abril de 2018

A Deus o que é de Deus

“O efeito da justiça será paz, a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Is 32;17
A paz como um bem não encontrável em si mesmo, antes, subproduto da justiça. Uma vez mais, socorro-me de Spurgeon: “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.”
Inegável que paz é uma coisa boa. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12;18 Há situações em que se torna impossível alcançá-la sem sacrificar a justiça.

Com o amor se dá o mesmo; em se tratando de pessoas se pode e deve amar aos inimigos até; entretanto, no prisma dos valores, às vezes o ódio é mais meritório que ele. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais que aos teus companheiros.” Sal 45;7 Alegria espiritual de Deus com Seu Campeão, entre outras coisas, por ele odiar à iniquidade. Do cidadão dos Céus, aliás, se requer algo parecido, é aquele, “A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas, honra os que temem ao Senhor...” Sal 15;4

Tanto paz quanto amor são coisas ótimas, quando, se encontram em seus devidos assentos. Deparo às vezes com contorcionismos teológicos onde, em nome do amor aos inimigos, devo silenciar ante os vieses políticos promotores da iniquidade, afinal, sou Cidadão dos Céus, devo orar pelos que estão errados, e, não luto “contra carne ou sangue”. É vero, isso é bíblico. Não odeio aqueles dos quais discordo, mas, não raro, odeio o que eles defendem.

O Senhor também lutou contra os mesmos adversários espirituais, ninguém amou como Ele, entretanto, não deixou de dor nomes aos bois em se tratando das víboras, dos hipócritas, mentirosos e assassinos. O “Pai da mentira” e seus filhos.

Dizem que, Socialismo/Comunismo que era um regime ateu, nada ter a ver com esquerdismo, que defende “inclusão social”, socorro aos pobres, etc. Será?

No nosso contexto, a esquerda defende casamento gay, tentou impor o “Kit Gay” nos colégios, descriminação das drogas, aborto, ideologia de gênero, “arte moderna” profana; esses valores combinam com cristianismo ou ateísmo? Mais; esposa como “democráticos” os regimes de Cuba, Venezuela, Bolívia; Lula deixa claro seu sonho de unificar a América Latina, coligar-se com árabes e africanos para arrostar o “Imperialismo americano” e dominar a geopolítica mundial. Se, conseguirem, adeus liberdade de crença.

Outro dia, Evo Morales, pensando ter mais poder que, de fato, tem, tentou tolher o Evangelho por lá; ainda não foi dessa vez; mas, mesmo assim, é possível ser cristão e esquerdista, defendem. Não significa que os que não são esquerdistas agradam a Deus; na verdade a maioria não está nem aí; mas, aqueles trabalham contra; seu alvo é a “desconstrução dos valores judaico-cristãos da sociedade ocidental.” A promoção do “Marxismo Cultural”.

Eu sei, “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Tenho dupla cidadania; como cidadão da Terra, me envolvo sim, com as coisas “de César”; pago altos impostos em troca de serviços pífios; os líderes políticos são meus empregados, não, meus donos. Não faço isso nos púlpitos, não uso espaços espirituais para combates terrenos, mas, não venham torcendo A Palavra para que eu tenha paz com os promotores do ateísmo; se, amar ao próximo é mandamento é o segundo; o primeiro é amar a Deus sobre todas as coisas.

Alguns dentro da Igreja Católica defendem a “Teologia da Libertação” segundo a qual, o Evangelho pleno demanda inclusão social dos excluídos, uma vez que Jesus teria feito “Opção pelos pobres”. Penso ter lido, “Pobres de espírito”, o que, incluiu Zaqueu, José de Arimatéia, Nicodemos, Jairo, Cornélio, gente de posses.

Esses, defendem, encorajam, quando não, participam das “pragas egípcias” do MST quando saem destruído tudo, em nome do seu “Evangelho Pleno”. Sua estrutura religiosa é o “Cavalo de Tróia” do comunismo. Mas, há quem lute contra, como o Padre Paulo Ricardo, e outros.

Para Marx, religião era “o ópio do povo”; como são pela descriminação das drogas, nem se importam em consumir um pouco, desde que em sua “viagem” enxerguem tudo vermelho.

Devemos evitar violência, e, a medida do possível ajudar alguém enganado a ver melhor; mas, nem venham com essa balela de acusar resistência de “discurso do ódio”, como se, para provar amor eu devesse prestar aquiescência ao abominável.

Infelizmente, não odeio à iniquidade tanto assim; às vezes me engana, parece prazerosa; mas, sempre que possível evitar seus prazeres mortais é saudável que se faça; eu e todos que querem herdar a vida eterna.

Não tenho culpa se “César” quer abortar filhos de Deus; só um pusilânime deixaria de lutar em legítima defesa pela vida; foi César que começou.

domingo, 1 de abril de 2018

O Intercessor

Livrará até ao que não é inocente; será libertado pela pureza das tuas mãos.” Jó 22;30

Elifaz conselheiro eventual de Jó, que, por incapaz de entender o que se passava fez uma leitura do ser, a partir do estar; julgou os méritos de Jó pelas circunstâncias. Como eram sobremodo dolorosas concluiu que ele deveria ter pecados graves, dos quais, o acusou. Depois, exortou-o a que se voltasse pro Criador, pois, assim, “Orarás e Ele te ouvirá...” v 27 livrará até ao culpado por causa da pureza das tuas mãos. Disse.

Malgrado os seus achômetros infelizes, nessa parte ele estava certo; isto é; a eficácia de uma intercessão depende da aceitação do intercessor. Tiago reiterou isso com outras palavras: “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Isso se verificou então, pois, quando O Eterno resolveu se manifestar ordenou que os amigos de Jó oferecessem sacrifícios de arrependimento; o desventurado e enfermo Jó oraria por eles, pois, apenas sua intercessão seria aceita. “Tomai sete bezerros e sete carneiros; ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós; meu servo Jó orará por vós; porque a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme vossa loucura; porque não falastes de mim o que era reto como meu servo Jó.” Cap 42;8

Interessante que, diretamente nenhum deles falou contra Deus, antes, contra Jó; no entanto, as afrontas com as quais o afrontaram O senhor tomou sobre si; “... não falastes de mim o que era reto...”

Que humilhação para os presunçosos que, apenas por estar vendo a prova de fora acharam que isso os fazia melhores!! Nunca leiamos a espiritualidade de alguém pelas dores que sofre, não é esse o aferidor. Muitas vezes, quanto mais perto do Senhor alguém está, mais facilmente será alvo dos ataques malignos; isso se deu com O Próprio Senhor encarnado, com Paulo, Estevão, os apóstolos...

Paulo após escapar de um naufrágio na ilha de Malta foi acometido por uma vibra, pensaram os nativos que Deus o odiava e perseguia para matar; nada sofrendo foram para o outro lado supondo-o, um deus. Nem uma coisa nem outra. Sofria consequências adversas da vida como todos, mas, Deus era com ele.

Embora o Evangelho traga o ensino cristalino de que, na conversão passamos da morte para a vida, os pregadores da moda ensinam que na adesão às suas mandingas se passa do desemprego para o labor; da solidão para o casamento, da pobreza para a prosperidade, etc.

Além de passarmos da morte para a vida passamos da situação de inimigos de Deus, para a sina ditosa de filhos adotivos; se, isso não garante que não veremos adversidades, assegura a contínua presença do Santo conosco. “Quando passares pelas águas estarei contigo; quando, pelos rios não te submergirão; quando passares pelo fogo não te queimarás, nem, chama arderá em ti.” Is 43;2

Embora o contexto refira-se à nação de Israel, os que, graças ao Sangue Bendito do Messias de Israel também herdam a nobre posição de servos de Deus, por certo contarão com a mesma proteção fiel; O Santo não muda.

Quando Elifaz mencionou à pureza das mãos do intercessor, por certo usou uma figura de linguagem para ilustrar a retidão do caráter. Pode que, tenha aludido ao hábito de se impor as mãos ao orarmos.

No entanto, nesse caso, tanto a pureza do intercessor pode ser comunicada, quanto, a impureza daquele no qual se impõe as mãos. Paulo ensina: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5;22

Há duas situações distintas: Quando imponho mãos sobre um pecador e oro por ele identifico-me com suas necessidades; porém, se imponho as mãos separando alguém para o ministério, identifico-me com o caráter do separando; caso esteja em situação indigna, minha precipitação me fará partícipe dos pecados dele. Daí, a prudência prescrita: “Não participes dos pecados alheios.”

Mas, “Olhando Deus para a Terra não viu nenhum justo, sequer.” Quem seria intercessor por nós? “Porque nos convinha tal, sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus.” Heb 7;26

Ele, Cristo é o que livra aos culpados por causa da pureza das suas mãos. O Único Intercessor; “Porque há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5 Permitiu que Sua Mãos Santas fossem transpassadas, para que nossas vidas ímpias fossem santificadas.

Identificou-se com nossas dívidas pagando-as por nós; chama-nos agora à identificação com Seu caráter, a novidade de vida, a santificação.

Lava-nos, para que, limpos, possamos ajudar outros que carecem conhecê-lo também. E, “... Os limpos de coração verão a Deus.”

Os drogados ideológicos

“A história é um romance que aconteceu; o romance é a história que poderia ter acontecido.” Jules Goncourt

Alguém disse que, se não aprendermos com a história estaremos fadados a repeti-la.

Uma coisa que sempre me intrigou é o fato de que, mesmo vendo a cada dia rastejar pelas ruas os dependentes de Crack, Cocaína, como veros zumbis, pessoas sem cuidados estéticos, higiênicos, com a alma em frangalhos, vendo tão trágicas consequências, digo, como quem está de fora decide entrar para as drogas?

Se, todo cenário é desolador, a presunção lógica seria que, quem pode evitar pertencer ao mesmo, o fará. Entretanto, o número de viciados cresce. Apesar de todo o lixo que deixa ver, a curiosidade, as angústias, a ilusão que consigo será diferente, ou, sei lá o que, consegue derrubar as barreiras do bom senso; quem estava limpo decide sujar-se.

Acho que concorre um quê de covardia, indolência; pois, nadar contra a corrente requer mais esforço, que, simplesmente se deixar levar.

Com os drogados ideológicos se dá exatamente o mesmo. Olhando para a história, onde o comunismo foi tentado, União Soviética, China, Leste Europeu, Cuba, mais recentemente Bolívia e Venezuela, os resultados são igualmente desanimadores. Seu sistema coletivista, tutor dos meios de produção, desestimulador do lucro, fator que enseja empreendedorismo, invariavelmente faliu as economias por onde passou.

Seus líderes enriqueceram sempre, enquanto o povo foi arrastado a uma condição de vida miserável. Quando apontamos esses exemplos aos “Intelectuais” de esquerda se defendem dizendo que alguns deles se desviaram do propósito inicial, que o socialismo é redentor sim, mas, o puro, o da teoria infalível ainda não foi levado a efeito. Com esse lero convencem aos futuros drogados que consigo será diferente.

Uma das características de um drogado é o falar desconexo; não dizer coisa com coisa. Seguido nos chamam, aos liberais, de “Nazistas” “Fascistas” ignorando que esses dois regimes, de Hitler e Mussolini eram socialistas. Coletivistas, tutores das ações e até dos pensamentos do povo, “libertários”. Portanto, o passado deles querem atribuir a nós.

Deparei com um post expondo dois crânios, o do direitista cheio de “Mídia golpista”; símbolos como o do nazismo; o do esquerdista uma vera biblioteca de supostos bons livros. Assim, eles são os cultos, estudiosos, nós, os manipulados incapazes de pensar; será?

Se, gostam tanto assim das letras por que elegeram dois analfabetos funcionais para quatro mandatos seguidos em nosso país? Por que, seus “universitários”, invés das mesas redondas sociológicas, filosóficas, preferem imitar macacos, e encenar desnudos enfiando o dedo um no rabo do outro? Alguns escolhem velas acesas... será excesso de luz nos cérebros que chega a sair pelo... deixa pra lá.

Seu alvo não é libertar escravos como dizem, mas, destruir “valores burgueses” como família, bons costumes, cristianismo. Seu mentor, Karl Marx dizia que a religião é o ópio do povo; ou seja, uma droga. Os fatos tristemente mostraram que o socialismo é o crack dos manipulados.

Depois de uns tragos da pedrinha vermelha, seus bravos se tornam incapazes de pensar, argumentar, embora virem especialistas em xingar. Os fatos teimam em desmenti-los, mas, como a droga os leva a um plano fora da realidade se apegam a uma imaginária narrativa, onde os seus, mesmo estando errados estão certos.

Lógica e coerência são mais dois vícios burgueses, não valem nada. A ideologia é superior aos fatos; seus roubos e vandalismos em nome da causa são apenas “Luta”. Suas diatribes, por belicosas que sejam são apenas “manifestações democráticas”; as dos oponentes não passam de “discursos de ódio”.

Mesmo assim, burguês que sou, preciso olhar os fatos; Se, são mesmo defensores dos pobres, por que empobrecem ainda mais às nações onde dominam? Será que gostam tanto dos pobres a ponto de querer aumentá-los? Se, são mesmo democratas, por que não permitem oposição, imprensa livre onde mandam, como Cuba Venezuela; o que, Lula sonha fazer por aqui?

Se, são superiores culturalmente como pretendem, por que cobrem de títulos “Honoris Causa” um analfabeto condenado que jamais leu um livro na vida?

A esquerda é o supra-sumo dos vagabundos que invés de buscar o seu nas garras do trabalho preferem sair gritando nas ruas desejando frutos do trabalho alheio.

Não senhores; um país não é feito de lutas entre classes, mas, de luta da classe trabalhadora que empreende, gera riquezas, prospera no individual e faz o todo prosperar também.

Há injustiças no capitalismo? Há. Mas, não é afundando o navio que se combate o incêndio. O Sistema que faculta lucro estimula o empreendedorismo gera riquezas é o melhor. Discrepâncias podem ser corrigidas sem destruir o que está certo.

Se alguma angústia eventual me assola, não é estímulo suficiente para que eu me torne um drogado.

sábado, 31 de março de 2018

Urim e Tumim

“Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos, porém não se achou... o governador lhes disse que não comessem das coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.” Ne 7;64 e 65

Diferente das leis humanas onde todos são “inocentes” até que se prove a culpa, os postulantes à família sacerdotal eram vistos como indignos, até que se provasse o mérito.
Urim e Tumim, ou, luzes e perfeições eram pequenas pedras dadas ao Sumo Sacerdote pelas quais consultava a Deus quando havia uma dúvida. O Senhor se encarregava por mostrar as coisas como eram aos Seus olhos.

Para a superficial aprovação humana basta uma encenação, uma montagem calculada do verossímil; aquele que é indigno, facilmente se fará parecer meritório. É essa restrição do homem, que vê apenas o que está diante dos olhos, que “patrocina” a hipocrisia daqueles que buscam o aplauso terreno e desconsideram a justiça Divina.

Porém, a exaltação dos ímpios não encontra eco nos domínios santos. “... Vós sois os que vos justificais diante dos homens, mas, Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Desgraçadamente o aplauso humano é pródigo para coisas que O Santo abomina; Ele conhece os corações. Entretanto, após O Calvário, onde O Sumo Sacerdote Eterno sacrificou-se por todos, já não há Urim e Tumim, as pedrinhas brancas pelas quais, Deus revela Sua Vontade.

Ainda são duas testemunhas mas, as “Pedrinhas” são outras. “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5

Nada vale a tradição, supostos méritos habitantes nos ancestrais, nada disso. Nascer de novo; recomeço, intransferível, pessoal, de cada um, mediante a Água, (Palavra) e O Espírito, (Santo).

Como agora estamos ante Aquele que sonda corações, nada vale a hipocrisia. O que verter dos lábios deve ter como fonte o coração; “Se, com tua boca confessares ao Senhor Jesus; em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Rom 10;9

Fica, desse modo, difícil de entender os hipócritas nas igrejas; a maioria dos homens se mantém fora delas; se, querem agradar homens, basta que fiquem também, de fora. Entretanto, esses abutres querem a reputação de santos, com corações de ímpios. Assim, invés de alimentarem suas inclinações ao pecado do lado de fora, “acrescentam pecado a pecado”, profanando as coisas santas das quais são indignos.

O homem espiritual tem uma consciência vivificada no Espírito, sabe que está perante O Senhor; “Procura apresentar-te a Deus aprovado...” I Tim 2;15

Seu “Urim e Tumim” conhecimento e prática da Palavra, e a consciência no Espírito, sempre se manifestam quer aprovando, quer, reprovando seus passos. Em caso de dúvida espera pela resposta, como vimos no incidente de Neemias.

As diretrizes da Palavra são Luzes; o devido cumprimento, a perfeição demandada. Nesse caso, e só nesse caso, o feito de Cristo se cumpre a nosso respeito; “se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Não se trata de andar sem pecados; ninguém consegue; mas, de andar na Luz, não tentar dissimular o mal feito. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas, o que confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Por um lado é impossível escondermos, uma vez que O Senhor é Onisciente; por outro, é possível sim, dada Sua longanimidade. Ele espera até que nos arrependamos; senão, em dado momento rasga nossa máscara; “Estas coisas tens feito, e me calei; pensavas que era assim como tu, mas, eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

O que tenta ocultar seus pecados é um enfermo que conhece a própria enfermidade, sabe onde pode encontrar a cura, mas, prefere seguir doente, pois, acha amargo o remédio. Ora, devemos aquilatar o valor de um remédio pela eficácia, não pelo sabor.

Afinal, quando nossa saúde for testada o será diante do Médico dos Médicos, não da doentia paixão humana; o próprio bom porte em Cristo de quem decide consagrar-se há de ser testemunha que ele está “vendendo saúde”; “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Todos somos culpados (pecadores); mediante arrependimento e confissão, a Luz e Perfeição de Cristo nos “sorteiam” ao convívio dos santos. Cada Ceia do Senhor é um teste onde julgamos nós mesmos para não comermos indignamente das coisas santas. Que o mundo coma seus chocolates; porém, nós beberemos da Água da Vida.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Por que Bolsonaro?

A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias.” Winston Churchill

Para ambas as ideologias, o vetor econômico. Sem entrar no mérito dos méritos do dinheiro, quero tecer considerações sobre as discrepâncias entre o que as pessoas dizem, e fazem. Em questões políticas, por exemplo, a incoerência é a faceta mais notável.

Os pobres são maioria; nos regimes democráticos é a opinião da maioria expressa em votos que define quem manda. Assim, quem desejar o poder terá que, necessariamente ter um discurso a favor deles. No entanto, onerosas como são as campanhas nos moldes nossos, se, dependesse, eventual candidato, das doações dos pobres para competir jamais ganharia.

Logo, a “necessidade” da hipocrisia se estabelece. O sujeito mercadeja favores com os ricos em troca de financiamento de campanha, e promete redenção aos pobres em troca de votos.

Antônio Erminio de Moraes disse: “Lula pede dinheiro para os ricos e votos para os pobres e mente para ambos.” Se, o alvo for o poder a qualquer custo, se poderia dizer que ele está certo. Agora, se, valores, ética, compromisso com a nação pesarem na balança, por certo o peso mudará.

Não gosto de político que se coloque como necessário, indispensável; tipo, ou votam em mim e cuidarei de vocês, os estais todos perdidos. Falta de noção. Prefiro os que postulam cargos como uma possibilidade, que, se atingida ensejará certas atitudes coerentes com as promessas.

Outro dia, Bolsonaro questionado se faria loteamento de cargos antecipadamente em troca de apoio e conseqüente aumento de tempo na TV disse que não; “Ou, em 1º de Janeiro estarei na cadeira presidencial, ou, na praia tomando água de coco.” Concorde alguém com suas ideias, ou não, qualquer pessoa intelectualmente honesta há de convir que essa é uma postura saudável.

Ele quer ser presidente, mas, não quer tanto assim a ponto de abdicar do que acredita. Respeito homens assim.

Não se vê como indispensável, tendo que ganhar, ou, a casa cai; antes, como necessária a preservação de certa autonomia do presidente, sem os viciosos pactos fisiológicos com eufemismo de, “governabilidade”.

Não existe partido político que seja contra pobres; apenas, divergências sobre como ajudá-los. Para a esquerda o negócio é dar peixes; para os liberais, anzóis. Quando Lula assumiu em 2002 havia perto de 10 milhões de miseráveis, um número alto; entretanto, apossando-se de ideias de outros ele sempre se vangloriou de ter tirado da miséria 36 milhões de pessoas. Se um terço disso fosse verdade não teríamos nenhum mais.

Outra coisa que as pessoas avaliam mal é a função gestora de um governante. Algumas viúvas de Lula dizem que ninguém ajudou tanto os pobres como ele. Ora, migalhas assistencialistas que distribuiu como se dele eram do nosso dinheiro que deveria bem gerir e não fez. Antes, doou uma refinaria ao Evo Morales; 25 milhões de dólares aos terroristas do Hamas; nosso dinheiro que deveria ter sido gerido para incremento da saúde, educação, segurança, tecnologia, transportes, etc. fez favores a ditaduras africanas e latinas.

Discursando outro dia na mal fadada caravana ele queixou-se de ter dado o socialismo um passo atrás com a morte de Chávez, Kirschner, a queda de Dilma; mas, reiterou seu sonho de unificar os latinos, se unir aos africanos e árabes, para dominar a geopolítica mundial combatendo o imperialismo americano. Combater o império liberal com outro império socialista; a União Soviética já tentou isso; falhou vergonhosamente.

Aí as pessoas se espantam de, nas manifestações deles predominar o vermelho, invés da bandeira nacional. Ora, eles não têm projeto de país, mas, de mundo comunista, um globinho vermelho pra chamar de seu. Imperialismo é ruim se o imperador for outro. Uma vez mais preciso reconhecer que o slogan de Bolsonaro é melhor: “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos.” Dois valores que a esquerda despreza; fé cristã e identidade nacional.

Dirão que estou fazendo campanha pro Bolsonaro; ainda não. Apenas estou dizendo que me identifico com a maioria das ideias dele, e as razões disso. Não o acho mito, perfeito, herói, nada disso. Mas, entre os possíveis concorrentes, não vejo nenhum que se aproxime um pouco a ponto de ensejar dúvidas em minha escolha.

O que está em jogo, pois, não é a escolha simplista de ser a favor de pobres ou de ricos; antes, nossa decisão de sermos partidários da verdade ou da mentira. Queremos um mundo comunista ou, um país decente?

A mim pouco importa os Estados Unidos, China, ou, escambau; quero ordem, decência, valores, na minha terra; invés de mudar o mundo, que o mundo mude pouco a pouco sua opinião sobre o império da corrupção que nos tornamos.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Os fugitivos

Jacó logrou Labão, o arameu, porque não lhe fez saber que fugia”, Gên 31;20

Aquele que fora para Harã fugindo da fúria de seu irmão, Esaú, agora saía de lá, outra vez, fugindo. Não tinha motivo para isso; bem poderia se despedir do pai de suas esposas Leia e Raquel e sair pela porta da frente.

Entretanto, seus temores de sempre, subprodutos de suas trapaças, seu inda frágil relacionamento com Deus, faziam confiar mais na astúcia que na proteção Divina.

Labão o soube, três dias após, pois, estava no campo tosquiando ovelhas, reuniu alguns homens e foi atrás alcançando-o em sete das nas terras de Gileade. Se, no princípio não tinha razões para fugir, agora, tinha-as para temer, uma vez que sua amada Raquel furtara os ídolos de seu pai e os levara consigo.

Pode-se inferir que Labão vinha com intentos belicosos, dado, o “puxão de orelhas” que levou. “Veio, porém, Deus a Labão, o arameu, em sonhos, de noite, e disse-lhe: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” V 24 Noutras palavras: Não toque nele, está sob minha proteção.

Foi vetado pelo Eterno que ele fizesse mal a Jacó, não, que tomasse satisfação sobre suas imagens furtadas. “... se, querias ir embora, porquanto tinhas saudades de voltar à casa de teu pai, por que furtaste meus deuses?” v 30

Seguro da sua integridade e dos seus, o patriarca sentenciou: “Com quem achares teus deuses, esse, não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo e toma-o para ti. Pois, Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.” V 32

Durante a revista nos trastes foi a vez de Raquel fugir, isto é; assentou-se sobre os objetos roubados e pediu desculpas por não poder levantar se dizendo menstruada. Então, nada achou Labão, do que procurava. Provada a “inocência”, foi a vez de Jacó “subir na mesa”. “Então irou-se Jacó e contendeu com Labão;respondeu disse: Qual é a minha transgressão? Qual é meu pecado, que tão furiosamente me tens perseguido?” v 36

Pois bem, sua imprudência de sentenciar à morte quem furtara as imagens custou a vida de Raquel que morreu durante o parto de Benjamim. Trabalhara sete anos como dote por aquela que amava; num momento de insanidade com a cruel espada da língua ceifou sua vida.

Desse modo, infelizmente, podemos fugir das ameaças externas, muito mais facilmente que das loucuras interiores.

Desde a queda a espécie humana se fez fugitiva. “Ouvi tua voz e me escondi, pois, estava nu.” A saga de Adão é a mesma nossa. Sentimento de culpa ante O Santo, fuga.

Mas, “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se, subir ao céu, lá estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que Tu ali estás também. Se, tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua Mão me guiará; Tua Destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então, a noite será luz à roda de mim.” Sal 139;7 a 11

Porém nosso aspecto mais requintado de maldade nos faz fugir, até mesmo, da fuga. Como assim? Sabe aquele sujeito que foge da justiça fingindo fazer campanha? Muitos de nós nos portamos igual. Mascaramos nossas fugas como, ceticismo, ateísmo, politeísmo, ativismo, e, até de cristianismo; quando adotamos um verniz bíblico para dar brilho a uma substância pagã, hipócrita.

No caso de Jacó careceu a experiência com Deus em Peniel, onde teve sua coxa ferida para não mais andar como andara, e teve seu nome mudado para Israel. No nosso carecemos do novo nascimento em Cristo, para recebermos o dom do Espírito Santo, que, paulatinamente nos capacita a mortificar nossos monstros internos, as obras da carne para, enfim, andarmos em espírito.

Sendo Jacó servo do Deus Vivo, Raquel furtara bibelôs inúteis nos quais confiava e isso foi fatal. Desgraçadamente, muitos perdem suas salvações agarrados em porcarias vãs, invés de se aproximarem do que salva. Pois, se esses espantalhos nada valem no que tange à vida, no sentido de alienar do Santo e levar à morte são “úteis”.

Jacó amaldiçoou quem os furtou, A Palavra amaldiçoa quem neles confia: “Têm mãos, mas, não apalpam; pés, mas, não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, e todos os que neles confiam.” Sal 115;7 e 8

Fugitivos se escondem no “respeito religioso” como se, falar-lhes a verdade fosse ofensa.

Nas cidades de refúgio os culpados estariam livres após a morte do Sumo Sacerdote; o Nosso morreu por nós há mais de dois mil anos; o que nos impede de sermos livres?