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sábado, 31 de março de 2018

Urim e Tumim

“Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos, porém não se achou... o governador lhes disse que não comessem das coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.” Ne 7;64 e 65

Diferente das leis humanas onde todos são “inocentes” até que se prove a culpa, os postulantes à família sacerdotal eram vistos como indignos, até que se provasse o mérito.
Urim e Tumim, ou, luzes e perfeições eram pequenas pedras dadas ao Sumo Sacerdote pelas quais consultava a Deus quando havia uma dúvida. O Senhor se encarregava por mostrar as coisas como eram aos Seus olhos.

Para a superficial aprovação humana basta uma encenação, uma montagem calculada do verossímil; aquele que é indigno, facilmente se fará parecer meritório. É essa restrição do homem, que vê apenas o que está diante dos olhos, que “patrocina” a hipocrisia daqueles que buscam o aplauso terreno e desconsideram a justiça Divina.

Porém, a exaltação dos ímpios não encontra eco nos domínios santos. “... Vós sois os que vos justificais diante dos homens, mas, Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Desgraçadamente o aplauso humano é pródigo para coisas que O Santo abomina; Ele conhece os corações. Entretanto, após O Calvário, onde O Sumo Sacerdote Eterno sacrificou-se por todos, já não há Urim e Tumim, as pedrinhas brancas pelas quais, Deus revela Sua Vontade.

Ainda são duas testemunhas mas, as “Pedrinhas” são outras. “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;5

Nada vale a tradição, supostos méritos habitantes nos ancestrais, nada disso. Nascer de novo; recomeço, intransferível, pessoal, de cada um, mediante a Água, (Palavra) e O Espírito, (Santo).

Como agora estamos ante Aquele que sonda corações, nada vale a hipocrisia. O que verter dos lábios deve ter como fonte o coração; “Se, com tua boca confessares ao Senhor Jesus; em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Rom 10;9

Fica, desse modo, difícil de entender os hipócritas nas igrejas; a maioria dos homens se mantém fora delas; se, querem agradar homens, basta que fiquem também, de fora. Entretanto, esses abutres querem a reputação de santos, com corações de ímpios. Assim, invés de alimentarem suas inclinações ao pecado do lado de fora, “acrescentam pecado a pecado”, profanando as coisas santas das quais são indignos.

O homem espiritual tem uma consciência vivificada no Espírito, sabe que está perante O Senhor; “Procura apresentar-te a Deus aprovado...” I Tim 2;15

Seu “Urim e Tumim” conhecimento e prática da Palavra, e a consciência no Espírito, sempre se manifestam quer aprovando, quer, reprovando seus passos. Em caso de dúvida espera pela resposta, como vimos no incidente de Neemias.

As diretrizes da Palavra são Luzes; o devido cumprimento, a perfeição demandada. Nesse caso, e só nesse caso, o feito de Cristo se cumpre a nosso respeito; “se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Não se trata de andar sem pecados; ninguém consegue; mas, de andar na Luz, não tentar dissimular o mal feito. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas, o que confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Por um lado é impossível escondermos, uma vez que O Senhor é Onisciente; por outro, é possível sim, dada Sua longanimidade. Ele espera até que nos arrependamos; senão, em dado momento rasga nossa máscara; “Estas coisas tens feito, e me calei; pensavas que era assim como tu, mas, eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21

O que tenta ocultar seus pecados é um enfermo que conhece a própria enfermidade, sabe onde pode encontrar a cura, mas, prefere seguir doente, pois, acha amargo o remédio. Ora, devemos aquilatar o valor de um remédio pela eficácia, não pelo sabor.

Afinal, quando nossa saúde for testada o será diante do Médico dos Médicos, não da doentia paixão humana; o próprio bom porte em Cristo de quem decide consagrar-se há de ser testemunha que ele está “vendendo saúde”; “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Todos somos culpados (pecadores); mediante arrependimento e confissão, a Luz e Perfeição de Cristo nos “sorteiam” ao convívio dos santos. Cada Ceia do Senhor é um teste onde julgamos nós mesmos para não comermos indignamente das coisas santas. Que o mundo coma seus chocolates; porém, nós beberemos da Água da Vida.